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Mais de 200 palestinos ficaram ontem feridos na Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza cercada, em resultado da repressão das forças de ocupação israelitas aos protestos, pela quarta semana consecutiva, contra a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.Segundo o Crescente Vermelho palestino, mais de 130 palestinos ficaram feridos em confrontos com as forças israelitas na Margem Ocidental: 4 atingidos com balas reais e 45 com balas de metal revestidas de borracha, enquanto 77 foram vítimas da inalação de gás lacrimogéneo.Na Faixa de Gaza, mais de 50 palestinos foram feridos, a maioria deles com balas reais.Os confrontos ocorreram após as preces de sexta-feira, em resposta ao apelo de várias facções palestinas para um dia de raiva em resposta à decisão ilegal e unilateral dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e de para aí transferir a sua embaixada. 

A jovem Ahed Tamimi, de 16 anos, conhecida activista palestina contra a ocupação, foi detida na madrugada do passado dia 19 de Dezembro por forças do exército e polícia de fronteira de Israel que assaltaram a sua casa, na aldeia de Nabi Saleh, na Margem Ocidental ocupada.

A razão próxima da sua detenção é um vídeo que provocou reacções de choque e ira em Israel. Nesse vídeo vê-se Ahed, juntamente com a sua a prima Nur, enfrentando com pontapés e bofetadas soldados israelitas armados. A ministra da Cultura, Miri Regev, declarou-se «humilhada, esmagada»; o ministro da Educação, Naftali Bennett, declarou que as jovens «deveriam acabar os seus dias na prisão». No entanto, o vídeo começou por ser divulgado numa versão editada. Na versão integral vê-se que Ahed procurava afastar os soldados com pequenos empurrões e só depois de esbofeteada por um deles é que responde com bofetadas e pontapés.

No próprio dia 19, a mãe de Ahed, Nariman, foi presa quando ia visitar a filha à esquadra. A...

O Povo Palestino tem uma Cultura rica e viva e é digno da nossa admiração por ter conseguido manter, através de décadas de sofrimento, de perseguição e de exílio, a sua identidade própria – tantas vezes sonegada – e a sua fidelidade à terra-mãe – sistematicamente espoliada, destruída e ocupada.Neste vídeo produzido pelo MPPM esboça-se um retrato dessa cultura nas suas múltiplas facetas: educação, literatura, pintura, música, teatro, cinema, arqueologia e cultura tradicional são os temas aflorados.Esperamos que esta breve abordagem desperte o interesse em saber mais sobre este povo e a sua cultura. 

O ministro dos Transportes israelita anunciou que planeia dar a uma estação de comboio perto do Muro Ocidental ou das Lamentações (que os muçulmanos designam por Muro de Al-Buraq), em Jerusalém Oriental ocupada, o nome de estação «Donald John Trump».A estação, que se encontra ainda em fase de projecto, seria parte de uma linha ferroviária de alta velocidade entre Tel Aviv e Jerusalém, com duas estações subterrâneas e um túnel de mais de 3 km por baixo da Cidade Velha, em Jerusalém Oriental, que o direito internacional considera território ocupado.Além disso, a linha, para uso exclusivo de cidadãos israelitas, teria um lanço de 6 km no território palestino ocupado da Margem Ocidental.«O Kotel [Muro das Lamentações ou Muro Ocidental] é o lugar mais sagrado para o povo judeu, e decidi dar à estação que a ele conduz o nome do presidente estado-unidense Donald Trump, em reconhecimento da sua corajosa e histórica decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel», declarou Yisrael Katz...

As forças militares de ocupação israelitas prolongaram hoje a detenção administrativa de Khalida Jarrar por mais seis meses, a quatro dias de expirar o seu período de detenção.Dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Khalida Jarrar é deputada ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento) e presidente da sua Comissão dos Presos, sendo ainda vice-presidente do Addameer, organização de apoio aos presos palestinos.Khalida Jarrar tinha sido aprisionada por soldados das forças de ocupação na madrugada de 2 de Julho e condenada a seis meses de detenção administrativa, prática de detenção arbitrária, sem julgamento nem culpa formada, que constitui uma grave violação do direito e dos padrões internacionais dos direitos humanos.Khalida Jarrar tem sido alvo de ataques repetidos e contínuos da ocupação israelita, tendo já anteriormente passado 14 meses numa prisão israelita sob a acusação de construir uma rede de apoio aos presos palestinos, sendo libertada em Junho de 2016.Kha...

Ahed Tamimi, de 16 anos, conhecida activista palestina contra a ocupação, foi detida na madrugada do passado dia 19, quando forças do exército e polícia de fronteira de Israel assaltaram a sua casa, na aldeia de Nabi Saleh, na Margem Ocidental ocupada.A razão próxima da detenção de Ahed Tamimi é um vídeo em que confronta corajosamente soldados israelitas, que queriam usar a sua casa para atacar jovens da aldeia.Mas Ahed Tamimi participou desde os 9 anos de idade nos protestos que durante anos se realizaram todas as sextas-feiras na aldeia de Nabi Saleh contra o roubo de terras e de uma nascente pelos colonos israelitas. Aos 13 anos ganhou o Handala Courage Award, tendo-se tornado conhecida por uma série de fotos de 2015 em que, juntamente com a mãe e tia, tentava desesperadamente salvar o seu irmão ferido, Mohammad, então com 11 anos, de ser preso pelas forças israelitas.Quando Ahed tinha 12 anos, um primo de sua mãe, Mustafa Tamimi, foi morto diante dos seus olhos por um disparo de...

Vários dignitários cristãos da Palestina rejeitaram ontem a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.Num momento em que Belém, normalmente repleta de turistas nesta época do ano, quase não tinha visitantes devido aos confrontos entre forças israelitas e manifestantes palestinos, os dignitários cristãos classificaram de «perigosa» e «insultuosa» a decisão dos EUA, sublinhando ao mesmo tempo a centralidade de Jerusalém para as três religiões monoteístas.«A paz começa com Jerusalém. O poder não pode impor uma paz injusta», disse o ex-patriarca latino Michel Sabah, que acrescentou: «Os lugares sagrados são governados pelo status quo, que deve ser respeitado».No mesmo sentido se pronunciou o arcebispo ortodoxo grego Attallah Hanna: «Nós, palestinos, cristãos e muçulmanos, rejeitamos o reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel.»O bispo Munib Younan, da Igreja Luterana, declarou por seu lado que os dirigentes...

Dois palestinos foram mortos a tiro e outras cerca de 70 pessoas foram feridas por balas reais disparadas pelas forças israelitas junto à barreira que isola a Faixa de Gaza de Israel, durante protestos contra a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, informou o Ministério da Saúde palestino.Após as preces de sexta-feira, tinha-se realizado um protesto perto da barreira que cerca a Faixa de Gaza, e soldados israelitas abriram fogo contra os manifestantes com balas reais, gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento.Ao mesmo tempo, ocorreram confrontos em Belém, Hebron, Nablus, Ramala e outras zonas da Margem Ocidental. Em Jerusalém Oriental, após as preces de sexta-feira na mesquita de Al-Aqsa houve uma marcha em direcção à porta de Damasco, interrompida pelos soldados israelitas.Pelo menos 103 palestinos foram levados para tratamento para hospitais em toda a Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza.Os manifestantes respondiam aos...

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou hoje uma resolução que rejeita a decisão dos Estados Unidos da América de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e os planos para transferir para esta cidade a embaixada dos EUA.A resolução, apresentada pela Turquia e pelo Iémen, recebeu 128 votos a favor. Votaram contra 9 países (incluindo os EUA e Israel) e 35 abstiveram-se. Houve 21 países que não participaram na votação.A resolução hoje aprovada é praticamente idêntica àquela que na passada segunda-feira, 18 de Dezembro, foi apresentada pelo Egipto no Conselho de Segurança e votada favoravelmente por 14 dos seus 15 membros, não tendo sido aprovada apenas devido ao veto dos EUA.Sem nomear directamente os Estados Unidos, a resolução aprovada pela Assembleia Geral «deplora profundamente as recentes decisões relativas ao estatuto de Jerusalém» e sublinha que Jerusalém «é uma questão que releva do estatuto final e que deve ser resolvida através de negociações, como prevêem as resoluções...

Muitas vozes deram Voz à Solidariedade com a Palestina hoje, à tarde, na Casa do Alentejo, em Lisboa.Numa iniciativa do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses-Intersindical Nacional (CGTP-IN), do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no Médio Oriente (MPPM), realizou-se uma sessão de solidariedade com a Palestina que registou a presença de quase centena e meia de pessoas.Intervieram Gustavo Carneiro, da Direcção Nacional do CPPC, Arménio Carlos, Secretário-Geral da CGTP-IN, Regina Marques, da Direcção Nacional do MDM, e Carlos Almeida, Vice-Presidente do MPPM, e houve ainda testemunhos de vários elementos da assistência.Foi firmemente condenado o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel e denunciada a teia de falsidades com que se procura justificar a legitimidade daquela decisão. Enfatizando a necessidade de distinguir claramente...