O governo israelita planeia duplicar, de 6000 para 12.000, o número de colonos judeus residentes no Vale do Jordão, na zona norte da Margem Ocidental ocupada.Falando na rádio pública israelita, o ministro da Habitação israelita, Yoav Galant, apresentou o novo plano, segundo o qual governo transferirá para as cooperativas e aldeias agrícolas israelitas do Vale do Jordão verbas destinadas a cada nova família judaica que se mude para aí.Segundo o ministro, existe em Israel um consenso de que o Vale do Jordão deve permanecer parte do Estado de Israel, qualquer que venha a ser um futuro acordo político.As autoridades de ocupação israelitas tencionam expulsar cerca de 200 palestinos das suas casas e terras agrícolas no Vale do Jordão.Na quinta-feira, 9 de Novembro, as forças de ocupação israelitas entregaram avisos de demolição e evacuação a 30 famílias palestinas das aldeias Ein al-Hilweh e Umm al-Jamal. Os avisos estavam datados de 1 de Novembro e davam aos moradores oito dias — ou seja...
Do Muro do Apartheid de Israel em território palestino até ao muro da vergonha dos EUA em território indígena na fronteira com o México — os muros são monumentos de expulsão, exclusão, opressão, discriminação e exploração. Nós, como pessoas afectadas por estes muros e como movimentos que apresentam a justiça, a liberdade e a igualdade como as nossas ferramentas para resolver os problemas deste planeta, juntamo-nos ao apelo do dia 9 de Novembro como Dia de Acção Global por um Mundo Sem Muros.«Não existe palavra para muro na nossa língua. Nós perguntámos aos nossos pais. Nós procurámos. Não existe palavra para muro porque não deveria haver muros.»Verlon M. José, vice-presidente da tribo Tohono O’odham.(A terra do povo Tohono O’odham está dividida pela fronteira EUA-México)Do Muro do Apartheid de Israel em terra palestina até ao Muro da Vergonha dos EUA em terra indígena na fronteira com o México — quase 70 muros em todos os continentes dilaceram hoje a vida e as terras dos povos, porque...
Texto da intervenção feita no dia 2 de Novembro de 2017, na Fundação José Saramago, na apresentação pública do Manifesto «Justiça para a Palestina» No dia 2 de Novembro de 1917, uma declaração assinada pelo Secretário dos Negócios Estrangeiros, Arthur James Balfour, em nome do Governo Britânico, foi entregue ao 2º Barão de Rothschild, Lionel Walter Rothschild de seu nome, para ser encaminhada ao movimento sionista mundial, através da Federação Sionista Britânica. Escrevia-se nessa carta que o Governo de Sua Majestade declarava o seu apoio às pretensões do movimento sionista em relação à Palestina e comprometia-se a empregar “todos os seus esforços” na realização do objectivo de constituir na Palestina um “lar nacional para o povo judeu”. Na mesma carta, o governo inglês sublinhava a necessidade desse projecto garantir o que designava como “direitos civis e religiosos das colectividades não-judaicas existentes na Palestina”. Cerca de uma semana depois, a 9 de Novembro, esta declaração...
Sete palestinos foram mortos e outros 12 ficaram feridos ontem, 30 de Outubro, quando forças israelitas fizeram explodir um túnel entre o Sul da Faixa de Gaza e Israel, noticiam fontes palestinas e israelitas.O Ministério da Saúde palestino declarou oficialmente a morte de sete palestinos, todos combatentes dos ramos armados dos movimentos Hamas e Jihad Islâmica em Gaza.Após a explosão, a comunicação social israelita relatou que o Exército de Israel realizara uma «detonação controlada» na área perto da Faixa de Gaza, dizendo que a actividade foi pré-planeada.O site israelita Ynet News disse que o túnel ainda não estava operacional. Porém, após matar sete palestinos e ferir outros doze, o porta-voz do Exército israelita teve a ousadia de declarar, segundo o jornal israelita Haaretz, que «Israel não procura uma escalada e não tem interesse num conflito militar em Gaza».O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman afirmou que o túnel «prova que, apesar da reconciliação palestina, a...
A coligação governamental israelita pode vir a apresentar um projecto de lei que impede os não judeus de serem eleitos para o Knesset (parlamento). Segundo a agência palestina Quds Press, o projecto impediria a intervenção do Supremo Tribunal de Israel nas decisões tomadas pela Comissão Eleitoral Central, passando esta a ter a responsabilidade exclusiva de bloquear candidatos não judeus.O projecto foi apresentado pelo deputado Oded Forer, do partido de extrema-direita Lar Judaico, que faz parte da coligação governamental. Forer justificou a sua proposta afirmando: «O Knesset tornou-se um lugar onde os terroristas e seus apoiantes podem estar sem medo.»Trata-se de uma referência aos deputados da Lista Conjunta, uma coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista em Israel. A Lista Conjunta é o terceiro maior grupo parlamentar no Knesset, e a maioria dos seus 13 deputados são palestinos cidadãos de Israel.Pelo menos 20 % da população de Israel é constituída por palestinos...
As autoridades israelitas declararam hoje, 27 de Outubro, a intenção de levar a cabo uma campanha de demolição em larga escala no bairro de Kafr Aqab, na parte norte de Jerusalém ocupada.Israel ocupou a parte oriental da cidade e anexou-a em 1980, alargando posteriormente os limites municipais.Segundo o jornal israelita Haaretz, o município israelita de Jerusalém ocupada prepara-se para demolir cinco prédios palestinos, com um total de 138 apartamentos, por alegadamente terem sido construído sem licença. Todos os apartamentos estão vendidos e cerca de 20 famílias já lá residem.Na semana passada um tribunal israelita rejeitou o recurso dos moradores palestinos, abrindo caminho à demolição.Em Kafr Aqab vivem 60.000 palestinos. Embora fazendo parte de Jerusalém, o bairro está isolado da cidade pelo Muro do Apartheid, a que Israel chama «barreira de separação». Os moradores queixam-se de que desde a sua conclusão o município nega sistematicamente os pedidos de licenças de construção, não...
Os ministros de Israel devem votar na próxima semana o projecto de lei da chamada «Grande Jerusalém», que iria alargar as fronteiras municipais de Jerusalém de modo a anexar 19 colonatos israelitas na Margem Ocidental, noticia o jornal israelita Haaretz.Israel ocupou a parte oriental de Jerusalém em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias, e anexou-a em 1980, declarando a cidade «capital eterna e indivisível de Israel». No entanto, a anexação não é reconhecida por nenhum país do mundo.No início deste mês o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deu o seu apoio ao projecto de lei, que permitiria que os colonos conservassem a sua autonomia mas lhes daria o direito de voto na eleição para presidente da câmara da cidade.Entretanto, criaria «municípios independentes» para cerca de 100.000 cidadãos palestinos ou residentes de Israel que vivem dentro das fronteiras municipais de Jerusalém do outro lado do ilegal Muro de Separação de Israel.Segundo o Haaretz, o projeto de lei...
Israel prendeu pelo menos 66 palestinos durante a noite de domingo para segunda-feira (22-23 de Outubro) na Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental ocupados.Na Margem Ocidental ocupada foram detidos 15 jovens palestinos por «motivos de segurança», segundo um comunicado do exército israelita.Por outro lado, no bairro de Issawiyeh, em Jerusalém Oriental ocupada, as forças repressivas israelitas detiveram mais de 50 palestinos, numa campanha em grande escala. Forças especiais da polícia e agentes dos serviços de informações israelitas, com apoio de um helicóptero, invadiram o bairro à meia-noite e realizaram rusgas num grande número de casas.O advogado Mohammad Mahmoud (do Centro de Informações Wadi Hilweh, especializado na defesa de menores), que conseguiu visitar a maioria dos detidos, afirmou que eram todos adolescentes com idades entre 15 e 18 anos de idade.Os moradores de Issawiyeh queixaram-se recentemente da brutalidade policial sobre jovens das escolas do bairro, que provocou...
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou quinta-feira, 19 de Outubro, que Israel nunca abandonará os colonatos situados no Vale do rio Jordão, localizado na parte oriental do território palestino ocupado da Margem Ocidental.Netanyahu fez esta declaração no discurso que proferiu numa cerimónia para assinalar os 50 anos dos colonatos israelitas no Vale do Jordão.«O Vale do Jordão permanecerá sempre uma parte de Israel. Vamos continuar a colonizá-lo, a investir em infra-estruturas e no turismo», afirmou Netanyahu. «O vale é uma cintura defensiva estratégica para o país, e sem ele o dilúvio fundamentalista poderia alcançar o interior, até Gush Dan. Assim, nossa linha defensiva oriental começa neste lugar. Se nós não estivermos aqui, Teerão e o Hamastão estarão aqui. Não vamos deixar que isso aconteça.»Ao longo dos últimos meses, Netanyahu tem participado em vários acontecimentos para marcar o 50.º aniversário da ocupação da Margem Ocidental por Israel durante a chamada...
Forças israelitas assaltaram vários meios de comunicação social palestinos na Margem Ocidental ocupada e prenderam dois jornalistas, durante a noite de terça para quarta-feira (17 para 18 de Outubro), confiscando equipamentos e fechando instalações.Entre as empresas alvo da repressão encontram-se o canal Al-Quds em Hebron, Pal Media em Belém e Ramala, os canais Al-Aqsa e Palestine Alyoum em Ramala, bem como os escritórios da Trans Media em Nablus e Hebron.As forças israelitas também prenderam o director da TransMedia em Hebron, Amer Al-Jaabari, e o diretor administrativo, Ibrahim Al-Jaabari.O governo da Autoridade Palestina condenou vigorosamente os ataques e encerramentos, que descreveu como uma «flagrante violação de todas as resoluções internacionais», acrescentando que «estes ataques fazem parte dos planos de Israel para desviar a atenção das atrocidades que comete».O Centro Palestino para o Desenvolvimento e as Liberdades dos Média (MADA) também divulgou um comunicado expressando...