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O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, afirmou que os colonatos israelitas na Margem Ocidental ocupada, que são ilegais à luz do direito internacional, garantem a segurança de Israel, noticiou ontem, 18 de Setembro, o jornal israelita The Jerusalem Post.
As declarações de Lieberman tiveram lugar no decurso de uma visita ao colonato de Vered Yeriho, perto da cidade palestina de Jericó, na Margem Ocidental ocupada.
«Do meu ponto de vista, é claro que os colonatos na Judeia e Samaria [como Israel designa a Margem Ocidental ocupada], e os daqui da área de Jericó e do Mar Morto, são a verdadeira muralha defensiva do Estado de Israel. … No fim de contas, o que é determinante é quem está no terreno. Os colonatos sempre foram os pioneiros da segurança [de Israel]», afirmou o ministro.
O Hamas (Movimento Islâmico de Resistência), anunciou hoje, 17 de Setembro, que dissolveu o comité administrativo na Faixa de Gaza. Numa breve nota de imprensa, o Hamas apelou ao governo da Autoridade Palestina, dirigido por Rami al-Hamdallah, para que fosse imediatamente para Gaza e assumisse as suas responsabilidades.
O Hamas declarou também que aceitava a realização de eleições gerais palestinas e anunciou a sua disponibilidade para responder ao convite egípcio para um diálogo com o movimento Fatah para executar o acordo do Cairo de 2011 e seus anexos, como prelúdio para a formação de um governo de unidade nacional com a participação de outras facções.
O movimento islâmico declarou que as suas decisões foram tomadas em resposta aos esforços egípcios para acabar com a divisão palestina.
Há 35 anos, no dia 16 de Setembro de 1982, teve início o massacre dos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, a sul de Beirute, capital do Líbano. Cumprindo ordens de Israel, que invadira o Líbano e controlava Beirute, a Falange, uma milícia libanesa cristã comandada e armada por Israel, entrou nos campos e até ao dia 18 entregou-se a uma matança selvática. Soldados israelitas controlavam o perímetro dos campos, e durante a noite disparavam foguetes luminosos para ajudar a acção dos criminosos falangistas.
O massacre foi de uma barbaridade inaudita. Ao entrar no campo de Chatila no dia 19, a americana Janet Lee Stevens, que trabalhava para a Amnistia Internacional, deparou-se com a cena de corpos com membros e cabeças cortadas, alguns
Na aldeia de Jubbet ad-Dhib, na Margem Ocidental ocupada, foi reconstruída a escola que as autoridades israelitas tinham confiscado na véspera do início das aulas.
Na noite da passada sexta-feira, 8 de Setembro, activistas e funcionários do Ministério da Educação palestino reconstruíram cinco salas de aula, depois de, em 22 de Agosto, as autoridades israelitas terem confiscado várias casas móveis, oferecidas por organizações europeias, que iriam servir de salas de aula a 64 alunos, do primeiro ao quarto ano de escolaridade.
Israel começou hoje a construção do seu primeiro novo colonato na Margem Ocidental ocupada oficialmente criado pelo governo israelita desde há 25 anos, anunciou o site noticioso israelita Arutz Sheva. Destinado aos colonos evacuados em Fevereiro do posto avançado de Amona, ilegal segundo o próprio direito israelita, será duas vezes e meia maior do que o posto avançado evacuado.
O ministro do Interior israelita, Aryeh Deri, informou os responsáveis de Amona de que foram concluídos todas as medidas legais e a construção do novo colonato, que se chamará Amichai, poderia ter início. O governo israelita concordou em destinar 16 milhões de dólares para a sua construção.
As autoridades israelitas têm vindo desde há muitos anos a alargar os colonatos existentes na Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental ocupadas, mas este será o primeiro colonato construído de raiz por ordem do governo desde 1992.
Uma família palestina foi expulsa da casa onde morava há 53 anos no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada, na passada terça-feira, 5 de Setembro, após uma prolongada batalha jurídica em que as autoridades israelitas afirmaram que a propriedade pertence a colonos judeus.
A família Shamasna é a primeira família palestina a ser expulsa de Sheikh Jarrah desde 2009. A família, incluindo o idoso Ayyub Shamasna, de 84 anos, que vivia na casa desde 1964 e se encontra numa cadeira de rodas, e a sua esposa de 75 anos, foi expulsa à força por um grande número de agentes das forças repressivas israelitas ainda antes de poder carregar os seus móveis e outros pertences para um camião.
Na madrugada de hoje, 7 de Setembro, vários mísseis israelitas, que atravessaram o espaço aéreo libanês, atingiram forças militares sírias e o centro de pesquisa científica da cidade de Masyaf, na província de Hama (noroeste da Siria). Masyaf está localizada a aproximadamente 60 km a leste da cidade costeira de Tartus, onde a Rússia tem uma base naval.
«Aviões israelitas dispararam às 2h42m de hoje vários mísseis do espaço aéreo libanês, tendo como alvo uma das nossas posições militares perto de Masyaf, que resultaram em danos materiais e na morte de dois membros do pessoal local», informou o Exército sírio em comunicado. Outras fontes, citadas pela Al-Masdar News, indicam que o ataque israelita atingiu também o Centro de Investigação e Estudos Científicos em Masyaf.
A advogada palestina Fadwa Barghouthi, esposa de Marwan Barghouthi, dirigente da Fatah preso numa cadeia de Israel, afirmou na segunda-feira, 4 de Setembro, que as autoridades israelitas lhe disseram que está proibida de visitar o marido até 2019.
Fadwa Barghouthi declarou à agência noticiosa palestina Ma'an que na semana passada o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) conseguiu obter uma autorização para ela visitar o marido. Há mais de quatro meses que lhe era negada autorização de visita, desde que Marwan Barghouthi liderou uma greve da fome de 1500 presos palestinos.
No entanto, quando na segunda-feira se dirigiu à prisão para visitar o marido, juntamente com outros parentes de presos palestinos, as forças israelitas informaram-na, depois de ter esperado à porta das 9h até às 16h, de que não seria autorizada a visitá-lo até 2019 e de que a autorização emitida tinha sido um erro.
António Guterres, actualmente realizando a sua primeira visita a Israel e à Palestina enquanto secretário-geral da ONU, declarou que não há «nenhum plano B para a solução de dois Estados». Esta declaração foi feita após um encontro com Rami Hamdallah, primeiro-ministro da Autoridade Palestina, na passada terça-feira, 28 de Agosto, em Ramala, na Margem Ocidental ocupada.
«Uma solução de dois estados, o fim da ocupação, a criação de condições para acabar com o sofrimento do povo palestino, são a única maneira de garantir que a paz será estabelecida», afirmou.
Guterres reiterou a posição da ONU de que os colonatos de Israel são ilegais à luz do direito internacional, considerando-os «um grande obstáculo que precisa ser removido» para que seja possível uma solução de dois Estados.
O Knesset (parlamento de Israel) deverá avançar no próximo mês de Setembro com o projecto da chamada «lei do Estado Judaico» — também referida como «da nacionalidade» ou «do Estado-Nação» — , segundo notícias da imprensa israelita. O projecto de lei suscita oposição por discriminar os cidadãos palestinos de Israel.
O diário israelita Haaretz informou na passada sexta-feira, 25 de Agosto, que uma comissão criada para promover o projecto de lei vai realizar duas sessões consecutivas no próximo mês, apesar de o Knesset se encontrar em férias nessa altura.

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