Uma carta aberta de mais de 60 académicos judeus e israelitas, em vésperas da discussão no Bundestag de uma moção sobre o movimento BDS, alerta que não se pode confundir com anti-semitismo a crítica a Israel e às suas políticas antipalestinas.
Na sexta-feira passada o parlamento alemão aprovou uma moção que condena como sendo anti-semita o movimento BDS, que apela ao boicote, ao desinvestimento e às sanções como forma de pressão para que Israel ponha fim à ocupação da terra palestina, conceda direitos iguais aos cidadãos palestinos de Israel e reconheça o direito de retorno dos refugiados palestinos.
Trata-se de um avanço ameaçador, que se enquadra num movimento a nível mundial, e particularmente na União Europeia, para criminalizar toda a crítica às brutais políticas israelitas contra os palestinos e para amordaçar todas as vozes solidárias com a causa palestina.
Tanto maior é por isso a importância desta carta aberta, que recorda: «Muitos judeus e grupos israelitas apoiam explicitamente...
A final do Festival da Eurovisão, esta noite em Tel Aviv, tem lugar na mesma semana em que se assinalou o 71.º aniversário da Nakba («catástrofe», em árabe), a expulsão da população autóctone palestina levada a cabo por ocasião da fundação de Israel.
A própria sala onde decorre o Festival está situada em terrenos que pertenciam a uma aldeia palestina demolida por Israel: Al-Shaykh Muwannis, ocupada pelas milícias sionistas em Março de 1948 — ou seja, meses antes da proclamação da independência de Israel e da guerra com os países árabes que habitualmente é apresentada como pretexto para a expulsão dos palestinos. Vários dos seus habitantes foram mortos, os outros foram expulsos e as suas terras expropriadas.
E a umas centenas de metros daí, a Universidade de Tel Aviv está construída sobre as próprias ruínas das casas de Al-Shaykh Muwannis, e o seu Clube de Professores ocupa a «Casa Verde», que era propriedade de Abu Kheel Ibrahim.
Não se trata de uma casualidade. O Estado de Israel está...
Pelo menos 65 manifestantes palestinos foram feridos a tiro por forças israelitas nesta quarta-feira, durante protestos na Faixa de Gaza cercada para assinalar o 71.º aniversário da Nakba.
Milhares de palestinos da Faixa de Gaza, sujeita a um criminoso bloqueio israelita há 12 anos, manifestaram-se junto à vedação com que Israel isola o pequeno território para exigir o direito de retorno dos refugiados (dois terços dos habitantes de Gaza são refugiados) às suas terras de origem, no território actual de Israel, de onde foram expulsos na campanha de limpeza étnica que acompanhou a formação do Estado sionista, em 1948.
As forças israelitas abriram fogo e dispararam bombas de gás lacrimogéneo em direcção aos manifestantes.
Fontes médicas confirmaram que 65 palestinos, incluindo 22menores e cinco mulheres, foram feridos por balas reais, enquanto dezenas de outros sofreram sufocação severa devido à inalação de gás lacrimogéneo. As forças israelitas, incluindo atiradores de elite, foram...
No momento em que se assinala o 71.º aniversário da Nakba, a 15 de Maio, o povo palestino enfrenta perigos imensos e vive uma das mais graves situações desde a criação do Estado de Israel. O anunciado «acordo do século» visa legitimar a política anexionista de Israel com o seu cortejo de prisões, mortes, destruição, espoliação. Os refugiados são ignorados, continua o criminoso bloqueio a Gaza, prossegue em ritmo acelerado a construção de colonatos ilegais e a expulsão de palestinos de Jerusalém Oriental. A «Lei do Estado-Nação» consagra a discriminação dos cidadãos palestinos de Israel.
Nakba («catástrofe» em árabe) é o termo que designa a limpeza étnica da população palestina autóctone nos meses que antecederam e se seguiram à fundação de Israel, em 1948. Mais de 500 aldeias foram destruídas, mais de 750 000 palestinos foram expulsos das suas terras, transformando-se em refugiados. Pela violência, os sionistas ocuparam o território onde constituiriam o seu Estado — que excedeu em muito...
A agência da ONU de assistência aos refugiados palestinos (UNRWA) informou nesta segunda-feira que mais de um milhão de palestinos da Faixa de Gaza podem estar condenados a passar fome se não conseguir reunir 60 milhões de dólares de donativos até o próximo mês de Junho.
«A menos que a UNRWA consiga obter pelo menos 60 milhões de dólares adicionais até Junho», sublinha a agência num comunicado, «será severamente afectada a sua capacidade de continuar a fornecer alimentos a mais de um milhão de refugiados palestinos em Gaza, incluindo cerca de 620 000 pessoas em situação de pobreza extrema (aqueles que não conseguem cobrir as suas necessidades básicas de alimentos e que tem de sobreviver com 1,6 dólares por dia) e quase 390 000 em pobreza absoluta (aqueles que sobrevivem com cerca de 3,5 dólares por dia).»
A UNRWA é financiada quase inteiramente por contribuições voluntárias, e o crescimento das necessidades superou o aumento do apoio financeiro.
Milhares de pessoas desfilaram pelo centro de Londres no sábado para reclamar uma Palestina livre, o fim da ocupação israelita dos territórios palestinos e dos ataques a Gaza.
A manifestação, organizada pela Palestine Solidarity Campaign, com o apoio da Stop the War Coalition e de várias outras associações e sindicatos, assinalou o 71.º aniversário da Nakba («catástrofe» em árabe), a limpeza étnica da população palestina por ocasião da criação de Israel. Este ano a comemoração da Nakba desenrola-se num clima particularmente ameaçador, já que coincide com os planos estado-unidenses de um «acordo do século» que significaria a total abdicação pelos palestinos dos seus inalienáveis direitos nacionais.
Durante o desfile os manifestantes exigiram a libertação da Palestina, o direito de retorno para os refugiados palestinos e o fim dos «ataques sem precedentes por Israel contra os palestinos».
Na manifestação participou também a jovem palestina Ahed Tamimi, que se tornou um símbolo da...
O ministro dos Negócios Estrangeiros palestino, Riyad Al-Maliki, afirmou na quinta-feira que o anunciado plano de paz dos EUA é um acordo para forçar os palestinos à rendição.
Falando numa reunião informal do Conselho de Segurança da ONU para discutir a construção de colonatos israelitas ilegais nos territórios palestinos ocupados, Al-Maliki criticou o chamado «acordo de paz» dos EUA, sublinhando que todas as indicações são de que o seu conteúdo serão «condições para a rendição».
A administração estado-unidense disse que vai revelar o seu «plano de paz», a que chama «acordo do século», depois de terminado o mês sagrado muçulmano do Ramadão, no começo de Junho.
«Quando os EUA, antes de anunciarem o seu plano, reconhecem Jerusalém como a chamada “capital de Israel” e afirmam que têm o direito de tomar essa decisão soberana que está viola de modo flagrante o direito internacional e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e fingir que isso não tem implicações na paz, não é possível ter...
Milhares de cidadãos palestinos de Israel marcaram esta quinta-feira o Dia da Nakba numa marcha para a aldeia palestina destruída de Khubbayza, no Norte de Israel.
Segundo informa o jornal israelita Haaretz, trata-se da 22.ª vez que em Israel se realiza uma «marcha de retorno». Embora a data oficial do Dia da Nakba seja 15 de Maio, a marcha realiza-se anualmente no Dia da Independência de Israel (a independência de Israel foi proclamada a 14 de Maio de 1948, segundo o calendário gregoriano; porém, em Israel as comemorações ocorrem no dia 5 de Iyar do calendário judaico, que é de base lunissolar, sendo por isso uma data móvel). A marcha tem lugar de cada vez numa aldeia palestina diferente demolida em 1948.
Na marcha participaram também judeus anti-sionistas.
«Nakba» («catástrofe» em árabe) é a palavra que os palestinos usam para descrever a limpeza étnica da população palestina autóctone nos meses que antecederam e se seguiram à fundação de Israel, em 1948. Mais de 750 000 palestinos...
Israel lançou uma nova e sangrenta ofensiva contra a martirizada Faixa de Gaza. Desde o início da escalada, na sexta-feira, foram mortos 25 palestinos e feridos mais de 1500.
Segundo as autoridades de Gaza, as forças armdas do regime sionista lançaram ataques aéreos e dispararam projécteis de artilharia contra o pequeno enclave palestino cercado, destruindo 200 instalações civis e outras infra-estruturas.
Sete prédios foram destruídos e outros quatro foram atacados por mísseis; centenas de outras casas ficaram parcialmente danificadas devido aos ataques. Escolas, carros, terrenos cultivados, estufas e veículos de assistência médica foram danificados pelos ataques.
Também foram atacados os portos de pesca de Rafah, Gaza e Khan Younis, além de 21 campos de treino e 17 torres de vigia das forças de resistência palestinas.
Retomando uma prática do passado, Israel levou a cabo, pela primeira vez desde 2014, o assassínio direccionado de um comandante da ala armada do Hamas, Hamed al-Khoudary.
1. Não é possível ignorar nem calar a gravidade das declarações do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciando a intenção de proceder à anexação formal de territórios ocupados da Cisjordânia. As declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros dos EUA, Michael Pompeo, afirmando que tal anexação não constituiria um problema para o chamado «acordo do século» são igualmente inaceitáveis e suscitam fundados receios quanto a esse plano patrocinado pelo governo estado-unidense.
2. A consumar-se, a anexação formal de territórios palestinos ocupados por Israel em 1967 significaria uma violação aberta dos princípios básicos das relações internacionais e de décadas de resoluções da ONU. Significaria mesmo a violação de décadas de acordos oficiais patrocinados pelos EUA e assinados por Israel. Uma tal anexação exigiria uma reacção vigorosa da comunidade internacional, sem a qual estaríamos perante uma traição histórica ao já tão martirizado povo palestino e às inúmeras promessas...