O Porto desafiou a chuva para se solidarizar com a Palestina

Apesar do mau tempo e da chuva persistente, cerca de meio milhar de pessoas acorreu, na tarde deste domingo 6 de Outubro, à concentração e desfile de solidariedade com a Palestina convocados pelo MPPM, pelo CPPC, pelo Projecto Ruído e pela CGTP-União de Sindicatos do Porto. O início teve lugar na Praça dos Poveiros, onde interveio Ilda Figueiredo, do CPPC, com introdução, concessão de palavra e palavras-de-ordem a cargo de representantes do Projecto Ruído.

Seguiu-se um participado desfile (encurtado, devido ao mau tempo) que seguiu pelo coração da baixa portuense, pontuado por palavras de ordem e testemunhado por dezenas e dezenas de pessoas que, a essa hora, e não obstante a chuva, circulavam pelas áreas comerciais das Ruas de Passos Manuel e de Santa Catarina. Continuou, depois, pela Rua de Fernandes Tomás, até chegar à Praceta da Palestina, onde se realizou a concentração

Houve aí um segundo momento de intervenções. Além da leitura de poemas a cargo de activistas do Projecto Ruído, o momento, conduzido por Joana Machado, incluiu uma intervenção de Filipe Pereira, coordenador da USP, e outra de Marta Cruz, da direcção do Sindicato dos Professores do Norte que, na sequência do Dia Mundial do Professor (5 de Outubro), fez questão de focar a especial sanha com que o exército de Israel tem bombardeado universidades, destruído escolas e provocado dezenas de milhares de mortos entre as crianças de Gaza, pondo além disso em causa a normal prossecução do ano lectivo. Fechou as intervenções José António Gomes, em nome da direcção nacional do MPPM.

Focando aspectos diversos mas complementares, pode-se dizer que as diferentes intervenções se alinharam pelo que foram os eixos fundamentais traçados pelas próprias palavras de ordem do desfile: "Cessar-fogo já!", "Em cada cidade, em cada esquina, somos todos Palestina!", "Queremos paz na Palestina, urge acabar com a chacina!", "Israel é culpado por um povo massacrado!", "Se o genocídio continua, o povo está na rua!" e, finalmente, "Paz no Médio Oriente, Palestina independente!" e "Palestina vencerá!". Entre outras exigências, reclamou-se o fim dos bombardeamentos na Palestina e no Líbano, o fim do genocídio do povo palestino e o reconhecimento oficial do Estado da Palestina por parte das autoridades portuguesas, nomeadamente do

Foi, em suma, e considerando as condições adversas, uma importante expressão de cidadania activa e combativa, enquadrada na jornada nacional de solidariedade "Palestina livre! Paz no Médio Oriente!".


Fotos: MPPM e CPPC

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