Actualidade

Situação actualizada até 30 de Outubro às 13 horas.

Entre 7 e 30 de Outubro pelos menos 8005 pessoas foram mortas em Gaza. Aproximadamente 41,5% são crianças (3325), 45% são do sexo feminino (3610) e 55% do sexo masculino (4395), de acordo com o Ministério da Saúde. 115 palestinos foram mortos na Cisjordânia, sendo 29% crianças.

De acordo com as autoridades israelitas, desde que começaram as hostilidades, 1400 israelitas e estrangeiros foram mortos, 5431 feridos e 239 foram feitos reféns.

Gaza: Mortos e feridos em grande escala com a deslocação forçada de 1,4 milhões de pessoas e cerco continuo restringindo fortemente a entrada de bens essenciais, bem como a entrada / saída de trabalhadores humanitários e a evacuação de feridos e doentes.

Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental: Aumento da violência de colonos e militares, incluindo ataques aéreos e fogo real. Bloqueio total em postos de controlo entre cidades palestinas e cerco a várias localidades, restringindo o acesso a doentes...

Nem o silêncio nem a desinformação da comunicação social podem negar esta evidência: foram muitos os milhares de pessoas que neste domingo, 29 de Outubro, participaram na grande manifestação «Paz no Médio Oriente, Palestina Independente!», dizendo «Não à Guerra, Não ao Massacre!».

Respondendo a uma convocação do CPPC, da CGTP-IN e do MPPM, a aque se associaram muitas outras organizações e colectivos, desfilou-se entre a Praça Martim Moniz e a Praça do Município, em Lisboa, para reclamar o fim do ataque genocida de Israel ao povo palestino, gritando “Paz Sim, Guerra Não!”, “Paz no Médio Oriente, Palestina Independente!”, “Gaza não é Prisão, Massacre e Cerco Não!” mas, sobretudo, “Palestina Vencerá!”.

Na Praça do Município, após um momento musical com Sebastião Antunes, intervieram Ilda Figueiredo (CPPC), Rui Estrela (Vida Justa), Carlos Almeida (MPPM), Dima Mohammed (comunidade palestina) e Isabel Camarinha (CGTP-IN). Fernando Jorge Lopes leu uma Moção que foi aprovada por aclamação.

No sábado 28 de Outubro realizou-se, com a presença de cerca de 800 pessoas, o III Encontro pela Paz promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e mais 12 organizações e entidades, nomeadamente o MPPM, as Câmaras Municipais de Vila Nova de Gaia, Évora e Setúbal, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN), a Juventude Operária Católica (JOC), a Federação Nacional de Professores (FENPROF), a Confederação Portuguesa de Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD), a Obra Católica Portuguesa das Migrações, os Municípios pela Paz, o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e a União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP).

Este III Encontro pela Paz, que vem na sequência dos Encontros de Loures (2018) e Setúbal (2021), decorreu no Pavilhão Municipal de Vila Nova de Gaia, em Oliveira do Douro, entre as 10h30 às 17h30, sob o lema «A Paz e os 50 anos de Abril». Após a actuação do grupo de bombos da Associação...

Com a participação de cerca de três centenas de pessoas, decorreu pelas 18h do dia 26 de Outubro, na Praceta da Palestina, no Porto, novo acto público «Pela Paz no Médio Oriente e pelos direitos do Povo Palestino». Foram promotores a União de Sindicatos do Porto (CGTP), o CPPC e o MPPM.

As intervenções estiveram a cargo de Tiago Oliveira, coordenador da USP/União dos Sindicatos do Porto e membro do Conselho Nacional da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses / Intersindical Nacional (CGTP/IN), de José António Gomes, membro da Direcção Nacional do MPPM, da estudante palestina Nur Latif e de Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção Nacional do Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC). Joana Machado assegurou a introdução, a conclusão e a apresentação dos intervenientes.

Tratou-se de uma muito participada iniciativa exprimindo de modo muito vivo a preocupação dos participantes com a actual escalada da situação de guerra e o perigo do seu alastramento ao Médio-Oriente, com...

[Actualizado até 21 de Outubro de 2023 às 15h00 horas]

4385 | Número de Palestinos mortos em Gaza
13 561 | Número de Palestinos feridos em Gaza
84 | Número de Palestinos mortos na Cisjordânia
1400 | Número de Palestinos feridos na Cisjordânia
143* | Ataques a Cuidados de Saúde desde 7 de Outubro
1 Milhão | Número estimado de pessoas deslocadas
20% | Hospitais não funcionando actualmente
65% | Centros de Saúde do Ministério da Saúde fechados
64% | Centros de Saúde da UNRWA fechados
3 | Litros de água disponíveis por pessoa por dia

* WHO SSA: Sistema de Vigilância de Ataques aos Cuidados de Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS)

PONTO DE SITUAÇÃO

Desde 7 de Outubro, 1400 israelitas, incluindo cidadãos estrangeiros, foram mortos e mais de 4629 ficaram feridos.

Gaza: mortes em larga escala e baixas com cerco contínuo impedindo a entrada de abastecimentos essenciais. Trabalhadores humanitários impossibilitados de entrar ou sair. Não há evacuação de feridos e doentes. Deslocação em massa de 1 milhão...

Em comunicado ontem divulgado pelo Gabinete do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), peritos da ONU(*) expressaram indignação pelo ataque mortífero ao Hospital Al Ahli Arab, na cidade de Gaza, que matou mais de 470 civis na terça-feira (dia 17) e deixou centenas debaixo dos escombros. O ataque seguiu-se a dois avisos emitidos por Israel de que estava iminente um ataque ao hospital, caso as pessoas que lá estivessem não fossem evacuadas.

«O ataque contra o Hospital Al Ahli Arab é uma atrocidade. Estamos igualmente indignados com o ataque mortífero, no mesmo dia, contra uma escola da UNRWA localizada no campo de refugiados de Al Maghazi, que dava abrigo a cerca de 4000 pessoas deslocadas, bem como dois campos de refugiados densamente povoados», disseram os peritos.

Os peritos exprimiram sérias preocupações humanitárias e jurídicas em relação à intensificação do cerco que Israel mantém, desde há 16 anos, ao enclave e sua população, que se junta à ocupação de...

Os protestos contra a agressão israelita a Gaza e a solidariedade com o Povo Palestino voltaram a ser ouvidos ontem, 18 de Outubro, na Praça Martim Moniz, em Lisboa, gritados pelos milhares de pessoas que responderam à chamada do CPPC, da CGTP-IN e do MPPM, a que se juntaram outras organizações e colectivos.

Inês Caeiro, da Associação Juvenil Projecto Ruído, contextualizou a situação e foi apresentando os diferentes oradores.

Começou por intervir João Coelho, membro do Conselho Nacional da CGTP-IN, seguindo-se Dima Mohammed, palestina, investigadora na NOVA-FCSH.

A intervenção de Carlos Almeida, vice-presidente da Direcção Nacional do MPPM, precedeu a de Rui Garcia, vice-presidente da Direcção Nacional do CPPC.

João Coelho voltou ao palco para anunciar que outras iniciativas estão programadas para outros locais do país, nomeadamente Évora (19 de Outubro) e Braga (25 de Outubro) e outras sem data ainda marcada.

Anunciou, também, que as organizações promotoras da presente iniciativa irão...

Com a participação de cerca de uma centena de pessoas, decorreu ontem, dia 17 de Outubro, na Praceta da Palestina, no Porto, o acto público «Pela Paz no Médio Oriente e pelos direitos do Povo Palestiniano». Foram promotores deste acto público a União de Sindicatos do Porto (CGTP), o Conselho Português para a Paz e Cooperação e o MPPM.

As intervenções estiveram a cargo de Tiago Oliveira, coordenador da USP/União dos Sindicatos do Porto e membro do Conselho Nacional da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses / Intersindical Nacional (CGTP/IN), José António Gomes, membro da Direcção Nacional do MPPM, e Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção Nacional do Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC). Joana Machado assegurou a introdução, a conclusão e a apresentação dos intervenientes.

Não obstante a chuva e o vento que fustigaram este acto público realizado no centro da baixa do Porto, foi uma participada iniciativa exprimindo de modo veemente a preocupação dos presentes com...

É difícil mantermos a nossa bússola moral quando a sociedade a que pertencemos — tanto os líderes como os meios de comunicação social — assume uma posição de superioridade moral e espera que partilhemos com ela a mesma fúria virtuosa com que reagiu aos acontecimentos do passado sábado, 7 de Outubro.

Só há uma maneira de resistir à tentação de aderir a essa narrativa: ter compreendido, em algum momento da nossa vida — mesmo como cidadãos judeus de Israel —, a natureza colonial do sionismo e ter ficado horrorizado com as suas políticas contra o povo autóctone da Palestina.

Se tivermos entendido isso, então não vacilaremos, mesmo que as mensagens venenosas retratem os palestinos como animais ou «animais humanos». Essa mesma gente insiste em descrever o que aconteceu no sábado passado como um «Holocausto», insultando assim a memória de uma grande tragédia. Estes sentimentos estão a ser transmitidos, dia e noite, pelos meios de comunicação social e pelos políticos israelitas.

Foi esta bússola...

Nós ensinamos a vida, senhores.
Nós, palestinos, ensinamos a vida desde que eles ocuparam o céu derradeiro.
Nós ensinamos a vida desde que eles construíram os colonatos, os muros do apartheid, depois do último céu.
Nós ensinamos a vida, senhores.

Nós ensinamos a vida, senhores.
Nós, palestinos, acordamos todas as manhãs para ensinar vida ao resto do mundo, senhores.

É por aqui que quero começar, caras e caros amigos, pelas palavras da poeta palestina Rafeef Ziahad.

Nós que aqui estamos sabemos a razão do momento. Porque aprendemos com o povo palestino a ensinar a vida. Aprendemos com o exemplo do povo palestino que a vida é para ser vivida em liberdade, no respeito pela dignidade de todo o ser humano. Que cada pessoa tem direito a viver livre na terra que a viu nascer, sem muros, sem barreiras, sem medo da prisão, com tempo e esperança para fazer os sonhos acontecerem. Que a vida é incompatível com a humilhação, que a vida não suporta a injustiça, que a vida é o contrário do isolamento, da...