O Parlamento israelita, o Knesset, rejeitou um projecto de lei apresentado por Yousef Jabareen em nome da Lista Árabe Conjunta destinado a assegurar a plena igualdade para todos os cidadãos de Israel, independentemente da sua etnia ou filiação religiosa.
Apesar de o projecto de lei sublinhar a necessidade de os direitos humanos e a democracia estarem acessíveis a todos no Estado sionista, foi rejeitado por uma maioria da coligação governamental e dos partidos da oposição.
«O que vos proponho é, antes de mais, um tratado de paz entre o Estado e os seus cidadãos árabes, antes de abordar o que está para além das suas fronteiras», disse Jabareen aos deputados da direita que atacaram a sua proposta de legislação.
«A paz com os cidadãos árabes realiza-se quando o Estado assegura o seu estatuto de igualdade na sua casa», salientou Jabareen.
O texto do projecto de lei sublinhava que os princípios democráticos deveriam ser aplicados a todos os cidadãos do Estado: «Israel é um Estado democrático que...
A excitação de alguns dos nossos amigos europeus é verdadeiramente espantosa.
No mês passado, o Ministro dos Negócios Estrangeiros israelita Gabi Ashkenazi foi convidado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão Heiko Maas para se encontrar com todos os Ministros dos Negócios Estrangeiros europeus no contexto do Conselho dos Negócios Estrangeiros da UE.
A Palestina não foi convidada.
Independentemente de quaisquer explicações relativas às relações UE-Israel, a ocasião foi vista como uma recompensa por «suspender» uma declaração formal de anexação.
Por outras palavras, Israel anuncia que irá formalizar um crime que já está a cometer e quando diz que não o anunciará «durante algum tempo» alguns sentem a necessidade imediata de recompensar Israel, incluindo a realização de um conselho de associação.
A mensagem é simples: a anexação de facto e outras violações israelitas em curso não são um obstáculo à melhoria das relações.
Os parâmetros internacionalmente acordados para o processo de paz...
Horas depois de o colono judeu Amiram Ben Uliel ter sido condenado, na passada segunda-feira, a três penas de prisão perpétua mais 20 anos pelo triplo assassinato de uma família palestina, Yair Netanyahu, o filho do primeiro-ministro de Israel, criticou violentamente a condenação e endossou a ligação para uma página de financiamento do apoio jurídico a Ben Uliel.
Ben Uliel matou três membros da família Dawabsha na aldeia palestina de Duma, perto de Nablus, pegando fogo à casa da família, na noite de 30 de Julho de 2015. O ataque incendiário matou imediatamente o bebé Ali Dawabsheh, de 18 meses de idade. A sua mãe, Riham, e o seu pai, Saad, morreram mais tarde em consequência dos ferimentos. O outro filho do casal, Ahmad, de quatro anos, sobreviveu com terríveis queimaduras e cicatrizes.
Yair Netanyahu apoiou no Tweeter uma recolha de fundos para o Honenu, um grupo de assistência jurídica de extrema-direita que oferece apoio ao que eles chamam «soldados e civis que se encontram com...
Causa perplexidade a notícia da reunião entre os Ministros da Ciência e Tecnologia de Portugal e de Israel, recentemente divulgada [1] , apontando para um estreitamento das relações entre as agências espaciais dos dois países, que culminaria na assinatura de um acordo de cooperação.
Entende-se que Israel, sujeito a uma generalizada condenação da comunidade internacional devido ao seu sistemático desrespeito do direito internacional e à anunciada anexação de vastas partes da Cisjordânia ocupada, acolha entusiasticamente todas as manifestações de «normalização» por parte de outros países.
Já custa a entender que, a confirmar-se a notícia, Portugal se preste a esse papel. Tratar-se-ia duma iniciativa grave por parte de um governo que até hoje não tomou uma posição formal de condenação dos planos do governo de Israel relativos à anexação de quase um terço da Cisjordânia.
O que está em causa, como sempre que se discute a cooperação científica e tecnológica com Israel, é a linha invisível que...
Um governo de coligação liderado por Benjamin Netanyahu, do Likud, e que integra membros do parido Azul e Branco, de Bruno Gantz, e do Partido Trabalhista, foi hoje aprovado no Knesset com 73 votos a favor e 46 contra.
Netanyahu, que deverá começar a ser julgado por corrupção, fraude e abuso de confiança dentro de uma semana, comprometeu-se a transferir o poder para Bruno Gantz dentro de 18 meses.
No seu discurso inaugural, Netanyahu reiterou o seu plano de anexação da Cisjordânia: «Chegou a altura de aplicar a soberania [de Israel] às comunidades judaicas na Judeia e em Samaria. Isto não nos afastará da paz. Isto torná-la-á mais próxima. Estes colonatos serão parte de Israel em qualquer cenário». E apelou à coesão do bloco sionista: «É tempo que que quem acredita nos nossos direitos à Terra de Israel se juntar a um governo por mim liderado para, juntos, levarmos a termo um processo histórico.»
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, apressou-se a exprimir a sua satisfação...
A União Europeia emitiu hoje uma declaração contra a intenção do novo Governo israelita de anexar partes da Cisjordânia ocupada, afirmando que tal medida «constituiria uma grave violação do direito internacional».
O alto responsável pela política externa da UE, Josep Borrell, afirmou que o bloco de 27 membros não reconhece a soberania israelita sobre o território palestino e que «continuará a acompanhar de perto a situação e as suas implicações mais vastas, e actuará em conformidade».
Esta declaração segue-se ao anúncio, no início desta semana, de que o Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu e o seu principal opositor Benny Gantz tinham assinado um acordo de coligação que inclui uma cláusula para fazer avançar os planos de anexação de partes da Cisjordânia, incluindo os colonatos israelitas, a partir de 1 de Julho.
Também o enviado especial da ONU para o Médio Oriente, Nickolay Mladenov, reagiu a esta notícia afirmando que tal medida seria um «golpe devastador» para a solução de...
Em 18 de Novembro, o Secretário de Estado americano Mike Pompeo anunciou que «O estabelecimento de colonatos civis israelitas na Cisjordânia não é, por si só, incompatível com o direito internacional». A declaração foi generalizadamente vista como um presente político de um político atolado em problemas legais para outro, mas também causou furor internacional, pois marcou um afastamento drástico em relação a declarações anteriores dos EUA sobre a legalidade dos colonatos de Israel na Cisjordânia. A posição legal dos EUA foi primeiramente tornada pública num parecer jurídico do Departamento de Estado de 1978, que concluiu que o estabelecimento de colonatos civis nos territórios ocupados por Israel em Junho de 1967, que incluía Jerusalém Oriental, era «inconsistente com o direito internacional».
A conclusão desse parecer legal foi posteriormente aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU em várias resoluções, que reafirmaram que Israel é a potência ocupante em Jerusalém Oriental, na...
Israel expulsou nesta segunda-feira Omar Shakir, director da Human Rights Watch para Israel e os territórios palestinos, acusando-o de apoiar o boicote ao país.
A expulsão de Shakir, cidadão dos EUA, foi confirmada pelo Supremo Tribunal de Israel em 5 de Novembro e tem lugar ao abrigo de uma lei de 2017 que permite a deportação de estrangeiros que apoiam o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). Este movimento internacional apoia os direitos dos palestinos e denuncia a sua violação por Israel. A Human Rights Watch (HRW) e Omar Shakir negam a acusação.
Em Maio de 2018 Israel revogou o visto de trabalho de Shakir, que desde então travou uma longa campanha jurídica contra a sua expulsão.
Numa conferênia de imprensa antes da sua deportação, Shakir declarou: «Regressarei quando chegar o dia em que conseguirmos desmantelar o sistema de discriminação que afeta israelitas e palestinos.»
Por seu lado, Kenneth Roth, director executivo da HRW, condenou a decisão israelita, afirmando: «Um...
O ministro do Interior de Israel, Arye Dery, ordenou às autoridades de imigração que revogassem o estatuto de residente de Omar Barghouti, um dos fundadores do movimento BDS pelos direitos do povo palestino.
Omar Barghouti, que é um palestino nascido no Catar, reside na cidade de Acre, no Norte de Israel, e tem estatuto de residente permanente por ser casado com uma palestina cidadã de Israel.
O movimento internacional BDS, lançado em 2005 por 170 organizações palestinas, apela ao boicote, ao desinvestimento e às sanções como forma de pressão sobre Israel para pôr fim à ocupação da terra palestina, conceder direitos iguais aos cidadãos palestinos de Israel e reconhecer o direito de retorno dos refugiados palestinos.
«Pretendo agir rapidamente para revogar o estatuto de residente permanente de Barghouti», afirmou o ministro sionista, por ser «um homem que está a fazer tudo para prejudicar o Estado [de Israel], e portanto não deve gozar do direito de ser um residente de Israel.»
O Alto Comité de Acompanhamento dos Cidadãos Árabes de Israel declarou uma greve geral para esta quinta-feira, em protesto contra a inacção da polícia israelita contra o crime violento nas suas comunidades. O Comité representa os dois milhões de palestinos cidadãos de Israel, mais de 20% da população do país.
Numa reunião de emergência realizada esta quarta-feira, aprovou uma série de decisões para reclamar das autoridades israelitas o combate à violência e aos assassínios na comunidade palestina, incluindo uma greve geral nesta quinta feira, que abrangerá escolas, jardins de infância, lojas e serviços públicos, e também manifestações em cidades palestinas de Israel.
A greve geral segue-se a vários dias de protestos em diversas localidades palestinas de Israel contra a inacção da polícia face à praga da violência, que se transformou num problema de primeira importância. Só no mês passado, 13 palestinos de Israel foram vítimas de assassínio. Durante todo o ano de 2018 foram assassinados...