Três palestinos foram mortos a tiro pelas forças de ocupação israelitas nesta manhã de domingo, perto do posto de controlo militar de Sarra, a sudoeste de Nablus na Cisjordânia ocupada.
Os soldados israelitas dispararam contra quatro palestinos que estavam dentro do seu veículo no posto de controlo, matando três deles. Os mortos foram identificados como Jihad Mohammad Shami, 24 anos, Udai Othman Shami, 22 anos, e Mohammad Ra'ed Dabek, 18 anos, todos residentes em Nablus.
O exército israelita alega que os soldados tinham disparado em resposta a tiros dos ocupantes do veículo, mas nenhum soldado israelita foi ferido.
Segundo testemunhas da aldeia vizinha do posto de controlo, pouco depois do tiroteio, os soldados israelitas invadiram as lojas e apreenderam as gravações das câmaras de vigilância inviabilizando a reconstituição do incidente.
Na passada sexta-feira, um rapaz palestino identificado como Amir Mamoun Odeh, 16 anos, foi baleado no peito e morto pelo exército israelita durante...
Forças de segurança israelitas num veículo blindado dispararam repetidamente contra um grupo de civis que se abrigavam entre uma mesquita e uma clínica durante o assalto de 22 de Fevereiro à cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, matando duas pessoas, incluindo um adolescente, e ferindo outras três, de acordo com testemunhas e uma reconstrução visual do evento ontem divulgada pelo The Washington Post.
O Washington Post falou com duas testemunhas do tiroteio, obteve, de um espectador e das Forças de Defesa de Israel, vídeos previamente inéditos do incidente, e pediu a peritos em áudio que analisassem o som do tiroteio. Um jornalista do Washington Post recolheu provas visuais no local para reconstruir o incidente utilizando software de modelagem 3D e outros jornalistas reviram mais de 30 vídeos filmados em Nablus nesse dia.
A reconstrução do jornal mostra que, enquanto respondiam ao que diziam ser um atirador, as forças israelitas dispararam pelo menos 14 vezes de dentro do seu veículo...
Waleed Nassar, de 14 anos, sucumbiu aos ferimentos que sofreu durante o ataque do exército israelita à cidade e o campo de refugiados de Jenin, na passada terça-feira, elevando para 78 o número de palestinos assassinados por Israel, em 2023, que incluem 14 menores e uma mulher.
Hoje de manhã, uma unidade especial das forças israelitas entrou na cidade de Jabaa', a sul de Jenin e abriu fogo sobre um veículo palestino em que se encontrava três jovens, matando-os a todos. Os três palestinos mortos foram identificados como Sufyan Fakhoury, 26 anos, Nayef Malayshah, 25 anos, e Ahmad Fashafsha, 22 anos.
Na passada terça-feira, seis palestinos foram mortos e outros 26 ficaram feridos durante um ataque do exército israelita à cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia. Os mortos foram identificados como Mohammad Wael Ghazawi, 26 anos, Majd Mohammad Huseinieh, 26 anos, Tareq Ziad Natour, 27 anos, Ziad Amin Zareini, 29 anos, Abdul Fattah Hussein Khrousheh, 49 anos, e Mutasem Nasser Sabbagh, 22anos.
No Dia Internacional da Mulher, o MPPM homenageia as mulheres que, em todo o mundo — em casa, nos campos, nas fábricas ou nos escritórios — lutam pela paz e pela liberdade, contra a opressão, a discriminação e a injustiça.
Neste ano de 2023, em que se assinalam 75 anos sobre a Nakba — a limpeza étnica que acompanhou a criação do Estado de Israel —, neste ano em que a repressão, a injustiça, o racismo e a segregação que vitimam o povo palestino não só continuam como se agravam, o MPPM presta especial homenagem às mulheres palestinas que, não obstante as duras condições, continuam a resistir, a trabalhar, a fazer viver a família, a educar os filhos.
Este ano de 2023 está a caminho de ser o mais mortífero para as palestinas e os palestinos que vivem na Cisjordânia. A brutalidade do exército de ocupação e dos colonos por ele protegidos não tem limites. Até ontem totalizavam 73 os palestinos mortos pelo ocupante, incluindo uma mulher idosa.
Samih al-Aqtash, 37 anos, tinha cinco filhos e tinha regressado à sua casa em Zaatara, a sul de Nablus, há cinco dias, depois de ter integrado uma missão humanitária de busca e salvamento às vítimas do terramoto da Turquia. Foi assassinado, anteontem, com uma bala no estômago por colonos fanáticos protegidos pelo exército israelita.
Neste domingo à noite, hordas de colonos israelitas levaram a cabo pelo menos 300 ataques, incluindo tiroteios e fogo posto, numa onda de violência que atingiu vilas e aldeias palestinas na zona de Nablus, na Cisjordânia ocupada.
Segundo o Crescente Vermelho, pelo menos 390 palestinos foram feridos nos tumultos provocados pelos colonos nas localidades de Huwara, Zaatara, Burin e Asira al-Qibliya, a sul de Nablus. A maioria foi ferida por gás lacrimogéneo disparado pelo exército israelita, mas também por inalação de fumo dos fogos ateados pelos colonos. Houve relatos de esfaqueamentos e agressões com barras metálicas e pedras.
Dez palestinos, incluindo dois idosos e uma criança, foram mortos hoje num brutal assalto do exército israelita à cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia, enquanto mais de 100 foram feridos por balas vivas, sendo seis considerados em estado muito crítico.
Segundo testemunhas oculares, o exército israelita invadiu Nablus com seis dezenas de veículos blindados e forças especiais às 10 da manhã (8 horas em Lisboa). O exército bloqueou todas as entradas na cidade e cercou uma casa onde residiam dois resistentes palestinos, Hossam Isleem e Mohammad Abdulghani, alegadamente membros do grupo da resistência “Cova dos Leões”, e ambos foram mortos por recusarem render-se.
Os soldados, que, além de dispararem balas vivas, dispararam gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento contra casas e lojas, causando muitos casos de asfixia na cidade antiga densamente povoada o que provocou a reacção dos residentes.
Relatando de Nablus para a Al-Jazeera, Nida Ibrahim disse que as testemunhas descreveram como...
O número de mortos do ataque do exército israelita à cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, aumentou para nove e o número de feridos para 20, estando quatro em estado crítico, segindo informação do Ministério da Saúde palestino.
Uma das vítimas mortais é uma idosa identificada como Magda Obaid, de 60 anos. Não foram reportadas baixas do lado israelita.
As forças israelitas lançaram um assalto em grande escala e sitiaram o campo de refugiados nas primeiras horas desta quinta-feira com forças infiltradas, dezenas de veículos blindados e franco-atiradores. Em breve eclodiram confrontos armados com combatentes da resistência palestina.
Os soldados fortemente armados abriram fogo contra os jovens locais, que tentavam bloquear a sua entrada, ferindo sete, incluindo um gravemente ferido por munições vivas no peito e na coxa.
A força militar desligou o fornecimento de electricidade ao campo, negou aos paramédicos e repórteres o acesso ao mesmo e abriu fogo directamente sobre uma...
O colectivo (un)common ground organiza, entre 7 de Janeiro e 26 de Fevereiro, em Lisboa, duas exposições sobre as consequências da ocupação israelita da Palestina.
Passado Presente – Perspectivas de paisagens em desaparecimento mostra a persistente presença da Nakba na memória palestina. Com curadoria de Debby Farber é apresentado «um conjunto heterogéneo de obras e de artistas [que] continuam a animar a memória e o espírito de resistência, oferecendo imagens alternativas que descrevem paisagens em desaparecimento ao mesmo tempo que exprimem o que não se pode rasurar nem esquecer.»
Fronteiras Porosas, com curadoria de Rula Khoury, explora as fronteiras criadas com a ocupação subsequente à guerra de 1967. «Nesta exposição, a posição dos artistas e das obras apresentadas visam destacar a luta contra as formas de domínio que ameaçam os atributos e a vitalidade de uma cultura nativa.»
As exposições podem ser visitadas nas Largo Residências do Quartel do Largo do Cabeço de Bola até 26 de...
Numa decisão histórica, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou ontem, 30 de Dezembro, uma Resolução em que pede ao Tribunal Internacional de Justiça um parecer consultivo sobre as consequências jurídicas da ocupação por Israel dos Territórios Palestinos ocupados em 1967.
Portugal foi um dos 87 países que votaram a favor da resolução, que registou 23 votos contra e 53 abstenções.
Recorda-se que foi na sequência de um pedido semelhante da AG da ONU (Resolução ES-10/14, de 8 de Dezembro de 2013) que o TIJ emitiu, em 9 de Julho de 2004, o seu parecer consultivo condenando a construção do Muro do Apartheid.
É este o texto da parte relevante da Resolução ontem aprovada:
[A Assembleia Geral] […]
18. Decide, em conformidade com o Artigo 96 da Carta das Nações Unidas, solicitar ao Tribunal Internacional de Justiça, nos termos do Artigo 65 do Estatuto do Tribunal, um parecer consultivo sobre as seguintes questões, considerando as regras e princípios do direito internacional, incluindo a Carta...
Neste dia 29 de Novembro passam três quartos de século da aprovação da Resolução 181 pela Assembleia Geral da ONU, prevendo a partição da Palestina, então sob Mandato britânico. Mas se logo em 1948 foi criado o Estado de Israel, nenhum Estado independente da Palestina jamais viu a luz do dia.
A descolonização da Palestina nunca chegou a acontecer. O colonizador britânico foi substituído por um Estado de colonos provenientes dos quatro cantos do mundo, que não apenas se apropriou dum território que excedia em muito o previsto na Resolução 181 de 1947 como tem mantido, desde 1967, o restante território palestino sob ocupação.
A aprovação pela ONU da criação de Israel no território histórico da Palestina foi inseparável do sentimento de repúdio, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, pelos horrendos crimes do nazi-fascismo, incluindo as perseguições e genocídio dos judeus. Mas os planos de partilha do Médio Oriente e dos seus gigantescos recursos pelas potências imperialistas eram mais...