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Forças repressivas israelitas dispersaram dezenas de palestinos que protestavam contra a  planeada demolição por Israel de dezenas de casas no bairro de Sur Baher, na parte Jerusalém Oriental sob controlo da Autoridade Palestina.

Dezenas de palestinos reuniram-se no sábado em Sur Baher em solidariedade com os donos das casas ameaçadas de demolição.

As forças repressivas israelitas dispararam gás lacrimogéneo e granadas atordoantes para dispersar a manifestação, afirmaram testemunhas no local citadas pela agência Associated Press.

Sur Baher localiza-se no sudeste de Jerusalém Oriental, na Cisjordânia ocupada. O bairro está cortado ao meio pelo Muro ou barreira de separação, apesar de todo ele se encontrar já fora dos limites do município israelita de Jerusalém (que, ilegalmente, inclui também Jerusalém Oriental).

Uma parte de Sur Baher ficou do lado oeste («israelita»), ainda que legalmente faça parte, como todo o bairro, da «Área A» da Cisjordânia, que segundo os Acordos de Oslo está sob o...

Mais de 100 palestinos foram esta sexta-feira feridos na Faixa de Gaza pelas forças israelitas, que dispararam balas reais e de borracha contra os milhares de manifestantes que participavam na 67.a sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, informou o Ministério da Saúde do território.

Cinquenta dos feridos foram atingidos por balas reais e 52 outros por balas de aço revestidas de borracha. Entre os feridos contam-se quatro paramédicos e dois jornalistas.

Dezenas de manifestantes também sofreram os efeitos da inalação do gás lacrimogéneo disparado pelas forças israelitas.

Segundo a agência palestina WAFA, mais de 300 palestinos foram mortos e cerca de 18 000 foram feridos pelas forças israelitas desde o início da Grande Marcha de Retorno, em 30 de Março de 2018. Os manifestantes exigem o fim do bloqueio israelita à Faixa de Gaza e o direito de retorno dos refugiados palestinos aos lugares de onde foram expulsos na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas em 1948...

Um preso palestino mantido em isolamento numa cadeia israelita morreu esta terça-feira, pouco mais de um mês após a sua detenção.

Nassar Majid Taqatqa, de 31 anos, foi preso em 19 de Junho, depois de forças especiais israelitas invadirem a casa da sua família na aldeia de Beit Fajjar, a sul Belém, na Cisjordânia ocupada.

Segundo informações divulgadas pelo Clube dos Presos Palestinos, a sua morte ocorreu em resultado de tortura.

Após ser preso, Taqatqa foi transferido para o centro de interrogatórios de Maskubiya e depois para o centro de interrogatórios de Jalameh. Segundo os seus companheiros de prisão, a sua saúde deteriorou-se rapidamente devido aos constantes interrogatórios.

Em 9 de Julho foi transferido para uma cela na seção «Maabar» do centro de detenção de Megiddo. Ele foi severamente espancado pelos guardas prisionais e acorrentado à cama. Na quinta-feira passada, 11 de Julho, a administração penienciária recusou-se a transferi-lo para secções públicas sob o pretexto de que...

As forças de ocupação israelitas prenderam 2759 palestinos durante os primeiros seis meses deste ano, incluindo 446 menores e 76 mulheres, informaram esta segunda-feira grupos de defesa dos presos palestinos.

Segundo noticia a agência palestina WAFA, um documento conjunto da Comissão de Assuntos dos Presos, da Sociedade dos Presos e da Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos) informa que o número de presos palestinos encarcerados em prisões israelitas em 30 de Junho era de 5500, incluindo 43 mulheres e 220 menores, havendo cerca de 500 palestinos mantidos em detenção administrativa.

O odioso regime da detenção administrativa, que permite ao exército israelita deter uma pessoa sem julgamento nem acusação por um período de até 6 meses, renovável indefinidamente, foi criado pelo colonialismo britânico durante o período do Mandato Britânico (1923-1948) na Palestina.

Entretanto, sete palestinos mantidos em detenção administrativa continuam em greve de fome pelo fim de sua...

Um rapazinho palestino de 10 anos foi nesta sexta-feira atingido na cabeça por uma bala real disparada por forças israelitas durante o protesto semanal contra o Muro de separação em Kafr Qaddum, na Cisjordânia ocupada.

O pequeno Abdul-Rahman Yasser Shtewi foi levado pelo Crescente Vermelho Palestino para o Hospital Rafidia em Nablus. Segundo o Ministério da Saúde, o seu estado é crítico.

Morad Ashtwei, um dos promotores dos protestos contra o Muro, afirmou ao jornal israelita Haaretz que o rapazinho de 10 anos que foi gravemente ferido estava a seguir a manifestação apenas «por curiosidade» e «não estava a fazer mal a ninguém» quando foi baleado. O exército israelita «usa balas de borracha e outros meios perigosos» para ferir os participantes nos protestos, acrescentou.

Desde Julho de 2011 que os palestinos de Kafr Qaddum, no Norte da Cisjordânia ocupada, realizam manifestações semanais à sexta-feira em protesto contra o encerramento da principal estrada de acesso à localidade. Desde 2003...

Quinze anos depois o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) considerar ilegal o Muro do apartheid que Israel começara a construir na Cisjordânia e em Jerusalém ocupados, o Muro continua de pé e a sua construção prossegue.

Há 15 anos, em 9 de Julho de 2004, uma opinião consultiva do Tribunal Internacional de Justiça (ICJ) concluiu que o muro era ilegal. O órgão judiciário da ONU exigiu o fim da construção do muro e declarou que violava o direito internacional, decidindo também que deveriam ser pagas aos palestinos indemnizações pelos danos causados.

O TIJ exortou os seus Estados membros a «não reconhecerem a situação ilegal resultante da construção do muro no território palestino ocupado, incluindo em Jerusalém Oriental e ao seu redor» e «a não prestar ajuda ou assistência para manter a situação criada por tal construção».

Os juízes alertaram que o Muro — a que Israel chama «barreira de segurança» — equivalia a uma anexação de facto de território palestino.

Mas Israel ignorou a decisão do...

Neste dia 8 de Julho, há cinco anos, Israel lançou uma das suas mais mortíferas ofensivas militares contra a Faixa de Gaza, que designou por «Operação Margem Protectora». A agressão causou 2251 mortos, 500 dos quais crianças, e mais de 11 000 feridos, segundo fontes palestinas e da ONU.

Nas primeiras 48 horas da operação, Israel lançou 400 toneladas de bombas sobre Gaza. Nas semanas seguintes, lançou cerca de 6000 ataques aéreos sobre o minúsculo território palestino, de apenas 365 km2.

Os bombardeamentos causaram cerca de 500 000 deslocados dentro da Faixa de Gaza — encurralados numa verdadeira prisão a céu aberto, os palestinos alvejados nem sequer tinham a possibilidade de fugir. Cerca de 300 000 civis foram forçados a procurar refúgio nas escolas da UNRWA, a agência da ONU de assistência aos refugiados palestinos, que constituem 70% da população do território. A electricidade para os hospitais foi cortada, privando milhares de pessoas de assistência médica básica.

Os rockets que o...

A série áudio-documental Palestina, histórias de um país ocupado, de Ricardo Esteves Ribeiro, foi a vencedora do prémio Gazeta Revelação 2018, uma das categorias dos mais importantes prémios do jornalismo português.  «O trabalho, gravado entre Ramallah, Hebron, Belém e Jerusalém, dá voz a quem resiste à ocupação israelita, com a indispensável contextualização histórica», diz o comunicado do Clube dos Jornalistas, entidade responsável pelos prémios. A reportagem distinguida foi publicada em seis episódios, entre 15 de Maio de 2018 e 2 de Agosto de 2018, na plataforma digital Fumaça. «A reportagem foi realizada em setembro de 2017. Durante dez dias, o Ricardo Esteves Ribeiro e a Maria Almeida estiveram entre Ramallah, Belém, Hebron e Jerusalém para perceberem como vive a Palestina ocupada», informa o comunicado publicado no site da Fumaça. «Dessa viagem saiu a primeira grande investigação Fumaça. Contámos as vidas e as voltas de uma usurpação, através das vozes de quem lhe resiste.»  O...

O Ministério da Defesa de Israel começou há uma década a retirar dos arquivos e a esconder documentos relacionados com crimes contra os palestinos durante a Nakba de 1948, revela o jornal israelita Haaretz.

Num longo artigo, o Haaretz informa que equipas anónimas do Ministério da Defesa têm escondido sistematicamente centenas de documentos, numa tentativa de esconder provas documentais da Nakba.

Nakba (Catástrofe, em árabe) é o termo que designa a limpeza étnica, em 1948, de cerca de 750 000 palestinos, forçados a abandonar as suas casas e propriedades por grupos armados sionistas, e mais tarde pelo exército de Israel, que cometeram massacres e destruíram e esvaziaram dos seus habitantes centenas de aldeias e cidades palestinas. Os refugiados palestinos foram e são impedidos por Israel de retornar às suas casas, apesar das resoluções da ONU que o determinam.

O Ministério da Defesa dá também especial atenção a documentos relacionados com o programa nuclear — Israel é a única potência...

A actriz Maria do Céu Guerra, presidente do MPPM, foi galardoada com o prémio «Actress of Europe — 2019» pelo Festival Internacional de Teatro.

Maria do Céu Guerra receberá o prémio no sábado, na abertura do festival, que decorrerá no Lago de Prespa, nos Balcãs, na fronteira entre a Macedónia, a Albânia e a Grécia.

O prémio de honra «Actress of Europe» é atribuído desde 2003 para reconhecer o percurso artístico de uma personalidade do teatro e o contributo criativo para a memória colectiva da civilização europeia, lê-se na página oficial do festival.

Trata-se de um justíssimo reconhecimento da sua luta incansável pela dignificação do teatro — e da cultura — em Portugal, quer enquanto actriz quer como autora, encenadora ou gestora, e isto sem nunca trair os princípios que sempre a orientaram.

Maria do Céu Guerra é uma mulher de causas, e a causa da defesa dos direitos do povo palestino é certamente uma das que desde há muitos anos ocupam um lugar especial no seu afecto.

Para o MPPM é uma...