Resistência, Política e Sociedade Palestinas

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, aceitou esta terça-feira a demissão do primeiro-ministro Rami Hamdallah e do seu governo. Hamdallah ficará à frente de um governo de gestão até à formação de um novo executivo.

Hamdallah presidiu ao governo desde Setembro de 2013, nomeado por Abbas, e em Fevereiro de 2014 formou o governo de reconciliação nacional com base num entendimento entre todos os movimentos palestinos. Embora membro da Fatah, é um académico e não tem um cargo dirigente no movimento.

A demisssão do governo surge na sequência da recomendação do Comité Central da Fatah — o partido hegemónico na Autoridade Palestina e na Organização de Libertação da Palestina — de formar um novo governo composto por membros dos  movimentos pertencentes à OLP e independentes. A Fatah justificou a medida com «a intransigência do Hamas e a sua recusa de tratar com o governo da reconciliação nacional».

O Hamas não pertence à OLP, e a decisão de Mahmoud Abbas é vista por alguns analistas...

Um palestino foi morto e pelo menos 30 outros foram feridos este sábado na aldeia de Al-Mughayyir, perto de Ramala, na Cisjordânia ocupada.

O responsável pelos tiros fatais é um colono do posto avançado de Adei Ad, acreditam as forças armadas israelitas, segundo noticia o jornal Haaretz. Um porta-voz do próprio posto avançado confirma que os colonos dispararam balas reais. 

Os colonatos israelitas no território palestino ocupado dispõem, com a bênção das autoridades militares sionistas, de «equipas de segurança», na realidade milícias armadas praticamente sem controlo. Os postos avançados são colonatos criados sem aprovação oficial do governo israelita e considerados ilegais pelo direito israelita (todos e cada um dos colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados são considerados ilegais pelo direito internacional), mas que apesar disso beneficiam das infra-estruturas e da protecção militar do Estado sionista. São habitados por colonos extremistas, responsáveis por numerosos...

Um adolescente palestino de 16 anos foi morto por fogo israelita durante protestos na Cisjordânia ocupada esta sexta-feira, informou o Ministério da Saúde palestino. Soldados isreaelitas estacionados numa torre de observação militar dispararam fogo real, matando o jovem Ayman Hamed com um tiro no peito e ferindo um outro jovem, durante um protesto perto da aldeia de Silwad, a norte de Ramala.

Por outro lado, o Ministério da Saúde de Gaza informou que um palestino de 25 anos, Ehab Attallah Hussein Abed, foi morto com um tiro no peito por um atirador de elite das forças israelitas, registando-se 22 feridos, incluindo um paramédico e um jornalista. Milhares de pessoas participaram hoje, perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, na 44.ª sexta-feira consecutiva das manifestações da Grande Marcha do Retorno.

Os manifestantes da Grande Marcha do Retorno exigem o direito dos refugiados palestinos a regressarem às terras, na Palestina histórica, das quais foram expulsos em 1948, na...

Milhares de palestinos participaram hoje na 43.ª sexta-feira consecutiva das manifestações da Grande Marcha do Retorno,  junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Pelo menos 30 manifestantes foram feridos por tiros do exército israelita, informa o Ministério da Saúde de Gaza.

O ministério acrescenta que dois jornalistas e três paramédicos também ficaram feridos ao serem atingidos por bombas de gás lacrimogéneo.

Desde o início da Grande Marcha do Retorno, em 30 de Março de 2018, o exército sionista já matou 258 palestinos e feriu 26 000, dos quais 500 se encontram em estado crítico, segundo dados do Palestinian Information Center.

Os manifestantes da Grande Marcha do Retorno exigem o direito dos refugiados palestinos de regressarem às terras, na Palestina histórica, das quais qual foram expulsos em 1948 na grande campanha de limpeza étnica levada a cabo pelas forças sionistas por ocasião da criação de Israel.

Exigem também o fim do bloqueio por Israel (com a colaboração do...

A Autoridade Palestina reagiu a notícias acerca do conteúdo do chamado «acordo do século» dos EUA declarando que «qualquer plano de paz que não inclua um Estado palestino independente com Jerusalém Oriental como capital nas fronteiras de 1967 está destinado a falhar».

O porta-voz da presidência da AP, Nabil Abu Rudaineh, reiterou que qualquer solução visando uma paz justa e duradoura «tem de basear-se nas resoluções internacionais e no princípio da solução de dois Estados».

Segundo anunciou na quarta-feira a estação televisiva israelita Reshet 13, citando uma fonte que teria sido informada por um alto funcionário dos EUA, o «plano de paz» do presidente Donald Trump proporia um Estado palestino em 85% a 90% da Cisjordânia ocupada, com capital em Jerusalém Oriental, mas sem incluir os seus locais sagrados.

Segundo o canal israelita, o plano contemplaria a anexação por Israel dos blocos de colonatos judaicos (todos eles considerados ilegais pelo direito internacional) na Cisjordânia. Os...

O MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente saúda e associa-se à Semana Internacional pela Liberdade de Ahmad Sa’adat, que decorre entre 15 de 22 de Janeiro. Ahmad Sa’adat, que é deputado ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), foi condenado a 30 anos de prisão em Dezembro de 2008 por um tribunal militar israelita, acusado de dirigir uma «organização terrorista ilegal», ou seja, por ser um dirigente da resistência palestina à ocupação e repressão sionistas — secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina — eleito após o secretário-geral anterior ter sido assassinado por Israel.  Mesmo dentro das prisões Ahmad Sa’adat prosseguiu a luta, participando em todas as greves da fome, protestos e lutas do movimento dos presos políticos palestinos. Esteve sujeito a mais de três anos de prisão solitária, até que em 2012 uma greve da fome maciça obteve o seu retorno ao regime prisional geral. Ahmad Sa’adat e outros destacados...

Soldados israelitas mataram hoje uma mulher palestina — a primeira vítima do ano — durante protestos perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Pelo menos outras 25 pessoas foram feridas, incluindo um jornalista e um paramédico, durante a 42.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno.

Amal al-Taramsi, de 43 anos, foi baleada na cabeça pelas forças israelitas, que usaram fogo real e balas de aço revestidas de borracha para reprimir os manifestantes.

Uma testemunha ocular citada pelo jornal britânico The Independent afirmou que Amal al-Taramsi se encontrava a cerca de 150 metros da vedação quando foi baleada: «Ela recebeu uma bandeira de um jovem, e antes de se mexer soaram três tiros... Ela caiu.»

Cerca de 12 000 pessoas participaram no protesto desta sexta-feira, que decorreu sob o lema «A nossa firmeza quebrará o cerco».

Também hoje, tanques israelitas estacionados perto da vedação que encerra a Faixa de Gaza bombardearam dois postos da resistência palestina. Não há...

Dezenas de palestinos da Faixa de Gaza foram feridos na tarde de sexta-feira pelas forças de ocupação israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes que participavam na Grande Marcha do Retorno.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que 15 palestinos foram feridos por munições reais e bombas de gás lacrimogéneo disparadas pelas forças israelitas. Entre os feridos encontravam-se sete jornalistas e paramédicos palestinos.

Milhares de palestinos manifestaram-se pela 41.ª semana consecutiva junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. As manifestações da Grande Marcha do Retorno iniciaram-se em 30 de Março de 2018 para exigir o direito de retorno dos refugiados e o fim do bloqueio à Faixa de Gaza. Desde o início dos protestos, o exército de ocupação israelita matou 256 palestinos e feriu mais de 25 000.

Igualmente ontem, sexta-feira, em diferentes partes da Cisjordânia ocupada, pelo menos oito manifestantes palestinos foram feridos por disparos do exército israelita, segundo...

Forças israelitas mataram ontem um palestino com deficiência mental durante uma manifestação da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, já na 40.a semana consecutiva.

O Ministério da Saúde de Gaza identificou o morto como Karam Mohammed Fayyad, de 26 anos. Observadores no local do Palestinian Center for Human Rights (PCHR) informaram que Fayyad foi atingido com uma bala na cabeça quando se encontrava a cerca de 150 metros da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

Segundo o Centro Al Mezan de Direitos Humanos, as forças israelitas feriram outros 46 manifestantes, incluindo quatro crianças, duas mulheres, um jornalista e dois paramédicos.

Os soldados do exército sionista dispararam balas reais, balas de aço revestidas de borracha, além de bombas de gás de alta velocidade e granadas atordoantes, informa o Crescente Vermelho Palestino.

Segundo as autoridades de saúde de Gaza, mais de 220 palestinos foram mortos desde o início da Grande Marcha do Retorno, em 30 de Março. Durante o...

Cinco formações políticas de esquerda palestinas anunciaram no domingo a constituição da Assembleia Nacional Democrática Palestina. A Assembleia é composta pela Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), a Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP), a Iniciativa Nacional Palestina (PNI), o Partido do Povo Palestino (PPP), a União Democrática Palestina (FIDA) e ainda vários dirigentes políticos independentes.

A reunião constituinte — precedida pela formação de dois comités preparatórios, um na Faixa de Gaza e outro na Cisjordânia — ocorreu na semana passada em Gaza, com a participação de 400 representantes das formações políticas fundadoras e ainda de personalidades feministas e de sectores sociais e sindicais.

A formação da Assembleia Nacional Democrática Palestina, assinala o comunicado saído dessa reunião, tem lugar num momento em que prossegue a tentativa de aplicação do «acordo do século» da administração Trump, que procura consagrar Jerusalém como capital do...