No passado dia 6 de Novembro decorreu em Bruxelas a primeira conferência sobre os colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados realizada em solo europeu, impulsionada pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Foram endereçados convites a múltiplas organizações europeias, entre as quais o MPPM. A conferência decorreu com um quadro alargado de organizações e participantes a título individual, incluindo deputados do Knesset (parlamento israelita), com destaque para Aida Touman-Sliman, da Lista Conjunta (coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista em Israel).
A conferência visava criar uma coligação contra os colonatos israelitas, reafirmando a solução de dois Estados segundo as fronteiras de 1967, desenvolver linhas de acção que se opusessem às tentativas de alteração paisagística e geográfica levadas a cabo no interior das fronteiras de 1967 e, por último, rejeitar liminarmente o acordo UE-Israel.
O governo israelita planeia duplicar, de 6000 para 12.000, o número de colonos judeus residentes no Vale do Jordão, na zona norte da Margem Ocidental ocupada.
Falando na rádio pública israelita, o ministro da Habitação israelita, Yoav Galant, apresentou o novo plano, segundo o qual governo transferirá para as cooperativas e aldeias agrícolas israelitas do Vale do Jordão verbas destinadas a cada nova família judaica que se mude para aí.
Segundo o ministro, existe em Israel um consenso de que o Vale do Jordão deve permanecer parte do Estado de Israel, qualquer que venha a ser um futuro acordo político.
As autoridades de ocupação israelitas tencionam expulsar cerca de 200 palestinos das suas casas e terras agrícolas no Vale do Jordão.
Milhares de palestinos assinalaram hoje a morte do dirigente histórico Yasser Arafat, ocorrida há 13 anos. Um dos fundadores da Fatah, Arafat morreu em 11 Novembro de 2004 num hospital perto de Paris, pairando a suspeita de que foi envenenado pelos serviços secretos de Israel. Continua a ser uma figura de referência para os palestinos.
A comemoração ocorreu no contexto do processo de reconciliação entre movimentos palestinos rivais. Depois de uma década de oposição, por vezes violenta, o Hamas e a Fatah — que domina a Autoridade Palestina — estão envolvidos num processo em que a AP deve retomar o controlo de Gaza em 1 de Dezembro. Trata-se no entanto de um processo difícil e complexo, que está ainda a dar os primeiros passos
Do Muro do Apartheid de Israel em território palestino até ao muro da vergonha dos EUA em território indígena na fronteira com o México — os muros são monumentos de expulsão, exclusão, opressão, discriminação e exploração. Nós, como pessoas afectadas por estes muros e como movimentos que apresentam a justiça, a liberdade e a igualdade como as nossas ferramentas para resolver os problemas deste planeta, juntamo-nos ao apelo do dia 9 de Novembro como Dia de Acção Global por um Mundo Sem Muros.
«Não existe palavra para muro na nossa língua. Nós perguntámos aos nossos pais. Nós procurámos. Não existe palavra para muro porque não deveria haver muros.»
Verlon M. José, vice-presidente da tribo Tohono O’odham.
(A terra do povo Tohono O’odham está dividida pela fronteira EUA-México)
As forças de ocupação israelitas prenderam 483 menores palestinos desde o início de 2017, anunciou ontem a Comissão dos Presos e Presos Libertados.
A organização oficial de direitos humanos palestina, citada pela agência Quds Press, afirma que a ocupação israelita encarcerou vários desses menores na prisão militar de Ofer, em regime de detenção administrativa (sem terem sido submetidas a julgamento nem terem culpa formada).
O advogado da Comissão, Louai Al-Mansi, declarou que «em Outubro foram presos 40 menores palestinos», oito dos quais foram torturadas, acrescentando que um menor foi preso depois de ser ferido a tiro pelas forças de ocupação israelitas. Os menores presos encontram-se na faixa etária dos 13-17 anos.
Milhares de manifestantes desfilaram ontem, 4 de Novembro, em Londres condenando a celebração pelo governo britânico do centenário da Declaração Balfour, que em 1917, em violação dos direitos nacionais da população autóctone, prometeu aos sionistas um «lar nacional» na Palestina, abrindo o caminho à formação do Estado de Israel, que significou
décadas de repressão e exílio, de usurpação de terras, de silenciamento e esmagamento da identidade cultural do povo palestino.
Os manifestantes protestaram também contra as declarações da primeira-ministra Theresa May, que afirmou que era com «grande prazer» que acolhia o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para comemorar os 100 anos da Declaração Balfour. Theresa May disse ainda que o Reino Unido estava «orgulhoso» do papel que desempenhou na criação do Estado de Israel.
Bucareste terá em breve uma estátua do poeta palestino Mahmud Darwich, segundo notícia da agência Wafa, que cita a embaixada palestina na capital romena.
O embaixador da Palestina na Roménia, Fouad Kokaly, teve um encontro com Daniel Tudorache, presidente da câmara do Distrito Um de Bucareste, em que o embaixador palestino solicitou que fosse erigida na cidade uma estátua de Darwich. Tudorache acolheu favoravelmente o pedido, acrescentando que a estátua do famoso poeta palestino constituirá um motivo de orgulho.
Coincidindo com o centenário da Declaração Balfour, foi ontem apresentado publicamente na Fundação José Saramago o Manifesto «Justiça para a Palestina», subscrito por uma centena de personalidades dos mais variados sectores da vida cívica portuguesa.
Em 2017 — que marca os 100 anos da Declaração Balfour (1917), os 70 anos do plano de partição da Palestina (1947) e os 50 anos do início da ocupação por Israel (1967) da Margem Ocidental, de Jerusalém Oriental e da Faixa de Gaza — permanece por cumprir a resolução 181 da ONU que previa a criação de um Estado palestino. Arrasta-se, por isso, um drama político e humanitário com um longo cortejo de vítimas que constitui, ao mesmo tempo, uma ameaça à paz e à segurança mundial.
Coincidindo com o centenário da Declaração Balfour, foi hoje apresentado publicamente, na Fundação José Saramago, o Manifesto «Justiça para a Palestina», subscrito por uma centena de personalidades dos mais variados sectores da vida cívica portuguesa. Em 2017 — que marca os 100 anos da Declaração Balfour (1917), os 70 anos do plano de partição da Palestina (1947) e os 50 anos do início da ocupação por Israel (1967) da Margem Ocidental, de Jerusalém Oriental e da Faixa de Gaza — permanece por cumprir a resolução 181 da ONU que previa a criação de um Estado palestino. Arrasta-se, por isso, um drama político e humanitário com um longo cortejo de vítimas que constitui, ao mesmo tempo, uma ameaça à paz e à segurança mundial.
A Autoridade Palestina (AP) assumiu oficialmente hoje (1 de Novembro) o controlo administrativo das passagens de fronteira da Faixa de Gaza cercada, como parte da transferência de poder que está em curso do Hamas para o governo de unidade palestino, dominado pela Fatah.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza cercada desde 2007, concordou em retirar-se da governação deste território em nome da unidade nacional. A Autoridade Palestina deve assumir o controlo total da Faixa de Gaza até 1 de Dezembro.
Durante a cerimónia de entrega do controlo na passagem de Rafah, entre Gaza e o Egipto, foram tocados os hinos nacionais palestino e egípcio. Viam-se lado a lado bandeiras palestinas e egípcias e grandes fotos do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e do presidente egípcio Abd al-Fattah al-Sissi.