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Para poder continuar a utilizar livremente bombas de fragmentação, o exército de Israel porá brevemente em uso novos canhões de artilharia da empresa israelita Elbit, em vez dos canhões da alemã KMW, segundo noticia o jornal israelita Haaretz.Um oficial israelita aposentado explicou ao Haaretz que Israel temia que os alemães não dessem ao seu exército a «independência completa» que desejava, razão por que o Ministério da Defesa recomendou a compra de canhões de fabrico israelita.As bombas de fragmentação são uma arma de destruição em massa particularmente bárbara, uma bomba que se transforma em muitas bombas, espalhando-se por uma extensa área, matando e ferindo indiscriminadamente. Por vezes explodem anos depois de disparadas.O seu uso é proibido por um tratado internacional assinado por mais de 100 países (entre os quais a Alemanha), devido à alta taxa de mortes e lesões em civis que lhes estão associadas. Mas Israel não é signatário.Israel utilizou amplamente bombas de fragmentação...

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) constituiu-se como associação sem fins lucrativos em 9 de Agosto de 2007 e teve os seus primeiros órgãos sociais eleitos em Assembleia Geral realizada em 23 de Fevereiro de 2008. José Saramago, Prémio Nobel de Literatura, foi o primeiro presidente da Assembleia Geral. Após o seu falecimento, foram sucessivamente eleitos para o cargo José Neves e Carlos Araújo Sequeira. A primeira Direcção Nacional foi co-presidida por Isabel Allegro Magalhães e Mário Ruivo. Maria do Céu Guerra é a presidente do MPPM desde 2010. Na presidência do Conselho Fiscal está Frederico Gama Carvalho, desde o início.

Indissociavelmente ligado à constituição do MPPM e à sua actividade nos anos subsequentes esteve Silas Cerqueira, figura incontornável do Movimento da Paz em Portugal, militante, dirigente e académico prestigiado internacionalmente, defensor activo da causa do povo palestino.

Herdeiro de uma longa tradição portuguesa...

Um tribunal israelita de Haifa tomou a decisão sem precedentes de revogar a cidadania israelita de Alaa Zayud, de 23 anos, palestino com cidadania israelita, informa a agência Ma'an.Em Junho de 2016, Zayud, oriundo de Umm al-Fahm, cidade de maioria palestina no Norte de Israel, foi condenado a 25 anos de prisão, acusado de no ano anterior atropelar e ferir dois soldados israelitas com o seu carro perto da cidade de Hadera, apunhalando ainda outros dois israelitas.Segundo informações vindas a lume ontem, 6 de Agosto, o tribunal decidiu revogar a cidadania israelita de Zayud — com efeitos a partir de Outubro — e substituí-la por uma licença israelita temporária, a ser renovada periodicamente.Sawsan Zaher, advogada do Adalah (centro jurídico para os direitos da minoria árabe em Israel), declarou que se trata de um exemplo das políticas discriminatórias de Israel contra os cidadãos palestinos.Constituindo 20% da população do país, eles são os descendentes dos palestinos que conseguiram...

No mês passado a repressão israelita aos protestos contra o encerramento da Mesquita de Al-Aqsa vitimou 20 palestinos, incluindo 5 crianças, informa um relatório do Centro Abdullah Al-Hourani de Estudos e Documentação, citado pela PressTV.Esta instituição, ligada à Organização de Libertação da Palestina (OLP), diz ainda que ficaram feridos cerca de 1400 palestinos, incluindo crianças. As autoridades israelitas retiveram os corpos de 13 palestinos mortos, em violação do direito internacional humanitário.No mês passado as forças israelitas prenderam mais de 600 palestinos, incluindo dezenas de crianças, prossegue ainda o relatório.Por outro lado, as autoridades israelitas em Julho aprovaram a construção de 1935 unidades habitacionais em colonatos judaicos ilegais em Jerusalém Oriental ocupada.Em Junho Israel demoliu 33 casas palestinas e uma outra construção na Margem Ocidental ocupada e ainda 17 casas em Jerusalém Oriental ocupada.Observou-se ainda um aumento dos ataques perpetrados por...

Procurando alcançar a reconciliação nacional entre Hamas e Fatah, facções palestinas rivais, e aliviar uma gravíssima crise humanitária na Faixa de Gaza, o Hamas (Movimento Islâmico de Resistência) anunciou hoje, 3 de Agosto, que está pronto a pôr fim à comissão administrativa em Gaza caso a Autoridade Palestina (AP), liderada pela Fatah, acabe com todas as medidas punitivas impostas nos últimos meses. A notícia é avançada pela agência palestina Ma'an.Salah al-Bardwil, membro do Bureau Político do Hamas, afirmou num comunicado que, após a AP «assumir todas as responsabilidades em Gaza», o Hamas dissolveria a sua comissão administrativa. A constituição desta provocou a indignação da PA, que acusou o Hamas de tentar formar um governo-sombra e governar Gaza independentemente da Margem Ocidental ocupada. Após a formação da comissão administrativa, a AP foi acusada de procurar deliberadamente agravar a catástrofe humanitária na Faixa de Gaza a fim de retirar o controlo do território ao...

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, reuniu-se ontem, 1 de Agosto, com uma delegação do Hamas dirigida por Nasser Al-Din Al-Shaer, em Ramala, na Margem Ocidental ocupada.Numa entrevista à Quds Press, o chefe da delegação do Hamas afirmou que foram abordadas várias questões, incluindo Jerusalém e a divisão política, e discutidas maneiras de aproveitar a recente vitória na oposição às medidas israelitas em Jerusalém Oriental ocupada. Nasser Al-Din Al-Shaer apelou à elaboração de programas políticos para alcançar a unidade nacional e acabar com o estado de fragmentação na cena palestina.Por seu lado, Abbas expressou a esperança em mais medidas para acabar com a divisão e restaurar a coesão nacional.Em declarações à rádio Voz da Palestina citadas pela agência Wafa, Jamal Muheisen, membro do Comité Central da Fatah, afirmou que Mahmoud Abbas disse à delegação do Hamas que, se o Hamas dissolver a comissão administrativa que governa a Faixa de Gaza e permitir que o governo do...

Um tribunal de Israel confirmou ontem, 30 de Julho, a condenação por homicídio e a sentença de 18 meses do ex-soldado israelita Elor Azaria, que em Março de 2016 matou a tiro à queima-roupa o palestino Abd al-Fattah al-Sharif, de 21anos, que jazia inanimado no chão depois de alegadamente cometer um ataque com faca na cidade de Hebron, no Sul da Margem Ocidental ocupada.A execução foi filmada por um activista palestino ao serviço da organização israelita de direitos humanos B'Tselem e rapidamente se difundiu nas redes sociais e na televisão, tornando impossível ignorar o caso.Segundo o jornal israelita The Times of Israel, os juízes do tribunal de recurso classificaram o acto de Azaria como «proibido, grave, imoral» e destacaram que Azaria «nunca expressou remorso nem questionou as suas acções».Porém, contradizendo a dureza das suas próprias afirmações, o tribunal limitou-se a confirmar a sentença de apenas 18 meses pronunciada em primeira instância.Ainda assim, o ministro da Educação...

O MPPM marcou presença, uma vez mais, no Acampamento pela Paz que este ano teve lugar nas Piscinas Municipais de Évora, entre 28 e 30 de Julho.O Acampamento foi organizado pelo Comité Nacional Preparatório de Portugal do 19º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes que se vai realizar em Sochi, na Rússia, de 14 a 22 de Outubro.Tal como em anos anteriores, o MPPM participou neste Acampamento para divulgar a causa do povo palestino entre as centenas de jovens de todo o país que se juntaram para participar em torneios desportivos, workshops, animações culturais e concertos.Fernando Quaresma e José Oliveira participaram no habitual debate da tarde de sábado e foi disponibilizada informação sobre a situação na Palestina. À noite, o MPPM integrou-se na marcha dos jovens pela Paz que percorreu as ruas da cidade património da humanidade até à Praça do Giraldo. 

Centenas de beduínos manifestaram-se ontem, 27 de Julho, em Be’er Sheva, diante dos escritórios da Agência de Desenvolvimento Beduína, reclamando o seu encerramento, informa o jornal israelita Haaretz.Os manifestantes exigiam o fim da política de sistemática demolição de edifícios nas comunidades beduínas do Negev/Naqab, no Sul de Israel, que classificaram de «crime contra cidadãos», e o reconhecimento das comunidades beduínas não autorizadas.As relações entre a Agência e os residentes beduínos têm-se tornado cada vez mais tensas a propósito de questões como a reflorestação.O Estado israelita começou a reflorestação a norte da localidade beduína de Tel Sheva, nos arredores de Be'er Sheva, que os beduínos dizem ser propriedade sua. O Estado estará a plantar florestas em vários locais do Negev/Naqab em terras que as comunidades beduínas «ilegais» reclamam como suas.A política de demolições de casas de beduínos acentuou-se nos últimos anos. Segundo dados do Ministério da Segurança Pública...

Após reabertura, mais de uma centena de feridos em ataque das forças israelitasA situação em torno do complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental ocupada, conheceu hoje, quinta-feira, 27 de Julho, um desenlace provisório que constitui uma vitória dos palestinos.O governo de Benjamin Netanyahu foi forçado pela firmeza dos protestos dos palestinos, sobretudo de Jerusalém Oriental mas também dos restantes territórios palestinos ocupados, a ceder: primeiro a retirar os pórticos detectores de metais à entrada do Haram al-Sharif (Nobre Santuário) / Esplanada das Mesquitas, depois a renunciar à instalação de câmaras «inteligentes», e finalmente a franquear aos fiéis muçulmanos a totalidade das entradas no santuário, contrariamente ao anunciado.Este encadeado de medidas e recuos surge na sequência da interdição durante dois dias do acesso ao complexo de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islão, após um ataque ocorrido em 14 de Julho, em que três palestinos mataram a tiro dois polícias...