Cisjordânia

A Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, na sua reunião de 15 de Julho, aprovou por unanimidade uma moção de solidariedade com o povo palestino e de condenação da anunciada anexação por Israel de território da Cisjordânia palestina. O executivo da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo é composto por três eleitos da CDU e dois do PS.

Este é o texto da moção aprovada:

Moção

Contra a anexação da Cisjordânia por Israel

Na sequência da política de agressão e limpeza étnica prosseguida por Israel sobre o povo palestino, ao longo das últimas décadas, o novo governo israelita tem vindo a anunciar para breve a anexação de cerca de 30% dos territórios palestinos ocupados. A apresentação do plano concreto de anexação esteve agendada para hoje, dia 1 de julho, mas poderá ter sido adiada para data a definir, devido quer a desentendimentos internos dentro do governo de coligação, quer à falta de acordo com o governo norteamericano, que tem sido, aliás, um dos grandes impulsionadores da medida. Esta...

Ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países árabes advertiram ontem, durante uma reunião virtual organizada pela Jordânia, que a anexação por Israel do Vale do Jordão e dos colonatos ilegais na Cisjordânia ocupada iria incendiar o conflito e alimentar o extremismo, segundo noticia a agência Wafa.

«Rejeitamos a anexação de qualquer parte dos territórios palestinos ocupados, e alertamos para o perigo da anexação, que constitui uma violação do direito internacional e mina a solução de dois Estados, os fundamentos do processo de paz, bem como os esforços no sentido de uma paz justa e abrangente», lê-se na declaração conjunta.

Exortaram a comunidade internacional a tomar «posições e medidas claras e influentes» para impedir o movimento de anexação e relançar conversações «sérias e eficazes» para resolver o conflito com base na solução de dois Estados, em conformidade com as resoluções pertinentes das Nações Unidas, no âmbito do Quarteto, e concluir um acordo de paz global que garanta...

Segundo noticiou ontem a agência Wafa, Israel vai demolir 30 casas palestinas no bairro de Issawiya, em Jerusalém Oriental, sob o pretexto de construção sem licença. No mesmo dia, o Comité Contra o Muro e os Colonatos em Belém (CCMCB), divulgou que a administração civil Israelita tinha aprovado a construção de 164 novas unidades habitacionais no colonato Neve Daniel, a sudoeste de Belém.

Legislação discriminatória incentiva construção ilegal

Para os residentes de Issawiya, um agregado palestino de cerca de 20 000 pessoas, e em outras partes de Jerusalém Oriental ocupada, os ataques militares, a apropriação de terras e as demolições são uma realidade diária.

Com o pretexto de construção ilegal, Israel demole regularmente casas de palestinos em Jerusalém Oriental com o objectivo de alterar o equilíbrio demográfico em favor dos colonos judeus na cidade ocupada.

A organização Peace Now contabilizou as licenças de construção emitidas pela Municipalidade de Jerusalém, entre 1991 e 2018. Embora...

"Não à anexação!” e “Fim aos crimes de Israel!” foram as palavras de ordem que levaram três centenas de pessoas a reunir-se hoje no Largo do Marim Moniz, em Lisboa, num acto público convocado pela CGTP-IN, pelo CPPC e pelo MPPM e que contou com a adesão de outras organizações.

O evento iniciou-se com poesia palestina dita pelo actor Fernando Jorge Lopes, do Teatro Extremo (Almada).

Seguiram-se intervenções de Beatriz Goulart (CPPC), João Barreiros (CGTP-IN) e Carlos Almeida (MPPM).

Foi mais uma jornada de solidariedade com o povo da Palestina, a exemplo de outras que decorrem por todo o mundo, reclamando dos governos medidas corajosas contra o projecto anexionista de Israel.

Fotos: Paulo Oliveira

O Hamas e a Fatah concordaram em unir-se para enfrentar a planeada anexação por Israel da Cisjordânia ocupada, em declarações divulgadas na quinta-feira.

Saleh al-Arouri, chefe adjunto do Gabinete Político do Hamas, e o Major-General Jibril Rajoub, secretário do Comité Central da Fatah, participaram em conversações, tendo o dirigente da Fatah afirmado que a reacção à decisão de anexação mostrou um consenso popular para contrariar o plano, acrescentando que a unidade «vai inspirar-nos para construir uma visão estratégica, para liderar a rua».

«Queremos abrir uma nova página com o Hamas e introduzir um novo modelo para o nosso povo e famílias, especialmente porque a posição regional não tratou de forma alguma do projecto de anexação», acrescentou Rajoub.

Jibril Rajoub ainda apelou ao «mundo árabe e islâmico para respeitar as decisões das cimeiras árabes relativamente à normalização e a não estabelecer relações com a ocupação, porque há quem queira utilizar-nos como ponte para ter laços com...

A Câmara Municipal de Palmela, na sua reunião de 1 de Julho, aprovou por unanimidade uma moção de solidariedade com o povo palestino e de condenação da anunciada anexação por Israel de território da Cisjordânia palestina. A Câmara Municipal de Palmela é composta por quatro eleitos da CDU, três do PS, um do PSD e um independente.

Este é o texto da moção aprovada:

Moção

Contra a anexação da Cisjordânia por Israel

Na sequência da política de agressão e limpeza étnica prosseguida por Israel sobre o povo palestino, ao longo das últimas décadas, o novo governo israelita tem vindo a anunciar para breve a anexação de cerca de 30% dos territórios palestinos ocupados. A apresentação do plano concreto de anexação esteve agendada para hoje, dia 1 de julho, mas poderá ter sido adiada para data a definir, devido quer a desentendimentos internos dentro do governo de coligação, quer à falta de acordo com o governo norteamericano, que tem sido, aliás, um dos grandes impulsionadores da medida. Esta...

O Secretário-Geral da ONU abriu a reunião do Conselho de Segurança sobre a situação no Médio Oriente, incluindo a questão palestina, exortando o governo israelita a abandonar os seus planos de anexação que «constituiria uma violação muito grave do direito internacional, prejudicaria gravemente a perspectiva de uma solução baseada na existência de dois Estados e diminuiria as possibilidades de uma renovação das negociações».

Este é o texto integral da intervenção de António Guterres:

Dirijo-me hoje a vós com um profundo sentimento de preocupação com a evolução da situação em Israel e na Palestina.  Encontramo-nos num momento crítico.

A ameaça de Israel de anexar partes da Cisjordânia ocupada alarmou os palestinos, muitos israelitas e a comunidade internacional em geral.  Se aplicada, a anexação constituiria uma violação muito grave do direito internacional, prejudicaria gravemente a perspectiva de uma solução baseada na existência de dois Estados e diminuiria as possibilidades de uma...

O exército israelita já está a preparar no terreno a anexação do Vale do Jordão, isolando-o das povoações vizinhas na Cisjordânia, fazendo acompanhar a separação política por uma separação física. Ontem, segundo a agência noticiosa Wafa, colocou blocos de cimento nas estradas que dão acesso das povoações de al-Mughayyer e Duma, a sul de Nablus, e Kufr Malik, a leste de Ramala, a uma estrada chamada Allon Road, que conduz ao Vale do Jordão.

O Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu tem prometido anexar o Vale do Jordão e todos os vastos colonatos ocupados por Israel na Cisjordânia, de acordo com o plano Trump para o Médio Oriente, a partir de 1 de Julho. Netanyahu tem deixado claro que Israel «vai anexar a terra, mas não as pessoas».  Poucos, ou nenhuns, palestinos obteriam a cidadania israelita, deixando o seu estatuto jurídico incerto.

O Vale do Jordão alberga cerca de 60 000 palestinos, mas quase 90% do território faz parte da chamada Área C, os três quintos da Cisjordânia que...

Quarenta e sete peritos independentes do corpo de relatores especiais (*) de Direitos Humanos da ONU tornaram ontem pública uma declaração em que reclamam uma acção internacional urgente para contrariar o plano de Israel para anexar, a partir de 1 de Julho, grande parte da Cisjordânia palestina ocupada.

Na sua declaração, publicada na página oficial da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, advertem: «A comunidade internacional tem responsabilidades jurídicas e políticas solenes na defesa de uma ordem internacional baseada em regras, na oposição às violações dos direitos humanos e dos princípios fundamentais do direito internacional e na aplicação das suas muitas resoluções que criticam a conduta de Israel relativamente a esta ocupação prolongada. Em especial, os Estados têm o dever de não reconhecer, ajudar ou assistir outro Estado em qualquer forma de actividade ilegal, como a anexação ou a criação de colonatos civis em território ocupado. As lições do passado são...

A polícia de Israel matou hoje, a tiro, Iyad Khairi Hallak, 32 anos, habitante do bairro Wad el-Joz, em Jerusalém Oriental ocupada, que frequentava uma instituição para pessoas com necessidades especiais na mesma zona onde foi baleado e morto.

Hallak, que era autista, foi intimado a parar por agentes da polícia israelita, mas teve medo e não obedeceu à ordem. Então os agentes dispararam vários tiros e deixaram-no a sangrar até morrer. A polícia alegou inicialmente que suspeitava que ele tinha uma arma mas, mais tarde, confirmou que estava desarmado.

Saeb Erekat, secretário-geral do Comité Executivo da OLP, disse no Twitter que o assassinato de Hallak é «um novo crime que será enfrentado com impunidade, a menos que o mundo deixe de tratar Israel como um Estado acima da lei e o Tribunal Penal Internacional cumpra o seu mandato».

Ziyad Hammouri, director do Centro dos Direitos Sociais e Económicos de Jerusalém, disse que as forças de ocupação israelitas em Jerusalém são ligeiras no gatilho...