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No próximo dia 29, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão reunir-se em Copenhaga. Na agenda não pode deixar de estar a situação catastrófica em Gaza, e o mundo espera que, desta vez, tenham a coragem de assumir medidas eficazes contra Israel.

«Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE falharam em 24 de Fevereiro e em 20 de Junho, não podem falhar novamente em 15 de Julho», dizia-se numa declaração conjunta que o MPPM subscreveu com mais 186 organizações sindicais, de direitos humanos e humanitárias europeias.

Mas falharam. Não obstante as inúmeras provas credíveis de genocídio e apartheid, incompatíveis com as exigências do Acordo de Associação com Israel, os MNE da UE protelaram, uma vez mais, a decisão de o suspender com base num pretenso «acordo humanitário» com Israel pomposamente anunciado pela vice-presidente e Alta-Comissária Kaja Kallas: «Na sequência das resoluções do Conselho de Ministros israelita e do diálogo construtivo entre a UE e Israel, foram...

Gaza atingiu a Fase 5 (Catástrofe/Fome) da Classificação Integrada da Segurança Alimentar (IPC) segundo revela um estudo agora divulgado. Mais de meio milhão de pessoas em Gaza estão confinadas numa situação de fome, marcada por inanição generalizada, miséria e mortes evitáveis. Prevê-se que as condições de fome se espalhem da província de Gaza para as províncias de Deir Al Balah e Khan Younis nas próximas semanas.

Num comunicado conjunto, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a UNICEF, o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reiteram o apelo para um cessar-fogo imediato e acesso humanitário sem obstáculos para conter as mortes por fome e desnutrição.

Até o final de Setembro, mais de 640.000 pessoas enfrentarão níveis catastróficos de insegurança alimentar — classificados como Fase 5 do IPC — em toda a Faixa de Gaza. Outras 1,14 milhões de pessoas no território estarão em situação de emergência (Fase...

Para manter viva a memória das crianças de Gaza assassinadas por Israel, foram afixadas, em vários locais da cidade de Coimbra, nesta quinta-feira 21 de Agosto, faixas evocativas dos 18.276 menores vitimados pelo genocídio sionista.

Esta iniciativa vem na sequência do acto público realizado na tarde do dia 11 de Agosto, na Praça 8 de Maio, onde, simbolicamente, foram lidos os nomes de 510 crianças das mais de 18 mil assassinadas (bebés com menos de um ano, foram mortos 937) e foram colocadas faixas com os nomes de mais 2000 crianças mortas.

Ambas as iniciativas foram promovidas pelos Núcleos de Coimbra do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), do Projecto Ruído, do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e pela União dos Sindicatos de Coimbra (USC/CGTP-IN).

A actriz israelita Gal Gadot — uma das maiores propagandistas em Hollywood do Estado genocida de Israel — atribui às campanhas de solidariedade com a Palestina a responsabilidade pelo falhanço financeiro do filme «Branca de Neve» 

Um remake do filme «Branca de Neve» em acção real, produzido pela Disney e com Gal Gadot no papel de Rainha Má, estreou em 20 de Março passado. Na altura, o MPPM secundou o apelo que o colectivo Film Workers For Palestine (FW4P) lançou aos cinéfilos de todo o mundo para que boicotassem todas as projecções dos filmes “Capitão América: Admirável Mundo Novo”, da Marvel, e “Branca de Neve”, da Disney, que têm no elenco actrizes israelitas identificadas como activas propagandistas do regime sionista. «Ambos os filmes são tentativas da Marvel e da Disney para normalizar o racismo anti-palestino e encobrir a carnificina de Israel em Gaza», denunciava o FE4P).

Agora, em entrevista ao programa «The A Talk» da televisão israelita, citada pela Variety e pelo Hollywood...

No dia 9 de Outubro de 2023, o ministro da Defesa de Israel de então, Yoav Gallant, declarou, “ordenei um bloqueio completo à Faixa de Gaza. Não haverá electricidade, nem alimentação, nem combustível, tudo está encerrado. Estamos a lutar contra animais humanos e agimos em consonância”. 

Era o tempo em que dirigentes mundiais, de Biden a Von der Leyen, de Macron a João Cravinho, à época ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, corriam para os braços de Netanyahu, proclamando que Israel tinha o direito de se defender. Acrescentavam que tudo devia ser feito nos limites do direito internacional humanitário, sabendo que Israel sempre rejeitara a aplicação das convenções de Genebra aos territórios palestinos ocupados em 1967. Nas televisões e nos jornais, justificava-se a ofensiva que Israel se preparava para lançar sobre Gaza e de cujos objectivos não fazia segredo. Herzog, o presidente de Israel, referindo-se à população palestina, dizia no dia 13 de Outubro de 2023: “é a nação...

Cinquenta voluntários em dez horas não conseguiram ler metade dos nomes das 18.726 crianças palestinas assassinadas por Israel na Faixa de Gaza, onde uma criança é morta a cada 40 minutos. Tal é a dimensão do horror que se abate sobre o povo palestino, que impressionou vivamente todos os que estiveram ou passaram ontem pelo Rossio, em Lisboa, mas não parece demover os cúmplices e aliados do Estado genocida de Israel.

A iniciativa foi promovida por CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído e contou com a adesão de muitos colectivos e figuras públicas. Entre as 10 e as 20 horas foram lidos os nomes de crianças, começando com os de bebés que ainda nem sequer eram nascidos em 7 de Outubro de 2023. Roupas e brinquedos de criança evocavam os sonhos nunca concretizados. Listas de nomes e fotografias eram amostras simbólicas das vidas ceifadas por Israel.

Pessoas que passavam inteiravam-se do que se estava a passar e manifestavam a sua solidariedade. Mas houve quem não arredasse pé durante todo o dia...

Os amantes da paz e do desporto sentem-se ultrajados com a participação na Volta a Portugal em bicicleta — uma das mais populares competições desportivas que se realizam no nosso país — da equipa Israel Premier Tech Academy que se assume como «embaixadora» de um Estado acusado pelo crime de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça e reconhecidamente responsável por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, e não compreendem como é possível que a UCI mantenha a licença desta equipa.

O papel da Israel Premier Tech no branqueamento desportivo de Israel não é escondido pelos seus proprietários. Ron Baron descreve a iniciativa como uma forma de «diplomacia desportiva». Sylvan Adams, embora dizendo que a equipa é apolítica e não um projecto governamental, reconhece receber financiamento do organismo nacional de turismo. E não tem dúvidas em classificar a agressão de Israel à Palestina como «o bem contra o mal e a civilização contra a barbárie», e em considerar que as actividades...

Entre 6 e 17 de Agosto corre-se a 86ª Volta a Portugal em Bicicleta, uma das mais populares competições desportivas que se realizam no nosso país. Vão estar em prova catorze equipas animadas pelos elevados valores que o desporto encerra e uma equipa — a Israel / Premier Tech Academy — que se assume como embaixadora de um Estado acusado pelo crime de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça e reconhecidamente responsável por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Os portugueses amantes do desporto, todos os portugueses, não podem compactuar com uma equipa que, longe de representar um projecto desportivo, é antes um instrumento da propaganda israelita para branqueamento dos seus crimes de genocídio, de colonização e de apartheid.

Criado em 2014, como Academia de Ciclismo de Israel, o projecto tinha o propósito declarado de desenvolver o desporto no país, formando jovens talentosos. Mas, a breve prazo, com a entrada do multimilionário israelo-canadiano Sylvan Adams, o...

O Conselho Geral da Universidade de Évora aprovou, no passado dia 29 de Julho, uma moção de solidariedade com o povo palestino, de condenação do genocídio na Faixa de Gaza, de apelo ao fim da violência e de solidariedade com as vítimas de perseguições por expressarem a sua opinião sobre o genocídio. A moção expressa a disponibilidade da Universidade de Évora para apoiar o processo de reconstrução do sistema de Ensino Superior e Ciência da Palestina e apela a todas as instituições de ensino superior e investigação nacionais para que, seguindo o exemplo das Universidades de Évora, da Nova de Lisboa, do Minho e do CES/Coimbra, se juntem na denúncia e repúdio pelo genocídio perpetrado por Israel.

Moção de Solidariedade do Conselho Geral da Universidade de Évora

No momento em que a ofensiva militar de Israel contra a Palestina provoca, nas estimativas mais baixas, mais de 50 000 mortos, chegando, segundo a revista médica Lancet, a ultrapassar os 186 mil palestinianos mortos por Israel na...

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – reafirma, perante o anúncio de que Portugal, assim como diversos outros países, poderá vir a reconhecer o Estado da Palestina, a urgência e a necessidade de que esse reconhecimento seja pleno, imediato e incondicional, corresponda ao reconhecimento de um Estado palestino independente, contínuo, viável  e soberano, nas fronteiras anteriores a 1967 e com Jerusalém Oriental como capital, conforme determinam o direito internacional e as resoluções das Nações Unidas.

Ao contrário do que tem sido afirmado, nomeadamente pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o reconhecimento do Estado da Palestina não pode ser condicionado ao cumprimento de exigências arbitrárias, discriminatórias e de espírito profundamente colonial, como sejam a condenação e desarmamento da resistência palestina, a realização de eleições sob ocupação militar, a aceitação de um «Estado...