Gaza

Numa gravíssima escalada, soldados israelitas, actuando descaracterizados, penetraram na Faixa de Gaza na noite de domingo num carro civil, levando a cabo uma operação para assassinar um comandante da ala militar do Hamas.

O Hamas informou que o incidente começou quando os ocupantes de um carro em andamento abriram fogo contra um grupo dos seus militantes armados, matando um de seus comandantes. O ataque, cerca das 21h30 locais, ocorreu a leste de Khan Yunis, a três quilómetros da fronteira de Gaza.

As Brigadas Al-Qassam, ala militar do Hamas, confirmaram a morte do comandante Nour Barakah por forças especiais israelitas.

O carro em que seguia a unidade israelita foi imediatamente perseguido por forças da resistência, com uma nutrida troca de tiros. Seis membros das Brigadas Al-Qassam foram mortos, registando-se ainda sete feridos.

O exército israelita matou hoje um palestino e feriu outros 37 perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, na 33.ª sexta-feira consecutiva das manifestações desarmadas da Grande Marcha do Retorno.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza confirmou a morte de Rami Wael Ishaq Qahman, de 28 anos, após ter sido atingido no pescoço por um atirador de elite israelita, ficando em estado crítico. O Ministério da Saúde confirmou também que 37 pessoas foram feridas com balas reais, incluindo 6 crianças e 9 mulheres.

Aumenta assim para 221 o número de mortos vítimas da repressão israelita desde o início da Grande Marcha do Retorno, em 30 de Março, registando-se mais de 24 000 feridos.

Pelo menos 10 palestinos foram hoje feridos pelas forças de ocupação israelitas, quatro deles por balas reais, quando participavam na 15.ª marcha marítima, que faz parte da Grande Marcha do Retorno.

As forças de ocupação abriram fogo de metralhadora e dispararam uma barragem de bombas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes pacíficos.

«A Marcha do Retorno não vai parar até que sejam atingidas todas as suas metas, em primeiro lugar o levantamento total do cerco da Faixa de Gaza e o fim do sofrimento de dois milhões de palestinos cercados», sublinhou a comissão organizadora da marcha.

Uma criança palestina morreu na manhã de hoje devido a ferimentos sofridos durante a agressão de Israel à Faixa de Gaza em 2014.

O pequeno Mohamed Naser al-Rifi, de 12 anos, tinha estado internado nos últimos quatro anos no Hospital de Reabilitação Al-Wafa.

Em 21 de Agosto de 2014, um avião militar israelita disparou um míssil contra a casa da sua família, na cidade de Gaza. Mohamed sofreu ferimentos graves, em resultado dos quais ficou tetraplégico e a sofrer de outros problemas de saúde.

O míssil israelita matou o seu pai, um irmão e quatro primos.

Segundo o Centro Al-Mezan de Direitos Humanos, os soldados israelitas mataram pelo menos 2218 palestinos, incluindo centenas de crianças, durante a agressão de 2014 contra a Faixa de Gaza (Operação «Margem Protectora»), que durou 51 dias. Dezenas de outras pessoas morreram posteriormente devido aos seus graves ferimentos. 

Israel cometeu este domingo um novo crime repugnante na Faixa de Gaza cercada, ao matar três rapazes palestinos num ataque aéreo.

O Ministério da Saúde em Gaza informou que os rapazes mortos são Khaled Bassam Saeed, de 14 anos, Abdul Hamid Abu Zaher, de 13, e Mohammed Ibrahim Al-Sattari, também de 13.

Os militares sionistas alegaram que os três rapazes se aproximaram da vedação com que Israel isola o território palestino e portanto foram alvejados e mortos por um avião militar.

Por outro lado, também no domingo, um outro palestino de Gaza, Yahya Bader al-Hasanat, de 37 anos, sucumbiu aos ferimentos sofridos durante as manifestações de sexta-feira. Eleva-se assim para seis o número de palestinos mortos pelas forças repressivas israelitas nos protestos da 31.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno.

O exército israelita realizou dezenas de ataques aéreos em toda a Faixa de Gaza sitiada na madrugada de sábado, na ofensiva mais intensa desde o Verão. O exército israelita lançou pelo menos 95 ataques aéreos, segundo o jornal israelita Haaretz, alegadamente em resposta a cerca de 34 rockets disparados do enclave palestino para o Sul de Israel, 15 dos quais terão sido interceptados pelo sistema de defesa anti-aérea Iron Dome (Cúpula de Ferro).

A Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade dos rockets disparados na noite de sexta-feira em direção aos colonatos israelitas adjacentes à Faixa de Gaza, afirmando que foram em resposta à matança na sexta-feira de cinco manifestantes pacíficos da Grande Marcha de Retorno pelo exército israelita. «A resistência não aceitará a equação imposta pelo inimigo baseada na matança por parte deles e no silêncio pela nossa parte», afirma em comunicado.

Manifestação junto à vedação de Gaza, 26 de Outubro de 2018. Crédito: Eliyahu Hershkovitz

Cinco manifestantes palestinos foram hoje mortos a tiro por soldados israelitas durante protestos junto à vedação com que Israel encerra a Faixa de Gaza. Mais de 250 manifestantes ficaram feridos, incluindo 35 menores e quatro paramédicos. As forças sionistas dispararam balas reais e balas de aço revestidas de borracha.

Várias dezenas de pessoas também foram afectadas pelo gás lacrimogéneo disparado pelas forças do regime sionista em direcção aos milhares de manifestantes que participavam nos protestos, realizados pela 31.ª semana consecutiva. A manifestação de hoje decorreu sob a palavra de ordem «Gaza não se renderá».

Em 30 de Março os palestinos lançaram a Grande Marcha do Retorno, reunindo-se desarmados ao longo da «zona-tampão» adjacente à vedação instalada por Israel para isolar o território palestino.

Cerca de 130 palestinos foram hoje feridos por fogo israelita ou pela inalação de gás lacrimogéneo durante as manifestações da Grande Marcha do Retorno perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, informou o Ministério da Saúde do território. Dois palestinos, um dos quais uma mulher de 70 anos, ficaram feridos com gravidade. Entre os feridos contam-se 25 crianças, um jornalista e pessoal de saúde.
Foi a 30.ª sexta-feira consecutiva dos protestos desarmados da Grande Marcha do Retorno, exigindo o fim do bloqueio da Faixa de Gaza por Israel, que dura há 11 anos, e o direito de retorno dos refugiados palestinos às suas terras, de que foram expulsos na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelas forças sionistas em 1948-1949, por altura da criação de Israel.

As doenças causadas pela poluição da água são uma das principais causas de mortalidade infantil na Faixa de Gaza, indica um estudo da citado pelo jornal israelita Haaretz
O estudo mostra que a poluição da água é responsável por mais de um quarto das doenças em Gaza e que até há quatro anos mais de 12% das mortes de crianças estavam ligadas a distúrbios gastrointestinais devidos à poluição da água. Desde então, esses números não pararam de crescer. O colapso das infraestruturas da água conduziu a um aumento acentuado de micróbios e vírus tais como rotavírus, cólera e salmonela, afirma o estudo, produzido por três cientistas do think tank estado-unidense RAND Corporation.
A crise da água em Gaza é antiga e é de natureza política: deve-se fundamentalmente à ocupação e ao bloqueio a que o território está sujeito por parte de Israel.
Forças israelitas mataram hoje sete palestinos durante protestos na Faixa de Gaza, perto da vedação com que Israel isola o território palestino bloqueado, informou o Ministério da Saúde de Gaza.
O porta-voz do Ministério acrescentou que 252 palestinos foram feridos, 140 dos quais por balas disparadas pelos soldados do regime sionista. 
Os sete mortos são: Ahmed Ibrahim Zaki El-Tawil, de 27 anos; Ahmad Ahmad Abdullah Abu Naim, de 17 anos; Mohammed Abdulhafiz Yusuf Ismail, de 29 anos; Tamer Iyad Mahmoud Abu Rummaneh, de 22 anos; Afifi Mahmoud Atta Afifi, de 18 anos; Abdullah Barham Sulaiman al-Daghmah, de 25 anos; e Issam Abbas, de 21 anos.
Milhares de palestinos participaram hoje nas manifestações da Grande Marcha do Retorno, que começou em 30 de Março, ou seja, há mais de seis meses — uma demonstração de extraordinária firmeza e coragem.

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