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Soldados israelitas mataram hoje uma mulher palestina — a primeira vítima do ano — durante protestos perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Pelo menos outras 25 pessoas foram feridas, incluindo um jornalista e um paramédico, durante a 42.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno.

Amal al-Taramsi, de 43 anos, foi baleada na cabeça pelas forças israelitas, que usaram fogo real e balas de aço revestidas de borracha para reprimir os manifestantes.

Uma testemunha ocular citada pelo jornal britânico The Independent afirmou que Amal al-Taramsi se encontrava a cerca de 150 metros da vedação quando foi baleada: «Ela recebeu uma bandeira de um jovem, e antes de se mexer soaram três tiros... Ela caiu.»

Cerca de 12 000 pessoas participaram no protesto desta sexta-feira, que decorreu sob o lema «A nossa firmeza quebrará o cerco».

Também hoje, tanques israelitas estacionados perto da vedação que encerra a Faixa de Gaza bombardearam dois postos da resistência palestina. Não há...

Israel abriu uma estrada ligando áreas de colonatos judaicos ilegais na Cisjordânia a Jerusalém, facilitando o acesso à cidade a colonos provenientes do território palestino ocupado.

O jornal israelita Haaretz informa na sua edição de hoje que a Estrada 4370, a que têm chamado «Estrada do Apartheid», está dividida ao meio por um muro de oito metros de altura. O lado ocidental da estrada serve os palestinos, que não podem entrar em Jerusalém, enquanto o lado oriental serve os colonos israelitas.

A Cisjordânia tem muitas estradas segregadas, mas esta é a primeira estrada dividida por um muro em toda a sua extensão. A estrada foi construída há mais de dez anos, financiada pelo orçamento do Ministério dos Transportes de Israel, mas permaneceu fechada devido a um diferendo entre o exército e a polícia israelitas sobre quem forneceria o pessoal para um novo checkpoint (posto de controlo) aberto por causa da estrada. A estrada foi recentemente renovada.

A maioria dos utilizadores da estrada...

A população judaica que vive na Cisjordânia ocupada aumentou 3% em 2018, atingindo 448 672 pessoas, indicou na terça-feira a principal organização dos colonos israelitas. Essa organização, o Conselho das Comunidades Judaicas na Judeia e Samaria (nome dado pelos sionistas à Cisjordânia ocupada), afirma ter usado dados demográficos fornecidos pelo Ministério do Interior de Israel.

Relativamente a Jerusalém Oriental ocupada, um relatório do Conselho de Direitos Humanos da ONU refere que 210 000 colonos israelitas vivem em grandes blocos de colonatos, enquanto outros 2000 a 3000 vivem em pequenos enclaves no coração dos bairros palestinos.

Segundo a organização israelita Peace Now, que monitoriza a colonização israelita nos territórios ocupados, a actividade de construção nos colonatos deu um salto desde que, no início de 2017, tomou posse o novo presidente dos EUA, Donald Trump, grande aliado do governo de Benjamin Netanyahu. Desde então as autoridades israelitas aprovaram mais de 15 000...

O preso palestino Karim Younis iniciou no domingo o seu 37.º ano encarcerado nas cadeias israelitas. Preso há quase quatro décadas, Karim Younis é o mais antigo preso político da história.

Segundo o Clube dos Presos Palestinos, Younis foi preso pelas forças de ocupação israelitas a 6 de Janeiro de 1983, quando tinha 25 anos, e foi condenado a prisão perpétua pela sua participação na resistência.

Younis é um dos 27 presos políticos palestinos encarcerados desde antes dos Acordos de Oslo que deveriam ter sido libertados ao abrigo de um entendimento alcançado em 2013 entre Israel e a Autoridade Palestina. No entanto, Israel recusou-se a libertá-los.

O seu pai morreu em 2013 e o estado de saúde de sua mãe impossibilitou-a de o visitar quando há dois anos foi transferido para a prisão de Al-Naqab, no deserto de Negev. Recentemente retornou à cadeia de Hadrim, onde sua mãe já tem a possibilidade de o ver.

Palestino cidadão de Israel, Karim Younis nasceu em 24 de Dezembro de 1956 em Ar'ara, no...

A violência de colonos e activistas de direita judeus israelitas contra os palestinos na Cisjordânia ocupada triplicou no ano passado. Até meados de Dezembro, contavam-se 482 incidentes, em comparação com 140 em 2017, informa na sua edição de hoje o jornal israelita Haaretz.

Além de espancamentos e lançamento de pedras contra palestinos, os delitos mais frequentes consistiram em pintar palavras de ordem nacionalistas e anti-árabes ou antimuçulmanos, danificar casas e carros e cortar árvores pertencentes a agricultores palestinos.

Esse incidentes tinham diminuído acentuadamente em 2016 e 2017 comparativamente com os anos anteriores. As autoridades israelitas atribuem essa diminuição à sua acção após o lançamento de uma bomba incendiária contra uma casa na aldeia de Duma, na Cisjordânia ocupada. Nesse ataque foram mortos Saad e Riham Dawabsheh e o seu bebé de 18 meses, Ali; o único sobrevivente foi o filho de quatro anos do casal, Ahmed.

Após o ataque, o serviço de segurança israelita, Shin...

Dezenas de palestinos da Faixa de Gaza foram feridos na tarde de sexta-feira pelas forças de ocupação israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes que participavam na Grande Marcha do Retorno.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que 15 palestinos foram feridos por munições reais e bombas de gás lacrimogéneo disparadas pelas forças israelitas. Entre os feridos encontravam-se sete jornalistas e paramédicos palestinos.

Milhares de palestinos manifestaram-se pela 41.ª semana consecutiva junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. As manifestações da Grande Marcha do Retorno iniciaram-se em 30 de Março de 2018 para exigir o direito de retorno dos refugiados e o fim do bloqueio à Faixa de Gaza. Desde o início dos protestos, o exército de ocupação israelita matou 256 palestinos e feriu mais de 25 000.

Igualmente ontem, sexta-feira, em diferentes partes da Cisjordânia ocupada, pelo menos oito manifestantes palestinos foram feridos por disparos do exército israelita, segundo...

A grande actriz e encenadora Maria do Céu Guerra foi distinguida com o Prémio Vasco Graça Moura — Cidadania Cultural.

O júri revelou que a galardoada foi escolhida «por se ter destacado, ao longo da vida, numa prática de cidadania cultural, enquanto actriz, que levou à cena e por diferentes modos divulgou os grandes textos da literatura portuguesa e, nessa intervenção, que manteve em A Barraca como núcleo de irradiação cultural».

O MPPM felicita calorosamente Maria do Céu Guerra por mais este importante reconhecimento do seu trabalho, congratula-se por ter como presidente uma figura tão destacada e unanimemente reconhecida da cultura em Portugal e saúda a sua voz livre que durante décadas tanto se tem empenhado na defesa da liberdade do povo palestino.

Parabéns, Maria do Céu!

O ministro da Segurança Pública de Israel, Gilad Erdan, apresentou hoje, quarta-feira, planos para piorar as condições dos presos políticos palestinos nas prisões israelitas. Entre as medidas anunciadas contam-se o racionamento da água, incluindo a limitação dos duches, a limitação do acesso de presos à televisão, o bloqueio das verbas provenientes da Autoridade Palestina, a redução da autonomia dos presos e o fim da separação entre presos do Hamas e da Fatah, movimentos políticos rivais, e a redução do número de visitas familiares. Erdan declarou que as visitas familiares já haviam sido interrompidas para os presos pertencentes ao Hamas.

«O plano também inclui impedir que membros do Knesset [parlamento de Israel] visitem os detidos palestinos», afirmou Erdan. Esta ameaça já não é nova, e visa os deputados da Lista Conjunta, na sua maioria são palestinos cidadãos de Israel, que têm manifestado repetidamente a sua solidariedade com os presos políticos palestinos, nomeadamente por ocasião...

O MPPM faz votos de que em 2019 o povo palestino, através da sua luta heróica e tenaz e do reforço da sua unidade, veja aproximar-se o dia da libertação da ocupação e da repressão israelitas, veja aproximar-se a hora da realização dos seus inalienáveis direitos nacionais, e nomeadamente da edificação do Estado da Palestina livre, independente, soberano e viável nas fronteiras anteriores a 1967, tendo Jerusalém Oriental por capital, com uma solução justa para a situação dos refugiados palestinos nos termos do direito internacional e das resoluções pertinentes das Nações Unidas.

Até esse dia, até essa hora, o povo palestino pode contar com a solidariedade indefectível do MPMM e dos seus muitos amigos em Portugal.

Foto de Mustafa Hassouna, de manifestante palestino participando na Grande Marcha do Retorno, Faixa de Gaza, 22 de Outubro de 2018

Um total de 295 palestinos foram mortos e mais de 29 000 foram feridos em 2018 pelas forças israelitas, informa o OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários) num relatório divulgado no final da semana passada.

Trata-se do maior número de mortos num único ano desde a agressão israelita à Faixa de Gaza em 2014 (a chamada «Operação Margem Protectora») e o maior número de feridos registados desde que em 2005 o OCHA começou a documentar as baixas nos territórios palestinos ocupados (TPO).

Cerca de 61% das mortes (180 pessoas) e 79% dos ferimentos (mais de 23.000) ocorreram no contexto das manifestações da Grande Marcha do Retorno (iniciada em 30 de Março), junto à vedação com que Israel encerra a Faixa de Gaza. No conjunto dos TPO, 57 dos palestinos mortos e cerca de 7000 dos feridos eram menores de 18 anos.

Registou-se também um aumento da violência dos colonos vivendo nos colonaros israelitas nos TPO (todos ilegais à luz do direito internacional) contra a...