Mais de 15.000 mulheres palestinas presas por Israel desde 1967
As autoridades israelitas prenderam mais de 15.000 mulheres palestinas desde 1967, quando se iniciou a ocupação por Israel da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oriental, revelaram estatísticas oficiais publicadas na quarta-feira, 7 de Março.
Um relatório elaborado por Abdel Nasser Ferwaneh, do Comité para os Assuntos dos Presos e Presos Libertos da OLP , acusou a ocupação israelita de ataques crescentes contra as mulheres palestinas nestes últimos anos, revelando que Israel prendeu 445 mulheres, incluindo várias menores, desde o início da chamada «Intifada de Jerusalém», em Outubro de 2015.
Ferwaneh acrescentou que dezenas de mulheres foram alvejadas e feridas pelas forças de ocupação israelitas antes da sua detenção.
«Na maioria das vezes, as mulheres são presas em casa a meio da noite», explicou Ferwaneh, «sendo espancadas e submetidas a tratamento severo, e quando presas são expostas a torturas físicas e psicológicas.»
Às mulheres palestinas dentro das prisões israelitas é frequentemente negado tratamento médico adequado, e além disso são encarceradas ao lado de criminosas, independentemente da idade ou alegados delitos cometidos.
A última mulher palestina a ser presa pela forças repressivas israelitas foi Fatima Jarrar, de 20 anos, moradora na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, e estudante na Universidade Aberta de Al-Quds.
Neste momento há 63 mulheres e meninas palestinas presas em cadeias israelitas, incluindo 3 que estão em regime de detenção administrativa (sem acusação nem julgamento).
Entre estas conta-se a deputada do Conselho Legislativo Palestino (parlamento) Khalida Jarrar, que se encontra em regime de detenção administrativa desde a sua prisão, em 12 de Julho de 2017. Deveria ter sido libertada em 1 de Janeiro de 2018, mas em 27 de Dezembro a sua ordem de detenção administrativa foi renovada por mais seis meses.
Domingo, 11 Março, 2018 - 00:00