O grupo israelita de direitos humanos B'Tselem respondeu ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois de este ter acusado o grupo de «espalhar mentiras» sobre Israel na declaração que o seu director executivo, Hagai El-Ad, pronunciou perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) na sexta-feira, 14 de Outubro, sobre a expansão dos ilegais colonatos israelitas. «Israel tem sistematicamente legalizado violações dos direitos humanos nos territórios ocupados através da criação de colonatos permanentes, demolições punitivas de casas, um mecanismo de construção e de planeamento tendencioso, a apropriação de terra palestina», afirmou El-Ad, acrescentando que 2016 foi o pior ano da história no que diz respeito à demolição de casas palestinas.Na sua reacção, Netanyahu afirmou que «a ONU e os chamados grupos de paz» que falaram no CSNU estavam «a negar aos judeus os nossos direitos, a espalhar mentiras e a distorcer a história». Os cerca de 196 colonatos israelitas nos...
O ex-presidente israelita, Shimon Peres, morreu quarta-feira, 28 de Setembro, aos 93 anos de idade.Peres nasceu na actual Bielorrússia em 1923, e a sua família mudou-se para a Palestina nos anos 30. Ainda jovem, Peres juntou-se à Haganah, a milícia que foi a principal responsável pela limpeza étnica de aldeias palestinas em 1947-1949, durante a Nakba.Apesar da expulsão violenta dos palestinos ser um facto histórico, Peres afirmou que antes de Israel existir «não havia nada aqui».Durante sete décadas, Peres foi primeiro-ministro (duas vezes) e presidente da República, foi membro de 12 governos e exerceu as funções de ministro das Finanças, da Defesa e dos Negócios Estrangeiros.É muito conhecido no Ocidente pelo seu papel nas negociações que conduziram aos Acordos de Oslo de 1993, que lhe valeram, juntamente com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat, o Prémio Nobel da Paz. A sua carreira, porém, desmente a reputação de «pomba».Entre 1953 e 1965, Peres foi primeiro director-geral do Ministério da...
Israel deve usar a agitação do período da eleição presidencial nos Estados Unidos para anexar colonatos na Margem Ocidental, afirmou em entrevistas na segunda-feira o ministro da Educação israelita, Naftali Bennett, noticia o jornal Jerusalem Post.«Eu vejo isto como um período de oportunidade para tomar medidas no que respeita ao futuro da Judeia e Samaria» [como Israel designa os territórios palestinos da Margem Ocidental ocupados desde 1967], afirmou à Rádio Israel. Bennett disse que, independentemente de quem entre na Casa Branca, a anexação é algo que tem de acontecer.Vão no mesmo sentido as afirmações feitas um dia antes por David Friedman, um consultor israelita de Donald Trump, em relação à plataforma do Partido Republicano: «Já não há nenhuma referência a uma solução de dois Estados. Há uma declaração afirmativa de que Israel não é um ocupante com respeito à Judeia e à Samaria.»Naftali Bennett, que dirige o Bayit Yehudi [Lar Judaico, partido de direita, defensor dos colonatos]...
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, realizou domingo, em Nova Iorque, encontros separados com os dois candidatos presidenciais americanos, Donald Trump e Hillary Clinton. Recebeu de ambos declarações que competem no apoio à política do Estado sionista.Uma administração Trump, afirma um comunicado de imprensa, aceitaria «reconhecer Jerusalém como a capital indivisa do Estado de Israel». Além disso, contrariando especulações de que iria cortar a assistência militar a Israel, Trump afirma que «a ajuda militar fornecida a Israel e a cooperação de defesa por mísseis com Israel são um investimento excelente para América».Trump, o candidato republicano, disse a Netanyahu que, se for eleito, «haverá uma extraordinária cooperação estratégica, tecnológica, militar e de informações entre os dois países», acrescentando que Israel é «um parceiro vital dos Estados Unidos na guerra global contra o terrorismo islâmico radical».Trump e Netanyahu «discutiram longamente a experiência bem...
O governo israelita e o Facebook concordaram segunda-feira em trabalhar juntos para determinar como tratar do «incitamento à violência» na rede social, informa a agência Associated Press. «Incitamento à violência» é o modo como Israel se refere à oposição à sua política de ocupação, repressão e discriminação contra os palestinos.O acordo foi anunciado após um encontro de altos quadros do Facebook com dois ministros israelitas, Ayelet Shaked, ministra da Justiça, e Gilad Erdan, ministro da Informação e ministro da Segurança Pública, Assuntos Estratégicos e Diplomacia Pública (cargo criado por Netanyahu especificamente para combater a oposição palestina e internacional às políticas de Israel).Já antes do encontro, cuja importância é sublinhada pelo facto de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se lhe ter referido no início da reunião do governo no domingo, a ministra da Justiça tinha afirmado que o Facebook, o Google e o YouTube aceitam até 95% por cento dos pedidos israelitas para...
Uma notícia do jornal israelita Haaretz, citada pelo site Middle East Monitor, revela que os dirigentes israelitas usaram a censura militar para ocultar a criação dos primeiros colonatos na Margem Ocidental ocupada.O Haaretz revela um documento anteriormente classificado, intitulado «Gush Etzion – publicidade», enviado em 19 de Junho de 1969 ao gabinete do ministro israelita dos Negócios Estrangeiros da altura, Abba Eban, cujo assunto era a criação de colonatos civis na zona hoje conhecida como «bloco» Gush Etzion, perto do Belém, em terras ocupadas pretensamente para fins militares.Os autores do documento indicavam que era imperativo manter secreto o verdadeiro motivo do confisco das terras e evitar «publicidade desnecessária», uma vez que «o confisco para necessidades militares pode ser facilmente defendido de um ponto de vista jurídico», ao passo que «empreendimentos civis são uma coisa completamente diferente».Como assinala o Haaretz, «a construção de colonatos em áreas confiscadas...
O Supremo Tribunal israelita decidiu este domingo que é constitucional uma lei que permite a alimentação forçada de presos palestinos, informa a agência palestina Ma’an. A decisão rejeita requerimentos apresentados no ano passado pela Associação Médica de Israel (IMA) e por diversos grupos de direitos humanos.Os juízes utilizam argumentos de carácter vincadamente político, afirmando que uma greve da fome e o seu resultado têm «implicações que vão para além da questão pessoal do grevista da fome», que «não é um paciente vulgar, mas sim uma pessoa que consciente e deliberadamente se coloca numa situação perigosa como protesto ou como meio de alcançar um objectivo pessoal ou público».Esta decisão contraria frontalmente um documento do gabinete do Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos publicado em Julho de 2015, por ocasião da apresentação da proposta de lei, intitulado «Peritos da ONU instam Israel a deter a legalização da alimentação forçada de grevistas da fome em detenção».O...
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, num vídeo divulgado na sexta-feira, rejeitou as críticas à construção de colonatos na Margem Ocidental ocupada, equiparando-as a uma «limpeza étnica» dos judeus.«A direcção palestina na realidade exige um Estado palestino com uma condição prévia: nenhuns judeus. Há uma frase para isso: chama-se limpeza étnica», disse Netanyahu, após comparar os cidadãos palestinos de Israel aos israelitas judeus que residem na Margem Ocidental ocupada em colonatos considerados ilegais à luz do direito internacional. «Ninguém afirmaria seriamente que os quase dois milhões de árabes que vivem dentro de Israel são um obstáculo à paz. Isso é porque não o são. Pelo contrário. A diversidade de Israel mostra a sua abertura e disposição para a paz», afirmou.As declarações do primeiro-ministro israelita provocaram indignação. Ayman Odeh, deputado ao Knesset (parlamento israelita) pela Lista Conjunta, coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista...
A questão é posta por Uri Avnery, antigo deputado ao Knesset (Parlamento de Israel) e actual dirigente da Gush Shalom, organização israelita de defesa da paz, que dá a resposta em artigo recentemente publicado:“Os agentes do Shin Bet são a única organização do estado que entra em contacto real, directo e diário com a realidade palestina. Eles interrogam suspeitos palestinos, torturam-nos, tentam transformá-los em informadores. Eles recolhem informações, penetram nas partes mais remotas da sociedade palestina. Eles sabem mais sobre os palestinos do que ninguém em Israel (e talvez na Palestina, também). (…). Eles chegaram a conclusões que escapam muitos políticos: que somos confrontados com uma nação palestina, que esta nação não vai desaparecer, que os palestinos querem um Estado próprio, que a única solução para o conflito é um Estado palestino ao lado de Israel. E assim vemos um estranho fenómeno: ao deixar o serviço, os chefes do Shin Bet, um após o outro, tornam-se abertamente...
Como parte dos seus esforços para combater a campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), o ministro israelita da Segurança Pública, Assuntos Estratégicos e Diplomacia Pública, Gilad Erdan, deslocou-se a Londres para discutir o assunto com entidades oficiais britânicas, informa o jornal israelita «Jerusalem Post».Erdan vai encontrar-se com Sajid Javid, ministro das Comunidades e do Governo Local, para discutir os boicotes a Israel ao nível autárquico na Grã-Bretanha. Avistar-se-á também com Jo Johnson, ministro das Universidades e da Ciência, para discutir as actividades de BDS nas universidades britânicas, assim como modos de reforçar os laços académicos entre o Reino Unido e Israel em resposta aos esforços de boicote.«A Grã-Bretanha é o centro mundial da campanha de BDS anti-Israel», afirmou Erdan. «Vou lá para combater o boicote e a deslegitimação em cada arena, e para discutir com membros do governo britânico — que também está empenhado em lutar contra os boicotes —...