Resistência, Política e Sociedade Palestinas

Trinta palestinos encarcerados em prisões israelitas entraram em greve de fome em solidariedade com seis presos que se recusam a comer ou beber para protestar contra a sua detenção ilegal sem acusação nem julgamento.

A Frente Popular para a Libertação da Palestina informou esta segunda-feira que um novo grupo de 30 presos se juntou à greve de fome de duração indeterminada para protestar contra a prática da chamada detenção administrativa.

Os presos rejeitam a ingestão de alimentos ou água, visando aumentar a pressão sobre as autoridades israelitas para que acedam às reivindicações dos seis detidos que já se encontravam em greve de fome, particularmente Huthaifa Halabiya, cujo estado de saúde se está a deteriorar rapidamente.

Nesta segunda-feira, 12 de Agosto, a advogada da Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos) conseguiu visitar Huthaifa Halabiya. Encarcerado em isolamento na Clínica-Prisão de Ramleh, em Israel, Halabiya completou nesse dia 43 dias de greve de fome.

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A Orquestra Juvenil da Palestina (OJP) está em digressão pelo Norte da Europa. A sua existência é, por si só, um tributo ao querer e resistência da juventude palestina cuja paixão pela música a leva a ultrapassar os inúmeros obstáculos criados pelas autoridades de ocupação israelitas.

Numa entrevista feita pela jornalista Samira Shackle para a Al Jazeera, Nai Barghouti, agora uma estrela em ascensão na world music, que acompanha a OJP, recorda quando tinha 11 anos e foi barrada num checkpoint quando se dirigia para a sua lição semanal de música, na Cisjordânia. Ao pai, que pretendia que regressasse a casa, replicou: «Não, não volto para casa porque isso é o que eles querem. Para mim é muito importante ir às lições de música. É o meu direito. Mas, na Palestina, a arte tornou-se um privilégio e não um direito».

A OJP foi criada em 2004 no seio do Conservatório Nacional de Música Edward Said (CNMES) com a visão de juntar jovens músicos palestinos de todo o mundo. Os jovens músicos reúnem-se...

Forças israelitas realizaram nesta segunda-feira uma incursão numa prisão na Cisjordânia ocupada, disparando gás lacrimogéneo e transferindo vários presos palestinos para isolamento.

Os presos encarcerados em duas secções da prisão de Ofer, perto de Ramala, recusaram-se a comer no domingo à noite «como acto de protesto contra o ataque aos dirigentes dos presos em Ofer e às comissões que administram os seus assuntos diários», informou o Clube dos Presos Palestinos (PPC), citado pelo sítio noticioso Middle East Eye.

Na segunda-feira, forças da unidade de Metzada, uma unidade de operações especiais do Serviço Prisional de Israel, invadiram as duas secções para pôr fim ao protesto, usando gás lacrimogéneo.

Cinco presos foram transferidos para o centro de detenção de Gilboa, enquanto outros 20 presos foram colocados em isolamento em Ofer.

Desconhece-se o número de presos feridos durante o ataque.

As mesmas forças invadiram uma secção da prisão onde estão detidos cerca de 100 menores, alguns dos...

Pelo menos 51 palestinos foram feridos pelas forças represivas israelitas na sexta-feira durante os protestos da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que 24 dos feridos foram atingidos por balas reais. Entre os feridos contam-se dois jornalistas.

Milhares de palestinos acorreram ao leste da Faixa de Gaza para participar na 69.a semana consecutiva da Grande Marcha do Retorno, que decorreu sob o lema «Sexta-feira de Solidariedade com o povo de Wadi Hummus», o bairro na zona palestina junto a Jerusalém Oriental onde recentemente Israel demoliu 10 prédios de habitação.

A comissão organizadora tinha apelado a uma ampla participação a fim de exprimir a rejeição do processo de transferência e limpeza étnica sistemática, que visa obliterar a identidade árabe de Jerusalém e expulsar os seus habitantes palestinos.

Centenas de soldados israelitas, com um grande número de veículos militares, foram enviados para junto dos...

Um palestino foi morto a tiro pelo exército de Israel durante um protesto semanal na Faixa de Gaza, informou o Ministério da Saúde do território sitiado.

Ahmed al-Qarra, de 23 anos, foi baleado no estômago durante uma manifestação junto à vedação com que Israel isola o pequeno território palestino. Al-Qarra, que sucumbiu aos ferimentos no hospital pouco antes da meia-noite de sexta-feira, foi a primeira vítima mortal desde Junho nas manifestações semanais da Grande Marcha do Retorno, que se realizam sem interrupção desde há 16 meses.

Cinquenta e seis palestinos foram feridos pelas forças israelitas, 38 dos quais por balas reais, e 22 dos feridos tinham menos de 17 anos.

A Grande Marcha do Retorno teve início em Março de 2018, exigindo o direito dos refugiados palestinos a regressarem aos lugares de onde foram expulsos, na Palestina histórica, na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948.

Exige também o fim do bloqueio imposto há mais...

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou nesta quinta-feira a cessação de todos os acordos assinados com Israel, incluindo a coordenação de segurança. Abbas anunciou também a formação de uma comissão para aplicar esta decisão.

«Depois de todas as violações contra o nosso povo, anunciamos a cessação de todos os acordos assinados com Israel», escreveu Abbas no Twitter, acrescentando três horas depois: «Para confirmação: declaramos a cessação de todos os acordos assinados com Israel, incluindo a coordenação de segurança.»

Anúncios do mesmo teor já foram feitos anteriormente pela OLP e a Autoridade Palestina, mas não tiveram até agora tradução prática. Em Maio de 2018, o Conselho Nacional Palestino (instância suprema da OLP) decidiu suspender o reconhecimento do Estado ocupante, declarando que o período de transição estipulado nos acordos assinados em Oslo e Washington, com suas obrigações, já não existia. Além disso, o Conselho Central Palestino, nas suas duas últimas...

Forças repressivas israelitas dispersaram dezenas de palestinos que protestavam contra a  planeada demolição por Israel de dezenas de casas no bairro de Sur Baher, na parte Jerusalém Oriental sob controlo da Autoridade Palestina.

Dezenas de palestinos reuniram-se no sábado em Sur Baher em solidariedade com os donos das casas ameaçadas de demolição.

As forças repressivas israelitas dispararam gás lacrimogéneo e granadas atordoantes para dispersar a manifestação, afirmaram testemunhas no local citadas pela agência Associated Press.

Sur Baher localiza-se no sudeste de Jerusalém Oriental, na Cisjordânia ocupada. O bairro está cortado ao meio pelo Muro ou barreira de separação, apesar de todo ele se encontrar já fora dos limites do município israelita de Jerusalém (que, ilegalmente, inclui também Jerusalém Oriental).

Uma parte de Sur Baher ficou do lado oeste («israelita»), ainda que legalmente faça parte, como todo o bairro, da «Área A» da Cisjordânia, que segundo os Acordos de Oslo está sob o...

Mais de 100 palestinos foram esta sexta-feira feridos na Faixa de Gaza pelas forças israelitas, que dispararam balas reais e de borracha contra os milhares de manifestantes que participavam na 67.a sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, informou o Ministério da Saúde do território.

Cinquenta dos feridos foram atingidos por balas reais e 52 outros por balas de aço revestidas de borracha. Entre os feridos contam-se quatro paramédicos e dois jornalistas.

Dezenas de manifestantes também sofreram os efeitos da inalação do gás lacrimogéneo disparado pelas forças israelitas.

Segundo a agência palestina WAFA, mais de 300 palestinos foram mortos e cerca de 18 000 foram feridos pelas forças israelitas desde o início da Grande Marcha de Retorno, em 30 de Março de 2018. Os manifestantes exigem o fim do bloqueio israelita à Faixa de Gaza e o direito de retorno dos refugiados palestinos aos lugares de onde foram expulsos na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas em 1948...

Um rapazinho palestino de 10 anos foi nesta sexta-feira atingido na cabeça por uma bala real disparada por forças israelitas durante o protesto semanal contra o Muro de separação em Kafr Qaddum, na Cisjordânia ocupada.

O pequeno Abdul-Rahman Yasser Shtewi foi levado pelo Crescente Vermelho Palestino para o Hospital Rafidia em Nablus. Segundo o Ministério da Saúde, o seu estado é crítico.

Morad Ashtwei, um dos promotores dos protestos contra o Muro, afirmou ao jornal israelita Haaretz que o rapazinho de 10 anos que foi gravemente ferido estava a seguir a manifestação apenas «por curiosidade» e «não estava a fazer mal a ninguém» quando foi baleado. O exército israelita «usa balas de borracha e outros meios perigosos» para ferir os participantes nos protestos, acrescentou.

Desde Julho de 2011 que os palestinos de Kafr Qaddum, no Norte da Cisjordânia ocupada, realizam manifestações semanais à sexta-feira em protesto contra o encerramento da principal estrada de acesso à localidade. Desde 2003...

Pelo segundo dia consecutivo, esta sexta-feira o bairro de  Issawiya, em Jerusalém Oriental ocupada, ergueu-se em revolta contra o assassínio de um jovem pelas forças repressivas israelitas.

Na quinta-feira, Mohammed Samir Obaid, de 20 anos, foi baleado no peito e no coração pela polícia israelita durante um protesto, vindo a sucumbir aos ferimentos no início da sexta-feira.

A polícia israelita afirma que os seus agentes dispararam depois de Obaid lhes ter atirado petardos, o que é desmentido por testemunhas no local, que negam terem sido lançados quaisquer petardos. Pelo contrário,
um soldado que se encontrava a 10 metros de Obaid pegou na arma e correu atrás do jovem, antes de disparar contra ele.

As forças israelitas apossaram-se do corpo do jovem e recusam-se a devolvê-lo à família.

Durante a adolescência Obaid passou quatro anos nas prisões israelitas pelas suas actividades contra a ocupação. O seu pai e irmã também são antigos presos políticos.

Nesta sexta-feira o campo de refugiados...