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ApeloO crescendo da vasta ofensiva bélica de Israel e bombardeamentos de terror há mais de um mês na Faixa de Gaza (Palestina) e desde 12 de Julho no Líbano, os consequentes horrores da guerra e tragédia humanitária, alarmam todos quantos, mulheres e homens de boa vontade, independentemente de questões políticas, se preocupam com o destino do martirizado Povo palestiniano e com a Paz no Médio Oriente.Em Gaza contavam-se já dezenas de vítimas civis de operações das Forças Armadas de Israel, nas semanas anteriores ao episódio da captura de um seu militar neste território. Desde então, assiste-se da parte de Israel, pretextando o “direito a defender-se”, a uma escalada de violência militar não só “desproporcionada” mas sistemática. Esta acção, em violação aberta e caracterizada do Direito Internacional, foi agora agravada com a agressão contra o Líbano invocando a captura no Sul de dois outros militares israelitas. Os resultados estão a ser a destruição total deliberada das infra...

José Saramago, que recentemente subscreveu o apelo «Pelo Termo da Violência e do Desastre Humanitário no Médio Oriente», lançado pelo MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, dirigiu aos principais jornais internacionais uma carta em que assume uma posição firme sobre a ameaça que impende sobre a nação palestina.A carta é, também, assinada por John Berger, crítico de arte e ensaista; Noam Chomsky, linguista e professor do MIT;e Harold Pinter, dramaturgo e Prémio Nobel de Literatura.Endossaram a carta, entre outros, Arundhati Roy, escritora indiana e vencedora do Booker Prize; Naomi Klein, jornalista e escritora canadiana; Harold Zinn, historiador americano; Tariq Ali, escritor paquistanês; Eduardo Galeano, escritor uruguaio; Gore Vidal, escritor, dramaturgo e argumentista americano.O teor da carta é o seguinte:A Nação Palestina AmeaçadaO mais recente capítulo do conflito entre Israel e a Palestina começou quando forças israelitas raptaram dois...

Abdullah al-Hourani, Presidente da Comissão Política do Conselho Nacional Palestiniano e Presidente da Assembleia Palestiniana pela Defesa do Direito ao Regresso, esteve de visita a Portugal entre 27 de Maio e 1 de Junho. Durante a sua estada teve encontros com deputados, dirigentes políticos e sindicais, e eleitos autárquicos. Participou em diversas sessões de esclarecimento e manteve contactos com a comunicação social e com activistas pela causa da Palestina.Abdullah al-Hourani é uma individualidade política reputada pela sua integridade e independência e deslocou-se a Portugal vindo directamente de Gaza, o que o tornou uma fonte privilegiada de informação sobre a dramática situação em que se encontra o povo da Palestina, numa hora em que está em causa a sua sobrevivência e em que, na Faixa de Gaza, um milhão e meio de Palestinianos enfrentam diariamente a fome e a doença.No dia da sua chegada, sexta-feira, 26 de Maio, Abdullah al-Hourani foi recebido, de manhã, na Assembleia da...

O Governo de Israel, no quadro do processo de desmantelamento dos colonatos que ilegalmente mantinha na Faixa de Gaza, desenvolveu uma intensa campanha internacional de relações públicas e desinformação. O discurso recente do Primeiro-Ministro Ariel Sharon na Assembleia Geral das Nações Unidas constituiu um passo mais num plano que visa, entre outros, os seguintes objectivos:– criar a ilusão que o actual Primeiro Ministro e o Governo de Israel estão comprometidos com a busca de uma solução justa e duradoura para a questão palestina;– lançar o caos e a anarquia naquele território, por forma a reforçar, na opinião pública internacional, a velha e estafada tese da ingovernabilidade dos palestinos;– disfarçar, sob essa cortina de fumo, os seus projectos de colonização na Margem Ocidental e, especialmente, em redor de Jerusalém Oriental;– protelar a discussão efectiva de um acordo final que, no respeito pela legalidade internacional, estabeleça a constituição de um Estado da Palestina, com...

O texto que se segue, datado de Junho de 2005, é considerado o documento fundador do MPPM. Subscrito por um leque significativo de individualidades, fundamenta a necessidade de constituição de um movimento português para defesa dos direitos do povo palestino definindo, desde logo, o que deverão ser as suas linhas de orientação. Razões, princípios e objectivos da constituição de um Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM)Os signatários (1), empenhados na defesa dos princípios contemplados na Carta das Nações Unidas e na Declaração Internacional dos Direitos Humanos, bem como na criação de condições que propiciem o estabelecimento da paz e da segurança entre os povos, e no prosseguimento de iniciativas levadas anteriormente a efeito no plano da opinião pública nacional, como foi o caso do abaixo-assinado «Não ao muro de Sharon», consideram que: • a situação em que se encontra o Povo da Palestina continua num impasse, desde que em 1947/48 foi elaborado...

O Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina, designado por mandato da Assembleia Geral das Nações Unidas, foi assinalado com uma sessão comemorativa no dia 29 de Novembro, na Casa do Alentejo, em Lisboa.A sessão, que assinalou o dia em que, em 1947, a ONU aprovou a Resolução que estabelecia na Palestina a existência de dois estados independentes — um judaico e outro árabe —, foi presidida pelo General Pezzarat Correia e registou intervenções do Embaixador Issam Beseisso, Delegado-Geral da Palestina em Portugal, de Frei Bento Domingues, do Prof. Silas Cerqueira e do Engº Aquilino Ribeiro Machado. A finalizar, José Fanha disse poesia palestiniana.Houve uma expressiva e muito sentida homenagem à memória de Yasser Arafat, recentemente falecido, e da sua luta pela constituição de um Estado Palestiniano independente Promoveram esta sessão, na continuidade de anteriores iniciativas em defesa do reconhecimento dos direitos inalienáveis do Povo Palestiniano e pela construção de...

Teve hoje lugar, na Casa do Alentejo, em Lisboa, o anunciado «Encontro de Informação sobre a Actual Situação na Palestina» em que era oradora principal a escritora e poetisa Hanan Awwad.A Mesa do Encontro, presidida pelo Prémio Nobel de Literatura, José Saramago, compreendia ainda os seguintes membros : Aquilino Ribeiro Machado, engenheiro, ex-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa; Frei Bento Domingues, Sacerdote Dominicano; Carlos Carvalho, Secretário da CGTP; Issam Besseisso, Embaixador da Autoridade Palestiniana; João Cunha Serra, engenheiro, Presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação; Jorge Cadima, Professor Universitário (UTL); Silas Cerqueira, Investigador e Docente Universitário (CEA Univ. do Porto).No final do Encontro foi aprovada por aclamação a seguinteMoçãoOs 200 participantes do Encontro de Informação sobre a Actual Situação na Palestina, realizado em Lisboa no dia 7 de Setembro de 2004, sob a presidência do escritor José Saramago e com a escritora e...

Encontra-se em Lisboa, vinda de Jerusalém, onde nasceu e reside, a escritora, poetisa e professora palestiniana Hanan Awwad que amanhã, 7 de Setembro, à 18.30h vai intervir num Encontro de Informação sobre a situação na Palestina, presidido por José Saramago, e que terá lugar na Casa do Alentejo, em Lisboa (Rua das Portas de Sto. Antão, 58).A Drª Hanan Awwad é uma intransigente defensora da liberdade e dos direitos humanos. Profunda conhecedora da história sofrida do seu povo, tem como preocupação imediata o fim da ocupação militar por Israel do povo palestiniano e do seu território e o estabelecimento de um Estado Palestiniano independente. O seu objectivo último é a construção de uma Paz justa e duradoura no Médio Oriente.Entre as questões prementes que a Hanan Awwad abordará na sua intervenção incluem-se a situação dos presos políticos palestinianos detidos em prisões israelitas e a construção do designado “Muro de Sharon”, já condenada pelas mais elevadas instâncias internacionais...

Na sequência das deliberações do Tribunal Internacional de Justiça e da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Julho de 2004, que condenavam a construção, por Israel, do Muro nos territórios ocupados, um grupo de individualidades, subscritoras do anterior apelo, regozija-se com aquelas decisões e propõe-se levar a cabo iniciativas de solidariedade com o povo palestino e pela paz na região. Instâncias internacionais condenam construção por Israel de um Muro em território palestiniano ocupadoApós o parecer do Tribunal Internacional de Justiça da Haia, e a subsequente resolução da Assembleia Geral da ONU, contra a construção por Israel de um muro em território palestiniano ocupado, deve prosseguir a solidariedade da opinião pública para com o Povo da Palestina.Os signatários – que estiveram entre os cerca de 150 subscritores da Declaração de personalidades portuguesas contra o “muro de Sharon” entregue às Nações Unidas em Abril último e convictos de exprimir o sentir das mesmas agora...

O abaixo-assinado “Não ao Muro de Sharon!”, iniciado em finais de Fevereiro de 2004, nos dias em que se reunia sobre a questão o Tribunal Internacional de Justiça de Haia, e que recolheu adesões de personalidades portuguesas até Abril, quando foi dado a conhecer, em versão inglesa, aos participantes da «Reunião Internacional das Nações Unidas sobre o impacte da construção do Muro no Território Palestino Ocupado, incluindo em Jerusalém e à sua volta» que decorreu em Genebra, em 15 e 16 de Abril de 2004. Para o efeito, Silas Cerqueira deslocou-se a Genebra onde integrou a delegação da Organização de Solidariedade dos Povos Afro-Asiáticos (OSPAA, Cairo), que participou como observadora naquela Conferência governamental das Nações Unidas. Não ao Muro de Sharon!O Governo de Sharon, mau grado a significativa oposição de amplos sectores do seu próprio país e de uma generalizada condenação da opinião pública internacional, insiste em levar por diante a construção de um muro destinado a tornar...