Israel agrava a agressão contra o Líbano enquanto prossegue o genocídio na Palestina

O MPPM condena a escalada da agressão israelita contra o Líbano registada nos últimos dias, incrementada, note-se, ao redor dos dias em que se assinalavam os 42 anos dos Massacres de Sabra e Chatila.

As provocações, ingerências, bombardeamentos, ocupação, assassinatos selectivos e indiscriminados e outras acções de Israel contra o Líbano, assim como contra outros países da região, têm sido uma constante nas últimas décadas, aumentados nos últimos meses em quantidade e gravidade, em simultâneo com o agravamento do genocídio contra o povo palestino.

A explosão de milhares de aparelhos de comunicação pessoal verificada nos dias 17 de Outubro e seguintes constituiu uma autêntica operação terrorista. A forma como foi praticado este acto – indiscriminado e sem qualquer preocupação de contenção das potenciais vítimas – representa mais um triste marco no longo e sangrento rol de crimes do regime sionista.

Os bombardeamentos levados a cabo por Israel nos últimos dias contra várias localidades libanesas provocaram já mais de 550 mortos, quase metade do total de mortos da guerra de 2006. Entre os mortos contam-se várias dezenas de crianças, tendo a representante da UNICEF no Líbano, Ettie Higgins, alertado que qualquer nova escalada da agressão será ainda mais catastrófica para as crianças daquele país.

A expansão da espiral destruidora de Israel, a poucos dias de se completar um ano do início da brutal agressão contra Gaza e contra toda a Palestina, acontece num momento em que cada vez mais vozes, individuais, colectivas, particulares e institucionais, se somam na condenação dos crimes de Israel, na exigência do cessar-fogo imediato em Gaza e na garantia dos direitos nacionais do povo palestino. Neste contexto, é de destacar a Resolução aprovada por esmagadora maioria dos países na Assembleia Geral das Nações Unidas, exigindo que Israel ponha fim à ocupação dos territórios palestinos ilegalmente ocupados.

É de sublinhar, contudo, que os crimes de Israel, a sua liberdade e impunidade para os praticar, não seriam possíveis sem a protecção e apoio (apoio político, moral, diplomático, económico e mesmo material e militar) prestado por vários países, entre os quais se destacam os EUA e vários países da UE. Eles contam igualmente com a complacência de governos que, como o português, se recusam a condenar mais esta acção de Israel, em aberta violação do direito internacional.

O MPPM apela, mais uma vez, a que o governo português se abstenha de qualquer forma de cooperação militar ou política com o governo israelita e que tome activamente todas as medidas para que Portugal não possa ser considerado cúmplice no genocídio em curso contra o povo palestino e na escalada agressiva de Israel.

O MPPM reclama dos órgãos de soberania nacionais, em particular do governo, que se empenhem na defesa do cessar-fogo e da paz, e que Portugal formalize o seu reconhecimento do Estado da Palestina.
O MPPM reafirma a sua solidariedade com o povo libanês e com todos aqueles que, no Médio Oriente e por todo o mundo, enfrentam e denunciam os crimes de Israel e se colocam ao lado da causa palestina.

O MPPM reafirma, como sempre, a sua solidariedade com a luta do povo palestino contra o genocídio em curso, contra a ocupação, por uma solução justa da questão dos refugiados, de acordo com as resoluções relevantes das Nações Unidas, por uma Palestina independente e soberana com Jerusalém Oriental como capital.

O MPPM apela ainda a todos que adiram, divulguem e participem nas acções de solidariedade para com o povo palestino, em especial a Jornada Nacional de Solidariedade “Palestina Livre! Paz no Médio Oriente!” que vai decorrer de 2 a 12 de Outubro em várias cidades do país, culminando neste último dia com uma manifestação em Lisboa.

25 de Setembro de 2024

A Direcção Nacional do MPPM

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