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A segunda iniciativa integrada na 2ª Semana da Palestina foi dedicada à "Poesia Palestina do Séc. XX". Como destacou Júlio de Magalhães - responsável pela selecção e tradução dos poemas e ainda pelas notas biográficas dos seus autores - a poesia foi fundamental na construção da identidade árabe ao longo dos séculos. Esta identidade construiu-se em torno da língua árabe, a língua do Corão, e na expansão do mundo árabe a poesia teve um papel primordial. Quando, no século XX, há um movimento político de ressurgimento árabe na sequência da luta contra o Império Otomano, instigada pelas potências ocidentais, que resulta na criação de Estados com fronteiras artificialmente criadas, há também um renascimento cultural, que se inicia no Egipto e se alarga a todo o mundo árabe. Com a criação dos novos Estados, atenua-se o conceito de poesia árabe e começam a surgir as variantes nacionais. É nesse contexto que surge uma poesia de matriz palestina.
Com poemas ditos por Maria do Céu Guerra e João D...

«I Can't», uma criação da coreógrafa Sofia Silva, abriu a 2.ª Semana da Palestina em 21 de Novembro de 2009, no Fórum Romeu Correia, em Almada. Inês Tarouca interpretou a dança de forma notável, transmitindo, com grande contenção, a forte carga dramática imposta ao personagem.
"Neste projecto parto para a reflexão sobre o estado de guerra por todo o mundo, sentindo a minha impotência, ignorância e inutilidade perante este. Com o desejo de comunicar e de perceber o que está para além de nós próprios, pretendo estabelecer ligações entre mim e outras pessoas, que vivem e convivem numa realidade que as confronta diariamente com a sua incapacidade individual, perante a condição humana em que vivem. Foquei-me no conflito Árabe - Israelita, mais concretamente a questão da Palestina e o Estado Judaico."  Esta descrição do seu trabalho, incluída no programa da sessão, foi desenvolvida por Sofia Silva, na parte final do espectáculo, no diálogo que manteve com Bruno Dias - da Comissão Executiva do...

A ideia de Capitais de Cultura foi lançada numa conferência internacional organizada pela ONU, no México, em 1982. Aí, foi adoptada uma convenção para o desenvolvimento cultural internacional que apelava ao diálogo cultural entre os povos do mundo: um diálogo aberto, com respeito pelas identidades culturais nacionais e pela diversidade das civilizações, baseado na unidade dos valores humanos fundamentais.
A UNESCO foi incumbida do papel de relacionar cultura e desenvolvimento. A ALESCO (Organização da Liga Árabe para a Educação, Cultura e Ciência), promoveu um programa de capitais regionais de cultura que começou no Cairo, em 1986, e prosseguiu em Tunis (1997), Sharjah (1998), Beirute (1999), Riad (2000), Kuwait (2001), Amã (2002), Rabat (2003) Sanaa (2004), Cartum (2005), Mascate (2006), Argel (2007) e Damasco (2008). Em 2009, foi designada Jerusalém como Capital da Cultura Árabe.
A visão da organização era que "a celebração de Jerusalém como Capital da Cultura Árabe 2009, tanto no...

«Um dia seremos o que queremos»
Mahmud Darwich
 
Em 29 de Novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a resolução 181 (II) que preconizava a partilha da Palestina em dois Estados - um judaico e um árabe - com um estatuto especial para Jerusalém, mas que jamais foi cumprida no que respeita à criação do Estado Palestino. Por isso, em 1977, 30 anos depois, a Assembleia Geral da ONU adoptou a resolução 32/40B que apelava à celebração do dia 29 de Novembro como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina.
 
No ano do 62º aniversário da resolução181, em resposta ao apelo da ONU, o MPPM assinala a efeméride com um conjunto de iniciativas, integradas nesta II SEMANA DA PALESTINA. Este ano, um verso de Mahmud Darwich, retirado do seu poema Mural, dá o tema à iniciativa.
 
A «SEMANA» começa no sábado, 21 de Novembro, às 21.30 horas, no Fórum Romeu Correia, Praça da Liberdade, em Almada, com um espectáculo de Dança intitulado «I Can't». Produzida em colaboração com a...
No passado dia 4 de Novembro, a União Europeia assinou com o Estado de Israel um novo acordo comercial, envolvendo o comércio de produtos agrícolas, frescos e transformados, e piscatórios. Este acordo, que entrará em vigor em 1 de Janeiro de 2010, traduz um significativo avanço no sentido da liberalização do comércio mútuo, e da integração económica de ambos os mercados.
 
A decisão da União Europeia no sentido do incremento das relações comerciais com o Estado de Israel surge no momento preciso em que o Governo de Israel intensifica a sua política de colonização e exploração dos territórios palestinos ocupados, numa atitude de claro desafio à comunidade internacional e de frontal violação do direito e da legalidade internacional.
 
Mau grado a generalizada condenação à sua política, sublinhada bem recentemente, durante a votação do relatório Goldstone sobre a ofensiva militar de Israel sobre Gaza no Comité de Direitos Humanos das Nações Unidas, o Governo de Benjamin Netanyahu e Avigdor...

«Um dia seremos o que queremos»
Mahmud Darwich

Em 29 de Novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a resolução 181 (II) que preconizava a partilha da Palestina em dois Estados - um judaico e um árabe - com um estatuto especial para Jerusalém, mas que jamais foi cumprida no que respeita à criação do Estado Palestino. Por isso, em 1977, 30 anos depois, a Assembleia Geral da ONU adoptou a resolução 32/40B que apelava à celebração do dia 29 de Novembro como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina.
No ano do 62º aniversário da resolução181, em resposta ao apelo da ONU, o MPPM assinala a efeméride com um conjunto de iniciativas, integradas nesta II SEMANA DA PALESTINA, associando-se também à celebração de Jerusalém - Capital da Cultura Árabe.
Este ano, um verso de Mahmud Darwich, retirado do seu poema Mural, dá o tema à iniciativa.
A "Semana" começa no Sábado, 21 de Novembro, às 21.30 horas, no Fórum Romeu Correia, em Almada, com um espectáculo de Dança...

Declaração conjunto do CPPC e do MPPM por ocasião do 30.º aniversário da «Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central: a Palestina», realizada em Lisboa entre 2 e 6 de Novembro de 1979
 
"Instaurar a paz na terra da paz"
Do discurso proferido pelo Presidente da OLP, Yasser Arafat, na Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central: a Palestina. 
Em Novembro de 1979, Lisboa foi a capital mundial da solidariedade com o povo da Palestina. Estava fresco, no ar, o aroma dos cravos que invadira de esperança as ruas e os campos de Portugal. O país abrira-se ao mundo, e o mundo descobrira, neste lugar, um povo amante da paz, empenhado na construção de um futuro de desenvolvimento, um povo fraterno e comprometido com a demanda dos homens e mulheres pela liberdade e a justiça. Foi aqui, entre os dias 2 e 6 de Novembro de 1979, que se realizou a Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central: a Palestina...
O MPPM agradece às seguintes entidades que deram o seu patrocínio ao Concurso Escolar «Paz para a Palestina»:
Na sequência da agressão israelita a Gaza, no inverno 2008-2009, foi constituída uma Coligação Internacional pelo Fim do Cerco Ilegal a Gaza que reúne pessoas de todas as crenças ou sem crença e se focaliza no respeito pelos direitos humanos em conformidade com o direito internacional.
Para assinalar o 1º aniversário da agressão israelita, a Coligação está a mobilizar a opinião pública internacional para organizar uma Marcha não violenta em conjunto com o povo de Gaza, no dia 31 de Dezembro, para reclamar o fim do bloqueio ilegal.
A Coligação concebe esta Marcha como parte de uma estratégia mais ampla para pôr fim, de forma não violenta, à ocupação israelita denunciando as suas flagrantes violações do direito internacional, tanto na demolição de casas e expansão dos colonatos, como no recolher obrigatório e na tortura.
A Direcção Nacional do MPPM, comprovando que esta iniciativa respeita os princípios e se insere nos objectivos do Movimento, decidiu dar-lhe o seu apoio, subscrevendo o...
O Comité das Nações Unidas para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino deliberou acreditar o MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, como Organização Não Governamental integrante da rede de organizações da sociedade civil activas na questão da Palestina.
Enquanto ONG acreditada, o MPPM adquire o direito de participar activamente nas reuniões e conferências organizadas sob os auspícios daquele Comité, bem como o dever de suportar o seu trabalho e objectivos.
Criado por um grupo de cidadãos portugueses que, desde 2004, vem promovendo acções de solidariedade com o Povo da Palestina, e tendo-se formalizado como associação em Agosto de 2007, o MPPM assume como referência os princípios da Constituição da República Portuguesa e a Carta das Nações Unidas, e tem como objectivo principal promover em Portugal, no plano da opinião pública, o apoio solidário à criação de um Estado da Palestina, independente e soberano, nos territórios ocupados...