Na madrugada de 9 de Abril de 1948, a aldeia palestina de Deir Yassin, com cerca de 750 habitantes, foi atacada por comandos das organizações terroristas sionistas Irgun e Lehi, também conhecida por Stern Gang.
Ao invadirem a aldeia, os soldados judeus varreram as casas com tiros de metralhadora, matando muitos dos habitantes. Os aldeões restantes foram então reunidos e assassinados a sangue frio; algumas mulheres foram violadas e depois mortas. Ao meio-dia, tinham já sido sistematicamente assassinadas mais de 100 pessoas, metade delas mulheres e crianças.
Deir Yassin ficava fora da área que o plano de partilha das Nações Unidas, aprovado em 1947, destinava ao futuro Estado judaico, e a aldeia tinha um acordo de paz com a Hagana, as forças armadas oficiais do movimento sionista.
Mas isso de nada lhe valeu. A direcção sionista tinha desde há muito decidido efectuar uma limpeza étnica dos palestinos, intenção pormenorizada no chamado Plano Dalet. Uma das primeiras concretizações desse...
Na manhã de hoje, sábado, morreram dois palestinos, incluindo um fotojornalista, devido aos ferimentos sofridos durante os protestos de sexta-feira na Faixa de Gaza cercada, elevando assim para 10 o número de palestinos mortos por forças israelita.
O fotojornalista Yaser Murtaja, que foi baleado no peito quando cobria uma manifestação a leste da cidade de Gaza, embora vestisse um colete marcado com a palavra «Press», sucumbiu aos ferimentos esta manhã.
Foi a segunda sexta-feira consecutiva dos protestos em massa conhecida como a «Grande Marcha do Retorno", contando com a participação de dezenas de milhares de pessoas.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, registaram-se 1354 feridos, 491 dos quais por balas. Trinta e três dos feridos por tiros estão em estado crítico.
Também ocorreram protestos na Cisjordânia, tendo o Ministério da Saúde em Ramala informado que dois palestinos foram feridos por balas de borracha disparadas pelas forças israelitas. Um dos feridos foi baleado...
A Câmara Municipal de Palmela, na sua reunião do passado dia 4 de Abril, aprovou por unanimidade uma moção condenando o massacre de palestinos pelo exército israelita na Faixa de Gaza em 30 de Março.O MPPM felicita a Câmara Municipal de Palmela por esta tomada de posição, que vem somar-se às numerosas e empenhadas demonstrações da solidariedade desta autarquia com a causa do povo palestino.É o seguinte o texto integral da moção: Moção (Condenação pelo assassinato de palestinos por soldados israelitas) Continua a aumentar o número de palestinos mortos e feridos por soldados israelitas, na fronteira entre a faixa de Gaza e Israel, na sequência dos protestos em curso desde sexta-feira, dia 30 de março. Os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde palestino dão conta de 18 mortos e mais de 1400 feridos, sendo que destes, 757 terão sido atingidos por balas reais. Os protestos tiveram início por ocasião do Dia da Terra e são, já, designados como «A Grande Marcha do Retorno», exigindo...
Um palestino foi morto na manhã de hoje, 5 de Abril, depois de ser alvejado por um drone israelita a leste da cidade de Gaza. Fontes médicas do Hospital Shifa afirmaram que o corpo foi encontado por paramédicos do Crescente Vermelho.
O corpo não pôde ser imediatamente identificado, por ter ficado despedaçado pelo míssil.
Um outro palestino morreu hoje devido aos ferimentos sofridos na sexta-feira passada. Eleva-se assim para 19 o número de palestinos mortos em Gaza desde 30 de Março.
Nesse dia o exército israelita reprimiu brutalmente os participantes na Grande Marcha do Retorno, que se iniciava simbolicamente no Dia da Terra palestina. Foram mortos 16 palestinos e ficaram feridos mais de 1400, muitos dos quais se encontram em estado crítico.
Entretanto, o Ministério da Saúde palestino em Gaza pediu assistência internacional urgente para enfrentar a situação de emergência nos hospitais da Faixa de Gaza.
«Devido ao grande número de vítimas, o Ministério precisa urgentemente de mais...
Um palestino sucumbiu hoje aos seus ferimentos, três dias depois de ser atingido por atiradores de elite israelitas quando participava numa manifestação não violenta na Faixa de Gaza. O número de mortos sobe assim para 18.
Fontes médicas informaram que Faris al-Raqib, de 29 anos, sucumbiu aos graves ferimentos que sofreu ao ser atingido a tiro no estômago, enquanto participava juntamente com dezenas de milhares de outros palestinos na Grande Marcha do Retorno, junto à fronteira de Gaza com Israel.
Além dos 18 palestinos mortos, cerca de 1500 ficaram feridos, muitos dos quais permanecem hospitalizados.
A União Europeia e o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelaram a um inquérito independente, prontamente rejeitado pelo governo israelita pela voz do ministro da Defesa, Avigdor Lieberman.
Na sexta-feira, 30 de Março, dezenas de milhares de palestinos deram início na Faixa de Gaza cercada à Grande Marcha do Retorno, para exigir o direito de regressar às aldeias e cidades de onde...
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, elogiou as forças repressivas de Israel após o assassínio de 17 palestinos na Faixa de Gaza, a maior matança desde a guerra de agressão contra este território palestino em 2014.«Parabéns aos nossos soldados», disse Netanyahu. Numa declaração publicada hoje, sábado 31 de Março, agradeceu às suas tropas por «guardarem as fronteiras do país».Ontem, além dos 17 mortos, mais de 1500 pessoas ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde da Palestina. As forças israelitas dispararam balas reais e balas de aço revestidas de borracha e usaram gás lacrimogéneo contra os manifestantes.O grupo palestino de direitos humanos Adalah afirmou que o exército israelita assumiu «acidentalmente» a responsabilidade pelos ataques aos manifestantes palestinos num post de sua página oficial no Twitter, posteriormente apagado. «Ontem vimos 30.000 pessoas; chegámos preparados e com reforços precisos. Nada foi realizado sem controlo; tudo foi preciso e medido, e...
Os palestinos de todo o mundo comemoram o dia 30 de Março como Dia da Terra. Nesse dia, em 1976, forças repressivas israelitas mataram seis palestinos cidadãos de Israel que protestavam contra a expropriação de terras propriedade de palestinos, no Norte de Israel, para aí construir comunidades judaicas.
Cerca de 100 outras pessoas ficaram feridas e centenas foram presas durante a greve geral e grandes manifestações de protesto que nesse dia ocorreram em diferentes localidades palestinas no território do Estado de Israel. O Dia da Terra simboliza a determinação do povo palestino de preservar a sua história, o seu apego à sua terra como elemento essencial da sua identidade e da sua própria existência como povo na sua pátria.
Mas o Dia da Terra é, este ano, marcado pela grande acção de protesto pacífica intitulada «Grande Marcha do Regresso». Com início simbolicamente ligado ao Dia da Terra, o protesto deve estender-se até 15 de Maio, o dia que os palestinos designam por Dia da «Nakba...
«The Nakba — From 1948 to Today» é um artigo escrito por Ben White especialmente para a Palestine Solidarity Campaign, e publicado na página daquela organização em 29 de Abril de 2016.O que é a Nakba?A Nakba («catástrofe» em árabe) refere-se à limpeza étnica dos palestinos e à destruição de comunidades palestinas que ocorreram com a criação do Estado de Israel em 1948.Cerca de 85% a 90% dos palestinos que viviam no que se tornou Israel foram expulsos (cerca de 700 a 800 mil) [1]. Quatro em cada cinco cidades e aldeias palestinas foram destruídas ou repovoadas por israelitas judeus [2]. Em cidades como Haifa e Acre, os bairros palestinos foram esvaziados e repovoados.A expulsão de palestinos já estava bastante adiantada aquando da declaração unilateral de independência de Israel. Entre 30 de Março e 15 de Maio, cerca de 200 aldeias palestinas foram, nas palavras do historiador israelita Ilan Pappe, «ocupadas e os seus habitantes expulsos» [3]. Assim, antes mesmo do início da guerra...
Relatório publicado por Defense for Children International – Palestine (DCIP), uma secção nacional da organização Defense for Children International (DCI).Ramala, 18 de Janeiro de 2018 — O ano passado marcou 50 anos da ocupação militar israelita, sem sinais de redução da vulnerabilidade dos menores palestinos a ferimentos e prisões militares abusivas na Cisjordânia. A rápida degradação das condições de vida na Faixa de Gaza pôs em perigo os direitos humanos mais básicos, tornando-se as crianças danos colaterais num impasse político interno palestino.O abuso de armas de controlo de multidões pelas forças israelitas causou ferimentos graves e permanentes a alguns menores, enquanto outros sofreram maus-tratos, num contexto de altas taxas de detenção pelos militares. Uma crise da electricidade na Faixa de Gaza provocou o mais severo agravamento da crise humanitária em curso desde que Israel impôs um bloqueio militar há uma década, com fortes repercussões nos direitos dos menores a água...
O Exército israelita enviou para a fronteira de Gaza 100 atiradores de elite com autorização para usar munições reais, como parte dos preparativos para reprimir as manifestações palestinas planeadas a partir da próxima sexta-feira.Os organizadores afirmaram esperar que milhares de pessoas de Gaza, incluindo famílias inteiras, respondam ao apelo para se reunirem em tendas em cinco locais ao longo da fronteira entre o território sitiado e Israel, num protesto de seis semanas pelo direito de retorno dos refugiados palestinos, vítimas da limpeza étnica efectuada por Israel em 1948.Segundo os organizadores, a marcha permanecerá a 700 metros da vedação fronteiriça com Israel para evitar atritos com as forças israelitas. Um membro do comité organizador declarou ao jornal israelita Haaretz que o objectivo é apresentar o caso dos palestinos ao mundo e não envolver-se em confrontos com o exército israelita.Mas o chefe do Estado-Maior do Exército israelita, tenente-general Gadi Eizenkot, afirmou...