A organização israelita Peace Now informou sábado, 1 de Outubro, que o Comité Superior de Planeamento da Administração Civil Israelita (órgão das forças armadas de Israel para a administração dos territórios palestinos ocupados) aprovou o «depósito» — a fase do planeamento que precede a aprovação final — de um plano para 98 unidades habitacionais (parte de um plano mais amplo de 300 unidades) para um novo colonato a criar a leste do colonato já existente de Shiloh, no distrito de Nablus da Margem Ocidental ocupada. O novo colonato israelita ilegal será provavelmente destinado ao realojamento dos colonos que residem no posto avançado de Amona, que, dando cumprimento a uma decisão do Supremo Tribunal israelita, terá de ser demolido até ao fim do corrente ano, dado ter sido construído «de modo selvagem» (em 1995) em terrenos que são propriedade particular de palestinos.O Comité Superior de Planeamento deu também a aprovação final a uma nova área industrial a oeste de Ramalah, perto do...
No dia 30 de Setembro de 2016, dirigentes mundiais participaram no funeral de Shimon Peres, elogiado como promotor da paz e classificado por Barack Obama como um «gigante» do século XX.Há precisamente 16 anos, no dia 30 de Setembro de 2000, Muhammad Al-Durrah, um menino de 12 anos, foi morto a tiro em Gaza por forças israelitas, enquanto o seu pai, Jamal Al-Durrah, tentava protegê-lo por trás de um bloco de cimento.Shimon Peres fazia parte do governo que permitiu a visita, dois dias antes, de Ariel Sharon ao complexo de Al-Aqsa, provocação que desencadeou o início da Intifada de Al-Aqsa, durante a qual, segundo números da organização de direitos humanos israelita B'Tselem, 4745 palestinos foram mortos por forças de segurança de Israel e 44 palestinos foram mortos por civis israelitas (até 30 de Abril de 2008).
O ex-presidente israelita, Shimon Peres, morreu quarta-feira, 28 de Setembro, aos 93 anos de idade.Peres nasceu na actual Bielorrússia em 1923, e a sua família mudou-se para a Palestina nos anos 30. Ainda jovem, Peres juntou-se à Haganah, a milícia que foi a principal responsável pela limpeza étnica de aldeias palestinas em 1947-1949, durante a Nakba.Apesar da expulsão violenta dos palestinos ser um facto histórico, Peres afirmou que antes de Israel existir «não havia nada aqui».Durante sete décadas, Peres foi primeiro-ministro (duas vezes) e presidente da República, foi membro de 12 governos e exerceu as funções de ministro das Finanças, da Defesa e dos Negócios Estrangeiros.É muito conhecido no Ocidente pelo seu papel nas negociações que conduziram aos Acordos de Oslo de 1993, que lhe valeram, juntamente com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat, o Prémio Nobel da Paz. A sua carreira, porém, desmente a reputação de «pomba».Entre 1953 e 1965, Peres foi primeiro director-geral do Ministério da...
Israel deve usar a agitação do período da eleição presidencial nos Estados Unidos para anexar colonatos na Margem Ocidental, afirmou em entrevistas na segunda-feira o ministro da Educação israelita, Naftali Bennett, noticia o jornal Jerusalem Post.«Eu vejo isto como um período de oportunidade para tomar medidas no que respeita ao futuro da Judeia e Samaria» [como Israel designa os territórios palestinos da Margem Ocidental ocupados desde 1967], afirmou à Rádio Israel. Bennett disse que, independentemente de quem entre na Casa Branca, a anexação é algo que tem de acontecer.Vão no mesmo sentido as afirmações feitas um dia antes por David Friedman, um consultor israelita de Donald Trump, em relação à plataforma do Partido Republicano: «Já não há nenhuma referência a uma solução de dois Estados. Há uma declaração afirmativa de que Israel não é um ocupante com respeito à Judeia e à Samaria.»Naftali Bennett, que dirige o Bayit Yehudi [Lar Judaico, partido de direita, defensor dos colonatos]...
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, exortou a comunidade internacional a fazer de 2017 «o ano internacional para terminar a ocupação por Israel da nossa terra e do nosso povo», no seu discurso desta quinta-feira na 71.ª sessão da Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas.Abbas declarou que 2017 marcará os 50 anos desde que o regime israelita realizou a sua «repugnante» ocupação dos territórios palestinos após a guerra de 1967, apelando à comunidade internacional para que faça mais para alcançar o objectivo há muito perseguido de criar um Estado palestino independente. «Não há nenhuma maneira de derrotar o terrorismo e o extremismo, nenhuma maneira de alcançar a segurança e a estabilidade na nossa região sem pôr fim à ocupação israelita da Palestina e assegurar a liberdade e a independência do povo palestino», afirmou.Mahmoud Abbas disse que a disposição dos palestinos para participar em iniciativas de paz foi sempre ensombrada pela «mentalidade de hegemonia...
Na noite de 16 de Setembro de 1982, milícias falangistas libanesas invadiram os campos de refugiados de Sabra e Chatila, nos arredores de Beirute, com a conivência do exército israelita que, desde Junho, ocupava a capital do Líbano. Durante 40 horas levaram a cabo um hediondo massacre de que resultaram numerosas vítimas palestinas, em grande parte mulheres e crianças. Enquanto os falangistas executavam a sua macabra missão, o exército israelita bloqueava as saídas dos campos para evitar a fuga dos refugiados em pânico e, à noite, iluminava o terreno com foguetes luminosos.O número exacto de vítimas é difícil de determinar pois, além do milhar de corpos enterrados em valas comuns pela Cruz Vermelha, muitas vítimas ficaram soterradas nas casas derrubadas a buldózer pelas milícias e centenas de palestinos foram por elas levados para destino desconhecido de onde nunca regressaram. Uma estimativa credível aponta para 3500 vítimas.Quando os jornalistas entraram no campo de Chatila, foram...
Em 14 de Setembro, na sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo, deputados do GUE/NGL (grupo confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica) organizaram uma acção da solidariedade com o Barco das Mulheres para Gaza, informa a ECCP (Coordenação Europeia dos Comités e Associações pela Palestina).O barco partiu de Barcelona ontem à noite, tencionando chegar a Gaza em 1 de Outubro.Apoiando a acção, 55 deputados do GUE/NGL, dos Greens/EFA (Verdes/Aliança Livre Europeia), S&D (Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas) e ALDE (Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa) assinaram uma carta aberta a Federica Mogherini, Alta-Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança e Vice-Presidente da Comissão Europeia, exortando a União Europeia a:— actuar para assegurar a passagem segura da flotilha para Gaza;— exercer pressão sobre Israel para que levante o seu bloqueio ilegal de Gaza;— insistir que Israel cumpra a lei...
Uma notícia do jornal israelita Haaretz, citada pelo site Middle East Monitor, revela que os dirigentes israelitas usaram a censura militar para ocultar a criação dos primeiros colonatos na Margem Ocidental ocupada.O Haaretz revela um documento anteriormente classificado, intitulado «Gush Etzion – publicidade», enviado em 19 de Junho de 1969 ao gabinete do ministro israelita dos Negócios Estrangeiros da altura, Abba Eban, cujo assunto era a criação de colonatos civis na zona hoje conhecida como «bloco» Gush Etzion, perto do Belém, em terras ocupadas pretensamente para fins militares.Os autores do documento indicavam que era imperativo manter secreto o verdadeiro motivo do confisco das terras e evitar «publicidade desnecessária», uma vez que «o confisco para necessidades militares pode ser facilmente defendido de um ponto de vista jurídico», ao passo que «empreendimentos civis são uma coisa completamente diferente».Como assinala o Haaretz, «a construção de colonatos em áreas confiscadas...
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, num vídeo divulgado na sexta-feira, rejeitou as críticas à construção de colonatos na Margem Ocidental ocupada, equiparando-as a uma «limpeza étnica» dos judeus.«A direcção palestina na realidade exige um Estado palestino com uma condição prévia: nenhuns judeus. Há uma frase para isso: chama-se limpeza étnica», disse Netanyahu, após comparar os cidadãos palestinos de Israel aos israelitas judeus que residem na Margem Ocidental ocupada em colonatos considerados ilegais à luz do direito internacional. «Ninguém afirmaria seriamente que os quase dois milhões de árabes que vivem dentro de Israel são um obstáculo à paz. Isso é porque não o são. Pelo contrário. A diversidade de Israel mostra a sua abertura e disposição para a paz», afirmou.As declarações do primeiro-ministro israelita provocaram indignação. Ayman Odeh, deputado ao Knesset (parlamento israelita) pela Lista Conjunta, coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista...
Um jovem palestino foi morto com um tiro na cabeça por forças israelitas em Gaza na sexta-feira, durante protestos ao junto ao campo de refugiados de al-Bureij, perto da fronteira entre o enclave cercado e Israel.Um porta-voz do Ministério da Saúde palestino identificou o jovem como Abd al-Rahman Ahmad al-Dabbagh, de 16 anos, e confirmou que tinha sido atingido na cabeça.Testemunhas no local afirmaram que os soldados abriram fogo sobre um grupo de jovens palestinos que se tinham reunido junto à barreira de segurança entre Israel e a Faixa de Gaza.Num outro incidente na Faixa de Gaza, mais um palestino foi ferido por fogo real durante confrontos perto de Nahal Oz, a leste de al-Shujaiyya.Segundo a agência palestina Ma'an, pelo menos 28 palestinos foram mortos em Gaza por forças israelitas desde o início da violência no território palestino ocupado e em Israel em Outubro passado. A maioria foram mortos a tiro durante protestos ao longo da barreira da segurança que divide a Faixa de Gaza...