Guerra, Militarismo, Desarmamento

Israel vai aceitar o convite da NATO para abrir uma missão permanente na sede deste bloco político-militar, em Bruxelas, anunciou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, no dia 4 de Maio. Entre as razões invocadas por Netanyahu para justificar o interesse da NATO nesta cooperação contam-se «a luta decidida contra o terrorismo, o nosso know-how tecnológico, a nossa rede de espionagem e outras coisas». A NATO emitiu uma declaração dizendo que «o Conselho do Atlântico Norte concordou em aceitar o pedido para que uma Missão oficial israelita seja estabelecida na sede da NATO», acrescentando que «Israel é um parceiro muito activo da Aliança como membro do Diálogo Mediterrânico da NATO, formado em Dezembro de 1994». Desde o início da nova política de parcerias da NATO, em 2014, que Israel foi formalmente convidado. Porém, para uma colaboração deste tipo com países que não são membros da Aliança, como é o caso de Israel, é necessário o acordo unânime de todos os membros da NATO. A...

A região do Mediterrâneo Oriental/Médio Oriente tem sido, nas últimas décadas, a mais conflituosa e insegura. Nela se situa a Palestina, que é palco do mais velho e dramático conflito aberto neste momento.Olhando para a história, vê-se a constante ingerência de algumas potências em toda a região: é a venda de armas, são as bases militares, são as agressões e ocupações, os boicotes e sanções, são as ameaças e provocações.Os mentores e principais actores destas ingerências têm um denominador comum: são membros ou têm parcerias com a NATO.A NATO é um bloco político-militar que teve papel preponderante na destruição da Jugoslávia, do Iraque, da Líbia e está, através da Turquia, a intervir na guerra da Síria. A NATO mantem relações com a administração sionista do Estado de Israel, o qual colabora com o Estado Islâmico e também participa em exercícios militares com membros da NATO.Entende o MPPM que não é com armas, nem com guerras, nem com demostrações de força, nem com alianças belicistas...

O MPPM esteve presente no Acampamento pela Paz organizado pela Plataforma 40x25, em Évora, entre 24 e 26 de Julho.Adel Sidarus participou no debate evocativo dos 70 anos da vitória sobre o nazi-fascismo historiando as circunstâncias que levaram à criação do Estado de Israel no rescaldo da Segunda Guerra Mundial e acentuando o seu carácter belicista e colonialista na opressão do povo palestino.O tema da Palestina esteve também presente na Marcha da Juventude pela Paz que, na noite de 25, ligou o Rossio à Praça do Giraldo. 

Carlos Almeida, Vice-Presidente do MPPM, foi um dos oradores convidados pelo CPPC a intervir no colóquio realizado na Casa do Alentejo, no dia 28 de Janeiro, subordinado ao tema “A Situação Internacional e a Luta pela Paz”.Os outros oradores foram Ilda Figueiredo, José Goulão e Pezarat Correia.

O MPPM manifesta a sua mais profunda preocupação pela sucessão de declarações, ameaças e iniciativas visando um ataque militar de potências ocidentais contra a Síria e exprime, desde já, a sua firme condenação de qualquer intervenção militar externa no conflito sírio. Uma eventual agressão militar externa – susceptível de lançar toda a região numa catástrofe de enormes proporções – representaria, na linha dos ataques já lançados por Israel sobre território sírio, uma flagrante e inaceitável violação do Direito Internacional e da Carta da ONU, para mais se levada a cabo à margem do Conselho de Segurança da ONU. É urgente travar o inaceitável derramamento de sangue na Síria. Mas este objectivo exige a cessação imediata das ingerências e apoios externos à militarização do conflito e o início dum processo negocial sem condições prévias, envolvendo todas as partes sírias, e sob os auspícios da ONU - como a prometida, mas nunca concretizada, Conferência de Genebra. Qualquer intervenção...

Frederico Carvalho abre assim este seu artigo: «A posse por Israel da arma nuclear é um segredo de polichinelo. A posição continuada dos sucessivos governos de Israel tem sido até hoje a de não confirmar nem desmentir a posse por Israel da arma nuclear, ainda que amigos e inimigos do Estado israelita considerem há já várias décadas que Israel é um estado nuclear».O artigo começa por afirmar que Israel dispõe de explosivos nucleares pré-operacionais, colocando-se a questão dos sistemas de lançamento dos explosivos nucleares, seu tipo e alcance . Uma análise à dotação da Força Aérea de Israel permite concluir que dispõe de capacidade para lançamento de bombas nucleares por gravidade. Israel também dispõe de foguetões com possibilidade de serem convertidos em mísseis balísticos de longo alcance. De igual modo, Israel dispõe de submarinos com capacidade para o lançamento de torpedos que podem ser modificados para transportar cabeças nucleares para ataque mar-terra. Quanto a armas nucleares...