As autoridades israelitas demoliram mais casas palestinas na Margem Ocidental nos primeiros seis meses de 2016 do que em todo o ano de 2015, revelou o grupo de direitos humanos israelita B'Tselem num relatório publicado quarta-feira, numa preocupante confirmação da repressão israelita em curso sobre as comunidades palestinas na área C da Margem Ocidental.O relatório, que foi igualmente apresentado no mesmo dia pela Lista Conjunta (coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista em Israel) durante uma conferência no Knesset, afirma que durante a primeira metade de 2016 foram destruídas 168 casas por falta de licenças de construção israelitas, de difícil obtenção, deixando 740 palestinos sem abrigo.O relatório do B'Tselem não incluiu as demolições punitivas realizadas em casas de alegados atacantes palestinos e suas famílias.O registo do B'Tselem assinala um número mais elevado do que o número total de casas destruídas pelos israelitas em todos os anos da última década, com...
O Comité (israelita) de Planeamento e Construção do Distrito de Jerusalém depositou um plano para a construção de 770 novas construções entre o colonato ilegal de Gilo e a aldeia de Beit Jala, na Margem Ocidental.O projecto situa-se frente ao mosteiro de Cremiso, em Beit Jala, onde ocorreram protestos contra a continuação da construção do Muro do apartheid.O presidente do Comité de Planeamento e Construção que aprovou o projecto, Meir Turgeman, afirmou ao portal de notícias israelita Walla! que fará tudo o que puder para «manter jovens na cidade».No mês passado, primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, decidiram avançar com a construção de 800 habitações no colonato de Ma'ale Adumim e em Jerusalém Oriental ocupada a pretexto de alegados ataques palestinos.Todos os colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados e nos Montes Golã, uns e outros ocupados desde 1967, são considerados ilegais pelo direito internacional.A população...
Quase um ano após a data em que a sua mãe, pai e irmão de 18 meses foram assassinados num ataque incendiário contra a casa da família, Ahmad Dawabsha, de seis anos, teve alta esta sexta-feira do Centro Médico Sheba, de Israel.O rapazinho ficou gravemente ferido no ataque, que ocorreu na localidade de Duma, no distrito de Nablus, em 31 de Julho de 2015, e desde então teve de ser submetido a uma série de complexas operações.Ahmad foi entregue aos cuidados de Hussein Dawabsha, seu avô materno. Terá de regressar ao hospital para controlos semanais e deverá ser submetido a novas operações nos próximos meses, a maioria delas de cirurgia plástica, para ajudar a reconstruir partes do seu corpo e cara que ficaram gravemente queimadas.Dois suspeitos israelitas, pertencentes a uma organização terrorista judaica, foram acusados de assassínio em Janeiro, cinco meses depois do crime. O pequeno Ali Saad, de 18 meses, morreu imediatamente no incêndio. Os pais, Riham e Saad, morreram mais tarde devido...
Um rapaz palestino de 12 anos foi morto terça-feira durante confrontos com soldados israelitas na localidade de al-RAM, a norte de Jerusalém, na zona central da Margem Ocidental ocupada. Segundo fontes médicas, foi atingido no coração por uma bala de aço revestida de borracha.O rapaz foi identificado pelo Ministério da Saúde palestino como Muhye Muhammad Sidqi al-Tabbakhi.Tinham-se desencadeado confrontos depois de forças israelitas invadirem a localidade de al-Ram. Jovens palestinos atiraram pedras e garrafas vazias aos soldados israelitas, que responderam com balas reais, balas de aço revestidas de borracha e bombas de gás lacrimogéneo.Testemunhas oculares afirmaram que um atirador de elite do exército israelita disparou sobre o rapaz a curta distância.As forças israelitas têm sido alvo de repetidas críticas por uso excessivo da força e por métodos letais de controlo de multidões.O Ministério da Saúde palestino declarou que a morte deste rapaz eleva para 225, incluindo 53 crianças, o...
Assinala-se hoje o 68º aniversário de uma das maiores tragédias humanitárias do século XX: a expulsão de centenas de milhares de cidadãos árabes da Palestina das suas cidades, vilas e aldeias, das suas casas e terras, da sua pátria milenar. Este êxodo em massa foi imposto pela guerra, e através de métodos de inimaginável crueldade, pelos colonizadores sionistas, nos meses que precederam e se sucederam à fundação unilateral do Estado de Israel em 14 de Maio de 1948. Este desastre ficou conhecido pelos povos árabes como Nakba, a Catástrofe, e é recordado anualmente a 15 de Maio, o Dia da Nakba.
Os palestinos foram, assim, obrigados a uma imensa diáspora ao longo das últimas quase sete décadas. Hoje são cerca de sete milhões os expatriados directos da Nakba e respectivos descendentes, a maioria deles forçada a sobreviver em precários campos de refugiados, desenraizada em terras alheias, à mercê das vicissitudes regionais e internacionais. Aqueles que ficaram passaram a ser, eles próprios...
No dia 30 de Março o MPPM organizou, em Lisboa, com o apoio da Associação 25 de Abril, um Sessão Pública de Solidariedade com a Palestina. O evento teve lugar no Auditório da A25A.O Coronel Vasco Lourenço, Presidente da A25A, deu as boas-vindas aos particpantes. Registaram-se intervenções de Hikmat Ajjuri, Embaixador da Palestina; Maria do Céu Guerra, Presidente do MPPM; Carlos Almeida, Vice-Presidente do MPPM.No dia 31 de Março, numa organização conjunta do MPPM e do ISMAI – Instituto Superior da Maia / Curso de Ciências da Comunicação, houve um Debate sobre a situação na Palestina com moderação de Luís Humberto Marcos, Director do Museu de Imprensa; José António Gomes, Escritor; José Oliveira, da Direcção Nacional do MPPM. O debate teve lugar no Auditório do ISMAI em Castêlo da Maia.
Em 8 de Julho de 2014 – faz hoje um ano – Israel deu início a uma bárbara agressão contra a população palestina da Faixa de Gaza, que designou por “Operação Margem Protectora”, e que iria prolongar-se por 51 dias. O balanço é devastador, mas a crueza dos números não relata os traumas psicológicos das crianças e adultos, as vidas destroçadas dos sobreviventes, as dificuldades de reconstrução num território onde tudo o que entra ou sai é sujeito ao férreo controlo de quem provocou a destruição. Durante a agressão foram registadas 2251 vítimas mortais entre os palestinos, das quais 551 crianças e 299 mulheres. No mesmo período, houve 73 mortos israelitas, sendo 6 civis. O número de feridos palestinos ascendeu a 11.231. Os grupos mais vulneráveis da população não foram poupados: 3436 crianças e 3540 mulheres contam-se entre os feridos. Devido à elevada densidade populacional e acentuada urbanização de Gaza, virtualmente toda a população ficou exposta à agressão. Nenhum local era seguro...
No dia 29 de Junho, as forças armadas de Israel interceptaram e aprisionaram, a 100 milhas náuticas da costa de Gaza, a traineira Manianne av Göteborg que liderava a Flotilha da Liberdade III e escoltaram-na para o porto militar isrelita de Ashdod.A Marianne tinha passado por Lisboa entre 3 e 5 de Junho e dirigia-se a Gaza onde deveria ser oferecida a pescadores palestinos.Além dos objectivos humanitários, a Flotilha da Liberdade III pretende chamar a atenção da comunidade internacional para a situação de catástrofe humanitária – reconhecida pela ONU – que se vive em Gaza, sujeita a um bloqueio por Israel e pelo Egipto que dura há 9 anos e que se agravou com a brutal agressão israelita do Verão passado em que foram mortos 2.251 palestinos e feridos mais de 11.000, além de ter sido destruído o que restava da base económica da região.Esta viagem assinalava, também, o 5º aniversário da primeira Flotilha da Liberdade cuja missão terminou em tragédia quando comandos israelitas assaltaram as...
Comemora-se em 15 de Maio o aniversário da Nakba, que em árabe quer dizer Catástrofe, e que marca o princípio da tragédia que se abateu sobre o Povo Palestino, perseguido, massacrado e expulso da sua terra pelos novos ocupantes judeus.O MPPM assinalou o 67.º aniversário da Nakba com uma Sessão de Solidariedade em que foi exibido o filme "A Terra Fala Árabe" e que contou com intervenções do Embaixador da Palestina, Dr. Hikmat Ajjuri, e de Jorge Cadima, dirigente do MPPM. A sessão teve lugar no Clube Estefânia, em Lisboa. no dia 15 de Maio, e foi dirigida por Miquelina Almeida, Vice-Presidente da Direcção do Clube Estefânia."A Terra Fala Árabe", da realizadora palestina Maryse Gargour, documenta as circunstãncias e os acontecimentos que levaram a implantação de um estado judaico na Palestina e à expulsão dos seus habitantes árabes.
Comemora-se em 15 de Maio de 2015 o 67º aniversário da NAKBA, que em árabe quer dizer Catástrofe, e que marca o princípio da tragédia que se abateu sobre o Povo Palestino, perseguido, massacrado e expulso da sua terra pelos novos ocupantes judeus.A independência do Estado de Israel, proclamada unilateralmente em 14 de Maio de 1948, significou para os palestinos o início da devastação da sua sociedade, a eclosão de um drama individual e colectivo que perdura até aos nossos dias. Repartido o seu território pelo novel Estado judaico (na parte consagrada pela Resolução 181 das Nações Unidas, de 29 de Novembro de 1947), pelo reino da Jordânia (a Cisjordânia) e pelo Egipto (a Faixa de Gaza), os palestinos tornaram-se exilados na sua própria pátria, com a maioria das terras confiscadas e os direitos cívicos reduzidos ou eliminados.Com a guerra de 1967, Israel ocupou militarmente os territórios da Cisjordânia e de Gaza, bem como Jerusalém Oriental, cidade que fora considerada pela ONU como...