Actualidade

Em menos de 24 horas, as forças de ocupação israelitas mataram seis jovens palestinos durante ataques militares em várias zonas da Cisjordânia ocupada e da Faixa de Gaza, informa a agência noticiosa WAFA.

Ontem à noite, um jovem palestino identificado como Yousef Radwan, de 25 anos, de Bani Suhayia, a leste de Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, foi morto e outros ficaram feridos quando soldados israelitas abriram fogo contra manifestantes que se reuniam na fronteira de Gaza com Israel. Yousef foi baleado na cabeça, e nove outros palestinos ficaram feridos, um deles em estado crítico. Dois outros jovens palestinos foram feridos por balas reais a leste de Jabalya, no norte da Faixa de Gaza, e muitos outros sofreram asfixia após inalarem gás lacrimogéneo disparado pelos soldados.

Os protestos na fronteira de Gaza decorrem há vários dias contra o tratamento dado por Israel aos resistentes palestinos encarcerados nas suas prisões e contra a profanação da mesquita de Al-Aqsa por fanáticos...

O Comité do Património Mundial da UNESCO decidiu neste domingo, em Riade, capital da Arábia Saudita, inscrever o sítio pré-histórico de Tell es-Sultan, perto da cidade palestina de Jericó, na Cisjordânia ocupada, na Lista do Património Mundial.

O sítio de Tell es-Sultan tem estado a ser escavado há mais de um século e revelou as ruínas de uma cidade fortificada que se considera a mais antiga povoação fortificada continuamente habitada do planeta, remontando ao nono milénio a.C. A própria Jericó é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo.

A UNESCO descreve o sítio como «um tell, ou monte, de forma oval que contém depósitos pré-históricos de actividade humana e inclui a nascente perene adjacente de 'Ain es-Sultan. Entre o 9.o e o 8.o milénio a.C., surgiu aqui uma povoação permanente, devido ao solo fértil do oásis e ao fácil acesso à água.»

«Os crânios e estátuas encontrados no local testemunham práticas cultuais entre as populações neolíticas que aí viviam, e o...

Notícias recentes revelam comportamentos animalescos das forças de ocupação israelitas para com mulheres palestinas que vão desde a agressão brutal a uma menor, ao espancamento, violação e tortura de uma detida, até ao forçado desnudamento de cinco mulheres em frente dos filhos. A violência israelita contra as mulheres palestinas é uma rotina na Cisjordânia ocupada mas continua a gozar de total impunidade.

As forças israelitas agrediram brutalmente uma rapariga palestina de 17 anos depois de terem invadido várias casas na comunidade árabe de Mleihat, a noroeste da cidade de Jericó, na Cisjordânia ocupada, informou a agência noticiosa oficial palestina WAFA.

Hassan Malihat, supervisor geral da Organização Al-Baydar para a Defesa dos Direitos dos Beduínos, disse à WAFA que os soldados israelitas atacaram uma rapariga palestina de 17 anos depois de terem invadido a casa da sua família na referida comunidade na passada terça-feira, 12.

Fatima Amarneh foi maltratada e torturada após a detenção...

Há 30 anos, em 13 de Setembro de 1993, foi assinado o chamado Acordo de Oslo. Na Casa Branca, em Washington, o presidente da OLP, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro de Israel, Yitzak Rabin, apuseram as suas assinaturas na «Declaração de Princípios sobre os Acordos de Autogovernação Interina».

A OLP reconheceu o direito à existência e segurança do Estado de Israel. Os palestinos renunciavam de facto (na sequência do que já tinham feito na sua declaração de independência, em Argel, em 1988) a 78% do seu território histórico, ocupado por Israel, na esperança de ver constituído um Estado palestino nos restantes 22% (Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental).

Israel, por seu lado, limitou-se a reconhecer a OLP como a representante do povo palestino, sem assumir qualquer compromisso quanto ao reconhecimento do Estado palestino.

O Acordo previa a criação de uma Autoridade Nacional Palestina, com responsabilidade de administração interna na Faixa de Gaza e Cisjordânia, mas numa situação...

Victor Manuel Monteiro Marques era membro do Conselho Fiscal do MPPM. Faleceu ontem, quinta-feira 7 de Setembro, aos 88 anos, na cidade de Almada onde nasceu e viveu praticamente toda a sua vida.

A causa da solidariedade com o povo palestino terá sido a última que abraçou na parte final de uma vida que, a par de uma muito competente actividade profissional e de uma grande dedicação à sua família, o viu envolvido em inúmeras actividades de apoio e dedicação ao seu próximo.

O Victor Marques aderiu ao MPPM em Junho de 2008, no primeiro ano de actividade como associação formalmente constituída. Em Novembro de 2010 foi eleito Secretário da Mesa da Assembleia Geral. Foi eleito para a Direcção Nacional em Março de 2013, desempenhando funções executivas, até que, em Março de 2023, foi eleito vogal do Conselho Fiscal.

Em todas as funções que desempenhou, a sua inesgotável energia, a sua boa disposição e uma imensa generosidade e disponibilidade para abraçar todas as tarefas, das mais custosas às...

As autoridades de ocupação israelitas continuam a recusar-se a libertar os corpos de onze palestinos que morreram nas prisões de Israel, sendo o mais antigo o de Anis Doula, cujo corpo está retido desde 1980, e o mais recente o de Khader Adnan, que faleceu em 2 de Maio de 2023, após uma greve de fome de 86 dias em protesto contra a sua detenção arbitrária — informa a Addameer.

De acordo com a Campanha Nacional para a Recuperação dos Corpos dos Mártires, o número de mortos palestinos cujos corpos estão em sepulturas numeradas atingiu 252, enquanto 142 outros corpos estão mantidos em frigoríficos desde 2015, incluindo 14 corpos de crianças e cinco corpos de mulheres.

A retenção dos corpos de palestinos mortos na prisão, pela polícia ou pelo exército, insere-se na política de punição colectiva exercida pelas autoridades de ocupação israelitas contra o povo palestino. A ocupação mantém os corpos em frigoríficos e sepulturas numeradas sem a mínima consideração por quaisquer normas...

O sorteio de duas serigrafias do cartunista António, promovido pelo MPPM no recente Acampamento «Dêem uma oportunidade à Paz», organizado pela Plataforma para a Paz e o Desarmamento, contemplou Maria João Leandro, do Porto, e André Inácio Lopes, de Samora Correia. O MPPM agradece a todos os participantes e felicita os premiados.

Esta serigrafia, de que foram tirados 90 exemplares assinados pelo autor, reproduz o cartoon de António que conquistou o Grande Prémio do XX Salon International de Cartoon, Montreal, 1983.

Trata-se de um pastiche de uma fotografia icónica da II Guerra Mundial que retrata um grupo de crianças e mulheres judias a serem expulsas do ghetto de Varsóvia para serem encaminhadas para o campo de extermínio de Treblinka, na sequência do esmagamento pelas SS nazis da revolta ocorrida naquele ghetto entre 19 de Abril e 16 de Maio de 1943.

Quase 40 anos depois, no dia 16 de Setembro de 1982, teve lugar o massacre dos campos de refugiados palestinos de Sabra e Shatila, a sul de...

Em 28 de Agosto de 1953 – há 70 anos – um jovem oficial israelita de apenas 25 anos, Ariel Sharon de seu nome, comandou o assalto da sua recém-formada Unidade 101 ao campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza, dando início a uma longa série de massacres de que nunca se arrependeu.

Para muitos israelitas, Sharon era o «Bulldozer», um militar rebelde que salvou o seu país da derrota nas suas guerras com os árabes. George Bush, o presidente dos EUA, chamou-lhe «homem de paz». Mas para os palestinos, recordados de Sabra e Shatila, no Líbano, ele era o «Carniceiro de Beirute».

Ariel Sharon foi primeiro-ministro de Israel de 2001 a 2006. De acordo com o grupo israelita de defesa dos direitos humanos B'tselem, citado pela Al Jazeera, durante o seu mandato foram mortos mais de 3360 palestinos dos quais 690 – ou seja, um em cada cinco – eram crianças. Cerca de 30 000 palestinos foram feridos por munições reais, balas metálicas revestidas de borracha, gás lacrimogéneo e outras medidas...

Uma iniciativa internacional pôs pessoas de todo o mundo a nadar com as crianças de Gaza neste sábado, 26 de Agosto. Em Portugal, a iniciativa teve lugar nesse dia na Praia de Carcavelos, dando sequencia a outro evento promovido pelo MPPM na Praia de Melides em 22 de Julho.

Desde 2007 que os habitantes de Gaza estão presos num férreo bloqueio. Não têm parques, nem montanhas, nem vales, mas têm a praia, o seu único espaço livre para lazer. Por isso, todos os anos, no final de Setembro, realizam um festival de natação na praia de Gaza.

Este ano, o Carnaval de Natação de Gaza realizou-se mais cedo, a 26 de Agosto, para coincidir com uma grande iniciativa internacional. A ideia foi do Paul O’Brian, da Palestine Solidarity Campaign, que convidou pessoas e organizações em todo o mundo a solidarizarem-se com as crianças palestinas, nesse dia, dando um mergulho no mar, num rio ou numa piscina e partilhando com elas os seus vídeos ou fotografias.

Até agora, 800 crianças de Gaza, entre os 9 e os 13...

Um homem palestino, detido pela polícia israelita, foi brutamente espancado e marcado no rosto com o símbolo judaico da estrela de David, segundo relato do seu defensor oficioso divulgada pela imprensa de Israel, trazendo novamente à actualidade a questão da brutalidade policial contra palestinos e da sua impunidade.

Arwa Sheikh Ali, de 22 anos, que foi detido na quarta-feira 16 de Agosto no campo de refugiados de Shuafat, em Jerusalém Oriental, alegadamente no âmbito de uma investigação sobre tráfico de droga, diz que os polícias o vendaram e depois o espancaram em todo o corpo. Como estava vendado não viu como lhe imprimiram a estrela de David na face.

O seu advogado apresentou queixa a um tribunal distrital de Jerusalém na quinta-feira alegando que era «um caso grave de violência intencional e humilhação de um detido pela polícia» e exigiu uma investigação policial imediata.

Vadim Shub, chefe do gabinete do defensor público de Jerusalém, que representa Sheikh Ali, disse numa entrevista...