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Centenas de beduínos manifestaram-se ontem, 27 de Julho, em Be’er Sheva, diante dos escritórios da Agência de Desenvolvimento Beduína, reclamando o seu encerramento, informa o jornal israelita Haaretz.
Os manifestantes exigiam o fim da política de sistemática demolição de edifícios nas comunidades beduínas do Negev/Naqab, no Sul de Israel, que classificaram de «crime contra cidadãos», e o reconhecimento das comunidades beduínas não autorizadas.
As relações entre a Agência e os residentes beduínos têm-se tornado cada vez mais tensas a propósito de questões como a reflorestação.
O Estado israelita começou a reflorestação a norte da localidade beduína de Tel Sheva, nos arredores de Be'er Sheva, que os beduínos dizem ser propriedade sua. O Estado estará a plantar florestas em vários locais do Negev/Naqab em terras que as comunidades beduínas «ilegais» reclamam como suas.
Após reabertura, mais de uma centena de feridos em ataque das forças israelitas
A situação em torno do complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental ocupada, conheceu hoje, quinta-feira, 27 de Julho, um desenlace provisório que constitui uma vitória dos palestinos.
O governo de Benjamin Netanyahu foi forçado pela firmeza dos protestos dos palestinos, sobretudo de Jerusalém Oriental mas também dos restantes territórios palestinos ocupados, a ceder: primeiro a retirar os pórticos detectores de metais à entrada do Haram al-Sharif (Nobre Santuário) / Esplanada das Mesquitas, depois a renunciar à instalação de câmaras «inteligentes», e finalmente a franquear aos fiéis muçulmanos a totalidade das entradas no santuário, contrariamente ao anunciado.

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) lamenta o texto da Folha Informativa com a assinatura da Companhia de Teatro de Almada e distribuída aos espectadores do Festival de Teatro de Almada na noite de 12 de Julho de 2017.
O respeito que temos pelo Festival, pela Companhia de Teatro de Almada e pelo seu trabalho, levou-nos a esperar pelo fim da 34a edição do Festival, antes de expressar o nosso desapontamento por esse texto. Um texto que falta à verdade dos factos e, assim, semeia a confusão.
Em momento algum o MPPM, a única organização portuguesa não governamental de solidariedade com o povo palestino acreditada pelas Nações Unidas, defendeu «boicotar um artista pela sua nacionalidade», como afirma enganadoramente o documento distribuído.

O MPPM condena a restrição por Israel do acesso ao complexo de Al-Aqsa e o agravamento da repressão em toda a Jerusalém Oriental, numa escalada de tensão que visa aprofundar a política israelita de anexação do território palestino.

Na sexta-feira, 14 de Julho, um tiroteio na Cidade Velha de Jerusalém que terminou no Haram al-Sharif/Esplanada das Mesquitas resultou na morte dos três atacantes e de dois polícias de fronteira israelitas, uns e outros palestinos com cidadania israelita.

Israel prendeu brevemente o Mufti de Jerusalém e impôs durante dois dias o encerramento total do local, pela primeira vez desde há muitos anos. Violando a liberdade de culto e pondo em causa o estatuto do local sagrado, de que é garante a Jordânia, o acesso a Haram al-Sharif só foi permitido por Israel depois da instalação nas suas entradas de pórticos detectores de metais.

O Conselho de Segurança da ONU deve reunir-se à porta fechada na próxima segunda-feira, 24 de Julho, para discutir a situação tensa que se vive nos últimos dias em Jerusalém Oriental ocupada em torno do complexo da Mesquita de al-Aqsa.
Entretanto, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas ordenou a suspensão de todos os contactos oficiais com Israel até que sejam retirados os detectores de metais colocados às entradas do complexo de Al-Aqsa.
No sábado, 22 de Julho, continuaram os confrontos em algumas zonas de Jerusalém Oriental e da Margem Ocidental ocupadas. Forças israelitas mataram pelo menos dois palestinos com balas reais, ferindo gravemente um outro, na cidade de al-Eizariya, no distrito de Jerusalém da Margem Ocidental ocupada, segundo informações do Crescente Vermelho palestino à agência Ma'an. Registaram-se igualmente dezenas de feridos.
Três palestinos foram mortos a tiro durante confrontos em Jerusalém Oriental ocupada e na Margem Ocidental ocupada hoje, 21 de Julho, relata a agência palestina Ma'an. Em todo o território palestino ocupado, e particularmente em Jerusalém Oriental ocupada, ocorreram protestos em grande escala contra as novas medidas de segurança impostas pelas autoridades israelitas no acesso ao complexo de Al-Aqsa.
O Waqf, a organização islâmica que administra Al-Aqsa, apelou no início desta semana a que todas as mesquitas de Jerusalém fechassem na sexta-feira, dia santo muçulmano, e todos os fiéis muçulmanos da cidade se dirigissem a Al-Aqsa para denunciar a instalação de portais detectores de metais e outras medidas de segurança adicionais, surgidas na sequência do ataque do passado dia 14, em que três palestinos cidadãos de Israel mataram dois polícias israelitas, igualmente palestinos cidadãos de Israel.
A Assembleia da República aprovou ontem, 19 de Julho, um Voto de Congratulação pela classificação de Hebron como património mundial. O Voto, apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Ecologista «Os Verdes», foi aprovado pelo Plenário da Assembleia da República com os votos favoráveis do PS, BE, PEV, PCP e PAN, os votos contra de 2 deputados do CDS-PP e 1 deputado do PS, e a abstenção do PSD, CDS-PP e 2 deputados do PS.
É o seguinte o texto integral do documento:
«Voto de Congratulação pela Classificação de Hebron como Património Mundial
A Comissão de Património Mundial da UNESCO aprovou a classificação de Hebron como Património Mundial, durante a reunião que decorreu de 2 a 12 de julho, em Cracóvia, na Polónia.
A Cidade Velha de Hebron está, assim, na Lista do Património Mundial da Humanidade. Sendo que a UNESCO declarou ainda que Hebron se encontra em risco, devendo merecer proteção especial da ONU.
Vários palestinos ficaram feridos em confrontos entre a polícia israelita e fiéis muçulmanos hoje, 17 de Julho, perto do complexo de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada.
O presidente da Iniciativa Nacional Palestina, Dr. Mustafa Barghouti, foi atingido na cabeça por uma bala com ponta de borracha. Barghouthi declarou à agência Ma'an que ele e vários outros fiéis, habitantes de Jerusalém, foram agredidos por forças israelitas após realizarem orações junto à Porta dos Leões, uma das várias que dão acesso a Al-Aqsa, para expressar a sua rejeição dos procedimentos de segurança israelitas em todo o complexo, incluindo a instalação de detectores de metal às entradas.
Um total de 388 palestinos, incluindo 70 menores e 13 mulheres, foram detidos durante o mês de Junho pelas forças israelitas em todo o território palestino ocupado, revela um relatório conjunto divulgado hoje, 16 de Julho, por várias organizações palestinas de direitos humanos.
Os números coligidos pela Sociedade dos Presos Palestinos, Centro Al-Mezan para os Direitos Humanos, Addameer (Associação de Apoio aos Presos e de Direitos Humanos) e Comité Palestino de Assuntos dos Presos mostram uma média de quase 13 palestinos detidos por dia. Dos palestinos presos, 126 eram de Jerusalém Oriental ocupada, 261 eram residentes da Margem Ocidental e 1 era da Faixa de Gaza cercada.
Num ataque ocorrido hoje, 14 de Julho, na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada, três cidadãos palestinos de Israel mataram a tiro dois polícias israelitas e feriram ligeiramente um outro, antes de serem eles próprios mortos.
Testemunhas relataram à agência noticiosa plestina Ma'an que os três atacantes entraram pela Porta dos Leões da Cidade Velha por volta das 7h, de motocicleta, e dispararam contra os polícias à queima-roupa, antes de se dirigirem para dentro do complexo da mesquita de Al-Aqsa, onde as forças israelitas os mataram com tiroteio cerrado.
Os atiradores foram identificados como cidadãos palestinos de Israel, da cidade de Umm al-Fahm, de maioria palestina. Segundo a polícia israelita, os atacantes levavam duas metralhadoras ligeiras Carlo (de fabrico artesanal), uma pistola e uma faca.

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