O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, informou os membros do gabinete de segurança interna, no domingo 22 de Janeiro, de que decidiu levantar todas as restrições à construção israelita em Jerusalém Oriental ocupada, relata o jornal israelita Haaretz, citando dois altos funcionários governamentais.Netanayhu acrescentou que, ao mesmo tempo que seriam promovidos os planos de construção em Jerusalém Oriental, pretende também avançar com a construção nos blocos de colonatos da Margem Ocidental ocupada.A decisão de Netanyahu foi um dos factores que convenceram os ministros do partido Lar Judaico (partido de extrema-direita, defensor dos colonatos, a que pertencem os ministros da Educação, Naftali Bennett, e da Justiça, Ayelet Shaked) a aceitar o adiamento da legislação que visa anexar o colonato de Ma'aleh Adumim (grande colonato de cerca de 40.000 habitantes, situado na Margem Ocidental, a poucos quilómetros a leste de Jerusalém). No final da reunião, o gabinete do primeiro...
Os cristãos têm a responsabilidade de se opor à construção de colonatos israelitas nos territórios palestinos, afirmaram bispos dos EUA, Canadá e Europa, segundo notícia do jornal católico britânico Catholic Herald do passado dia 19 de Janeiro.«Esta anexação de facto de terras não só prejudica os direitos dos palestinos em zonas como Hebron e Jerusalém Oriental, mas, como a ONU reconheceu recentemente, também põe em risco a possibilidade da paz», disseram os bispos que participaram esta semana na Coordenação da Terra Santa.D. Oscar Cantu, bispo de Las Cruces, Novo México, presidente da Comissão dos bispos dos EUA sobre Justiça Internacional e Paz, foi um dos 12 bispos que assinaram a declaração. O bispo D. Lionel Gendron, de Saint-Jean-Longueuil, Québec, representou os bispos canadianos. A declaração foi assinada por representantes do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, da Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia e da Conferência Episcopal Sul-Africana...
Exmo. Senhor Engenheiro António Guterres,Secretário-Geral da ONUSabemos que o mandato que agora começa será muito exigente.Os problemas do nosso planeta são dramáticos, e exigem uma acção urgente por parte da comunidade internacional.Talvez nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, os perigos de uma conflagração bélica entre as maiores potências nucleares do planeta tenham sido tão grandes.Para os povos do Médio Oriente, o flagelo da guerra é já uma realidade terrível. O Século XXI tem sido para eles um Século de sucessivas guerras, impostas ou alimentadas a partir do exterior, com inconfessáveis ambições de dominação económica.Países inteiros foram e estão sendo destruídos e fragmentados, os seus Estados destroçados. Para os povos, a guerra significa morte, destruição, o exílio forçado, no interior dos seus países ou em paragens mais distantes. Nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, foi tão elevado o número de refugiados e deslocados de guerra. Sabemos que conhece bem esta realidade...
Na quarta-feira, 18 de Janeiro,cerca de 5h da manhã, centenas de polícias israelitas chegaram à aldeia beduína de Umm al-Hiran, no Negev, acompanhando as autoridades israelitas que vinham proceder a demolições de casas. As forças israelitas usaram balas com ponta de esponja, gás lacrimogéneo e granadas atordoantes para reprimir violentamente os moradores e apoiantes que se tinham concentrado para resistir às demolições.Foi morto a tiro pelas forças israelitas um cidadão palestino de Israel, Yaqoub Moussa Abu al-Qian, de 47 anos, professor de matemática na escola secundária al-Salam, da vizinha cidade de Hura.Segundo a polícia israelita, teria atacado com o carro os polícias, fazendo vários feridos. No entanto, numerosas testemunhas oculares relataram à agência palestina Ma'an que o motorista foi alvejado a tiro, perdendo por isso o controlo do veículo e fazendo-o atropelar polícias israelitas, um dos quais morreu. O deputado israelita Taleb Abu Arar (Lista Conjunta, coligação de...
Na tarde de segunda-feira, 16 de Janeiro, as forças de ocupação israelitas mataram a tiro o adolescente palestino Qusay Hasan al-Umour, de 17 anos, durante confrontos na aldeia de Tuqu, na zona de Belém, na Margem Ocidental ocupada.Outros quatro palestinos, incluindo uma mulher, foram também feridos a tiro durante os confrontos, em que as forças israelitas usaram balas reais, balas de aço revestidas de borracha e gás lacrimogéneo.O Crescente Vermelho Palestino informou a agência noticiosa Ma'an que o jovem foi atingido no peito com balas reais pelo menos três vezes. Médicos que examinaram o corpo contaram seis buracos de bala no peito e membros inferiores do adolescente.As forças israelitas detiveram Qusay Hasan al-Umour durante algum tempo antes de entregarem o seu corpo ao CVP, não sendo claro se o jovem já estava morto ou se morreu vítima dos ferimentos durante o período em que esteve detido.Nenhum israelita ficou ferido nos confrontos, informou a polícia israelita.O jovem Al-Umour...
A Câmara Municipal de Palmela, reunida a 11 de Janeiro, em sessão pública, aprovou por unanimidade uma Moção relativa à Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, de 23 de Dezembro, que condena a expansão dos colonatos israelitas no território palestino ocupado.Pela sua relevância, como expressão de solidariedade de um órgão do poder local democrático com a luta do povo palestino, apresentamos seguidamente o texto integral da moção: Moção(Cumprimento da Resolução da ONU contra a expansão dos colonatos na Palestina)O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, no passado dia 23 de dezembro, a Resolução 2324 que condena Israel pela construção e expansão de colonatos, a confiscação de terras, demolição de casas e desalojamento de civis palestinianos e exige que Israel cesse imediatamente estas ações, que criam novos obstáculos à criação do Estado da Palestina livre e independente, dentro das fronteiras de 1967. A mesma Resolução exorta todos os Estados a distinguirem, nas suas...
Os cidadãos palestinos de Israel lançaram uma greve geral esta quarta-feira, 11 de Janeiro, em protesto contra a demolição de 11 casas na cidade israelita de Qalansawe no dia anterior.O Alto Comité de Acompanhamento dos Cidadãos Árabe anunciou a greve — que incluiria o fecho de todas as escolas, empresas e locais públicos — na sequência de uma reunião em Qalansawe.A reunião foi realizada horas depois de escavadoras israelitas arrasarem as casas por terem sido construídas sem licença, uma vez que nos últimos 20 anos as autoridades israelitas rejeitaram tentativas por parte do município para legalizar um plano para a cidade.As cidades de maioria palestina em Israel iriam participar na greve, incluindo Nazaré, Umm al-Fahm, Rahat e Kuseifa.O deputado Yousif Jabarin, da Lista Conjunta (coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista em Israel), participando numa manifestação em Umm al-Fahm, classificou a greve como uma expressão bem-sucedida da rejeição pelos cidadãos palestinos...
Um palestino foi morto a tiro por forças israelitas depois de conduzir um camião para cima de um grupo de soldados israelitas fardados, no domingo 8 de Janeiro, numa paragem de autocarro no colonato israelita ilegal de Talpiyyot oriental, em Jerusalém Oriental ocupada. Foram mortos quatro soldados e ficaram feridas pelo menos 13 outras pessoas, desconhecendo-se se alguma era civil.O motorista morto foi identificado como Fadi Ahmad Hamdan al-Qunbar, de 28 anos, do bairro vizinho de Jabal al-Mukabbir, em Jerusalém Oriental.O colonato ilegal de Talpiyyot oriental também é conhecido por Armon Hanatziv e está localizado logo a oeste do bairro de Jabal al-Mukabbir.Durante a tarde forças israelitas assaltaram as casas de familiares de Fadi Ahmad Hamdan al-Qunbar, prendendo pelo menos cinco deles.O Hamas (Movimento Islâmico de Resistência) divulgou um comunicado nas redes sociais em que elogiou o ataque, «que surge como reacção natural aos crimes da ocupação israelita». Fathi Hammad, membro do...
A Assembleia da República aprovou hoje, 6 de Janeiro, um Voto de Congratulação pela aprovação da Resolução 2334 (2016) do Conselho de Segurança das Nações Unidas que condena os colonatos israelitas no território da Palestina.O Voto de Congratulação, apresentado pelo PCP, foi aprovado com os votos favoráveis dos Grupos Parlamentares do PCP, PEV, PS, BE e PAN; o voto contra de 1 Deputado do CDS-PP (Deputado João Rebelo) e a abstenção dos Grupos Parlamentares do PSD e do CDS-PP e ainda do Deputado João Soares, do Grupo Parlamentar do PS.Devido ao significado da aprovação de um documento desta natureza por um órgão de soberania português, reproduzimos seguidamente o texto integral do Voto de Congratulação: «Voto de congratulação n° 192/XIII-2ªDe congratulação pela aprovação da Resolução 2334 (2016) do Conselho de Segurança das Nações Unidas que condena os colonatos israelitas no território da PalestinaO Conselho de Segurança da ONU aprovou no dia 23 de dezembro passado uma resolução...
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou-se na quarta-feira, 4 de Janeiro, favorável ao perdão ao soldado israelita Elor Azaria, condenado por homicídio culposo.Em Março de 2016 Azaria matou a tiro à queima-roupa o palestino Abd Fatah al-Sharif, de 21 anos, em Hebron. Sharif jazia inanimado no chão depois de ser atingido a tiro ao tentar esfaquear um soldado israelita. A cena foi filmada por um activista palestino ao serviço da organização israelita de direitos humanos B'Tselem.O tribunal militar israelita aceitou os argumentos da acusação, segundo a qual Azaria não tinha justificação para matar Abd al-Fattah al-Sharif, baseando-se em parte nos testemunhos dos próprios comandantes de Azaria, que na altura afirmou que Sharif «merece morrer». O juiz considerou que o Sharif «não representava uma ameaça».Netanyahu (desautorizando o próprio sistema judicial das forças armadas israelitas!) emitiu uma declaração nas redes sociais na qual diz: «Os soldados da IDF [exército...