A Câmara Municipal do Seixal acolheu hoje uma jornada de solidariedade com a Palestina, organizada em cooperação com o MPPM e a Missão Diplomática da Palestina.Abriram a sessão, no Auditório, Joaquim Santos, Presidente da C. M: Seixal, e Fadi Alzaben, em representação do Embaixador da Palestina.Adel Sidarus, do MPPM, apresentou e comentou o filme "Como foi colonizada a Palestina".Manuela Calado, Vereadora de RH e Desenvolvimento Social, moderou o animado debate sobre o tema "Povo Palestino: Que Direitos?".No átrio, alunos do Núcleo de Teatro da E.S. Dr. José Afonso (Inês Nascimento, Margarida Godinho, Miguel Coelho, Simão Brasil, Inês Fragoso, Mariana Salavessa e Mihaela Alina) declamaram poemas de autores palestinos numa dramatização do Prof. José Sebastião.Seguiu-se a inauguração da exposição "Gaza 2014 - Testemunho de uma Agressão", que ficará patente ao público até ao dia 17 de Abril.A finalizar, houve oportunidade de degustar algumas especialidades da gastronomia palestina.
Este relatório foi elaborado pelos estado-unidenses Virginia Tilley e Richard Falk, especialistas em Direito Internacional, e apresentado por Rima Khalaf, Secretária Executiva da Comissão Económica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental.O relatório conclui que Israel estabeleceu um regime de apartheid que domina o povo palestino como um todo. Conscientes da gravidade desta alegação, os autores do relatório concluem que as provas disponíveis demonstram, para além de qualquer dúvida razoável, que Israel é culpado de políticas e práticas que constituem o crime de apartheid como legalmente definido em instrumentos de direito internacional.Por decisão do Secretário-Geral da Nações Unidas, António Guterres, o relatório foi retirado da página oficial das Nações Unidas, o que levou à demissão de Rima Khalaf.
O MPPM encara com preocupação o papel desempenhado pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, no processo que conduziu à demissão de Rima Khalaf do posto de Secretária Executiva da Comissão Económica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental (CESAO).
A sucessão dos acontecimentos merece ser referida brevemente. Na quarta-feira, 15 de Março, a CESAO publicou um documento histórico em que acusa Israel de apartheid, num relatório que concluía que «Israel estabeleceu um regime de apartheid que domina o povo palestino como um todo».
Os autores do relatório — os estado-unidenses Virginia Tilley e Richard Falk, ambos especialistas em Direito Internacional — «conscientes da gravidade desta alegação […] concluem que os elementos de prova disponíveis estabelecem além de qualquer dúvida razoável que Israel é culpado de políticas e práticas que constituem o crime de apartheid, tal como definido legalmente nos instrumentos do direito internacional». O relatório «assenta no mesmo corpo...
Um relatório da Comissão Económica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental (ESCWA), publicado na quarta-feira 15 de Março, concluiu que Israel era culpado «além de qualquer dúvida razoável» de impor políticas de apartheid contra os palestinos, exortando a comunidade internacional a respeitar a sua «obrigação legal» de punir tais medidas discriminatórias.«Conscientes da gravidade desta acusação, os autores do relatório concluem que as evidências disponíveis estabelecem além de qualquer dúvida razoável que Israel é culpado de políticas e práticas que constituem o crime de apartheid tal como legalmente definido nos instrumentos de direito internacional», afirma-se no sumário executivo do relatório.Escrito por Virginia Tilley, professora de Ciência Política na Southern Illinois University (EUA), e por Richard Falk, antigo Relator Especial da ONU sobre o território palestino ocupado, o relatório condena Israel por aplicar diferentes políticas com um «propósito central de dominação...
Forças israelitas mataram a tiro um militante palestino, hoje, 6 de Fevereiro, após um tiroteio de duas horas, na zona de Ramala, na Margem Ocidental ocupada. O activista morto foi identificado como Basil al-Araj, informa a agência palestina Ma'an.Em Abril do ano passado Al-Araj tinha sido detido sem acusação nem explicações pelas forças de segurança da Autoridade Palestina, juntamente com dois companheiros. Os três homens participaram com outros três presos numa greve de fome na prisão palestina, havendo relatos de tortura e maus tratos.Após a sua libertação da prisão palestina, quatro destes activistas foram detidos pelas forças israelitas que, no entanto, não conseguiram prender Al-Araj.A caça ao homem prosseguiu até hoje. Forças israelitas do exército, da polícia de fronteiras, dos serviços de informações e da unidade antiterrorista cercaram a casa onde Al-Araj se encontrava, no campo de refugiados de Qaddura, nos arredores de Ramala.Segundo relatos de testemunhas à Ma'an, houve...
Integrada na iniciativa Dias da Palestina, a Câmara Municipal de Almada e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) promoveram uma Mostra de Cinema Palestino no Fórum Municipal Romeu Correia com exibição de filmes do realizador Michel Khleifi.No fim de cada sessão o realizador conversou com a assistência.Este foi o programa da Mostra:Sexta-feira, 3 de Março, às 21 horasMa'loul celebra a sua destruição (1985, 36')Ma'loul é uma aldeia da Galileia destruída em 1948 pelo exército israelita. Os antigos habitantes são autorizados a regressar uma vez por ano e organizam um piquenique nas ruínas da sua aldeia.Casamentos proibidos na Terra Santa (1995, 66')Nove casais mistos, interreligiosos e inter-étnicos, contam as suas estórias de vida. Um xeique, um rabino e um padre comentam.Sábado, 4 de Março, às 16 horasCasamento na Galileia (1987, 100')O chefe de uma aldeia árabe palestina pede ao governador militar israelita que levante o recolher obrigatório para...
O conhecido grafiteiro britânico que usa o pseudónimo de Banksy abriu na cidade de Belém, na Margem Ocidental ocupada, um hotel a que chamou «Walled Off Hotel» [Hotel Murado], para chamar a atenção do mundo para a realidade do ilegal «muro do apartheid».A abertura do hotel ocorre no ano em que se assinala o centenário da Declaração Balfour, em que o governo britânico da época se pronunciava favoravelmente à criação de um «lar nacional judaico» na Palestina, e que está na origem da partição do território da Palestina e da posterior criação do Estado de Israel.O artista concebeu o hotel de tal modo que as salas do primeiro piso estão de frente para o muro de betão, ao passo que os pisos superiores ficam ao nível das torres de vigia israelitas que se erguem sobre a cidade.Num comunicado de imprensa, Bansky afirma que o hotel tem a «pior vista do mundo».
Asssinala-se amanhã, 25 de Fevereiro, o aniversário do desumano massacre perpetrado pelo terrorista judeu Baruch Goldstein, recorda um comunicado da Missão Diplomática da Palestina em Portugal.Baruch Goldstein, um médico militar israelita nascido nos EUA, que emigrara para Israel em 1983, morava no colonato de Kiryat Arba, nos arredores de Hebron. A 25 de Fevereiro de 1994 entrou na Mesquita Ibrahimi, em Hebron, armado com uma espingarda de assalto Galil. Era de manhã cedo, durante o mês sagrado do Ramadão, e centenas de fiéis palestinos estavam reunidos dentro da Mesquita, curvados em oração. Goldstein abriu fogo, recarregou a arma pelo menos uma vez, e disparou sem parar até ser finalmente dominado, acabando depois por ser espancado até à morte. Tinha matado 29 fiéis, havendo mais de 100 feridos.O governo israelita divulgou imediatamente uma declaração a condenar o acto, afirmando que Goldstein tinha agido sozinho e estava psicologicamente perturbado. O massacre, que se somava a...
O soldado israelita Elor Azaria foi hoje condenado a 18 meses de prisão por ter matado a tiro, a sangue-frio e à queima-roupa, o palestino Abd Fatah al-Sharif.O caso teve lugar em Hebron, em Março de 2016. Sharif, de 21 anos, jazia inanimado no chão depois de ser atingido a tiro ao tentar esfaquear um soldado israelita. A cena foi filmada (https://youtu.be/hY86HiENuZE) por um activista palestino ao serviço da organização israelita de direitos humanos B'Tselem e rapidamente se difundiu nas redes sociais e na televisão, tornando impossível ignorar o caso.Apesar de ter aceitado os argumento da acusação, segundo a qual Azaria não tinha justificação para matar Abd al-Fattah al-Sharif, que não constituía qualquer perigo, o tribunal militar israelita condenou Elor Azaria a uma pena que até a defesa considerou branda. A própria acusação militar pedira uma pena de 3 a 5 anos.Apesar disso, de imediato surgiram pedidos para que Azaria seja perdoado, da parte de políticos israelitas, incluindo...
O jornalista palestino Mohammed al-Qiq encontra-se em greve de fome há duas semanas em protesto contra a sua detenção administrativa pelas autoridades de Israel.Al-Qiq tinha sido libertado da prisão em Maio de 2016 depois de uma greve da fome de 94 dias, também então em protesto contra a sua detenção administrativa. Porém, foi novamente preso em meados de Janeiro deste ano, depois de ter participado num protesto em Belém, na Margem Ocidental ocupada, exigindo a devolução pelas autoridades israelitas dos corpos de palestinos mortos por elas retidos. Mais uma vez Mohammed al-Qiq foi colocado em detenção administrativa.No regime detenção administrativa, Israel pode manter palestinos encarcerados por períodos de seis meses indefinidamente renováveis, sem julgamento nem culpa formada e sem sequer justificar os motivos da detenção.Segundo declarações do seu advogado à agência noticiosa palestina Ma'an, al-Qiq encontra-se encarcerado numa cela de apenas quatro metros quadrados e sem os...