Desfile "Paz no mundo! Palestina livre" pelas ruas da baixa do Porto

Ao som de palavras de ordem como "Paz sim! Guerra não!", "Paz no Médio Oriente! Palestina Independente!", "Paz sim! Genocídio não!" ou "Palestina vencerá!", decorreu o desfile "Paz no mundo! Palestina livre!" que teve lugar no Porto, ao fim da tarde de sexta-feira 14 de Junho, entre a Praça da Batalha e a Praceta da Palestina, em mais uma iniciativa do CPPC, da CGTP-União dos Sindicatos do Porto, do MPPM e da Associação Projecto Ruído.

As cerca de duas centenas e meia de manifestantes percorreram as Ruas de Santa Catarina e de Fernandes Tomás até à Praceta, pelo meio de centenas e centenas de pessoas que circulavam na baixa a essa hora.

Já na Praceta seguiu-se um momento de intervenções, com cobertura da comunicação social (CNN Portugal, Porto Canal). Intervieram Joana Machado, pelo Projecto Ruído, que também foi passando a palavra; Joana de Jesus, pela União dos Sindicatos do Porto; José António Gomes, pela direcção do MPPM; a professora de música e compositora Suzana Ralha (que leu um poema de Herberto Helder); e ainda Ilda Figueiredo em nome do CPPC.

A exigência de cessar fogo imediato e permanente, e de paz no Médio Oriente; a defesa de uma Palestina livre, independente e soberana; a exigência do reconhecimento oficial do Estado da Palestina por parte do governo português; a urgência da ajuda humanitária e da reconstrução da Faixa de Gaza; a reclamação do direito a viver em paz no mundo e a rejeição da guerra; a condenação dos Estados Unidos pela continuação do apoio militar e económico a Israel; a crítica aos directórios da União Europeia pela sua condescendência em relação à acção agressora do governo israelita - foram estes alguns dos temas abordados.

Foi, além disso, exigido o respeito de Israel pelas sentenças do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que ordenou — e as suas sentenças são vinculativas — que Israel cesse imediatamente a ofensiva militar e outras acções na zona de Rafah; e foram exigidas ainda a manutenção da passagem de Rafah aberta para assistência humanitária e a garantia de acesso sem entraves a investigações de genocídio. 

No final deste participado momento, foram recolhidas assinaturas para a Carta aberta ao Primeiro-Ministro pelo reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal.


Fotografias: Adérito Machado, Henrique Borges, José António Gomes

Print Friendly, PDF & Email
Share