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As forças de ocupação israelitas e os colonos cometeram 897 ataques contra palestinos, as suas propriedades e os seus locais sagrados durante o mês de Julho, de acordo com um relatório da Comissão de Resistência ao Muro e aos Colonatos divulgado pela agência noticiosa Wafa.

No seu relatório mensal sobre as violações da ocupação israelita, a Comissão afirmou que estes ataques variaram entre agredir directamente pessoas, vandalizar propriedades, arrasar terras, invadir aldeias, arrancar árvores e confiscar bens.

A maioria dos ataques registou-se na província de Jerusalém (148), seguida da província de Nablus (140) e da província de Hebron (113).

Segundo a Comissão, os colonos efectuaram 202 ataques em várias partes da Cisjordânia ocupada, mas principalmente nas províncias de Nablus (65), Ramala (35) e Hebron (28).

Inaugurou ontem, 8 de Agosto, na Galeria da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, a exposição Identity & Land, em que a pintora e activista Rita Andrade mostra algumas das obras que produziu em resultado da sua experiência com uma viagem à Palestina em 2019.

Exprimindo-se através da pintura, que considera «uma forma pacífica de comunicação», Rita Andrade deixa evidente a sua defesa dos direitos dos palestinos e o seu protesto contra a ocupação ilegal de Israel na Palestina.

Num vídeo disponibilizado no seu sítio na internet, preparado para a apresentação, em 2021, da sua exposição I Can’t Breathe Since 1948, Rita conta-nos como foi inspirada por Roger Waters a aprofundar o seu conhecimento da questão palestina, como isso a levou a viajar até à Palestina para viver, no terreno, os efeitos da ocupação, e a forma como isso influenciou a sua produção artística.

Passam hoje, 8 de Agosto de 2023, cinco anos sobre o desaparecimento físico de Vitor Pedro da Glória Silva, amigo solidário da causa do povo palestino e membro fundador do MPPM, destacado activista e dirigente do movimento da paz em Portugal, militante antifascista e dirigente sindical, entre muitas outras frentes de uma incansável actividade.

Quem conheceu Vítor Silva sabe que era um homem bom, íntegro, amigo do seu próximo, fiel na sua vida de todos os dias aos ideais de liberdade, solidariedade e emancipação que sempre abraçou. Era um indispensável combatente, que sabia que o êxito de uma iniciativa ou de uma campanha depende em muito do trabalho que não dá nas vistas, do contacto pessoal, da organização cuidada e atempada.

O Handala, que tinha deixado Bristol na quarta-feira, 19 de Julho, à tarde, chegou a Southampton na madrugada de sábado, 22, em mais uma etapa da digressão da Freedom Flotilla Coalition / Coligação Flotilha da Liberdade (FFC) pelo norte da Europa, preparatória da viagem do próximo ano até Gaza.

Na luxuosa Ocean Village Marina onde aportou, o Handala despertou atenções, nomeadamente da polícia que revelou estar a acompanhar a viagem desde que a embarcação tinha entrado na Escócia…

Os membros da tripulação e Wendy, a representante da FFC, foram recebidos pela Palestine Solidarity Campaign / Campanha de Solidariedade com a Palestina (PSC) local, no Haymarket Books, onde falaram para uma casa quase cheia de apoiantes fervorosos.

No dia seguinte, houve uma visita ao barco e confraternização com a tripulação que foi parcialmente rendida para a próxima etapa, rumo a Roterdão.

A legitimidade de Israel, e de facto a sua própria viabilidade, assenta em dois pilares principais.

Em primeiro lugar, o pilar material, que inclui o seu poderio militar, as suas capacidades de alta tecnologia e um sistema económico sólido.

Estes factores permitem que o Estado construa uma forte rede de alianças com países que gostariam de beneficiar do que Israel tem para oferecer: armas, securitização, spyware, conhecimento de alta tecnologia e sistemas modernizados de produção agrícola.

Em troca, Israel pede não apenas dinheiro mas também apoio contra a degradação da sua imagem internacional.

Em segundo lugar, o pilar moral. Este aspecto foi particularmente importante nos primeiros tempos do projecto e do Estado sionistas.

Um colono israelita queimou 20 colmeias pertencentes a um agricultor palestino, residente na aldeia de Zanuta, a sul da cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia, causando-lhe um prejuízo avaliado em mais de 10 000 dólares.

Entretanto, na cidade de Battir, a oeste da cidade de Belém, as forças de ocupação israelitas destruíram e arrancaram dezenas de oliveiras.

Em ambos os casos, houve movimentações de colonos no sentido de estabelecer postos avançados precursores de novos colonatos ilegais.

Yousef al-Sharha, o proprietário das colmeias de Zanuta, disse à WAFA que o colono, que montou uma caravana e estabeleceu um posto avançado de colonização ao lado do seu apiário, queimou e destruiu totalmente 20 colmeias das 50 que possui, agora que estamos no início da época de colheita do mel.

A Freedom Flotilla Coalition / Coligação Flotilha da Liberdade (FFC) é composta por iniciativas e organizações da sociedade civil de vários países e tem vindo a desafiar o bloqueio ilegal e desumano que Israel exerce sobre Gaza com viagens sucessivas desde 2010. Em 2023 a FFC navega no Norte da Europa preparando-se para, em 2024, navegar até Gaza.

A Assembleia da República aprovou um voto de solidariedade com o povo palestino em que insta «o Governo português, à luz da Lei Fundamental do País, a Constituição da República Portuguesa, a que assuma uma posição clara e contundente, em defesa dos direitos do povo palestiniano e do cumprimento das resoluções da ONU que os consagram.»

O projecto de voto foi subscrito pelos deputados e deputadas Joana Mortágua BE, Ivan Gonçalves PS, Bruno Dias PCP, Ana Isabel Santos PS, Carla Sousa PS, Tiago Brandão Rodrigues PS, Isabel Moreira PS, Miguel Matos PS, e Jamila Madeira PS, que integram a Comissão Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina, e foi aprovado em 18 de Julho de 2023, com alterações propostas pelo PS, na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas (2.a Comissão), com votos a favor do PS, do PCP e do BE, e votos contra do PSD e do CH.

Entre 21 e 23 de Julho, a Plataforma para a Paz e o Desarmamento – que o MPPM integra – organizou o Acampamento «Dêem Uma Oportunidade à Paz» que reuniu em Melides centenas de jovens de todo o país.

Com o apoio da Câmara Municipal de Grândola e a adesão de mais de três dezenas de organizações, o evento teve início na noite de sexta-feira, 21, com um concerto no Parque de Feiras em que actuaram Ruth Marlene, Pedro Mafama e os Bateu Matou.

No dia de sábado, 22, os jovens deslocaram-se para a Praia de Melides, onde participaram num torneio de voleibol e protagonizaram um acto de solidariedade com as crianças de Gaza integrado na campanha mundial «Nadar com Gaza».

Nadar com Gaza - Praia de Melides 22 Julho 2023

Desde 2007 os habitantes de Gaza vivem numa prisão a céu aberto. Não têm parques, nem montanhas, nem vales. Mas têm o mar. O único espaço livre para lazer. Este ano, no dia 26 de Agosto, mais de 500 crianças de Gaza que acabaram de aprender a nadar, vão mergulhar no mar no âmbito do Festival de Natação de Gaza.

Associando-se à campanha mundial «Nadar com Gaza», dezenas de jovens participantes no Acampamento «Dêem uma Oportunidade à Paz» que teve lugar em Melides, entre 21 e 23 de Julho, numa organização da Plataforma para a Paz e o Desarmamento – que o MPPM integra – manifestaram a sua solidariedade com as crianças de Gaza neste evento realizado na Praia de Melides em 22 de Julho.

Jovens portugueses solidários com crianças de Gaza
Jovens portugueses solidários com crianças de Gaza

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