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A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou um Voto de condenação do massacre de palestinianos pelas autoridades israelitas, apresentado pelos deputados municipais Cláudia Madeira e Sobreda Antunes, do Partido Ecologista Os Verdes. O MPPM saúda esta manifestação de repúdio da violenta e brutal repressão de manifestações pacíficas por Israel, e simultaneamente de solidariedade com a causa do povo palestino. É o seguinte o texto integral do Voto, aprovado na reunião da AML de 24 de Abril:
 
VOTO DE CONDENAÇÃO
Massacre de palestinianos pelas autoridades israelitas
No Dia da Terra, 30 de Março, o povo palestiniano evoca o dia  em  que  forças israelitas mataram seis palestinianos durante protestos contra o confisco de terras, em 1976, assinalando-se este ano o seu 42.o aniversário.

As tropas israelitas mataram hoje três palestinos junto à fronteira com a Faixa de Gaza cercada, em mais um episódio da sangrenta repressão pelo regime sionista de um protesto contra a ocupação e pelo direito de retorno dos refugiados.
Segundo um comunicado das forças armadas israelitas, soldados de Israel abriram fogo contra quatro manifestantes palestinos a leste de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, alegadamente porque os jovens palestinos pretendiam «atravessar a barreira de segurança» em direcção a Israel.
O Ministério da Saúde de Gaza confirmou os disparos mortais, identificando duas das vítimas como Abdel Rahman Qudeih, de 23 anos, e Mohammed Abu Rayda, de 20.
Aumentou assim para 52 o número de mortos de manifestantes palestinos vítimas do fogo real das forças israelitas desde o início dos protestos na fronteira da Faixa de Gaza, em 30 de Março.

O Conselho Nacional Palestino, órgão supremo da Organização de Libertação da Palestina, com 740 membros, reuniu-se em sessão ordinária entre os dias 30 de Abril e 4 de Maio, em Ramala, na Cisjordânia ocupada. 
Estatutariamente o CNP deveria reunir-se anualmente, mas de facto esta foi primeira sessão ordinária desde 1996. Em 2009 realizou-se uma reunião extraordinária para preencher vagas entretanto surgidas, por incapacidade ou falecimento, no Comité Executivo da OLP.
A sessão foi ensombrada pela recusa de participar de mais uma centena de membros e pela ausência da Frente Popular para a Libertação da Palestina, fundadora e segunda força mais importante da OLP, a seguir à Fatah, que não participou por discordar do momento e local da reunião, sublinhando a necessidade de reconstruir a OLP com base na inclusão, na democracia e no compromisso com a resistência.

O Ministério da Saúde de Gaza informou, num balanço às 20h00 locais, que durante as manifestações da Grande Marcha de Retorno ao longo da fronteira da Faixa de Gaza cercada com Israel, mais de 1140 pessoas necessitaram de cuidados médicos, incluindo pelo menos 149 menores e 78 mulheres. Entre os feridos, 83 foram vítimas de balas reais. Três dos feridos estão em estado crítico.
É a primeira sexta-feira desde o início dos protestos em que nenhum palestino foi morto por forças israelitas.
Milhares de palestinos começaram desde as primeiras horas da manhã a manifestar-se nos cinco campos erguidos ao longo da fronteira leste de Gaza. Tratou-se da sexta semana consecutiva dos protestos da «Grande Marcha do Retorno», em que milhares de palestinos manifestam de forma pacífica o seu apoio ao direito colectivo dos refugiados de retornarem às suas terras de origem no território que hoje é Israel. Setenta por cento dos habitantes de Gaza são refugiados ou seus descendentes.

O Comité de Solidariedade com a Palestina e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente organizarão, no dia 10 de Maio, pelas 21 horas, uma sessão pública na Culturgest com o historiador Ilan Pappe, que estará em Lisboa para participar na conferência internacional Beyond Planetary Apartheid promovida pelo Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa. A sessão, subordinada ao tema «Na era de Trump: Perigos e oportunidades para a Palestina» será moderada pelo jornalista José Goulão.

Pelo menos 49 palestinos foram mortos e mais de 6000 foram feridos a tiro pelas forças israelitas desde o lançamento da Grande Marcha de Retorno na Faixa de Gaza cercada, em 30 de Março.
O pesado balanço da sangrenta repressão das manifestações pacíficas por Israel foi dado a conhecer pelo Ministério da Saúde de Gaza, que informou que os seus hospitais receberam os corpos de 44 mortos, cinco dos quais menores, assinalando ao mesmo tempo que as forças de ocupação israelitas retêm os corpos de cinco palestinos mortos a tiro perto da cerca da fronteira.
Ashraf al-Qedra, porta-voz do ministério, declarou que até agora foram feridos 6793 palestinos, incluindo 701 menores e 225 mulheres. Dos feridos tratados nos hospitais de Gaza, 160 são feridos graves, 1944 moderados e 1899 ligeiros;

O MPPM associou-se à Festa dos Trabalhadores organizada pela CGTP-IN e pela USL, integrando o grande desfile entre o Martim Moniz e a Alameda.
Na Alameda, tivemos um stand em que apresentámos uma pequena exposição evocativa dos 70 anos da Nakba, para recordar que, sete décadas volvidas sobre a invenção do Estado de Israel, persiste o esforço de limpeza étnica por parte das forças sionistas, mas que se tem deparado com a resistência heróica de um povo que não desiste.
E para testemunhar o nosso apoio à luta do povo palestino, o MPPM, o CPPC, a CGTP-IN e o MDM vão promover uma concentração no próximo dia 14 de Maio, pelas 18 horas, no Largo do Camões, em Lisboa.

O Conselho Nacional Palestino iniciará amanhã, 30 de Abril, em Ramala, uma importante sessão. Órgão supremo da Organização de Libertação da Palestina, o CNP é composto por 740 membros e representa os palestinos da Palestina e da diáspora.
A importância desta reunião do CNP é realçada pelo facto de a última reunião ordinária ter ocorrido há mais de 20 anos (1996), tendo havido uma reunião extraordinária há nove anos (2009) para substituir membros entretanto falecidos do Comité Executivo da OLP.

As forças israelitas mataram hoje 3 palestinos e feriram pelo menos 833, enquanto milhares de pessoas participavam pela quinta semana consecutiva na «Grande Marcha do Retorno» ao longo da fronteira entre a Faixa de Gaza cercada e Israel, informou o Ministério da Saúde da Palestina.
Entre os feridos, dos quais pelo menos 174 por balas reais, contam-se quatro funcionários dos serviços de saúde e seis jornalistas.
A comissão organizadora dos protestos declarou que a manifestação desta semana seria dedicada à «juventude rebelde», para homenagear os milhares de jovens todas as semanas têm vindo protestar ao longo da vedação da fronteira. As manifestações continuam a ter o carácter de protesto de massas não violento.
Desde 30 de Março, data do início da «Grande Marcha do Retorno», 42 palestinos foram mortos e 5511 ficaram feridos pela repressão dos protestos, informou na terça-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).

O jornalista palestino Ahmed Abu Hussein sucumbiu ontem aos ferimentos infligidos por um atirador de elite do exército israelita enquanto cobria as manifestações da «Grande Marcha do Retorno» na Faixa de Gaza cercada.
Ao seu funeral, realizado hoje, 26 de Abril, acorreram centenas de palestinos.
O jornalista foi atingido a tiro na sexta-feira 13 de Abril, vindo a falecer no dia 25 de Abril num hospital israelita, informa o Ministério da Saúde de Gaza.
Abu Hussein foi alvejado por atiradores especiais israelitas, apesar de estar a uma distância de 350 metros da vedação de separação entre a Faixa de Gaza e Israel — superior portanto à distância de 300 metros estabelecida pelo exército de ocupação. Além disso, um vídeo amador mostra que quando foi baleado o jornalista usava um colete de protecção com a palavra «Press» e um capacete marcado com as letras «TV».

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