Médio Oriente

O MPPM condena o bombardeamento levado a cabo pelos Estados Unidos da América contra a Síria. O lançamento de 59 mísseis Tomahawk na madrugada do passado dia 7 de Abril contra a base aérea síria de Shayrat, alegadamente em «retaliação» pelo emprego de armas químicas pelas forças armadas sírias contra a população civil de Khan Sheikoun, constitui um acto de agressão efectuado à margem da ONU e ao arrepio do direito internacional, com repercussões negativas em todo o Médio Oriente.Não é possível no momento actual deixar de recordar casos passados em que pretextos falsos serviram de base para agressões dos Estados Unidos. Aqueles que agora aplaudem ou dizem compreender a agressão dos Estados Unidos, sob gasto pretexto «humanitário», não deveriam esquecer, para não ir mais longe, todo o rasto de morte e destruição que deixaram no Médio Oriente a invasão do Iraque em 2003, invocando armas de destruição em massa que nunca apareceram, ou o bombardeamento da Líbia e o derrubamento do governo...

Exmo. Senhor Engenheiro António Guterres,Secretário-Geral da ONUSabemos que o mandato que agora começa será muito exigente.Os problemas do nosso planeta são dramáticos, e exigem uma acção urgente por parte da comunidade internacional.Talvez nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, os perigos de uma conflagração bélica entre as maiores potências nucleares do planeta tenham sido tão grandes.Para os povos do Médio Oriente, o flagelo da guerra é já uma realidade terrível. O Século XXI tem sido para eles um Século de sucessivas guerras, impostas ou alimentadas a partir do exterior, com inconfessáveis ambições de dominação económica.Países inteiros foram e estão sendo destruídos e fragmentados, os seus Estados destroçados. Para os povos, a guerra significa morte, destruição, o exílio forçado, no interior dos seus países ou em paragens mais distantes. Nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, foi tão elevado o número de refugiados e deslocados de guerra. Sabemos que conhece bem esta realidade...

Uma fonte militar síria declarou à agência noticiosa SANA que foram disparados vários mísseis israelitas a partir da área do lago de Tiberíades, no Norte de Israel, os quais atingiram as imediações do aeroporto de al-Mezzeh (situado a 8 km a sudoeste de Damasco) às 00h25 da noite de 12 para 13 de Janeiro, causando um incêndio.O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria condenou fortemente o ataque israelita, denunciando a agressão em cartas dirigidas ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao presidente rotativo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Olof Skoog. «O novo ataque israelita com mísseis contra o aeroporto militar de al-Mezzeh inclui-se numa longa série de ataques israelitas desde o início da guerra terrorista contra a soberania, integridade territorial e independência da Síria», afirma-se nas cartas.O aeroporto militar de al-Mezzeh já foi alvo de um ataque israelita similar em 7 de Dezembro do ano passado, quando vários mísseis terra-terra foram disparados...

Por iniciativa do CPPC (Conselho Português para a Paz e Cooperação), vinte organizações, entre as quais o MPPM, subscreveram o comunicado seguinte sobre a situação na Síria:«Pela Paz na SíriaFim à ingerência e à agressãoPelo respeito da soberania e independência da SíriaHá mais de cinco anos que a Síria e o seu povo enfrentam uma cruel agressão, resultante da ingerência externa e da acção de terror de grupos de mercenários, financiados, treinados e armados pelos EUA, a França, o Reino Unido, Israel, a Turquia, a Arábia Saudita, o Qatar, entre outros países. Uma guerra de agressão que provocou centenas de milhares de mortos e feridos, milhões de deslocados e refugiados, a destruição de um país, com tudo o que significa para a vida dos trabalhadores e população em geral.Os grupos de terroristas que agem na Síria – como a Al-Qaeda, a Al Nusra, o ISIS, entre muitos outros – são responsáveis pelos mais hediondos crimes contra as populações, espalhando uma violência sectária, procurando...

Milhares de pessoas manifestaram-se na sexta-feira 30 de Setembro no centro da capital da Jordânia, Amman, para protestar contra um contrato para a compra de gás israelita pela Jordânia. Os opositores ao acordo caracterizam-no uma concessão à «entidade sionista» e contrário aos interesses jordanos. O governo da Jordânia, em que mais de 60% da população é de origem palestina, foi acusado de assinar o negócio «à porta fechada» e contra os desejos da nação.Este protesto é o quarto em quatro dias. Na quinta-feira, os serviços de segurança impediram uma outra manifestação em Irbid.Durante a manifestação, convocada pela Campanha Nacional contra o Contracto do Gás com a Entidade Sionista, os participantes entoaram palavras de ordem como «O gás da ocupação é ocupação» e «O povo quer cancelar o contracto [do gás]».No campo de refugiados Mártir Azmi Al-Musfti, no Norte do país, os refugiados palestinos desligaram a electricidade durante uma hora em sinal de rejeição do contracto.Na passada terça...

Numa troca de e-mails com um amigo em Março de 2015, revelada no começo desta semana pelo site DCLeaks.com, o antigo secretário de Estado dos EUA Colin Powell afirmou que Israel possui 200 ogivas nucleares.Nessa troca e-mails, Colin Powell discutia um discurso pronunciado nesse dia numa rara sessão conjunta do Congresso estado-unidense pelo primeiro-ministro israelita em que Benjamin Netanyahu se opunha ferozmente ao acordo então proposto pelo presidente Barack Obama para limitar o programa nuclear do Irão.Sublinhando a gritante hipocrisia da posição de Israel, o antigo secretário de Estado escrevia: «Os iranianos não podem usar uma se finalmente fizerem uma. Os rapazes de Teerão sabem que Israel tem 200, todas apontadas a Teerão, e nós temos milhares.»Powell não é o primeiro dirigente de alto nível dos Estados Unidos a assumir publicamente que Israel tem armas nucleares. O ex-presidente Jimmy Carter afirmou em entrevistas e discursos que Israel tem entre 150 e 300 ogivas.O Tratado de...

Na noite de 16 de Setembro de 1982, milícias falangistas libanesas invadiram os campos de refugiados de Sabra e Chatila, nos arredores de Beirute, com a conivência do exército israelita que, desde Junho, ocupava a capital do Líbano. Durante 40 horas levaram a cabo um hediondo massacre de que resultaram numerosas vítimas palestinas, em grande parte mulheres e crianças. Enquanto os falangistas executavam a sua macabra missão, o exército israelita bloqueava as saídas dos campos para evitar a fuga dos refugiados em pânico e, à noite, iluminava o terreno com foguetes luminosos.O número exacto de vítimas é difícil de determinar pois, além do milhar de corpos enterrados em valas comuns pela Cruz Vermelha, muitas vítimas ficaram soterradas nas casas derrubadas a buldózer pelas milícias e centenas de palestinos foram por elas levados para destino desconhecido de onde nunca regressaram. Uma estimativa credível aponta para 3500 vítimas.Quando os jornalistas entraram no campo de Chatila, foram...

O MPPM associou-se ao CPPC, à CGTP-IN, ao MDM e outras organizações na campanha contra a Cimeira da NATO que vai ter lugar em Varsóvia. A campanha culminou com um acto público na Rua do Carmo, em Lisboa, no dia 8 de Julho. Este é o texto da intervenção do representante do MPPM, José Oliveira: Caras amigas, caros amigos:O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – considera que a justa solução da questão palestina é indissociável da questão da paz no Médio Oriente e até da questão da paz a nível mundial. Como talvez nunca antes no passado, esta afirmação assume hoje uma dramática actualidade. Depois de guerras de agressão que destruíram Estados soberanos, laicos e desenvolvidos, a região mergulhou num clima de turbulência e caos.Soube-se recentemente que Israel vai aceitar o convite da NATO para abrir uma missão permanente na sede deste bloco político-militar. A NATO emitiu uma declaração dizendo que «Israel é um parceiro muito activo da Aliança como...

Os membros fundadores da NATO, signatários do Tratado do Atlântico Norte (Washington, 1949), assumiram um compromisso com “a defesa colectiva e a preservação da paz e da segurança” na Europa e na América do Norte.Todavia, a realidade tem sido bem diferente, não só no que respeita aos princípios como ao âmbito territorial.O Médio Oriente, que é, actualmente, a região cada vez mais insegura e perigosa do Mundo, tem sido alvo das atenções da NATO, que aí tem tido o seu maior protagonismo, com várias intervenções, e para onde se tem alargado através do “Diálogo do Mediterrâneo” (1994), que associou Marrocos, Argélia, Tunísia, Egipto, Israel, Jordânia e Mauritânia, e da “Iniciativa de Cooperação de Istambul” (2004), alargada ao Barém, Catar, Kuwait e Emiratos Árabes Unidos. Recentemente Barém, Jordânia, Catar, Kuwait e Israel abriram “representações permanentes” na sede da NATO em Bruxelas.Tendo presente que a NATO e os países que formam têm pesadas responsabilidades na destruição da Líbia...

No dia 16 de Maio de 2016 completam-se 100 anos desde a assinatura do documento que ficou para a história como «Acordo Sykes-Picot». Este acordo previa a divisão em «esferas de influência» francesa e inglesa das possessões árabes do Império Otomano. Cem anos depois, fazem-se ainda sentir em todo o Médio Oriente as consequências funestas deste acto prepotente e traiçoeiro, particularmente para o povo da Palestina. A própria história da elaboração do Acordo Sykes-Picot é bem um exemplo de perfídia, mentira e traição aos povos da região.A presença da França e da Grã-Bretanha nas províncias árabes do Império Otomano era já antiga. Britânicos e Franceses queriam dar uma configuração política diferente ao Médio Oriente árabe através do estabelecimento de novas unidades políticas em substituição das províncias otomanas. Quando rebentou a Primeira Guerra Mundial, a França e a Grã-Bretanha avançaram com a aplicação do seu plano de tomada do Médio Oriente árabe. A Inglaterra procurou a...