Política e Sociedade de Israel

O relatório anual dos Chefes de Missão dos países da UE representados em Jerusalém e Ramallah, referente a 2014, está a ser apreciado pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros mas alguns meios de informação tiveram acesso a ele e divulgam as suas linhas principais.O relatório é particularmente contundente no que respeita à situação em Jerusalém, considerando que a cidade atingiu um ponto de radicalização e de violência que não eram vistos desde 2005 e responsabiliza por isso a sistemática construção de colonatos em zonas sensíveis, a tensão no complexo da Haram Al-Sharif / Monte do Templo, a violência exercida pela polícia e os despejos e demolições de habitações palestinas.

Numa altura em que países europeus estão sujeitos a asfixiantes medidas de austeridade, a União Europeia prepara-se para encaminhar o dinheiro dos contribuintes para apoios ao complexo industrial-militar-científico de Israel ao abrigo do programa Horizonte 2020. O Programa Quadro Comunitário Horizonte 2020 é um dos mais ambiciosos a nível mundial e dispõe de um fundo de mais de 77 mil milhões de euros para apoiar a investigação e o desenvolvimento, no período 2014-2020, em três vertentes: excelência científica, liderança industrial e desafios societários. Na sua qualidade de Comissário Europeu responsável das áreas da Investigação, Ciência e Inovação, competirá a Carlos Moedas a gestão deste importante fundo. Em 8 de Junho de 2014 Durão Barroso e Benyamin Netanyahu assinaram o acordo de adesão de Israel ao programa Horizonte 2020, o que lhe confere os mesmos direitos dos estados membros e dos países associados. Segundo a Comissão Europeia, de acordo com as regras definidas pelo...

No próximo dia 19 a UEFA vai decidir quais as 13 cidades que acolherão a fase final do Euro 2020. Entre as cidades candidatas encontra-se Jerusalém, proposta por Israel. Se acolher esta candidatura, a UEFA estará a passar a mensagem de que, contrariamente à sua campanha de promoção do «fair play», na realidade está a aprovar, se não a incentivar, a violência étnica, o desrespeito pelo direito internacional, as violações de direitos humanos, a guerra ao próprio futebol. Israel continua a ocupar brutalmente o território da Palestina e Jerusalém Leste, fazendo tábua-rasa de todas as resoluções das Nações Unidas, no sentido de pôr termo à ocupação, e do direito internacional e do direito humanitário internacional, que regulam as obrigações das potências ocupantes. Pelo contrário, desafiando toda a comunidade internacional, prossegue a sua política de colonização ilegal, nomeadamente em Jerusalém, visando a sua judaização através da expulsão dos seus habitantes nativos. O futebol é um...

Nesta Folha Informativa evocamos os sentimentos contraditórios que a data de 29 de Novembro gera no povo palestino: desde a indignação por, em 1947, a ONU ter aprovado a resolução que atribuia à minoria judaica a maior parte do território histórico da Palestina, até à ténue esperança por, em 2012, a Palestina ter sido admitida na ONU com o estatuto de estado observador não membro.
Numa síntese necessariamente breve, percorremos os últimos 66 anos da história dramática do povo palestino.

A situação dos 1 600 000 cidadãos árabes de Israel é o tema principal da Folha Informativa n.º 6.
Embora sendo os habitantes nativos do território onde vivem, ou seus descendentes, são alvo constante de descriminação por parte do Estado judaico, nomeadamente no acesso à educação, à habitação, à terra e ao trabalho.

Especialistas em radiação suíços confirmam que encontraram vestígios de polónio na roupa usada por Yasser Arafat: cresce a possibilidade de o líder palestino ter sido envenenadoNum relatório publicado, há poucos dias, pela revista médica britânica “The Lancet”, a equipa suíça apresenta dados científicos para suportar as declarações feitas, em 2012, à comunicação social, de que tinham encontrado polónio em pertences de Arafat.Arafat morreu em França em 11 de Novembro de 2004, com a idade de 75 anos, mas os médicos não foram capazes de especificar a causa da morte já que, a pedido da viúva, não foi realizada autópsia.Os seus restos mortais foram exumados em Novembro de 2012 e foram colhidas amostras, em parte em resposta a suspeitas de poderia ter sido envenenado, suspeitas essas que se avolumaram após o assassinato do ex-espião russo e crítico do Kremlin Alexander Litvinenko em 2006. A investigação está a ser conduzida, separadamente, por equipas da França, da Suíça e da Rússia.No...

A Folha Informativa n.º 5 tem como tema central a questão do acesso aos recursos hídricos no território da Palestina e a forma como a espoliação deste recurso precioso por parte de Israel obedece a um plano que tem a sua origem no início da ocupação sionista.
Ao coarctar o legítimo direito à água, Israel está a utilizar esta arma silenciosa para forçar o povo palestino ao abandono da sua pátria, está a praticar um genocídio discreto.
Não podemos calar este crime; o silêncio é cumplicidade.

O Acordo de Oslo I O Acordo de Oslo I ou, na sua designação oficial, a «Declaração de Princípios sobre os acordos de Auto-governação Interina», foi assinado a 13 de Setembro de 1993, em Washington, pelo Governo de Israel e a OLP, sob a supervisão do governo dos Estados Unidos. Embora não sejam as suas assinaturas que constam no texto do Acordo, a fotografia que simboliza a cerimónia de assinatura junta os então Presidente dos EUA Clinton, Presidente da OLP Yasser Arafat e Primeiro-Ministro de Israel, Yitzak Rabin. O Acordo de Oslo previa a criação duma Autoridade Nacional Palestina, com responsabilidade de administração interna em territórios na Faixa de Gaza e Margem Ocidental, incluindo territórios dos quais o exército de Israel se deveria retirar. No entanto, o Acordo retirou o controlo das fronteiras desses territórios à ANP. Os territórios sob administração da ANP ficavam assim, desde o início, numa situação de dependência face a Israel. Além disso, o Acordo não resolvia questões...

A Folha Informativa n.º 4 é dedicada a um tema pouco falado na análise da questão palestina – a expulsão dos cidadãos árabes de Israel das suas casas e das suas terras.
Abordamos o tema em duas vertentes plenas de actualidade: a demolição de casas e consequente destruição da vida familiar, e o plano para a expulsão da população beduína do Negev no que, a concretizar-se, seria a maior limpeza étnica praticada por Israel depois dos anos da Nakba.

Especula-se sobre a existência de armas nucleares – ou, pelo menos, a possibilidade de as fabricar – em outros países da região, mas há um silêncio pesado sobre o poderio nuclear de Israel.
Esta questão é o tema central da nossa Folha Informativa n.º 3. O texto que apresentamos é uma versão condensada de um bem documentado artigo elaborado por Frederico Gama Carvalho, físico nuclear e dirigente nacional do MPPM.
Ainda nesta Folha Informativa referimos as condições postas pela OLP para retomar as negociações com Israel e damos nota das reacções à recente decisão da União Europeia de excluir os colonatos judaicos dos acordos de cooperação com Israel.