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Três palestinos foram mortos a tiro durante confrontos em Jerusalém Oriental ocupada e na Margem Ocidental ocupada hoje, 21 de Julho, relata a agência palestina Ma'an. Em todo o território palestino ocupado, e particularmente em Jerusalém Oriental ocupada, ocorreram protestos em grande escala contra as novas medidas de segurança impostas pelas autoridades israelitas no acesso ao complexo de Al-Aqsa.
O Waqf, a organização islâmica que administra Al-Aqsa, apelou no início desta semana a que todas as mesquitas de Jerusalém fechassem na sexta-feira, dia santo muçulmano, e todos os fiéis muçulmanos da cidade se dirigissem a Al-Aqsa para denunciar a instalação de portais detectores de metais e outras medidas de segurança adicionais, surgidas na sequência do ataque do passado dia 14, em que três palestinos cidadãos de Israel mataram dois polícias israelitas, igualmente palestinos cidadãos de Israel.
A Assembleia da República aprovou ontem, 19 de Julho, um Voto de Congratulação pela classificação de Hebron como património mundial. O Voto, apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Ecologista «Os Verdes», foi aprovado pelo Plenário da Assembleia da República com os votos favoráveis do PS, BE, PEV, PCP e PAN, os votos contra de 2 deputados do CDS-PP e 1 deputado do PS, e a abstenção do PSD, CDS-PP e 2 deputados do PS.
É o seguinte o texto integral do documento:
«Voto de Congratulação pela Classificação de Hebron como Património Mundial
A Comissão de Património Mundial da UNESCO aprovou a classificação de Hebron como Património Mundial, durante a reunião que decorreu de 2 a 12 de julho, em Cracóvia, na Polónia.
A Cidade Velha de Hebron está, assim, na Lista do Património Mundial da Humanidade. Sendo que a UNESCO declarou ainda que Hebron se encontra em risco, devendo merecer proteção especial da ONU.
Vários palestinos ficaram feridos em confrontos entre a polícia israelita e fiéis muçulmanos hoje, 17 de Julho, perto do complexo de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada.
O presidente da Iniciativa Nacional Palestina, Dr. Mustafa Barghouti, foi atingido na cabeça por uma bala com ponta de borracha. Barghouthi declarou à agência Ma'an que ele e vários outros fiéis, habitantes de Jerusalém, foram agredidos por forças israelitas após realizarem orações junto à Porta dos Leões, uma das várias que dão acesso a Al-Aqsa, para expressar a sua rejeição dos procedimentos de segurança israelitas em todo o complexo, incluindo a instalação de detectores de metal às entradas.
Um total de 388 palestinos, incluindo 70 menores e 13 mulheres, foram detidos durante o mês de Junho pelas forças israelitas em todo o território palestino ocupado, revela um relatório conjunto divulgado hoje, 16 de Julho, por várias organizações palestinas de direitos humanos.
Os números coligidos pela Sociedade dos Presos Palestinos, Centro Al-Mezan para os Direitos Humanos, Addameer (Associação de Apoio aos Presos e de Direitos Humanos) e Comité Palestino de Assuntos dos Presos mostram uma média de quase 13 palestinos detidos por dia. Dos palestinos presos, 126 eram de Jerusalém Oriental ocupada, 261 eram residentes da Margem Ocidental e 1 era da Faixa de Gaza cercada.
Num ataque ocorrido hoje, 14 de Julho, na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada, três cidadãos palestinos de Israel mataram a tiro dois polícias israelitas e feriram ligeiramente um outro, antes de serem eles próprios mortos.
Testemunhas relataram à agência noticiosa plestina Ma'an que os três atacantes entraram pela Porta dos Leões da Cidade Velha por volta das 7h, de motocicleta, e dispararam contra os polícias à queima-roupa, antes de se dirigirem para dentro do complexo da mesquita de Al-Aqsa, onde as forças israelitas os mataram com tiroteio cerrado.
Os atiradores foram identificados como cidadãos palestinos de Israel, da cidade de Umm al-Fahm, de maioria palestina. Segundo a polícia israelita, os atacantes levavam duas metralhadoras ligeiras Carlo (de fabrico artesanal), uma pistola e uma faca.
A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) publicou hoje, 13 de Julho, declarações criticando os movimentos Hamas e Fatah pelas medidas punitivas que as duas facções têm tomado, uma contra a outra, nas últimas semanas, informa a agência noticiosa palestina Ma'an. Estas declarações surgem num momento de crise política cada vez mais profunda e de gravíssima crise humanitária na Faixa de Gaza.
Ontem, 12 de Julho, agravou-se dramaticamente a crise energética em Gaza, onde vivem dois milhões de palestinos, quando a única central de produção de electricidade do território foi desligada por falta de combustível. Neste momento o único fornecimento de electricidade são 70 megawatts provenientes de Israel, quando as necessidades se estimam em 500 megawatts. Na maioria dos locais, o fornecimento de electricidade não ultrapassa as 2 horas diárias, com consequências devastadoras nomeadamente para o funcionamento de hospitais e o tratamento de águas residuais.
A Assembleia da República aprovou no passado dia 7 de Julho um Voto de Solidariedade «Pela Libertação de Khalida Jarrar e de outros deputados do Conselho Legislativo Palestino». O Voto, apresentado pelo Grupo Parlamentar do PCP, foi aprovado pelo Plenário da Assembleia da República com os votos favoráveis dos Grupos Parlamentares do PCP, PS, BE, PEV e os votos contra dos Grupos Parlamentares do PSD e do CDS-PP.
Hoje mesmo, 12 de Julho, Khalida Jarrar foi condenada por um tribunal militar israelita a seis meses de detenção administrativa (prisão sem julgamento nem culpa formada). A deputada — e dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) — tinha sido presa na madrugada do passado dia 2 de Julho, simultaneamente com outros militantes da causa da liberdade da Palestina.
É o seguinte o texto integral do Voto de Solidariedade aprovado pela Assembleia da República:
«Voto de Solidariedade
Um rapaz palestino de 13 anos, de Jerusalém Oriental ocupada, perdeu um olho na noite de domingo, 9 de Julho, após ser atingido por uma bala de ponta de esponja disparada pela polícia israelita, informa o diário israelita Haaretz.
A família do adolescente, Nur Hamdan, declarou que ele foi atingido pela bala quando estava na varanda de um segundo andar. O jovem também sofreu fracturas da cavidade ocular e outras lesões faciais.
A polícia israelita entrou no bairro de Isawiyah, em Jerusalém Oriental ocupada, após uma briga entre vizinhos. Residentes palestinos começaram a atirar-lhes pedras, e em resposta a tropa usou «armas de controlo de multidões».
O tio de Nur disse o rapaz não participou nos acontecimentos; estava simplesmente na varanda ao lado da mãe e de um primo. «As crianças estavam a brincar na varanda, até que a minha esposa os chamou para dentro por causa da polícia», relatou. «Ele foi atingido quando se levantou para entrar.»
A dirigente feminista Khitam Saafin, presidente da União dos Comités de Mulheres Palestinas, que foi presa na madrugada de 2 de Julho por forças de ocupação israelitas, recebeu ontem, 9 de Julho, uma ordem de detenção administrativa de três meses, assinada pelo comandante da ocupação militar da Margem Ocidental, informa a organização palestina de direitos dos presos Addameer. A audiência de confirmação será realizada no tribunal militar de Ofer na quarta-feira 12 de Julho.
No mesmo dia que Khitam Saafin foi também presa Khalida Jarrar, dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e deputada ao Conselho Legislativo Palestino. Ambas estão detidas na prisão israelita de HaSharon. Na primeira audiência, a 5 de Julho, o juiz decidiu prolongar a detenção das duas por mais 72 horas. O Exército israelita disse que a sua prisão se deve ao seu papel de dirigentes da FPLP.
Um menino palestino de 18 meses de idade, seriamente lesionado há dois meses pela inalação de gás lacrimogéneo disparado por soldados israelitas, morreu na sexta-feira, 7 de Julho, informa a agência palestina Wafa.
Em 19 de Maio, os soldados israelitas entraram em confronto com moradores da aldeia de Aboud, perto de Ramala, durante protestos ocorridos em toda a Margem Ocidental ocupada em apoio aos 1500 presos palestinos em greve de fome. Os soldados dispararam de forma aleatória um grande volume de gás lacrimogéneo sobre casas palestinas, causando sufocação em muitas pessoas, incluindo mulheres e crianças. O menino Abdul Rahman Barghouti foi gravemente afectado pelo gás lacrimogéneo.
As ambulâncias palestinas que tentavam chegar a sua casa foram bloqueadas por jipes do exército israelita. Os socorristas palestinos tiveram de ir a pé prestar os primeiros socorros à criança e transportaram-na depois, sempre a pé, para os seus veículos.

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