Comunicados

No mês de Março assinalaram-se 20 anos sobre a invasão do Iraque pelos EUA, Reino Unido e seus aliados, numa guerra de agressão que violou todas as normas do Direito Internacional. Também no mês de Março – que se revelou particularmente funesto para os povos do Médio Oriente – passaram 12 anos sobre o início dos bombardeamentos da NATO sobre a Líbia e sobre a intervenção na Síria por parte das potências ocidentais e seus aliados regionais. Foi ainda no mês de Março que, em 2015, teve início a agressão militar estrangeira ao Iémen.

A guerra contra o Iraque teve como pretexto mentiras sobre inexistentes armas de destruição em massa. Os bombardeamentos brutais sobre Bagdade que começaram em 19 de Março de 2003 faziam assumidamente parte da estratégia bélica de «Shock and Awe» («Choque e Temor») teorizada pelos estrategas militares norte-americanos desde a década de 90 do século XX. O Iraque foi militarmente ocupado - uma ocupação que, sob formas diversas, persiste até aos nossos dias, com...

Em 30 de Março de 1976, os palestinos da região de Nazaré – a norte, no território da Palestina ocupado pelo Estado de Israel – organizaram uma greve geral de um dia. Os protestos foram motivados pelos intentos do governo de Israel de expropriar terras palestinas para nelas instalar povoações judaicas. Os protestos pacíficos terminaram num banho de sangue: forças do Exército e da polícia de fronteira israelitas mataram seis palestinos cidadãos de Israel.

Desde então, o Dia da Terra, 30 de Março, tornou-se um dia de resistência e comemoração da terra para todos os palestinos.

A questão da terra e da sua posse sempre foi uma questão central: para os sionistas e para os palestinos.

Os sionistas procuraram, desde o início, apropriar-se do máximo de terra, expulsando os palestinos que nela viviam. É esse o sentido do crime fundacional de Israel, a limpeza étnica de mais de 700 000 palestinos que acompanhou a criação do Estado sionista, em 1948: a Nakba (catástrofe), de que este ano se...

No Dia Internacional da Mulher, o MPPM homenageia as mulheres que, em todo o mundo — em casa, nos campos, nas fábricas ou nos escritórios — lutam pela paz e pela liberdade, contra a opressão, a discriminação e a injustiça.

Neste ano de 2023, em que se assinalam 75 anos sobre a Nakba — a limpeza étnica que acompanhou a criação do Estado de Israel —, neste ano em que a repressão, a injustiça, o racismo e a segregação que vitimam o povo palestino não só continuam como se agravam, o MPPM presta especial homenagem às mulheres palestinas que, não obstante as duras condições, continuam a resistir, a trabalhar, a fazer viver a família, a educar os filhos.

Este ano de 2023 está a caminho de ser o mais mortífero para as palestinas e os palestinos que vivem na Cisjordânia. A brutalidade do exército de ocupação e dos colonos por ele protegidos não tem limites. Até ontem totalizavam 73 os palestinos mortos pelo ocupante, incluindo uma mulher idosa.

Está ainda vivo na memória o pogrom de 26 de...

Neste dia 29 de Novembro passam três quartos de século da aprovação da Resolução 181 pela Assembleia Geral da ONU, prevendo a partição da Palestina, então sob Mandato britânico. Mas se logo em 1948 foi criado o Estado de Israel, nenhum Estado independente da Palestina jamais viu a luz do dia.

A descolonização da Palestina nunca chegou a acontecer. O colonizador britânico foi substituído por um Estado de colonos provenientes dos quatro cantos do mundo, que não apenas se apropriou dum território que excedia em muito o previsto na Resolução 181 de 1947 como tem mantido, desde 1967, o restante território palestino sob ocupação.

A aprovação pela ONU da criação de Israel no território histórico da Palestina foi inseparável do sentimento de repúdio, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, pelos horrendos crimes do nazi-fascismo, incluindo as perseguições e genocídio dos judeus. Mas os planos de partilha do Médio Oriente e dos seus gigantescos recursos pelas potências imperialistas eram mais...

O MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente — denuncia e condena a brutal escalada de violência do ocupante israelita sobre o povo palestino, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ao mesmo tempo que saúda as manifestações de unidade, expressas tanto na resistência popular na Palestina ocupada, como na aproximação das forças políticas recentemente reunidas na Argélia.

A repressão israelita nos territórios palestinos ocupados está a assumir proporções de enorme gravidade, a que urge pôr rapidamente cobro. São praticamente diários os assassinatos de palestinos pelas forças repressivas israelitas, bem como os actos de violência levados a cabo por colonos em toda a Cisjordânia.

O enviado especial da ONU para o Médio Oriente, Tor Wennesland, afirmou no recente debate especial sobre a Palestina no Conselho de Segurança, que 2022 está a ser o ano mais mortífero para os palestinos da Cisjordânia desde que a ONU começou a compilar dados em 2005. Só no mês...

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente condena o assalto e encerramento pelas forças de ocupação israelitas das instalações de várias organizações da sociedade civil palestina e critica a inércia da comunidade internacional – incluindo do governo português – em exigir de Israel a reversão da designação de seis das organizações como “organizações terroristas”.

Na madrugada de quinta-feira, 18 de Agosto, o exército israelita invadiu e encerrou os escritórios de sete organizações palestinas da sociedade civil e dos direitos humanos, em Ramala, na Cisjordânia ocupada. Os escritórios das organizações foram saqueados e o seu equipamento confiscado. As portas foram seladas e foi afixada uma ordem militar que declarava a organização «encerrada pela força em nome da segurança na região e para combater as infra-estruturas do terrorismo».

As seis organizações designadas “ilegais” por Israel são: Addameer – Associação de Apoio aos Presos e de Direitos Humanos...

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – denuncia e condena de forma veemente a nova escalada agressiva de Israel contra o povo palestino, e em particular contra Gaza.

Dando sequência a movimentações militares e provocações de diversa ordem que se vinham a desenrolar nos últimos dias, o Estado de Israel voltou a bombardear em larga escala a Faixa de Gaza desde a última sexta-feira, 5 de Agosto.

Na manhã de domingo, 7 de Agosto, menos de 48 horas depois do início desta vaga de ataques, o Ministério da Saúde palestino dava conta de 31 mortes, entre as quais as de seis crianças e quatro mulheres. Registavam-se ainda mais de 265 feridos. Entre as muitas instalações civis atingidas pelos bombardeamentos israelitas encontra-se a Universidade Al-Quds, no Norte de Gaza. Também o campo de refugiados de Jabalia foi bombardeado na noite de sábado resultando na morte de várias crianças.

Os dirigentes israelitas já vieram assumir que pretendem prolongar esta...

Assinala-se hoje o 74º aniversário da Nakba – a catástrofe que acompanhou a criação do Estado de Israel em 1948 e que se saldou pela expulsão violenta de centenas de milhar de palestinos das suas casas, aldeias e cidades, para dar lugar a recém-chegados colonos sionistas.

Quase três quartos de século volvidos, e apesar do reconhecimento internacional da legitimidade da causa palestina e da luta do seu povo pelos seus inalienáveis direitos, o aniversário da Nakba em 2022 continua marcado pela brutal realidade da ocupação e da repressão israelita sobre o povo palestino, pelo prosseguimento da limpeza étnica da população palestina e pelas violações do Direito Internacional por parte do Estado de Israel, com persistentes acções de guerra contra países vizinhos.

Num relatório publicado em 15 de Abril, o Euro-Mediterranean Human Rights Monitor documenta o assassinato, pelas forças israelitas, desde o início de 2022, de 47 palestinos, incluindo oito menores e duas mulheres, em vários incidentes...

Em 1974 o Conselho Nacional Palestino instituiu o dia 17 de Abril como o Dia dos Presos Palestinos - uma data na qual se expressa a solidariedade para com os palestinos presos nas prisões de Israel.

Neste 17 de Abril de 2022, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) reafirma a sua solidariedade para com os palestinos presos por Israel. O MPPM reitera o apoio à luta do povo palestino pela sua liberdade e autodeterminação, pelo reconhecimento da condição de presos políticos aos palestinos presos pelo Estado israelita e pelo respeito pelos direitos destes presos, denunciando as degradantes condições a que são submetidos nas prisões israelitas.

Em inícios do presente mês de Abril encontravam-se presos nas prisões de Israel cerca de 4500 palestinos, incluindo 160 menores e 32 mulheres. Do total, 530 presos estão em detenção administrativa, sem culpa formada ou sem sequer serem levados a julgamento. Estão também presos nas prisões israelitas 8 membros do...

O exército israelita tem em marcha, desde o final do mês de Março, uma violenta ofensiva repressiva nos territórios palestinos ocupados em 1967. Desencadeada, alegadamente, como resposta a uma sequência de acções violentas levadas a cabo por palestinos em Israel, esta ofensiva ocorre num momento particularmente sensível.

As festividades do Ramadão em Jerusalém têm sido brutalmente reprimidas pela violência da polícia militarizada israelita, que noite após noite tem agredido fisicamente os palestinos presentes na área da Porta de Damasco. Trata-se de um espaço que constitui o centro da vida social dos palestinos na cidade, ocupado ilegalmente por Israel desde 1967. Na escadaria de acesso à Porta é habitual os fiéis muçulmanos reunirem-se após o anoitecer para celebrarem colectivamente o quebrar do jejum. Para além do seu significado religioso, esta numerosa reunião de palestinos em Jerusalém é um acto de resistência que desafia a propaganda colonial sionista que apresenta Jerusalém como...