O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Liberman, disse numa entrevista ao Canal 2 de Israel que gostaria que todos os cidadãos palestinos de Israel se mudassem para os territórios palestinos ocupados e se tornassem cidadãos daí.
Trata-se de um apelo directo à limpeza étnica dos palestinos que são cidadãos de Israel, e que constituem actualmente cerca de 20% dos cidadãos do país.
Segundo relata o jornal The Times of Israel, ao ser questionado sobre a solução de dois Estados, Liberman, que é também líder do partido de extrema-direita Yisrael Beiteinu, disse que a sua preocupação é assegurar a manutenção de Israel como um Estado judeu.
A Organização de Libertação da Palestina (OLP) censurou os Estados Unidos por se oporem a uma proposta do secretário-geral da ONU de nomear Salam Fayyad, ex-primeiro-ministro da Autoridade Palestina, para chefiar uma missão da ONU, considerando essa posição «um caso de flagrante discriminação com base na identidade nacional».
Após tomar conhecimento da intenção de António Guterres de nomear Fayyad para liderar a missão política da ONU na Líbia, a embaixadora estado-unidense na ONU, Nikki Haley, afirmou na sexta-feira, 10 de Fevereiro, que os EUA estavam «decepcionados», alegando que isso mostrava um preconceito contra Israel. «Durante demasiado tempo a ONU tem sido injustamente tendenciosa em favor da Autoridade Palestina, em detrimento de nossos aliados de Israel», disse Haley, observando que os EUA não reconhecem um Estado palestino nem «apoiam o sinal que esta nomeação enviaria às Nações Unidas».
O MPPM condena a «lei de regularização» (também conhecida como «de formalização» ou «de legalização»), aprovada pelo Knesset (parlamento de Israel) no passado dia 6 de Fevereiro, – lei celerada que visa «legalizar» retroactivamente dezenas de postos avançados judaicos (colonatos «selvagens», ilegais à luz do próprio direito israelita) na Margem Ocidental ocupada em 1967 – e denuncia esta manobra como parte da política de anexação total da Palestina por parte de Israel.
Esta lei permite ao Estado israelita declarar como propriedade governamental os terrenos palestinos nos quais esses postos avançados foram construídos, dessa forma sanando a ilegalidade do roubo das terras e consagrando a efectiva anexação desses territórios.
Uma adolescente palestina de 16 anos, Manar Majdi Shweik, de Silwan (Jerusalém Oriental ocupada), foi condenada a seis anos de prisão pelo Tribunal Central israelita, no domingo 5 de Fevereiro.
Trata-se da mais jovem habitante de Jerusalém detida pelas autoridades israelitas. Segundo informa a agência noticiosa palestina Ma'an, a jovem, acusada de posse faca e de planear um ataque, já havia passado mais de um ano em detenção.
A polícia israelita deteve-a pela primeira vez em 6 de Dezembro de 2015 em Silwan, ao sair da escola, alegando ter encontrado uma faca na sua bolsa; não é claro o que motivou a revista. Na altura a Ma'an relatou que jovens palestinos filmaram a revista e detenção da adolescente com os sesus telemóveis, que mais tarde lhes foram confiscados.
Cerca de 5000 cidadãos israelitas, palestinos e judeus, provenientes de Jerusalém e de Israel inteiro, manifestaram-se na cidade israelita de Tel Aviv na noite de sábado, 4 de Fevereiro, em protesto contra as demolições de casas que visam cidadãos palestinos de Israel. Os manifestantes classificaram como «racista» contra os cidadãos palestinos a campanha de demolições levada a cabo pelo Estado de Israel.
O protesto foi organizado por cerca de 20 movimentos e grupos políticos, de direitos humanos e defensores da paz, incluindo a organização «Standing Together», o Conselho de Aldeias não Reconhecidas do Negev, o Partido Comunista de Israel e os partidos Meretz e Hadash, e ainda os Rabinos pelos Direitos Humanos, entre outros.
A administração do presidente Donald Trump surpreendeu muitos observadores na quinta-feira, 2 de Fevereiro, ao publicar um comunicado que vai a contra-corrente do anúncio da construção de um novo colonato na Margem Ocidental ocupada, feito na véspera pelo primeiro-ministro israelita.
«Embora nós não acreditemos que a existência de colonatos seja um impedimento à paz, a construção de novos colonatos ou a expansão dos colonatos existentes além das suas fronteiras actuais pode não ajudar a alcançar esse objetivo», diz uma declaração do secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer. Este acrescentou que «a administração não tomou uma posição oficial sobre a actividade de colonização» e que aguarda futuras discussões, incluindo com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que deverá encontrar-se com Trump a 15 de Fevereiro.
Israel aprovou a construção de milhares de novas casas em colonatos na Margem Ocidental ocupada, anunciou esta terça-feira, 31 de Janeiro, o gabinete do ministro da Defesa israelita, Avigdor Lieberman, segundo informa o jornal israelita Haaretz.
O comunicado afirma que Lieberman (líder do partido de extrema-direita Yisrael Beiteinu) e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, concordaram em aprovar a construção de mais de 3000 unidades habitacionais em colonatos na Margem Ocidental ocupada.
«Estamos num novo período em que a vida na Judeia e Samaria [modo como Israel designa a Margem Ocidental ocupada] estão de volta ao caminho certo», diz Lieberman no comunicado.
O Knesset (parlamento de Israel) deverá avançar esta semana com a controversa «lei de legalização», depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ter dado instruções no sentido de fazer aprovar o acto legislativo, que visa o reconhecimento retroactivo pelo governo israelita de dezenas de colonatos e postos avançados ilegais na Margem Ocidental ocupada.
Numa declaração após a reunião semanal do gabinete israelita, no domingo, 29 de Janeiro, Netanyahu afirmou que o governo iria apresentar o «projecto de lei de legalização» (também conhecida como «de regularização» ou «de formalização») ao Knesset na segunda-feira, 30 de Janeiro.
«A lei foi concebida para normalizar o estatuto da colonização judaica na Judeia e Samaria [modo como Israel designa a Margem Ocidental ocupada] de uma vez por todas e evitar tentativas recorrentes de prejudicar o empreendimento dos colonatos», declarou Netanyahu.
Forças israelitas mataram um jovem palestino de 19 anos e feriram vários outros na madrugada de domingo, 29 de Janeiro, no campo de refugiados de Jenin, no norte da Margem Ocidental ocupada, após confrontos na sequência de uma invasão do campo pelo exército israelita, informa a agência noticiosa palestina Ma'an.
O jovem, Muhammad Mahmoud Abu Khalifa, foi morto por uma bala na parte inferior das costas que lhe atravessou o corpo, saindo pelo abdómen. A agência noticiosa oficial palestina Wafa relatou que o jovem foi deixado no chão durante horas antes de as equipas de socorro poderem evacuar o corpo.
Pelo menos cinco outros jovens palestinos foram feridos, um deles com gravidade.
Dezenas de veículos militares invadiram o campo, depois de forças israelitas sob disfarce se terem aí infiltrado num veículo civil. Seguiram-se violentos confrontos que duraram várias horas.
Escavadoras escoltadas por forças militares israelitas arrancaram, na quinta-feira 25 de Janeiro, 500 oliveiras perto da aldeia de Kharas, no distrito de Hebron da Margem Ocidental ocupada, segundo informa a agência noticiosa palestina Ma'an.
De acordo com informação de uma autoridade local, as oliveiras, todas com mais de 14 anos, plantadas em 2,5 hectares de terra, foram arrancadas sem aviso prévio. Faisal Moussa al-Hroub, um dos proprietários do terreno, declarou à Ma'an que as oliveiras arrancadas pelas forças israelitas eram suas e do seu irmão Muhammad e que o terreno era o principal rendimento deles e de dezenas de parentes seus.
Trata-se do terceiro caso de arranque de oliveiras — árvores altamente simbólicas para os palestinos — pelas forças israelitas no território palestino ocupado desde o início do ano, pondo em causa a subsistência de numerosas pessoas.