Nesta segunda-feira 5 de Maio homenageámos a memória das crianças palestinas assassinadas por Israel em Gaza, numa iniciativa do CPPC, da CGTP-IN, do MPPM e do Projecto Ruído.
Uma extensa faixa continha os nomes de 2000 crianças, em representação das cerca de 17.400 que Israel assassinou desde Outubro de 2023 – porque cada criança morta tinha um nome, não era um número.
Recolhemos muitas dezenas de postais com mensagens de solidariedade para as crianças e para o povo palestino bem como cartazes com expressões de solidariedade e de protesto.
Mariana Carvalho, dos Pioneiros de Portugal, leu o texto de homenagem às crianças palestinas:
«A mãe, o pai, os irmãos, a família morta, separada ou desaparecida,
a casa destruída
a fome, a doença
a guerra, a morte, as feridas, a dor
a destruição por todo o lado…
é isto ser criança na Faixa de Gaza...
Ser obrigado a sair da sua casa, da sua rua, do seu bairro
ser privado de água, de comida, de medicamentos e dos cuidados médicos necessários
O navio Conscience, pertencente à coligação Flotilha da Liberdade, que ontem foi alvo de um duplo ataque por drones que provocaram um incêndio e o deixaram seriamente danificado, continua fundeado ao largo de Malta e até ao momento sem permissão para aportar a este país mediterrânico para efectuar reparações urgentes e pôr a salvo os seus doze tripulantes e quatro passageiros. O Conscience transporta ajuda humanitária para Gaza e preparava-se para embarcar em Malta um grupo de activistas solidários com a Palestina em que se incluía Greta Thunberg.
A ONG Moviment Grafitti referiu que o ataque ocorreu poucas horas depois de a República de Palau ter retirado o pavilhão sob o qual o Conscience navegava. Referiu ainda que, também poucas horas antes do ataque, um avião Hércules C-130 da Força Aérea israelita tinha entrado no espaço aéreo maltês e patrulhado a baixa altitude a área em torno de Hurd's Bank, onde se encontrava o navio da coligação.
O navio Conscience, pertencente à coligação Flotilha da Liberdade, foi atacado por drones em águas internacionais ao largo de Malta.
Segundo informação divulgada pela coligação, o duplo ataque ocorreu pouco depois da meia-noite local e causou um incêndio e um rombo no casco, tendo sido emitido um pedido de socorro. A coligação responsabiliza Israel pelo ataque.
O governo de Malta confirmou o incidente e informou ter enviado um rebocador em socorro do navio atacado, que ajudou a extinguir o incêndi., Ainda segundo o governo de Malta, todas as pessoas a bordo estão salvas.
A coligação Flotilha da Liberdade tem por objectivo romper o cerco ilegal imposto por Israel a Gaza há 18 anos e levar ajuda humanitária de que a população tanto precisa e que Israel tem bloqueado.
O navio Handala, parte da Flotilha da Liberdade, esteve em Lisboa entre 3 e 7 de Julho do ano passado numa missão «Para as Crianças de Gaza».
Com a participação de dezenas de pessoas, decorreu, no dia 12 de Abril, a inauguração, na Casa Antero de Quental, em Vila do Conde, das duas exposições “Ilustradores pela Paz na Palestina” (24 artistas) e “Paz Sim! – Mostra de Poesia Visual” (24 escritores e artistas visuais), realizadas ambas por iniciativa do MPPM (a primeira em colaboração com a CGTP, o CPPC e a Associação Projeto Ruído).
Com vários dos artistas presentes, intervieram, numa primeira parte, o Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Vila do Conde, que agradeceu e se regozijou pelo acolhimento das mostras, o responsável pela gestão da casa, Dr. Miranda Dias, e ainda José António Gomes, em nome da direcção nacional do MPPM, tendo sido realçado o papel de Mafalda Martins, do Centro de Estudos Anterianos, na organização do evento e na montagem das exposições.
Num segundo momento, e com a orientação de José António Gomes, houve uma pequena visita orientada às exposições, no 1.º andar do edifício, com destaque para os...
O mau tempo não afastou as cerca de duas centenas de pessoas que se juntaram nesta quarta-feira, 19 de Março, no Rossio, em Lisboa, para condenar o infame ataque de Israel contra a população de Gaza, nos dois dias anteriores, que causaram largas centenas de mortos e vários milhares de feridos. Também os governos que, por cumplicidade ou omissão, apoiam o genocídio israelita foram alvo da condenação dos presentes.
Em nome das organizações promotoras intervieram Julie Neves, do CPPC, Dinis Lourenço, da CGTP-IN, José Oliveira, do MPPM, e Inês Reis, do Projecto Ruído.
Com a garantia de que estaremos na rua sempre que seja necessário manifestar a nossa solidariedade com o povo palestino, foram já anunciadas iniciativas para assinalar o Dia da Terra Palestina, no dia 30 de Março: em Lisboa, no Martim Moniz, às 15 horas; no Porto, no Jardim Infante D. Henrique, às 16 horas; e em Coimbra, em local a definir, às 15 horas. Ainda em Coimbra, no dia 26 de Março, às 17 horas, haverá pintura de uma...
O MPPM condena veementemente o novo ataque maciço contra a Faixa de Gaza desencadeado por Israel às primeiras horas da madrugada de hoje, 18 de Março, com a utilização de mais de cem aviões militares e que, segundo os dados disponíveis neste momento, causou pelo menos 412 mortos e cerca de 1000 feridos.
Após o corte por Israel da entrada de ajuda humanitária em Gaza no dia 2 de Março e a interrupção do fornecimento de electricidade no dia 9, o hediondo ataque de hoje põe em evidência que Israel nunca teve intenção de prosseguir as negociações com a resistência palestina com vista à concretização da segunda fase do cessar-fogo que entrou em vigor há dois meses.
O ataque de hoje, de que os Estados Unidos tiveram conhecimento prévio e a que deram pleno apoio, está em linha com as declarações do gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que afirmou que Israel vai intensificar a operação militar em Gaza.
A sabotagem por Israel das negociações para a segunda fase do cessar-fogo...
Num comunicado agora divulgado, o Euro-Med Human Rights Monitor, uma organização de direitos humanos sediada em Genebra, revela que Israel matou 150 palestinos – uma média de três mortes por dia – desde o início do cessar-fogo em Gaza em 19 de Janeiro. A equipa de campo do Euro-Med Monitor documentou os ataques de franco-atiradores e drones israelitas desde que o cessar-fogo entrou em vigor, bem como a utilização continuada do bloqueio como arma de morte lenta pela fome no genocídio em curso na Faixa de Gaza.
Os assassinatos são levados a cabo por franco-atiradores, drones e aviões e têm como alvo civis palestinos na Faixa de Gaza. Os ataques mortais ocorrem frequentemente quando os residentes tentam regressar às suas casas danificadas perto da chamada “zona tampão” imposta por Israel ao longo das fronteiras norte e leste da Faixa. Mas os assassinatos ocorrem também quando as vítimas se encontram nas designadas «zonas seguras».
A província de Rafah – no Sul da Faixa de Gaza – foi a que...
Israel tem utilizado cada vez mais violência sexual, reprodutiva e outras formas de violência baseada no género contra os Palestinos como parte de um esforço mais amplo para minar o seu direito à autodeterminação e realizou actos genocidas através da destruição sistemática de instalações de cuidados de saúde sexual e reprodutiva, de acordo com um novo relatório publicado no dia 13 de Março pela Comissão Internacional Independente de Inquérito das Nações Unidas sobre o Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental, e Israel.
O relatório documenta uma ampla gama de violações perpetradas contra mulheres, homens, meninas e meninos palestinos em todo o Território Palestino Ocupado, desde 7 de Outubro de 2023, que constitui um elemento importante nos maus-tratos aos Palestinos e faz parte da ocupação ilegal e perseguição dos Palestinos como um grupo.
«As provas recolhidas pela Comissão revelam um aumento deplorável da violência sexual e baseada no género», afirmou Navi Pillay...
Após a reunião do Conselho de Associação UE-Israel de 24 de Fevereiro, as violações do direito internacional por parte de Israel continuam, expondo uma violação dos próprios valores da UE e das suas obrigações ao abrigo do direito internacional.
Poucos dias depois de a UE ter realizado a reunião do Conselho de Associação UE-Israel em Bruxelas, em 24 de Fevereiro, o governo israelita demonstrou o seu total desrespeito pelos pedidos fundamentais da UE em matéria de direitos humanos e de direitos humanitários feitos a Israel nesse dia. As conclusões da UE solicitavam que «Israel aderisse estritamente às regras e aos princípios do DIH e do DIDH», mas, apenas uma semana depois, Israel impôs um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária em Gaza, utilizando a fome dos civis como arma, o que é considerado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) como um crime de guerra e um crime contra a humanidade, pelo qual o TPI emitiu mandados de captura contra o Primeiro-Ministro e o antigo Ministro da...
O seu livro «Du projet sioniste au génocide», publicado em Janeiro de 2025 (*), é um manancial de informações sobre a história do Médio Oriente durante o século xx. Em particular, refere que os termos «semita» e «anti-semita» pertencem à «linguagem do inimigo». Pode desenvolver este raciocínio?
Na Antiguidade, existiram vários povos semitas: os acádios, os cananeus, os arameus, os fenícios, os assírios, os babilónios, os hebreus, os árabes, etc. Existem línguas semíticas: o aramaico, o hebraico, o árabe. Mas é claro que não existe uma «raça» semita ou uma «raça» ariana. Diz-nos a biologia que as raças não existem. Os judeus não são «semitas» ; são, na sua maioria, descendentes de convertidos de diferentes regiões e de diferentes épocas. O mundo árabe-muçulmano tem origens que nada têm a ver com os semitas – é o caso dos egípcios ou dos berberes. Mesmo a palavra «Palestina» vem dos filisteus, que não eram semitas.
O termo «semita» é, portanto, mal utilizado. O mesmo acontece com o termo...