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Handala, a embarcação da Freedom Flotilla Coalition (Coligação Flotilha da Liberdade) que no próximo ano vai navegar até Gaza, completou a sua digressão de mais de dois meses pelo Norte da Europa para sensibilizar as populações para a sua missão.

Depois de deixar Roterdão em 29 de Julho, em 1 de Agosto estava em Hamburgo (Alemanha). A tripulação recebeu muitos visitantes a bordo, incluindo cinco senhoras palestinas que levaram comida palestina. No dia seguinte a tripulação esteve na universidade, onde a sua apresentação da missão foi muito bem acolhida.

Na sexta-feira 4 de Agosto o Handala saiu de Hamburgo para Copenhaga (Dinamarca), onde chegou dois dias depois.

A Free Gaza Denmark organizou um acto público para acolher a embarcação. Torstein Dahle falou sobre a situação na Palestina e a importância do trabalho de solidariedade com que o Ship to Gaza contribui. Artistas locais contribuíram com as suas pinturas para a decoração do navio e muitos dos participantes puderam subir a bordo...

Há mais de duas décadas que Israel vem a aplicar a sua «política de esterilização» nas regiões a leste de Jerusalém, na zona sul de Hebron e na vizinhança do Vale do Jordão, deslocando as comunidades beduínas e confinando-as a enclaves prescritos e utilizando todas as tácticas concebíveis para as forçar a sair para dar lugar à instalação ou expansão dos colonatos ilegais.

Quem o afirma é Suhail Khalilieh, director da Unidade de Monitorização de Colonatos do Instituto de Investigação Aplicada de Jerusalém (ARIJ) em entrevista ao Middle East Eye. A razão é que as comunidades beduínas palestinas, há muitas décadas vivendo na região, são um obstáculo à concretização dos planos de expansão colonial de Israel.

Num documento de Janeiro de 2019 sobre comunidades beduínas palestinas em risco de transferência forçada, as Nações Unidas esclarecem que a transferência forçada não exige necessariamente o recurso à força física por parte das autoridades, mas pode ser desencadeada por circunstâncias...

Desde o início deste mês de Agosto, o exército, a polícia ou os colonos israelitas já tiraram a vida a onze palestinos, entre os quais quatro menores, e uma criança palestina de quatro anos está em estado crítico depois de ser atropelada por um colono que se pôs em fuga.

Pelo menos 220 palestinos foram mortos pelos ocupantes israelitas desde o início do ano, o que representa a média mais elevada de sete meses desde o final da Segunda Intifada Palestina, em 2005.

Mahmoud Jihad Jarad, de 23 anos, foi morto com um tiro no peito e quatro outros palestinos ficaram feridos por tiros do exército israelita nesta sexta-feira, dia 11, num ataque militar ao campo de refugiados de Tulkarem, no Norte da Cisjordânia ocupada. Um dos feridos está em estado crítico.

Na quinta-feira, dia 10, o jovem palestino Ameer Khalifa, de 27 anos, morreu em consequência de ter sido atingido com uma bala na cabeça durante um ataque militar israelita na área de Zawata, perto da cidade ocupada de Nablus. Num vídeo...

As forças de ocupação israelitas e os colonos cometeram 897 ataques contra palestinos, as suas propriedades e os seus locais sagrados durante o mês de Julho, de acordo com um relatório da Comissão de Resistência ao Muro e aos Colonatos divulgado pela agência noticiosa Wafa.

No seu relatório mensal sobre as violações da ocupação israelita, a Comissão afirmou que estes ataques variaram entre agredir directamente pessoas, vandalizar propriedades, arrasar terras, invadir aldeias, arrancar árvores e confiscar bens.

A maioria dos ataques registou-se na província de Jerusalém (148), seguida da província de Nablus (140) e da província de Hebron (113).

Segundo a Comissão, os colonos efectuaram 202 ataques em várias partes da Cisjordânia ocupada, mas principalmente nas províncias de Nablus (65), Ramala (35) e Hebron (28).

A Comissão referiu que, em Julho, foram emitidas 139 ordens de demolição, de paragem de construção e de evacuação de instalações, descrevendo-as como «um aumento recorde que alerta...

Inaugurou ontem, 8 de Agosto, na Galeria da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, a exposição Identity & Land, em que a pintora e activista Rita Andrade mostra algumas das obras que produziu em resultado da sua experiência com uma viagem à Palestina em 2019.

Exprimindo-se através da pintura, que considera «uma forma pacífica de comunicação», Rita Andrade deixa evidente a sua defesa dos direitos dos palestinos e o seu protesto contra a ocupação ilegal de Israel na Palestina.

Num vídeo disponibilizado no seu sítio na internet, preparado para a apresentação, em 2021, da sua exposição I Can’t Breathe Since 1948, Rita conta-nos como foi inspirada por Roger Waters a aprofundar o seu conhecimento da questão palestina, como isso a levou a viajar até à Palestina para viver, no terreno, os efeitos da ocupação, e a forma como isso influenciou a sua produção artística.

«A Arte é uma forma não violenta de me expressar, de espalhar uma mensagem, e de fazer uma intervenção. Eu acredito que...

Passam hoje, 8 de Agosto de 2023, cinco anos sobre o desaparecimento físico de Vitor Pedro da Glória Silva, amigo solidário da causa do povo palestino e membro fundador do MPPM, destacado activista e dirigente do movimento da paz em Portugal, militante antifascista e dirigente sindical, entre muitas outras frentes de uma incansável actividade.

Quem conheceu Vítor Silva sabe que era um homem bom, íntegro, amigo do seu próximo, fiel na sua vida de todos os dias aos ideais de liberdade, solidariedade e emancipação que sempre abraçou. Era um indispensável combatente, que sabia que o êxito de uma iniciativa ou de uma campanha depende em muito do trabalho que não dá nas vistas, do contacto pessoal, da organização cuidada e atempada.

No comunicado de 8 de Agosto de 2018, em que anunciava a pesarosa notícia do falecimento de Vítor Silva, o MPPM afirmava que respeitaria a sua memória «continuando o trabalho de solidariedade com o povo palestino e a luta pela paz no Médio Oriente». Assim tem sido...

O Handala, que tinha deixado Bristol na quarta-feira, 19 de Julho, à tarde, chegou a Southampton na madrugada de sábado, 22, em mais uma etapa da digressão da Freedom Flotilla Coalition / Coligação Flotilha da Liberdade (FFC) pelo norte da Europa, preparatória da viagem do próximo ano até Gaza.

Na luxuosa Ocean Village Marina onde aportou, o Handala despertou atenções, nomeadamente da polícia que revelou estar a acompanhar a viagem desde que a embarcação tinha entrado na Escócia…

Os membros da tripulação e Wendy, a representante da FFC, foram recebidos pela Palestine Solidarity Campaign / Campanha de Solidariedade com a Palestina (PSC) local, no Haymarket Books, onde falaram para uma casa quase cheia de apoiantes fervorosos.

No dia seguinte, houve uma visita ao barco e confraternização com a tripulação que foi parcialmente rendida para a próxima etapa, rumo a Roterdão.

Na manhã de terça-feira, 25 de Julho, activistas palestinos e membros da comunidade palestina neerlandesa receberam o Hand...

A legitimidade de Israel, e de facto a sua própria viabilidade, assenta em dois pilares principais.

Em primeiro lugar, o pilar material, que inclui o seu poderio militar, as suas capacidades de alta tecnologia e um sistema económico sólido.

Estes factores permitem que o Estado construa uma forte rede de alianças com países que gostariam de beneficiar do que Israel tem para oferecer: armas, securitização, spyware, conhecimento de alta tecnologia e sistemas modernizados de produção agrícola.

Em troca, Israel pede não apenas dinheiro mas também apoio contra a degradação da sua imagem internacional.

Em segundo lugar, o pilar moral. Este aspecto foi particularmente importante nos primeiros tempos do projecto e do Estado sionistas.

Israel vendeu ao mundo uma narrativa dupla: primeiro, que a criação de Israel era a única panaceia para o anti-semitismo; segundo, que Israel era construído num lugar que religiosa e culturalmente pertencia ao povo judeu.

De início, a presença de uma população autóctone...

Um colono israelita queimou 20 colmeias pertencentes a um agricultor palestino, residente na aldeia de Zanuta, a sul da cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia, causando-lhe um prejuízo avaliado em mais de 10 000 dólares.

Entretanto, na cidade de Battir, a oeste da cidade de Belém, as forças de ocupação israelitas destruíram e arrancaram dezenas de oliveiras.

Em ambos os casos, houve movimentações de colonos no sentido de estabelecer postos avançados precursores de novos colonatos ilegais.

Yousef al-Sharha, o proprietário das colmeias de Zanuta, disse à WAFA que o colono, que montou uma caravana e estabeleceu um posto avançado de colonização ao lado do seu apiário, queimou e destruiu totalmente 20 colmeias das 50 que possui, agora que estamos no início da época de colheita do mel.

Em Battir, de acordo com Amr al-Qayssi, um activista palestino, uma unidade do exército israelita, equipada com uma retroescavadora, invadiu a parte oriental da aldeia durante uma incursão matinal e começou a...

A Freedom Flotilla Coalition / Coligação Flotilha da Liberdade (FFC) é composta por iniciativas e organizações da sociedade civil de vários países e tem vindo a desafiar o bloqueio ilegal e desumano que Israel exerce sobre Gaza com viagens sucessivas desde 2010. Em 2023 a FFC navega no Norte da Europa preparando-se para, em 2024, navegar até Gaza.

Um antigo navio pesqueiro de 18 metros foi adquirido pela Ship to Gaza Norway e pelo Palestinakomiteen i Norge e iniciou a viagem em Kristiansund no início de Abril. Em 17 de Abril recebeu o nome Handala numa cerimónia realizada na cidade de Bergen. Handala, a icónica figura criada pelo cartunista Naji al-Ali, representa a criança refugiada que anseia o regresso à sua pátria. Dado que mais de dois terços da população de Gaza são refugiados palestinos e que mais de metade dos habitantes de Gaza são crianças, Handala representa na perfeição a missão desta flotilha: «Pelas Crianças de Gaza»

Em Junho, o Handala deixou a Noruega, a caminho da...