Israel aprisiona «Marianne av Göteborg» em águas internacionais

No dia 29 de Junho, as forças armadas de Israel interceptaram e aprisionaram, a 100 milhas náuticas da costa de Gaza, a traineira Manianne av Göteborg que liderava a Flotilha da Liberdade III e escoltaram-na para o porto militar isrelita de Ashdod.
A Marianne tinha passado por Lisboa entre 3 e 5 de Junho e dirigia-se a Gaza onde deveria ser oferecida a pescadores palestinos.
Além dos objectivos humanitários, a Flotilha da Liberdade III pretende chamar a atenção da comunidade internacional para a situação de catástrofe humanitária – reconhecida pela ONU – que se vive em Gaza, sujeita a um bloqueio por Israel e pelo Egipto que dura há 9 anos e que se agravou com a brutal agressão israelita do Verão passado em que foram mortos 2.251 palestinos e feridos mais de 11.000, além de ter sido destruído o que restava da base económica da região.
Esta viagem assinalava, também, o 5º aniversário da primeira Flotilha da Liberdade cuja missão terminou em tragédia quando comandos israelitas assaltaram as embarcações e assassinaram 9 activistas turcos.
Na Faixa de Gaza, 1,8 milhões de habitantes estão aprisionados num território de 365 km2. Os dois únicos postos fronteiriços para passagem de pessoas são abertos intermitentemente, de forma discricionária, por Israel (Erez) ou pelo Egipto (Rafah). Um terceiro posto (Kerem Shalom) abre de forma limitada só para passagem de mercadorias autorizadas por Israel. A fronteira marítima está encerrada e só é permitida a pesca até às 6 milhas. O aeroporto de Gaza foi destruído em 2002 e nunca reaberto.
É para isto que a Flotilha da Liberdade quer chamar a atenção. É isto que Israel não quer que se saiba. É a isto que a comunidade internacional faz ouvidos moucos.
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