Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

A Comissão de Assuntos dos Presos e ex-Presos palestinos informou que cerca de 100 presos palestinos nas prisões israelitas iniciaram uma greve de fome há vários dias, protestando contra a instalação de dispositivos inibidores de sinal que prejudicam a sua saúde.

O Comité informa num comunicado que o Serviço Prisional de Israel transferiu os presos em greve das cadeias de Ramon e Eshil, do campo de detenção do Negev e de várias outras prisões para as secções 1 e 3 da prisão de Nafha, no Sul de Israel.

Os presos exigem a remoção dos dispositivos inibidores de sinal e a instalação de telefones públicos nas prisões para poderem contactar as  suas famílias, conforme acordado em Abril passado, tendo entrado em greve de fome depois de falharem as negociações com o SPI.

O comunicado acrescenta que Israel está a sujeitar os presos a pressões psicológicas, para além de repetidas rusgas nas celas, para os forçar a pôr fim à greve sem qualquer negociação das suas reivindicações.

Dados da Addameer...

As forças de ocupação israelitas assaltaram, na madrugada de ontem, quinta-feira, em Ramala, a sede da Addameer, uma organização que defende os direitos humanos dos presos palestinos, tendo roubado computadores, diverso material informático, livros e documentos.

Foi também assaltada a sede da União Geral de Trabalhadores do Sector de Serviços, tendo as forças de ocupação destruído mobiliário e roubado computadores e documentos. Os assaltantes feriram, com balas de borracha, cinco jovens palestinos que tentaram opor-se ao assalto e que tiveram de ser hospitalizados.

Segundo a agência WAFA, na noite de quinta-feira as forças israelitas ocuparam o centro de Ramala e assaltaram diversos edifícios e cafés. Isto, não obstante Ramala estar incluída na área A dos Acordos de Oslo que deveria se de inteira responsabilidade, civil e de segurança, da Autoridade Palestina.

A Addameer denuncia que este é o terceiro assalto de soldados israelitas à sua sede desde 2002. Ao longo dos anos, as autoridades...

«As forças armadas de Israel estarão aqui para sempre», declarou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, durante uma reunião do seu governo no Vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada.  Realizando a última reunião do governo israelita antes das eleições da próxima terça-feira — e a primeira nos territórios palestinos ocupados desde há duas décadas —, Netanyahu quis reforçar a mensagem de que, se vencer as eleições, Israel anexará o Vale do Jordão e todos os colonatos israelitas, ilegais à luz do direito internacional. A reunião do governo israelita, realizada numa tenda adornada com bandeiras de Israel, decidiu propor a legalização retrospectiva do posto avançado (colonato ilegal à luz do próprio direito israelita) de Mevo'ot Yeriho, nas proximidades da cidade palestina de Jericó.  Benjamin Netanyahu já tinha anunciado na passada terça-feira a intenção de, se reeleito, promover a anexação do Vale do Jordão, que faz fronteira com a Jordânia e que, com 2400 km2, representa cerca...

Dezenas de palestinos foram feridos esta sexta-feira na Faixa de Gaza pelas forças armadas israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes desarmados da Grande Marcha do Retorno.

O Ministério da Saúde do território informou que 55 palestinos foram feridos por balas reais e bombas de gás lacrimogéneo disparadas pelos militares sionistas na 74.ª sexta-feira da Grande Marcha do Retorno.

As manifestações da Grande Marcha do Retorno realizam-se semanalmente desde 30 de Março de 2018, exigindo o direito dos refugiados palestinos a regressarem aos lugares de onde foram expulsos, na Palestina histórica, na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948.

Exigem também o fim do bloqueio imposto há mais de 12 anos por Israel à Faixa de Gaza, o qual, somado às repetidas agressões militares, destruiu a economia do enclave costeiro, onde dois milhões de habitantes vivem numa situação de verdadeira catástrofe humanitária.

Segundo o Ministério da...

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou esta terça-feira que, se for reeleito, Israel anexará o Vale do Jordão e o Norte do Mar Morto, na Cisjordânia ocupada.

«Hoje anuncio minha intenção, após a formação de um novo governo, de aplicar a soberania israelita ao Vale do Jordão e ao Norte do Mar Morto», afirmou Netanyahu num discurso transmitido ao vivo em todos os canais de televisão israelitas.

O Vale do Jordão, com 2400 km2, representa cerca de um terço da Cisjordânia e faz fronteira a leste com a Jordânia. Israel afirma há muito tempo que, qualquer que seja a solução alcançada com os palestinos, pretende manter o controlo militar desta zona.

Nesta área vivem aproximadamente 65 000 palestinos e 11 000 israelitas, estes residentes em colonatos ilegais à luz do direito internacional. A principal cidade palestina é Jericó, havendo cerca de 28 aldeias e comunidades beduínas menores.

O primeiro-ministro israelita acrescentou que o «plano de paz» para o Médio Oriente do...

No domingo 8 de Setembro, morreu numa prisão israelita o preso palestino Bassam al-Sayeh, em circunstâncias que levantam suspeitas de negligência médica intencional.

Trata-se já do terceiro palestino a morrer nos cárceres israelitas em 2019, informa a Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos).

Bassam Al-Sayyeh, jornalista, de 47 anos, foi preso em 8 de Outubro de 2015 no tribunal militar de Salem quando assistia ao julgamento da sua esposa.

Sofria de cancro ósseo desde 2011, e apesar da sua situação de saúde, as forças de ocupação israelitas transferiram-no para o centro de interrogatórios de Petah Tikva.

Nessa altura, Al-Sayyeh informou o advogado da Addameer, durante uma visita, de que era interrogado diariamente durante longas horas, tendo desmaiado várias vezes durante os interrogatórios e na cela.

Esteve cerca de 20 dias sem qualquer assistência ou tratamento médico. 

Devido à tortura, à negligência médica e ao protelamento na prestação dos cuidados médicos de que...

Dois adolescentes palestinos foram hoje mortos pela forças israelitas durante os protestos da 73.ª semana da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

As vítimas mortais são Ali al-Ashqar, de 17 anos, atingido por uma bala na cabeça, e Khaled Abu Bakr al-Rubaie, de 14 anos, atingido no ventre.

Pelo menos 80 manifestantes foram feridos, 38 por balas reais, informaram fontes médicas citadas pela agência palestina WAFA. Os atiradores israelitas dispararam balas reais e balas revestidas de borracha.

Rockets disparados de Gaza

Já durante a noite de sexta-feira, foram disparados cinco rockets da Faixa de Gaza em direcção a Israel, segundo o jornal israelita Haaretz, citando fontes militares.

Algumas horas antes, Hazem Qasem, porta-voz do Hamas, que dirige o território, tinha declarado que «Israel está a intensificar os ataques contra manifestantes não-violentos e será responsabilizado por esses crimes. A política de atacar civis civis não impedirá o povo...

As forças de ocupação israelitas prenderam 450 palestinos, incluindo 69 menores e 13 mulheres, durante o mês de Agosto, informou o Centro Palestino de Estudos dos Presos.

Registaram-se 10 detenções em Gaza, incluindo um pescador capturado enquanto trabalhava no mar, declarou Riyadh Ashqar, investigador do Centro. Os israelitas prenderam oito menores de Gaza perto da cerca com que Israel cerca o enclave costeiro palestino.

As forças de ocupação israelitas prenderam ainda dois fotojornalistas, Hasan Dabbous e Abdel Muhsen Shalaldeh, depois de assaltarem as suas casas e intimidarem os seus filhos. Um palestino deficiente, identificado como Jarrah Naser, também foi preso em Jerusalém.

Particularmente revoltante é facto de Israel ter prendido quatro crianças com idades compreendidas entre os 10 e os 13 anos:  Mohammed Najeeb (10), Mahmoud Hajajreh (12), Ali Al-Taweel (13) e Yousef Abu Nab (13).

Uma das mulheres presas foi uma cidadã jordana, detida na Passagem Al-Karameh/Ponte Allenby. Uma...

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reafirmou neste domingo o compromisso de impor a soberania de Israel nos colonatos judaicos da Cisjordânia ocupada.

«Com a ajuda de Deus, aplicaremos a soberania judaica a todas as comunidades [ler: colonatos judaicos], como parte da Terra [bíblica] de Israel e como parte do Estado de Israel», afirmou Netanyahu numa cerimónia de abertura do novo ano escolar no colonato de Elkana.

Netanyahu fez uma promessa semelhante, de anexar parte da Cisjordânia ocupada, nas vésperas das eleições de Abril deste ano. Porém, nessa altura os resultados obtidos não lhe permitiram formar uma coligação de governo viável. As actuais declarações devem por isso ser lidas também na perspectiva das novas eleições, marcadas para o próximo dia 17 de Setembro.

Netanyahu e o seu partido, o Likud, encontram-se praticamente empatados nas sondagens com os seus rivais da coligação Kahol Lavan. Têm-se por isso esforçado por obter uma forte participação e captar os votos...

Na 72.ª semana da Grande Marcha do Retorno, 94 palestinos foram feridos pelas forças israelitas durante protestos pacíficos junto à vedação com que o Estado sionista isola a Faixa de Gaza. Entre os feridos desta sexta-feira, 30 de Agosto, contam-se 25 crianças, uma mulher, 2 jornalistas e 2 paramédicos, informa o Centro Palestino dos Direitos Humanos (PCHR).

O PCHR registou 46 feridos por balas reais, um deles em estado extremamente crítico. As forças repressivas israelitas continuaram a utilizar munições reais contra os manifestantes, visando sobretudo a parte superior do corpo.

Trata-se de um uso absolutamente intencional e desproporcionado da força, já que os soldados israelitas se encontravam a centenas de metros de distância e bem protegidos das pedras e petardos lançados por alguns manifestantes.

Os protestos desta semana decorreram sob o lema «Em comemoração aos nossos mártires», recordando o quinto aniversário da ofensiva israelita de 2014 contra a Faixa de Gaza (a chamada...