Jerusalém

Israel planeia contruir um novo colonato com 9000 unidades habitacionais nos terrenos do aeroporto de Jerusalém, em Atarot, entre as localidades palestinas de Kfar ‘Aqab, Qalandiya e Ar Ram, a sul de Ramala, revela a organização israelita de direitos humanos Peace Now em relatório recentemente publicado.

Para esta organização, este é um plano perigoso que pode dar um golpe fatal na solução dos dois Estados. O bairro planeado fica encravado na continuidade territorial urbana palestina entre Ramala e Jerusalém Oriental, inviabilizando assim a possibilidade de criação de um Estado palestino com Jerusalém Oriental como sua capital.

O Ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, agradeceu hoje à Autoridade Palestina por enviar bombeiros para ajudar os seus homólogos israelitas a combater os incêndios florestais em redor de Jerusalém, mas também cancelou uma reunião marcada para aprovar a licença para a construção de novas casas palestinas na Área C da Cisjordânia ocupada.

A AP enviou quatro autotanques e 20 bombeiros para ajudar Israel a lidar com os fortes incêndios, que se estão a aproximar das áreas residenciais. A ordem foi dada pelo Presidente da AP Mahmoud Abbas.

No mesmo dia, Ganz cancelou a ordem para permitir a construção de 800 apartamentos para palestinos na Área C.

As autoridades de ocupação israelitas demoliram ontem um jardim de infância na cidade de Beit Sfafa, a sudoeste de Jerusalém Oriental ocupada, segundo noticia a agência Wafa.

Um bulldozer do Município de Jerusalém, escoltado por forças israelitas, destruiu um jardim-de-infância pertencente a Mohammad Jum'a na zona de al-Safeh.

O infantário deveria abrir as suas portas com o início do novo ano lectivo.

Usando o pretexto de construção ilegal, Israel demole casas regularmente para restringir a expansão palestina em Jerusalém ocupada.

Ao mesmo tempo, o município e o governo constroem dezenas de milhares de unidades habitacionais para Judeus em colonatos ilegais em Jerusalém Oriental com o objectivo de alterar o equilíbrio demográfico em favor dos colonos judeus na cidade ocupada.

Protegidos pela polícia de ocupação israelita fortemente armada, cerca de 1300 colonos israelitas invadiram ontem, domingo, a Mesquita Al-Aqsa e entraram em confronto com fiéis muçulmanos palestinos.

Os colonos respondiam ao apelo de grupos extremistas israelitas para forçarem a entrada no complexo Al-Aqsa em grande número no dia 18 de Julho, por ocasião do aniversário do que Israel chama «a destruição do templo».

A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado do mundo para os muçulmanos. Os judeus chamam à área «Monte do Templo», afirmando que foi o local de dois templos judeus em tempos antigos.

O deputado ao Knesset Itamar Ben-Gvir e o antigo deputado e rabi extremista Yehudah Glick acompanharam os grupos de colonos que invadiram a Mesquita de Al-Aqsa.

O presidente do FC Barcelona, Joan Laport, nega que o clube tenha acordado a realização de um jogo amigável de pré-época contra a equipa israelita Beitar de Jerusalém, numa carta enviada ao presidente da Associação de Futebol da Palestina, Jibril Rajoub.

O jogo estaria agendado para 4 de Agosto, em Jerusalém, num estádio construído sobre as ruínas da aldeia palestina de al-Malha, cujos residentes foram expulsos à força e deslocados para campos de refugiados.

«Recebemos a carta que enviou em nome da Associação de Futebol da Palestina, na qual transmitiu as suas preocupações sobre a presumível participação do FC Barcelona num jogo amigável em Jerusalém», diz a carta.

Laport esclarece que o FC Barcelona não anunciou a agenda da equipa para a nova época através dos seus canais oficiais, afirmando que os clubes não contactaram nem afirmaram a realização de qualquer jogo amigável em Jerusalém.

Dois membros extremistas do Knesset, o parlamento israelita, invadiram o bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, na terça-feira à tarde, para pressionar três famílias palestinas a abandonar as suas casas.

Os dois deputados, Bezalel Smotrich e Orit Strock do Partido do Sionismo Religioso, de extrema-direita, que estavam acompanhados por colonos judeus e protegidos por agentes da polícia israelita, ameaçaram as famílias Diab, Al Kurd e Qasim de serem expulsas à força das suas casas no prazo de um mês.

Os habitantes locais reuniram-se e protegeram as famílias palestinas contra os intrusos.

Smotrich tem um historial de incitamento racista contra os palestinos. Encontrou-se com os colonos israelitas que tinham ocupado parte da casa da família Al Kurd antes de receberem ordem da polícia para sair.

Os residentes de Sheikh Jarrah têm sido sujeitos a assédio regular por parte de deputados extremistas e colonos judeus.

Cerca de 5000 israelitas participaram ontem, terça-feira, na provocatória Marcha da Bandeira organizada por colonos israelitas de extrema-direita para comemorar a captura de Jerusalém pelas forças israelitas em 1967.

Os manifestantes empunhavam bandeiras e entoaram slogans racistas como «morte aos árabes» enquanto percorriam as áreas palestinas muçulmanas e cristãs na cidade ocupada.

A marcha tinha sido originalmente planeada para 10 de Maio para assinalar o que os israelitas chamam o dia da unificação de Jerusalém, em referência à ocupação da cidade em 1967, mas devidos às tensões existentes, só agora foi autorizada.

Após semanas de controvérsia sobre questões de segurança, a polícia israelita aprovou uma marcha organizada por judeus israelitas extremistas, incluindo ministros e deputados ao Knesset, informa o Middle East Monitor citando o jornal israelita Haaretz.

A marcha das bandeiras terá lugar na próxima terça-feira, estando prevista a passagem pelo Bairro Muçulmano na Cidade Santa e a chegada à Porta de Damasco, um ponto de tensão entre palestinos e a polícia nos últimos meses.

A marcha segue da Porta de Damasco para a Porta de Jaffa e dirige-se daí para a Muralha Ocidental da Mesquita de Al-Aqsa.

«Agradecemos a cooperação da Polícia de Israel, do comissário de polícia e do Distrito de Jerusalém e estamos felizes por as bandeiras israelitas serem exibidas com orgulho em todas as partes da Cidade Velha», declararam os organizadores, de acordo com o Haaretz.

O Município israelita de Jerusalém emitiu, na segunda-feira, ordens de demolição para as casas de 119 famílias palestinas de Al-Bustan, no bairro de Silwan, na Jerusalém Oriental ocupada, para dar lugar a um parque arqueológico israelita.

O aviso de demolição diz: «Queremos informá-lo que procederemos à demolição de acordo com a decisão do tribunal. Para minimizar os danos, deverá deixar a casa sem pessoas e objectos até 21 dias após a recepção desta carta. O município não é responsável por danos materiais se a casa não for evacuada como mencionado».

Uma manifestação de residentes de Silwan para denunciar as ordens de demolição foi brutalmente dispersada pelas forças de segurança israelitas que espancaram os manifestantes e prenderam Sultan Surhan e Qutaiba Odeh, de 16 anos, residentes de Silwan cujas casas estão ameaçadas com ordens de demolição.

O MPPM denuncia a aquisição pela Carris de quinze eléctricos articulados à multinacional CAF que está envolvida na construção e operação do metro ligeiro de Jerusalém, instrumento da consolidação do domínio colonial de Israel na cidade.

Foi recentemente anunciada a assinatura de um contrato entre a Carris, uma empresa integralmente detida pelo município de Lisboa, e a CAF, Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles, S.A., uma empresa multinacional sedeada no País Basco espanhol, para fornecimento de quinze eléctricos articulados a partir de 2023.

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