Actualidade

Várias centenas de pessoas participaram no Cordão Humano de solidariedade com a Palestina, realizado em Coimbra, neste dia1 de Julho.

Depois de percorridas algumas das ruas centrais da cidade, realizou-se uma concentração final na Praça 8 de Maio na qual, após a intervenção de Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM, foi apresentada e aprovada, por unanimidade e aclamação uma Moção que, no essencial, reitera a denúncia e condenação do genocídio perpetrado por Israel contra o Povo Palestino, assim como as suas acções agressivas contra outros povos no Médio Oriente. É reafirmada a solidariedade com o Povo Palestino e a sua justa causa nacional, exigindo que o governo português a condenação e acção pelo fim dos massacres e do genocídio, o empenhamento na obtenção de um cessar-fogo real, imediato e permanente e na entrada sem restrições de toda a ajuda humanitária.

Foi ainda exigido: o reconhecimento do Estado da Palestina, o fim da ocupação dos territórios da Palestina, ilegalmente ocupados...

A história de vida de Amjed Tantesh, o professor de natação que sonhava levar uma equipa palestina aos Jogos Olímpicos, mas que está a enfrentar diariamente a morte na Faixa de Gaza, ganhou o One World Media Award 2025 na categoria Podcast & Rádio.

A reportagem «Encontrando liberdade na água: o professor de natação de Gaza», produzida por Louise Morris, foi pela primeira vez apresentada no programa Outlook do BBC World Service em 24 de Abril de 2024:

«De um campo de refugiados em Rafah, Amjed Tantesh está determinado a retomar as aulas de natação assim que a guerra terminar. Conversámos com Amjed pela primeira vez há um ano sobre a sua paixão pela água e a ambição de treinar a próxima geração de aspirantes olímpicos de Gaza, mas à medida que ele reconstruía piscina após piscina, ao longo de décadas de conflito, a sua iniciativa de natação encontrou o seu verdadeiro propósito: ajudar as crianças a curar os seus traumas. Neste programa, ouvimos como a vida de Amjed mudou drasticamente...

O MPPM correspondeu ao convite do movimento Póvoa pela Palestina e esteve presente na vigília realizada na Praça do Almada, na Póvoa de Varzim, na noite de sexta-feira 20 de Junho, tendo havido uma intervenção da sua representante Elsa Silva.

O evento registou também intervenções dos organizadores e de membros do PS, do PCP e do BE. Houve ainda leitura de poemas, nomeadamente pelo arquitecto J. J. Silva Garcia, que leu um poema seu, e por Elsa Silva que leu o poema “Uma menina” de João Pedro Mésseder.

Culminou este encontro a exigência colectiva do imediato cessar-fogo, a libertação do povo palestino, a responsabilização de Israel pelos crimes de guerra que comete e o reconhecimento imediato do Estado da Palestina.

Póvoa Pela Palestina assegura que “segue na acção de cada uma das pessoas presentes que usa a sua voz como alerta e, nas palavras de Raffef Ziadah, ‘ensina vida’”.


Fotos: MPPM e Póvoa pela Palestina

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – condena veementemente o ataque militar esta noite levado a cabo pelos Estados Unidos contra o Irão. Trata-se de uma escalada gravíssima da guerra desencadeada pela agressão israelita no passado dia 13. 

Este ataque constitui uma violação flagrante do direito internacional e da soberania do Irão, agravando de forma dramática a tensão na região e contribuindo para um cenário de potencial guerra generalizada a todo o Médio Oriente, com consequências imprevisíveis para os povos da região e do mundo.

Com esta acção os Estados Unidos põem definitivamente a descoberto o seu papel de apoio incondicional a Israel e assumem-se como parte activa no conflito. Torna-se cada vez mais claro que o objectivo do governo de extrema-direita de Israel ao desencadear esta guerra era arrastar directamente para ela os Estados Unidos, visando no fundo não o programa nuclear iraniano mas sim uma «mudança de regime». 

É de sublinhar...

Cento e treze organizações sindicais, de direitos humanos e humanitárias, entre as quais o MPPM, tornam hoje pública uma declaração conjunta em que instam a União Europeia e os Estados Membros – cujos Ministros dos Negócios Estrangeiros se vão reunir na próxima segunda-feira – a suspender o Acordo de Associação UE-Israel com base no reiterado incumprimento por Israel da sua obrigação de respeitar os direitos humanos e os princípios democráticos.

Declaração conjunta sobre a revisão do Acordo de Associação UE-Israel

As organizações de direitos humanos e humanitárias e os sindicatos abaixo assinados instam a UE a garantir que a revisão em curso do cumprimento por parte de Israel do artigo 2.º do Acordo de Associação UE-Israel seja exaustiva, abrangente e credível.

O artigo 2.º estabelece que o respeito pelos direitos humanos e pelos princípios democráticos constitui um «elemento essencial» do acordo. Perante as provas esmagadoras dos crimes atrozes e outras violações graves dos direitos...

Nesta terça-feira 17 de Junho, em que no Parlamento se discutia o programa do governo – omisso em compromissos com a Palestina –, milhares de pessoas voltaram a manifestar-se em Lisboa num grande desfile que teve início no Largo de Camões e culminou numa concentração frente à Assembleia da República.

O apelo lançado por CGTP-IN, CPPC, MPPM e Projecto Ruído, a que aderiram muitas outras organizações e colectivos, reclamava o fim do genocídio e o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal.

Frente à Assembleia da República, com apresentação de Isabel Medina, André Levy leu uma mensagem de Mahmoud Issa Abu Marcel, palestino que esteve 27 anos preso nas cadeias de Israel, dirigida a esta manifestação.

Seguiram-se intervenções de Isabel Camarinha (CPPC), Mariana Metelo (Projecto Ruído), Carlos Almeida (MPPM) e Tiago Oliveira (CGTP-IN).

Foi então posta a votação uma moção que foi aprovada por unanimidade e aclamação.


Texto da intervenção de Carlos Almeida

Ali dentro, começou hoje a ser...

Na maior concentração de pessoas em solidariedade com a Palestina a que o Porto assistiu nos últimos anos (mais de 1300, em vigília, na Praça Humberto Delgado, na noite de 13 de Junho), reclamou-se o fim da ocupação e do genocídio perpetrado pelo governo de Israel e pelas suas forças militares, o cessar-fogo imediato e a entrada sem restrições da urgentíssima ajuda humanitária em Gaza. 

Criticou-se também, com veemência, a posição tíbia e cúmplice, quer dos governantes portugueses quer das instâncias europeias, em relação à chacina em curso, na Faixa de Gaza. O apoio militar, logístico e político dos EUA ao governo ultradireitista e ao regime colonialista e de apartheid de Israel foi igualmente contestado por diversos intervenientes.

A projecção da bandeira rubra e negra, verde e branca na fachada da Câmara, o simbólico acender de velas no chão formando a palavra Palestina, a música, o canto e a poesia pontuaram, com assinalável beleza e emotividade, uma iniciativa que teve mais de duas...

O MPPM condena energicamente o ataque militar que Israel desencadeou esta madrugada contra o Irão, uma agressão que viola de forma grosseira o direito internacional e a soberania do Irão. Este ataque, ilegal, ilegítimo e não provocado, inscreve-se na sistemática política belicista do Estado de Israel e põe em causa a segurança e a estabilidade de toda a região do Médio Oriente, com consequências gravíssimas e de dimensão imprevisível.

Esta agressão não teria sido possível sem a colaboração activa dos Estados Unidos da América e a complacência ou cumplicidade das potências europeias, que continuam a compactuar com as acções criminosas de Israel.

É inaceitável a narrativa hipócrita, que mais uma vez se repete, de não condenar o agressor e depois apelar à «contenção» de ambas as partes. Este discurso mascara a realidade dos factos e contribui para a normalização da violência israelita.

É igualmente inaceitável que o Irão continue a ser acusado de pretensões nucleares de tipo militar sem...

O MPPM expressa o seu repúdio e indignação pela agressão ao actor Adérito Lopes, levada a cabo por um bando de neonazis no dia de ontem, 10 de Junho, junto ao teatro A Barraca, a cujo elenco o actor pertence.

O MPPM tem-se afirmado sempre decididamente em favor dos princípios democráticos consignados na Constituição da República, que estatutariamente orientam a sua actividade. 

A acção do MPPM em prol de justiça para o povo palestino está intrinsecamente ligada ao combate contra a ideologia supremacista do sionismo e em favor da igualdade, independentemente da etnia, credo ou convicções. 

O MPPM manifesta a sua solidariedade a Adérito Lopes e envia também um abraço fraterno e solidário a Maria do Céu Guerra, presidente do MPPM e directora de A Barraca.


Foto: Adérito Lopes como Camões em «Amor é um fogo que arde sem se ver»

Como em cada ano no dia 10 de Junho, a Frente Anti-Racista promoveu uma manifestação contra o racismo e a xenofobia a que se associaram dezenas de outras organizações, entre as quais o MPPM.

No início, houve uma concentração frente ao nº 29 da Rua Garrett onde, há precisamente 30 anos, Alcindo Monteiro foi assassinado por um grupo neonazi. Seguiu-se o desfile até ao Largo do Carmo sempre proclamando «A nossa luta / em cada dia / é contra o racismo e a xenofobia».

Também a luta do povo palestino foi evocada porque a conjugação de todas as lutas pela liberdade e pelos direitos é essencial para enfrentar o crescente avanço das forças extremistas e os seus poderosos protectores. Por isso, se afirmou «Em cada cidade / em cada esquina / somos todos Palestina».