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O preso político palestino Khader Adnan, que se tornou um ícone da resistência palestina às políticas de detenção israelitas, morreu na prisão na madrugada desta terça-feira, após 87 dias de greve de fome em protesto contra a sua detenção administrativa.

Khader Adnan, da cidade de Arraba, a sul de Jenin, tinha 44 anos. Era casado com Randa Musa e pai de nove filhos. Foi detido em 5 de Fevereiro e entrou imediatamente em greve de fome ilimitada em protesto contra a sua detenção ilegal.

Os Serviços Prisionais de Israel (SPI) informaram que Adnan foi encontrado inconsciente na sua cela de isolamento na prisão de Ramleh, tendo sido declarado morto no hospital Assaf Harofeh.

O MPPM associou-se às celebrações do Dia Internacional do Trabalhador promovidas, em Lisboa, pela USL/CGTP-IN.

Tivemos um bazar na Alameda onde expusemos cartazes evidenciando o rosto e as consequências da ocupação colonial-racista e do apartheid israelita. Em anexo mostramos imagens da exposição e dos cartazes que exibimos.

Também integrámos a grande manifestação que subiu do Martim Moniz até à Alameda chamando a atenção para a causa do povo palestino.

O MPPM juntou-se à festa do 25 de Abril na Avenida da Liberdade, em Lisboa, em que muitos milhares festejaram a liberdade e os direitos readquiridos em 1974, mas recordaram que Abril ainda não está totalmente cumprido.

Como se recordava no apelo da Comissão Promotora, persistem discriminações por género, idade, deficiência, origem étnica e as carências de ordem socioeconómica, e há que garantir que todos os portugueses tenham acesso a pensões, reformas e salários dignos, à saúde, à educação, à cultura e à habitação.

Dizia-se, também, que cumprir Abril é contribuir para a construção de uma sociedade em que se possa viver com dignidade, num meio ambiente amigo da natureza, em que a Paz, o diálogo e a cooperação entre as Nações e os Povos sejam uma realidade.

No Dia dos Presos Palestinos, o MPPM manifesta a sua solidariedade e denuncia as práticas criminosas do Estado de Israel no tratamento dos presos políticos palestinos — a que não escapam mulheres e crianças —, com arrogante desprezo pelo direito internacional, pelo direito internacional humanitário e pelas convenções de direitos humanos.

O dia 17 de Abril foi estabelecido como o Dia dos Presos Palestinos pelo Conselho Nacional Palestino, em 1974, para homenagear os milhares de presos palestinos detidos nas prisões israelitas e para apoiar o seu legítimo direito à liberdade. Este ano, a data coincide com um brutal agravamento da agressão da ocupação israelita contra o povo palestino, traduzido, até agora, por uma centena de mortos e muitas centenas de detenções.

Sessão AEFCSH 11.03.2023 - Guilherme Vaz, Dima Mohammed, Carlos Almeida, Abdeljelil Larbi

O MPPM promoveu ontem, terça-feira, um debate subordinado ao tema «Palestina: Ocupação e Resistência», que decorreu no espaço da Associação de Estudantes da NOVA – FCSH, entidade co-organizadora.

O debate contou com a participação de Guilherme Vaz, em representação da Associação; Abdeljelil Larbi, professor de língua e literatura árabe moderna na NOVA-FCSH; Dima Mohammed, investigadora coordenadora no IFILNOVA – ArgLab; e Carlos Almeida, investigador no Centro de História da Universidade de Lisboa e vice-presidente do MPPM.

No ano do 75º aniversário da Nakba, não podemos deixar apagar a memória de que o Estado de Israel foi erigido sobre os cadáveres de 15 000 crianças, mulheres e homens palestinos, sobre os escombros de meio milhar de vilas e aldeias apagadas do mapa, sobre a ocupação das casas e campos de 750 000 palestinos forçados ao exílio pelo terror sionista.

Deir Yassin era uma pacata aldeia árabe, com cerca de 750 habitantes, empoleirada numa colina a ocidente de Jerusalém. Ficava fora da área que o Plano de Partilha das Nações Unidas, aprovado em 29 de Novembro de 1947, destinava ao futuro Estado judaico, e os seus habitantes até tinham estabelecido um pacto de não-agressão com a milícia sionista Haganah. Mas Deir Yassin tinha a fatalidade de se situar na estrada entre Telavive e Jerusalém.

O violento assalto das forças de segurança israelitas ao complexo de Al-Aqsa – já usuais na altura do Ramadão – geraram natural reacção dos palestinos, a que Israel responde com a brutalidade usual. Surdo aos apelos à contenção por parte da comunidade internacional, Israel espalha a violência e o terror em Jerusalém, na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e até dentro de Israel, ameaçando mesmo passar as fronteiras do Líbano e da Síria, suscitando justificados receios de uma conflagração mais ampla.

Culminando o início de ano mais mortífero para os Palestinos nos últimos 20 anos, organizações extremistas judaicas apelaram aos seus fanáticos seguidores para ocuparem a Mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém Oriental durante a Páscoa judaica. Como reacção, os palestinos dispuseram-se a defender a sua mesquita ocupando-a durante a noite.

O Relatório de Análise da Situação na Palestina e no Médio Oriente 2018-2023 foi apresentado na Assembleia Geral do MPPM realizada em 6 de Março de 2023.
Esta Assembleia realizou-se num momento em que o povo palestino enfrenta uma das mais violentas vagas repressivas dos últimos anos. Lançada em Março de 2022, pelo 36.o governo de Israel, presidido por Naftali Bennett e Yair Lapid e celebrado pela generalidade da comunicação social como centrista, prosseguida pelo  37.o governo, dirigido por Benjamin Netanyahu à cabeça de uma coligação dos partidos mais xenófobos e fascizantes do espectro político em Israel, a operação militar baptizada como Break the Wave fez de 2022 o ano mais mortífero na Cisjordânia desde 2005 – altura em que as Nações Unidas começaram a compilar de forma sistemática as vítimas da repressão de Israel nos territórios palestinos ocupados em 1967 – e ameaça ultrapassar, em 2023, esse registo macabro.

No mês de Março assinalaram-se 20 anos sobre a invasão do Iraque pelos EUA, Reino Unido e seus aliados, numa guerra de agressão que violou todas as normas do Direito Internacional. Também no mês de Março – que se revelou particularmente funesto para os povos do Médio Oriente – passaram 12 anos sobre o início dos bombardeamentos da NATO sobre a Líbia e sobre a intervenção na Síria por parte das potências ocidentais e seus aliados regionais. Foi ainda no mês de Março que, em 2015, teve início a agressão militar estrangeira ao Iémen.

Em 30 de Março de 1976, os palestinos da região de Nazaré – a norte, no território da Palestina ocupado pelo Estado de Israel – organizaram uma greve geral de um dia. Os protestos foram motivados pelos intentos do governo de Israel de expropriar terras palestinas para nelas instalar povoações judaicas. Os protestos pacíficos terminaram num banho de sangue: forças do Exército e da polícia de fronteira israelitas mataram seis palestinos cidadãos de Israel.

Desde então, o Dia da Terra, 30 de Março, tornou-se um dia de resistência e comemoração da terra para todos os palestinos.

A questão da terra e da sua posse sempre foi uma questão central: para os sionistas e para os palestinos.

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