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Faleceu ontem, 22 de Setembro, com 87 anos de idade, Mário Moutinho de Pádua. Foi membro fundador do MPPM e integrou a sua primeira Comissão Executiva, entre 2008 e 2010. Médico de formação, foi activo na denúncia da guerra colonial e no combate ao regime fascista, mas também na construção do Portugal saído da Revolução dos Cravos, e na luta pela Paz e pela Solidariedade entre os povos.

Quando foi fundado o MPPM, Mário Pádua esteve na primeira linha de acção para ajudar a jovem associação a consolidar o seu caminho. Dotado de um grande sentido humanista e espírito de solidariedade, com total capacidade de entrega, disponibilizava-se para qualquer actividade privilegiando o sucesso colectivo, rejeitando qualquer evidência individual. Quando deixou as funções executivas no MPPM, por entender que outras causas requeriam mais a sua presença, nunca deixou de responder aos apelos da Paz e da luta do povo palestino.

Forças israelitas à paisana mataram deliberadamente um rapaz palestino de 15 anos quando ele denunciou a sua entrada furtiva no campo de refugiados de Jenin durante uma incursão militar a 19 de Setembro, denuncia a Defense for Children International – Palestine (DCIP).

Segundo um relatório divulgado na quarta-feira pela DCIP — o sector palestino da Defense for Children International (DCI), com sede em Genebra — , Rafat Omar Ahmad Khamayseh estava a sair de casa do avô, no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia, por volta das sete e meia da manhã, na terça-feira, 19 de Setembro, quando «viu elementos das forças especiais israelitas a saírem de três carros com matrícula palestina e a cercarem a casa do pai de um homem palestino procurado para prisão».

Em menos de 24 horas, as forças de ocupação israelitas mataram seis jovens palestinos durante ataques militares em várias zonas da Cisjordânia ocupada e da Faixa de Gaza, informa a agência noticiosa WAFA.

Ontem à noite, um jovem palestino identificado como Yousef Radwan, de 25 anos, de Bani Suhayia, a leste de Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, foi morto e outros ficaram feridos quando soldados israelitas abriram fogo contra manifestantes que se reuniam na fronteira de Gaza com Israel. Yousef foi baleado na cabeça, e nove outros palestinos ficaram feridos, um deles em estado crítico. Dois outros jovens palestinos foram feridos por balas reais a leste de Jabalya, no norte da Faixa de Gaza, e muitos outros sofreram asfixia após inalarem gás lacrimogéneo disparado pelos soldados.

O Comité do Património Mundial da UNESCO decidiu neste domingo, em Riade, capital da Arábia Saudita, inscrever o sítio pré-histórico de Tell es-Sultan, perto da cidade palestina de Jericó, na Cisjordânia ocupada, na Lista do Património Mundial.

O sítio de Tell es-Sultan tem estado a ser escavado há mais de um século e revelou as ruínas de uma cidade fortificada que se considera a mais antiga povoação fortificada continuamente habitada do planeta, remontando ao nono milénio a.C. A própria Jericó é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo.

A UNESCO descreve o sítio como «um tell, ou monte, de forma oval que contém depósitos pré-históricos de actividade humana e inclui a nascente perene adjacente de 'Ain es-Sultan. Entre o 9.o e o 8.o milénio a.C., surgiu aqui uma povoação permanente, devido ao solo fértil do oásis e ao fácil acesso à água.»

Soldados israelitas usam cães para impor a sua lei em Hebron

Notícias recentes revelam comportamentos animalescos das forças de ocupação israelitas para com mulheres palestinas que vão desde a agressão brutal a uma menor, ao espancamento, violação e tortura de uma detida, até ao forçado desnudamento de cinco mulheres em frente dos filhos. A violência israelita contra as mulheres palestinas é uma rotina na Cisjordânia ocupada mas continua a gozar de total impunidade.

As forças israelitas agrediram brutalmente uma rapariga palestina de 17 anos depois de terem invadido várias casas na comunidade árabe de Mleihat, a noroeste da cidade de Jericó, na Cisjordânia ocupada, informou a agência noticiosa oficial palestina WAFA.

Hassan Malihat, supervisor geral da Organização Al-Baydar para a Defesa dos Direitos dos Beduínos, disse à WAFA que os soldados israelitas atacaram uma rapariga palestina de 17 anos depois de terem invadido a casa da sua família na referida comunidade na passada terça-feira, 12.

Há 30 anos, em 13 de Setembro de 1993, foi assinado o chamado Acordo de Oslo. Na Casa Branca, em Washington, o presidente da OLP, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro de Israel, Yitzak Rabin, apuseram as suas assinaturas na «Declaração de Princípios sobre os Acordos de Autogovernação Interina».

A OLP reconheceu o direito à existência e segurança do Estado de Israel. Os palestinos renunciavam de facto (na sequência do que já tinham feito na sua declaração de independência, em Argel, em 1988) a 78% do seu território histórico, ocupado por Israel, na esperança de ver constituído um Estado palestino nos restantes 22% (Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental).

Israel, por seu lado, limitou-se a reconhecer a OLP como a representante do povo palestino, sem assumir qualquer compromisso quanto ao reconhecimento do Estado palestino.

Victor Manuel Monteiro Marques era membro do Conselho Fiscal do MPPM. Faleceu ontem, quinta-feira 7 de Setembro, aos 88 anos, na cidade de Almada onde nasceu e viveu praticamente toda a sua vida.

A causa da solidariedade com o povo palestino terá sido a última que abraçou na parte final de uma vida que, a par de uma muito competente actividade profissional e de uma grande dedicação à sua família, o viu envolvido em inúmeras actividades de apoio e dedicação ao seu próximo.

O Victor Marques aderiu ao MPPM em Junho de 2008, no primeiro ano de actividade como associação formalmente constituída. Em Novembro de 2010 foi eleito Secretário da Mesa da Assembleia Geral. Foi eleito para a Direcção Nacional em Março de 2013, desempenhando funções executivas, até que, em Março de 2023, foi eleito vogal do Conselho Fiscal.

As autoridades de ocupação israelitas continuam a recusar-se a libertar os corpos de onze palestinos que morreram nas prisões de Israel, sendo o mais antigo o de Anis Doula, cujo corpo está retido desde 1980, e o mais recente o de Khader Adnan, que faleceu em 2 de Maio de 2023, após uma greve de fome de 86 dias em protesto contra a sua detenção arbitrária — informa a Addameer.

De acordo com a Campanha Nacional para a Recuperação dos Corpos dos Mártires, o número de mortos palestinos cujos corpos estão em sepulturas numeradas atingiu 252, enquanto 142 outros corpos estão mantidos em frigoríficos desde 2015, incluindo 14 corpos de crianças e cinco corpos de mulheres.

O sorteio de duas serigrafias do cartunista António, promovido pelo MPPM no recente Acampamento «Dêem uma oportunidade à Paz», organizado pela Plataforma para a Paz e o Desarmamento, contemplou Maria João Leandro, do Porto, e André Inácio Lopes, de Samora Correia. O MPPM agradece a todos os participantes e felicita os premiados.

Esta serigrafia, de que foram tirados 90 exemplares assinados pelo autor, reproduz o cartoon de António que conquistou o Grande Prémio do XX Salon International de Cartoon, Montreal, 1983.

Trata-se de um pastiche de uma fotografia icónica da II Guerra Mundial que retrata um grupo de crianças e mulheres judias a serem expulsas do ghetto de Varsóvia para serem encaminhadas para o campo de extermínio de Treblinka, na sequência do esmagamento pelas SS nazis da revolta ocorrida naquele ghetto entre 19 de Abril e 16 de Maio de 1943.

Em 28 de Agosto de 1953 – há 70 anos – um jovem oficial israelita de apenas 25 anos, Ariel Sharon de seu nome, comandou o assalto da sua recém-formada Unidade 101 ao campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza, dando início a uma longa série de massacres de que nunca se arrependeu.

Para muitos israelitas, Sharon era o «Bulldozer», um militar rebelde que salvou o seu país da derrota nas suas guerras com os árabes. George Bush, o presidente dos EUA, chamou-lhe «homem de paz». Mas para os palestinos, recordados de Sabra e Shatila, no Líbano, ele era o «Carniceiro de Beirute».

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