Jerusalém

A comemoração da véspera de Natal iniciou-se na manhã de sábado na cidade de Belém, na Margem Ocidental ocupada.Durante a tarde deverá ter lugar uma procissão conduzida pelo Patriarca Latino da Palestina, Jordânica e Terra Santa, arcebispo Pierbattista Pizzaballa, que é também Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém.O presidente e o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, respectivamente Mahmoud Abbas e Rami Hamdallah, deverão também deslocar-se a Belém para participar na missa da meia-noite.Na sua mensagem de Natal, Abbas recordou: «O local de nascimento de Jesus é agora uma cidade rodeada por 18 colonatos israelitas ilegais e dividida pelo ilegal Muro de Anexação … As políticas israelitas de ocupação cortaram a ligação de Belém com Jerusalém, ambas parte integrante do Estado da Palestina ocupado, pela primeira vez em 2000 anos de cristianismo.» Afirmou ainda que o Estado da Palestina continuará a preservar o seu património nacional, bem como «o status quo...

Funcionários israelitas do município de Jerusalém, escoltados por soldados, invadiram na quinta-feira, 15 de Dezembro, o bairro de Issawiya, em Jerusalém Oriental ocupada, e afixaram notificações de demolição em vários prédios. Alguns das notificações visavam prédios construídos com autorizações de construção israelitas.O município israelita quer demolir 20 edifícios que incluem 80 apartamentos, onde vivem dezenas de moradores de Jerusalém, incluindo crianças. O motivo é «puramente político e não devido à construção ilegal», declarou o activista e analista político Hani Al-Issawi, porque os edifícios estão localizados perto do colonato israelita ilegal de Ma'aleh Adumim, em Jerusalém Oriental. Al-Issawi acrescentou que esta medida se insere na ameaça do presidente da câmara de Jerusalém, Nir Barkat, de emitir mais ordens de demolição contra palestinos se foram evacuados os colonos do posto avançado ilegal de Amona. A evacuação deve ser realizada até 25 de Dezembro por decisão do...

Mais de 200 extremistas de direita israelitas «invadiram» o complexo da Mesquita de Al-Aqsa, localizado no bairro da Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupado, na manhã de terça-feira, 18 de Outubro. A incursão decorreu sob protecção das forças armadas israelitas, no segundo dia da festividade judaica de Sucot.Já no dia anterior uns 43 israelitas também terem percorrido o complexo.Testemunhas afirmaram que muitos israelitas tentaram realizar rituais religiosos, em violação de um acordo entre Israel e o Fundo Islâmico (Waqf) encarregado do complexo da Mesquita de Al-Aqsa, que proíbe orações não muçulmanas no local.O director do complexo da Mesquita de Al-Aqsa, xeique Omar al-Kiswani, disse que polícias israelitas estacionados nos portões do complexo apreenderam os cartões de identidade dos fiéis muçulmanos antes de os deixar entrar na mesquita.Al-Kiswani sublinhou que algumas organizações judaicas de direita já haviam exortado os israelitas a visitar a mesquita de Al-Aqsa durante as...

O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou sexta-feira, 14 de Outubro, uma reunião especial sobre a construção e expansão de colonatos israelitas ilegais na Margem Ocidental ocupada e em Jerusalém Oriental.A sessão, intitulada «Colonatos Israelitas Ilegais: Obstáculos à Paz e à Solução de Dois Estados», foi convocada ao abrigo da chamada Fórmula Arria, que possibilita encontros informais que permitem aos membros do Conselho de Segurança discutir um tópico e ouvir pessoas que considerem útil.A reunião foi impulsionada pela delegação palestina na ONU e foi convocada oficialmente pelo Egipto, Venezuela, Malásia, Senegal e Angola. Certos observadores consideram esta reunião mais um passo no sentido de alcançar uma resolução do Conselho de Segurança contra os colonatos israelitas na Margem Ocidental.Entre os oradores contaram-se Hagai El-Ad, director executivo da B'Tselem (organização israelita que segue violações dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados), que...

Um agente da polícia e uma mulher israelitas foram mortos a tiro e pelo menos cinco outras pessoas ficaram feridas num tiroteio em Jerusalém Oriental ocupada este domingo de manhã, 9 de Outubro. O tiroteio teve lugar perto da sede da Polícia Nacional de Israel.Alvejado e morto pela polícia israelita no local, o atirador foi identificado como Misbah Abu Sbeih, de 39 anos, natural do bairro de Silwan, em Jerusalém Oriental ocupada. Sbeih deveria apresentar-se hoje para cumprir uma pena de prisão a que fora condenado por agredir um agente da polícia israelita em 2013.Durante a tarde, soldados israelitas invadiram a aldeia de al-Ram e assaltaram a casa de Sbeih, entrando em confronto com jovens locais, sete dos quais ficaram feridos. Os filhos de Sbeih foram presos e levados para um centro de interrogatório.O Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) anunciou que Misbah Abu Sbeih era membro do movimento, e destacou que o ataque teve lugar um dia após o aniversário do massacre da mesquita...

O relatório anual dos Chefes de Missão dos países da UE representados em Jerusalém e Ramallah, referente a 2014, está a ser apreciado pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros mas alguns meios de informação tiveram acesso a ele e divulgam as suas linhas principais.O relatório é particularmente contundente no que respeita à situação em Jerusalém, considerando que a cidade atingiu um ponto de radicalização e de violência que não eram vistos desde 2005 e responsabiliza por isso a sistemática construção de colonatos em zonas sensíveis, a tensão no complexo da Haram Al-Sharif / Monte do Templo, a violência exercida pela polícia e os despejos e demolições de habitações palestinas.

No próximo dia 19 a UEFA vai decidir quais as 13 cidades que acolherão a fase final do Euro 2020. Entre as cidades candidatas encontra-se Jerusalém, proposta por Israel. Se acolher esta candidatura, a UEFA estará a passar a mensagem de que, contrariamente à sua campanha de promoção do «fair play», na realidade está a aprovar, se não a incentivar, a violência étnica, o desrespeito pelo direito internacional, as violações de direitos humanos, a guerra ao próprio futebol. Israel continua a ocupar brutalmente o território da Palestina e Jerusalém Leste, fazendo tábua-rasa de todas as resoluções das Nações Unidas, no sentido de pôr termo à ocupação, e do direito internacional e do direito humanitário internacional, que regulam as obrigações das potências ocupantes. Pelo contrário, desafiando toda a comunidade internacional, prossegue a sua política de colonização ilegal, nomeadamente em Jerusalém, visando a sua judaização através da expulsão dos seus habitantes nativos. O futebol é um...

A ideia de Capitais de Cultura foi lançada numa conferência internacional organizada pela ONU, no México, em 1982. Aí, foi adoptada uma convenção para o desenvolvimento cultural internacional que apelava ao diálogo cultural entre os povos do mundo: um diálogo aberto, com respeito pelas identidades culturais nacionais e pela diversidade das civilizações, baseado na unidade dos valores humanos fundamentais.
A UNESCO foi incumbida do papel de relacionar cultura e desenvolvimento. A ALESCO (Organização da Liga Árabe para a Educação, Cultura e Ciência), promoveu um programa de capitais regionais de cultura que começou no Cairo, em 1986, e prosseguiu em Tunis (1997), Sharjah (1998), Beirute (1999), Riad (2000), Kuwait (2001), Amã (2002), Rabat (2003) Sanaa (2004), Cartum (2005), Mascate (2006), Argel (2007) e Damasco (2008). Em 2009, foi designada Jerusalém como Capital da Cultura Árabe.
A visão da organização era que "a celebração de Jerusalém como Capital da Cultura Árabe 2009, tanto no...

Um relatório confidencial da UE, datado de 15 de Dezembro de 2008 e divulgado pelo The Guardian e pela Reuters em 7 de Março de 2009, acusa Israel de prosseguir activamente a anexação ilegal de Jerusalém Oriental.O documento acusa Israel de usar a expansão do colonatos, o muro de segurança na Cisjordânia, a destruição de casas palestinas e políticas discriminatórias de alojamento para obter o controlo sobre Jerusalém Oriental.Embora reconhecendo que Israel possa ter legítimas preocupações de segurança em Jerusalém, o relatório considera que muitas das suas actuações ilegais, dentro e à volta da cidade, têm poucas justificações de segurança."Os planos israelitas de longa data para Jerusalém" , refere o documento, "agora implementados a um passo acelerado, estão a minar as perspectivas de uma capital palestina em Jerusalém Oriental e de uma solução sustentável de dois estados".