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A final do Festival da Eurovisão, esta noite em Tel Aviv, tem lugar na mesma semana em que se assinalou o 71.º aniversário da Nakba («catástrofe», em árabe), a expulsão da população autóctone palestina levada a cabo por ocasião da fundação de Israel.

A própria sala onde decorre o Festival está situada em terrenos que pertenciam a uma aldeia palestina demolida por Israel: Al-Shaykh Muwannis, ocupada pelas milícias sionistas em Março de 1948 — ou seja, meses antes da proclamação da independência de Israel e da guerra com os países árabes que habitualmente é apresentada como pretexto para a expulsão dos palestinos. Vários dos seus habitantes foram mortos, os outros foram expulsos e as suas terras expropriadas.

E a umas centenas de metros daí, a Universidade de Tel Aviv está construída sobre as próprias ruínas das casas de Al-Shaykh Muwannis, e o seu Clube de Professores ocupa a «Casa Verde», que era propriedade de Abu Kheel Ibrahim.

Não se trata de uma casualidade. O Estado de Israel está...

«O nosso povo não vai desistir, vai resistir, e tem o povo português a seu lado», garantiu Nabil Abuznaid, Embaixador da Palestina, na sessão com que o MPPM assinalou o 71.º aniversário da Nakba palestina e que encheu por completo a vasta sala da Casa do Alentejo.

Deolinda Machado, dirigente da CGTP-IN e da LOC-MTC, destacou as guerras e ameaças à paz e as suas consequências para os trabalhadores e restantes populações, levando-as a engrossar as correntes de migrantes.

A última intervenção pertenceu a Jorge Cadima, da Direcção Nacional do MPPM, que frisou que, sete décadas passadas, a Nakba continua e que uma nova limpeza étnica dos palestinos pode estar no horizonte.

«Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar», recordou-nos Francisco Fanhais, que se associou a este evento partilhando com a assistência algumas canções do seu reportório.

A finalizar, o Coro da Achada interpretou canções baseadas em poemas de Bocage, Mário Dionísio e José Afonso, intercalando com uma canção basca e...

Pelo menos 65 manifestantes palestinos foram feridos a tiro por forças israelitas nesta quarta-feira, durante protestos na Faixa de Gaza cercada para assinalar o 71.º aniversário da Nakba.

Milhares de palestinos da Faixa de Gaza, sujeita a um criminoso bloqueio israelita há 12 anos, manifestaram-se junto à vedação com que Israel isola o pequeno território para exigir o direito de retorno dos refugiados (dois terços dos habitantes de Gaza são refugiados) às suas terras de origem, no território actual de Israel, de onde foram expulsos na campanha de limpeza étnica que acompanhou a formação do Estado sionista, em 1948.

As forças israelitas abriram fogo e dispararam bombas de gás lacrimogéneo em direcção aos manifestantes.

Fontes médicas confirmaram que 65 palestinos, incluindo 22menores e cinco mulheres, foram feridos por balas reais, enquanto dezenas de outros sofreram sufocação severa devido à inalação de gás lacrimogéneo. As forças israelitas, incluindo atiradores de elite, foram...

No momento em que se assinala o 71.º aniversário da Nakba, a 15 de Maio, o povo palestino enfrenta perigos imensos e vive uma das mais graves situações desde a criação do Estado de Israel. O anunciado «acordo do século» visa legitimar a política anexionista de Israel com o seu cortejo de prisões, mortes, destruição, espoliação. Os refugiados são ignorados, continua o criminoso bloqueio a Gaza, prossegue em ritmo acelerado a construção de colonatos ilegais e a expulsão de palestinos de Jerusalém Oriental. A «Lei do Estado-Nação» consagra a discriminação dos cidadãos palestinos de Israel.

Nakba («catástrofe» em árabe) é o termo que designa a limpeza étnica da população palestina autóctone nos meses que antecederam e se seguiram à fundação de Israel, em 1948. Mais de 500 aldeias foram destruídas, mais de 750 000 palestinos foram expulsos das suas terras, transformando-se em refugiados. Pela violência, os sionistas ocuparam o território onde constituiriam o seu Estado — que excedeu em muito...

A agência da ONU de assistência aos refugiados palestinos (UNRWA) informou nesta segunda-feira que mais de um milhão de palestinos da Faixa de Gaza podem estar condenados a passar fome se não conseguir reunir 60 milhões de dólares de donativos até o próximo mês de Junho.

«A menos que a UNRWA consiga obter pelo menos 60 milhões de dólares adicionais até Junho», sublinha a agência num comunicado, «será severamente afectada a sua capacidade de continuar a fornecer alimentos a mais de um milhão de refugiados palestinos em Gaza, incluindo cerca de 620 000 pessoas em situação de pobreza extrema (aqueles que não conseguem cobrir as suas necessidades básicas de alimentos e que tem de sobreviver com 1,6 dólares por dia) e quase 390 000 em pobreza absoluta (aqueles que sobrevivem com cerca de 3,5 dólares por dia).»

A UNRWA é financiada quase inteiramente por contribuições voluntárias, e o crescimento das necessidades superou o aumento do apoio financeiro.

Os EUA eram o maior contribuinte para a...

Milhares de pessoas desfilaram pelo centro de Londres no sábado para reclamar uma Palestina livre, o fim da ocupação israelita dos territórios palestinos e dos ataques a Gaza.

A manifestação, organizada pela Palestine Solidarity Campaign, com o apoio da Stop the War Coalition e de várias outras associações e sindicatos, assinalou o 71.º aniversário da Nakba («catástrofe» em árabe), a limpeza étnica da população palestina por ocasião da criação de Israel. Este ano a comemoração da Nakba desenrola-se num clima particularmente ameaçador, já que coincide com os planos estado-unidenses de um «acordo do século» que significaria a total abdicação pelos palestinos dos seus inalienáveis direitos nacionais. 

Durante o desfile os manifestantes exigiram a libertação da Palestina, o direito de retorno para os refugiados palestinos e o fim dos «ataques sem precedentes por Israel contra os palestinos».

Na manifestação participou também a jovem palestina Ahed Tamimi, que se tornou um símbolo da...

O ministro dos Negócios Estrangeiros palestino, Riyad Al-Maliki, afirmou na quinta-feira que o anunciado plano de paz dos EUA é um acordo para forçar os palestinos à rendição.

Falando numa reunião informal do Conselho de Segurança da ONU para discutir a construção de colonatos israelitas ilegais nos territórios palestinos ocupados, Al-Maliki criticou o chamado «acordo de paz» dos EUA, sublinhando que todas as indicações são de que o seu conteúdo serão «condições para a rendição».

A administração estado-unidense disse que vai revelar o seu «plano de paz», a que chama «acordo do século», depois de terminado o mês sagrado muçulmano do Ramadão, no começo de Junho.

«Quando os EUA, antes de anunciarem o seu plano, reconhecem Jerusalém como a chamada  “capital de Israel” e afirmam que têm o direito de tomar essa decisão soberana que está viola de modo flagrante o direito internacional e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e fingir que isso não tem implicações na paz, não é possível ter...

Artigo publicado no Público em 10 de Maio de 2019

O primeiro-ministro Netanyahu diz que “Israel é o Estado-nação dos judeus — e apenas deles”. E a lei diz que a estrela de David é um “símbolo nacional”. Por isso é natural que os cartoons políticos os usem.

Há dias, Esther Mucznik, estudiosa de temas judaicos, perguntou: “Num cartoon de crítica política com a caricatura de Theresa May, Emmanuel Macron ou Marcelo Rebelo de Sousa, seriam utilizados os símbolos cristãos?”

Provavelmente não. Quando os cartoonistas vestem May de bandeira britânica — que é quase sempre —, na prática põem-na a carregar três cruzes cristãs (de São Jorge, Santo André e São Patrício, padroeiros do Reino Unido), mas não é por isso que pensamos em Jesus Cristo.

Vemos May com um avental-Union Jack, uma touca-Union Jack, um pin-Union Jack, um cobertor-Union Jack e não pensamos na simbologia cristã, embora ela lá esteja, como não pensamos em sexo quando a vemos na cama com Jeremy Corbyn, ou na morte quando tem a cabeça na...

Milhares de cidadãos palestinos de Israel marcaram esta quinta-feira o Dia da Nakba numa marcha para a aldeia palestina destruída de Khubbayza, no Norte de Israel.

Segundo informa o jornal israelita Haaretz, trata-se da 22.ª vez que em Israel se realiza uma «marcha de retorno». Embora a data oficial do Dia da Nakba seja 15 de Maio, a marcha realiza-se anualmente no Dia da Independência de Israel (a independência de Israel foi proclamada a 14 de Maio de 1948, segundo o calendário gregoriano; porém, em Israel as comemorações ocorrem no dia 5 de Iyar do calendário judaico, que é de base lunissolar, sendo por isso uma data móvel). A marcha tem lugar de cada vez numa aldeia palestina diferente demolida em 1948.

Na marcha participaram também judeus anti-sionistas.

«Nakba» («catástrofe» em árabe) é a palavra que os palestinos usam para descrever a limpeza étnica da população palestina autóctone nos meses que antecederam e se seguiram à fundação de Israel, em 1948. Mais de 750 000 palestinos...

Desde a criação do Estado de Israel foram presos um milhão de palestinos, o equivalente a um quinto da população. A questão dos presos políticos é nuclear para os palestinos e tem de estar em cima da mesa em qualquer solução política da questão. A prisão e detenção de palestinos que vivem nos Territórios Palestinos Ocupados (TPO) é regida por um vasto conjunto de regulamentos militares que governam todos os aspectos da vida civil dos palestinos e criminalizam muitos aspectos da sua vida cívica.

Nesta Folha Informativa descrevemos a violência e arbitrariedade do tratamento dado aos presos palestinos pelas autoridades da ocupação tais como: julgamento em tribunais militares; tortura e maus-tratos; detenção prolongada sem acusação nem culpa formada; prisão em isolamento; negligência médica; restrições de visitas de familiares; condições inadequadas para mulheres e menores; perseguição aos deputados palestinos e aos activistas de direitos humanos; punição colectiva de familiares e vizinhos...