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O Município israelita de Jerusalém emitiu, na segunda-feira, ordens de demolição para as casas de 119 famílias palestinas de Al-Bustan, no bairro de Silwan, na Jerusalém Oriental ocupada, para dar lugar a um parque arqueológico israelita.

O aviso de demolição diz: «Queremos informá-lo que procederemos à demolição de acordo com a decisão do tribunal. Para minimizar os danos, deverá deixar a casa sem pessoas e objectos até 21 dias após a recepção desta carta. O município não é responsável por danos materiais se a casa não for evacuada como mencionado».

Uma manifestação de residentes de Silwan para denunciar as ordens de demolição foi brutalmente dispersada pelas forças de segurança israelitas que espancaram os manifestantes e prenderam Sultan Surhan e Qutaiba Odeh, de 16 anos, residentes de Silwan cujas casas estão ameaçadas com ordens de demolição.

O Município de Jerusalém já mudou oficialmente o nome de Al-Bustan para Gan Hamelekh (O Jardim do Rei), afirmando que era um jardim para os...

No próximo dia 9 de Junho, a selecção nacional de futebol defrontará a selecção de Israel numa partida de carácter particular organizada pela Federação Portuguesa de Futebol no quadro da preparação para a fase final do Campeonato da Europa de 2020.

Há sensivelmente sete anos, na tarde do dia 16 de Julho de 2014, do outro lado do Mar Mediterrâneo, jogou-se uma outra partida. Nas areias de uma praia na cidade de Gaza, um grupo de crianças palestinas, com idades entre os 9 e os 13 anos, brincavam com uma bola, mas o seu jogo nunca chegou ao fim, interrompido pelo bombardeamento criminoso do exército israelita. Quatro crianças foram mortas – Mohammad Ramiz Bakr (11), Ismail Mahmoud Bakr (9), Ahed Atef Bakr (10) e Zakariya Ahed Bakr (10) – e outras duas ficaram gravemente feridas, Hamad Bakr (13) e Motasem Bakr (11), todas da mesma família.

Por esse e outros actos, cometidos na ofensiva de Israel iniciada a 13 de Junho de 2014, o Tribunal Penal Internacional ordenou recentemente uma...

Um milhão de palestinos foram detidos pelas forças israelitas desde a guerra de 1967, de acordo com informações divulgadas neste sábado.

Entre os detidos estiveram cerca de 17 000 mulheres e 50 000 crianças, segundo um relatório conjunto da Clube de Prisioneiros da Sociedade Palestina, da Comissão para os Assuntos dos Detidos e Ex-Detidos, e do Alto Conselho dos Prisioneiros.

Estas organizações revelaram que, desde 1967, se registaram mais de 54 000 ordens de detenção administrativa. A política de detenção administrativa permite às autoridades israelitas prolongar indefinidamente a detenção de um prisioneiro sem acusação ou julgamento.

Durante a guerra do Médio Oriente de 1967, Israel ocupou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental, os Montes Golã da Síria e a Península do Sinai do Egipto, que mais tarde foi devolvida ao Egipto no âmbito de um acordo de paz assinado em 1979.

Desde então, 226 detidos palestinos morreram dentro das prisões israelitas, incluindo 73 devido a tortura e 71 devido à...

Setúbal acolheu o II Encontro pela Paz promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação em conjunto com outras 11 organizações, entre as quais o MPPM.

Com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal realizou-se, no passado sábado 5 de Junho, no Fórum Municipal Luísa Todi, a segunda edição do Encontro pela Paz, dando continuidade a uma iniciativa que teve o seu início em Loures, em 20 de Outubro de 2018.

Às doze entidades promotoras (CPPC, C.M. Setúbal, C.M. Loures, CGTP-IN, CPCCRD, FENPROF, JOC, OCPM, MDM, Municípios pela Paz, MPPM e URAP) juntaram-se largas dezenas de outras que deram o seu apoio e se fizeram representar na iniciativa.

Na sessão de abertura, com as organizações promotoras representadas no palco, intervieram Maria das Dores Meira, Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, e Ilda Figueiredo, Presidente do CPPC.

A primeira sessão debateu o tema «Paz e Desarmamento». A mesa, presidida por Baptista Alves (Conselho Português para a Paz e Cooperação), incluía ainda Regina...

O MPPM denuncia a aquisição pela Carris de quinze eléctricos articulados à multinacional CAF que está envolvida na construção e operação do metro ligeiro de Jerusalém, instrumento da consolidação do domínio colonial de Israel na cidade.

Foi recentemente anunciada a assinatura de um contrato entre a Carris, uma empresa integralmente detida pelo município de Lisboa, e a CAF, Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles, S.A., uma empresa multinacional sedeada no País Basco espanhol, para fornecimento de quinze eléctricos articulados a partir de 2023.

A CAF está associada à empresa israelita Shapir no consórcio TransJerusalem J-Net que já tinha um contrato para a expansão da rede do metro ligeiro de Jerusalém (JLR – Jerusalem Light Rail) e que viu agora ser-lhe atribuída a concessão por 15 anos de toda a operação e expansão da rede do JLR. A empresa Shapir está listada na base de dados das Nações Unidas de empresas envolvidas em negócios com os colonatos israelitas ilegais.

Desde que, em 1967...

O MPPM foi agraciado com a Medalha Municipal de Mérito de Palmela – Grau Prata – Solidariedade Internacional em cerimónia realizada hoje, 1 de Junho, Dia do Concelho, no Teatro Municipal de São João.

Entregaram a Medalha e respectivo Diploma o Presidente da Câmara Municipal, Álvaro Balseiro Amaro, e a Presidente da Assembleia Municipal, Ana Teresa Vicente. Recebeu, em representação do MPPM, Carlos Almeida, Vice-Presidente, na presença do Embaixador da Palestina, Nabil Abuznaid.

A proposta de atribuição da Medalha foi aprovada, por unanimidade, em reunião de Câmara em 5 de Maio e, também por unanimidade, em sessão da Assembleia Municipal em 13 de Maio.

De acordo com o Regulamento das Condecorações do Município de Palmela, «a Medalha Municipal de Mérito destina-se a distinguir as pessoas, singulares ou colectiva, nacionais ou estrangeiras, pelo seu significativo contributo no campo ambiental, social, cultural, económico e desportivo ou por outros contributos de notável importância que...

A Plataforma pela Paz e o Desarmamento, que o MPPM integra, promoveu nesta segunda-feira, em Lisboa, uma Tertúlia sob o tema «Esta Bandeira da Esperança: Um Olhar Sobre a Questão Palestina».

Com o apoio da Fundação José Saramago, o evento realizou-se no espaço fronteiro à Casa dos Bicos e teve moderação de Simão Bento (Projecto Ruído), contando com uma significativa assistência de um público jovem e interessado.

Idália Tiago (Fundação José Saramago) recordou o compromisso de José Saramago com a causa da Palestina para justificar o pleno cabimento desta iniciativa no espaço da Fundação.

As intervenções iniciais couberam ao MPPM (Raul Ramires) e ao MDM.

Seguiram-se intervenções de representantes de outras organizações integrantes da Plataforma, designadamente, AEFCSH, JCP, Pioneiros de Portugal, Interjovem e CPPC.

No final, foi aprovada por unanimidade uma moção que reclama:

- O fim da expulsão dos palestinianos das suas casas e territórios,
- O fim da política terrorista de Israel, que viola...

A polícia israelita deteve 1700 palestinos em Israel durante as últimas duas semanas, informou a Agência Anadolu na sexta-feira, acrescentando que foram registadas 300 agressões contra árabes e as suas propriedades.

De acordo com o Comité de Emergência Árabe, que está filiado no Alto Comité para os Cidadãos Árabes em Israel, estas detenções e agressões inserem-se na violenta repressão israelita contra os protestos levados a cabo por cidadãos árabes contra a agressão israelita à Mesquita Al-Aqsa e em solidariedade com a Faixa de Gaza.

O Comité de Emergência Árabe confirmou que está a documentar a agressão israelita e as detenções de cidadãos árabes em Israel. O comité fez notar que a campanha de detenções ainda não parou, afirmando que cerca de 100 cidadãos árabes estão a ser detidos todos os dias.

O comité também documentou mais de 150 agressões a indivíduos levadas a cabo pela polícia israelita ou por bandos de colonos.

A 13 de Abril, os palestinos começaram os seus protestos contra a...

O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, durante uma sessão especial realizada ontem, aprovou a criação de uma comissão de inquérito internacional independente e permanente para investigar a prática de crimes contra a humanidade no contexto da recente agressão israelita a Gaza, bem como as causas subjacentes.

A Resolução foi aprovada com 24 votos a favor, nove contra e 14 abstenções (*).

A comissão tem por mandato «investigar nos Territórios Palestinianos Ocupados, incluindo Jerusalém Oriental, e em Israel todas as alegadas violações do direito humanitário internacional e todas as alegadas violações e abusos do direito internacional dos direitos humanos, antes e depois de 13 de Abril de 2021, e todas as causas profundas subjacentes das tensões recorrentes, da instabilidade e do prolongamento de conflitos, incluindo discriminação e repressão sistemáticas baseadas na identidade nacional, étnica, racial ou religiosa.»

A sessão especial foi convocada a pedido do Paquistão, em nome...

As autoridades israelitas entregaram hoje vários avisos de confisco de centenas de hectares de terras agrícolas pertencentes a palestinos, na província de Salfit, para construir uma conduta de água que irá servir dois colonatos ilegais.

A agência WAFA, que veicula a notícia, diz que a conduta de água, com 15 quilómetros de comprimento, irá atravessar cinco cidades e aldeias, danificando substancialmente as terras.

O estabelecimento de colonatos na Cisjordânia viola o direito humanitário internacional, que estabelece os princípios aplicáveis durante a guerra e a ocupação. Os colonatos estão também na origem de sistemáticas violações dos direitos humanos, por parte dos colonos.

A organização de direitos humanos israelita B’Tselem recorda que «em 1967, Israel assumiu o controlo de todos os recursos hídricos nos territórios recentemente ocupados. Até hoje, Israel mantém o controlo exclusivo sobre todos os recursos hídricos no território entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo.»

«Israel utiliza...