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Nesta sexta-feira, 26 de Janeiro, a Casa-Museu João de Deus, em São Bartolomeu de Messines, acolheu uma sessão de esclarecimento sobre a situação na Palestina que contou com intervenções de Sofia Costa, do CPPC; Catarina Marques, coordenadora da União dos Sindicatos do Algarve; Carlos Almeida, do MPPM; e Rosa Palma, presidente da Câmara Municipal de Silves, que recentemente visitou a Palestina integrada numa delegação da Associação Nacional dos Municípios Portugueses.

Na assistência encontravam-se, nomeadamente, a presidente da Junta de Freguesia de São Bartolomeu de Messines e o eurodeputado José Gusmão.

No final, houve uma breve vigília, com o desfraldar da bandeira da Palestina do balcão da Casa-Museu.

A Casa-Museu está a exibir a exposição «Construir a paz com os valores de Abril» produzida pelo CPPC.
 

A Mesa do Comité da ONU para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino emitiu ontem uma importante declaração em que se congratula com as medidas provisórias ordenadas pelo Tribunal Internacional de Justiça para que Israel impeça actos de genocídio em Gaza, nomeadamente por parte das suas forças armadas, e reclama um cessar-fogo imediato e a intervenção do Conselho de Segurança para garantir o cumprimento da ordem do TIJ.

Para a Mesa, com esta decisão o TIJ reconhece a sua jurisdição neste caso e a vulnerabilidade da população palestina devido ao exercício de força brutal por parte de Israel, pelo que reclama assistência humanitária urgente. Considera ainda que é necessário um cessar-fogo imediato para que se possam aplicar as medidas provisórias decretadas pelo Tribunal.

A Mesa pede ao Conselho de Segurança que garanta a aplicação da Ordem vinculativa do Tribunal e reitera o seu apelo a «uma resolução justa e pacífica para a questão da Palestina, em conformidade com o...

O Tribunal Internacional de Justiça proferiu nesta sexta-feira, 26 de Janeiro, o seu despacho sobre o pedido de indicação de medidas provisórias* apresentado pela África do Sul no processo relativo à aplicação da Convenção sobre o Genocídio na Faixa de Gaza.

Em 29 de Dezembro último, a África do Sul apresentou um pedido de instauração de um processo contra Israel por alegadas violações por parte deste país das suas obrigações ao abrigo da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio (a "Convenção sobre o Genocídio") em relação aos palestinos na Faixa de Gaza.

Na sua petição, a África do Sul também solicitou ao Tribunal que indicasse medidas provisórias para «proteger contra danos adicionais, graves e irreparáveis aos direitos do povo palestino ao abrigo da Convenção sobre o Genocídio» e «para garantir o cumprimento por Israel das suas obrigações ao abrigo da Convenção sobre o Genocídio de não se envolver em genocídio, e de prevenir e punir o genocídio».

As audiências...

Algumas centenas de pessoas concentraram-se na Praceta da Palestina, no Porto, no fim da tarde desta quarta-feira 24 de Janeiro, para reclamar o fim da agressão israelita contra a Faixa de Gaza com um cessar-fogo imediato e duradouro.

Paz no Médio Oriente! Palestina Independente! foi o lema do evento, convocado pelo CPPC, pela USP/CGTP-IN, pelo MPPM e pelo Projecto Ruído, e que registou intervenções de José António Gomes (MPPM), Tiago Oliveira (USP) e Ilda Figueiredo (MPPM).

As mesmas organizações estão a convocar, para 16 de Fevereiro, a partir das 17h30, a formação de um Cordão Humano entre a Estação da CP e a Praça da Liberdade, em Viana do Castelo.

Em GAZA, até às 13 horas de 11 de Janeiro de 2024, a Organização Mundial de Saúde registou 23.357 pessoas mortas (70% mulheres e crianças), 59.410 pessoas feridas, 7780 pessoas desaparecidas ou soterradas nos escombros e 1,93 milhões de pessoas deslocadas (85% da população).

Funcionamento e Acesso a Cuidados de Saúde. 42% dos hospitais (15 em 36) estão a funcionar e só parcialmente. A ocupação de camas é de 351%. Estão a funcionar 3 Hospitais de Campanha (Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Rafah). Estão a funcionar apenas 18% dos centros de cuidados primários de saúde (13 em 72).

1445 feridos e doentes e 9013 acompanhantes foram evacuados para o Egipto. Foi imposto o isolamento do Norte de Gaza e da Cidade de Gaza em relação às províncias do Sul com ordens de evacuação e há uma disrupção na vigilância sanitária.

Há uma falta crítica de combustível e energia, água, alimentos, medicamentos e equipamentos médicos (anestésicos, antibióticos, soro, analgésicos, insulina, sangue e plasma) e...


Milhares de pessoas voltaram às ruas de Lisboa numa grande jornada de solidariedade e luta para reclamar o fim do genocídio do povo palestino que Israel está a levar a cabo em Gaza e na Cisjordânia com o apoio dos Estados Unidos e a cumplicidade da União Europeia.

Simbolicamente, a manifestação, convocada pelo CPPC, pela CGTP-IN, pelo MPPM e pelo Projecto Ruído – Associação Juvenil e a que aderiram muitas outras organizações e colectivos, teve início junto da Embaixada dos EUA, onde André Levy leu textos de denúncia do apoio político e material dos EUA à barbárie desencadeada por Israel.

Os manifestantes percorreram a Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, atravessaram a Praça de Espanha, subiram a Avenida António Augusto Aguiar e terminaram junto à Embaixada de Israel onde Vanessa Borges e Fernando Jorge apresentaram as diversas intervenções.

As primeiras intervenções foram do médico João Miranda e do jornalista Ricardo Cabral Fernandes, recordando as centenas de profissionais de saúde e de...

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado na Haia, tem hoje, 11 de Janeiro, o primeiro de dois dias de audiências públicas no processo movido pela África do Sul contra Israel pela prática do crime de genocídio em violação da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, de 1948, de que tanto a África do Sul como Israel são partes. Os países signatários do tratado têm o direito colectivo de prevenir e impedir o crime.

De acordo com o pedido da África do Sul, «os actos e omissões de Israel […] têm carácter genocida, uma vez que são cometidos com a intenção específica […] de destruir os palestinos em Gaza como parte do grupo nacional, racial e étnico palestino mais amplo» e «a conduta de Israel – através dos seus órgãos do Estado, agentes do Estado e outras pessoas e entidades que actuam sob as suas instruções ou sob a sua direcção, controlo ou influência – em relação aos palestinos em Gaza, viola as suas obrigações ao abrigo da Convenção sobre o Genocídio».

A...

Em GAZA, até às 13 horas de 29 de Dezembro de 2023, a Organização Mundial de Saúde registou 21.110 pessoas mortas (70% mulheres e crianças), 55.243 pessoas feridas, 7000 pessoas desaparecidas ou soterradas nos escombros e 1,93 milhões de pessoas deslocadas (85% da população).

Funcionamento e Acesso a Cuidados de Saúde. Só 36% dos hospitais estão a funcionar (13 em 36) e 5,5% estão com capacidade extremamente limitada (2 em 36). Estão a funcionar 3 Hospitais de Campanha (Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Rafah). Estão a funcionar 26% dos centros de cuidados primários de saúde (19 em 72).

922 feridos e doentes e 772 acompanhantes foram evacuados para o Egipto. Foi imposto o isolamento do Norte de Gaza e da Cidade de Gaza em relação aos distritos do Sul com ordens de evacuação e há uma disrupção na vigilância sanitária.

Há uma falta crítica de combustível e energia, água, alimentos, medicamentos e equipamentos médicos (anestésicos, antibióticos, soro, analgésicos, insulina, sangue e plasma)...

Em 27 de Dezembro de 2008, Israel lançou a «Operação Chumbo Fundido», um ataque militar maciço de 23 dias contra a Faixa de Gaza. O ataque, em que foram mortos cerca de 1400 palestinos, sendo mais de 300 menores, foi o mais brutal desde a Nakba até então. Investigações independentes provaram a prática de crimes de guerra por parte de Israel.

Na Cidade de Gaza, meia-hora antes do meio-dia de sábado, 27 de Dezembro de 2008, as crianças regressam da escola e as ruas estão repletas de pessoas. Poucos minutos mais tarde, mais de 230 estarão mortas e cerca de sete centenas estarão feridas. Israel acaba de desencadear o seu covarde ataque que baptiza de «Operação Chumbo Fundido».

Dezenas de caças F-16, helicópteros Apache e veículos aéreos não tripulados bombardeiam, em simultâneo, mais de uma centena de locais em toda a Faixa de Gaza. Nos dias seguintes, continuam os bombardeamentos maciços até 3 de Janeiro, data em que o exército israelita invadiu a Faixa de Gaza pelo norte e leste e a...

Israel deteve na madrugada desta terça-feira a activista palestina Khalida Jarrar na sua casa, em Al-Bireh, perto de Ramala, na Cisjordânia ocupada. O seu marido, Ghassan Jarrar, disse à que os soldados invadiram a casa da família arrombando a porta da frente às 5 horas da madrugada, revistaram a casa e detiveram Khalida.

Khalida Jarrar, de 60 anos, é uma figura proeminente da Frente Popular para a Libertação da Palestina, a segunda maior facção da Organização para a Libertação da Palestina, e foi eleita membro do Conselho Legislativo nas últimas eleições parlamentares realizadas em 2006. Há muito que defende os direitos das mulheres e também fez pressão para a libertação de milhares de prisioneiros palestinos detidos nas prisões israelitas.

Khalida Jarrar foi detida inúmeras vezes pela ocupação israelita e passou vários anos na prisão, a maior parte dos quais em regime de isolamento. Tinha sido libertada pela última vez em Setembro de 2021, depois de ter passado dois anos na prisão, a...