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A partir de 13 de Novembro, a Palestina e, em particular a Faixa de Gaza, vai estar em foco numa exposição de pintura, em dois filmes e em dois debates, em Lisboa e em Sintra. A sociedade civil portuguesa está cada vez mais empenhada na promoção da causa do povo palestino, em flagrante contrate com a indiferença das instâncias oficiais.


Exposição | Arte entre Ruínas: Sublimação Artística na Faixa de Gaza - Malak Mattar

Vernissage Domingo, 13 de Novembro
Patente até Domingo, 29 de Janeiro de 2023
MU.SA - Museu das Artes de Sintra

Povoada pelas palavras poéticas e pinturas de Malak Mattar, esta exposição envolve-nos no tenso ambiente da Faixa de Gaza. Nascida numa das regiões mais conturbadas e policiadas mundialmente, Malak testemunhou os avanços da ocupação territorial e o progressivo controlo militar no seu país. Efetivamente, a situação é a de uma ‘prisão a céu aberto’. Como toda a população local, a pintora é afetada pela restrição do acesso a bens essenciais, e dependente de vistos...

O Presidente dos EUA, Joe Biden, disse ao Presidente de Israel, Isaac Herzog, que «se não houvesse um Israel, teríamos de inventar um».

Falando com Herzog durante uma reunião que durou 90 minutos, no passado dia 26 de Outubro, Biden disse ainda: «Vamos também discutir — e vou dizer isto 5.000 vezes na minha carreira — o firme compromisso que os Estados Unidos têm com Israel com base nos nossos princípios, nas nossas ideias, nos nossos valores. São os mesmos valores.»

Biden tinha feito anteriormente comentários semelhantes sobre Israel Em 1986, durante uma sessão do Senado dos EUA, afirmou:

«É o melhor investimento de três milhões de dólares que fazemos. Se não houvesse um Israel, os Estados Unidos da América teriam de inventar um Israel para proteger os seus interesses na região. Os Estados Unidos teriam de sair para inventar um Israel.»

Em 30 de Setembro de 2013, na conferência anual da J Street, Biden disse também: «Se não houvesse um Israel, teríamos de inventar um para garantir que os...

O MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente — denuncia e condena a brutal escalada de violência do ocupante israelita sobre o povo palestino, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ao mesmo tempo que saúda as manifestações de unidade, expressas tanto na resistência popular na Palestina ocupada, como na aproximação das forças políticas recentemente reunidas na Argélia.

A repressão israelita nos territórios palestinos ocupados está a assumir proporções de enorme gravidade, a que urge pôr rapidamente cobro. São praticamente diários os assassinatos de palestinos pelas forças repressivas israelitas, bem como os actos de violência levados a cabo por colonos em toda a Cisjordânia.

O enviado especial da ONU para o Médio Oriente, Tor Wennesland, afirmou no recente debate especial sobre a Palestina no Conselho de Segurança, que 2022 está a ser o ano mais mortífero para os palestinos da Cisjordânia desde que a ONU começou a compilar dados em 2005. Só no mês...

Também no Porto se realizou uma concentração em resposta ao apelo lançado pelo CPPC «Os povos querem a Paz, não o que a guerra traz!». Foi no dia 27 de Outubro, na Praceta da Palestina (Rua Fernandes Tomás com Rua do Bolhão), e o MPPM aderiu ao apelo e esteve presente na concentração.

Este é o texto do apelo:

Os povos querem paz.

No entanto, no actual contexto internacional, continuam e agravam-se diversos conflitos, como na Palestina, no Sara Ocidental, na Síria, no Iémen ou na Ucrânia, com trágicas consequências para os povos.

É instigada a escalada de guerra, fomentada a produção de mais e mais sofisticadas armas, incluindo nucleares, promovido o militarismo – com cada vez mais milhares de milhões a serem entregues ao complexo militar-industrial.

São impostas cada vez mais e mais sanções e bloqueios a países, atingindo profundamente as condições de vida dos seus povos e dos povos por todo o mundo – com as multinacionais da energia, da alimentação ou da distribuição a acumularem fabulosos...

Em resposta ao apelo do CPPC, a que aderiram o MPPM e outras organizações, algumas centenas de pessoas marcaram presença no Largo José Saramago, em Lisboa, na tarde de 26 de Outubro, para afirmar que «os povos querem paz, não o que a guerra traz».

Este é o texto do apelo:

Os povos querem paz.

No entanto, no actual contexto internacional, continuam e agravam-se diversos conflitos, como na Palestina, no Sara Ocidental, na Síria, no Iémen ou na Ucrânia, com trágicas consequências para os povos.

É instigada a escalada de guerra, fomentada a produção de mais e mais sofisticadas armas, incluindo nucleares, promovido o militarismo – com cada vez mais milhares de milhões a serem entregues ao complexo militar-industrial.

São impostas cada vez mais e mais sanções e bloqueios a países, atingindo profundamente as condições de vida dos seus povos e dos povos por todo o mundo – com as multinacionais da energia, da alimentação ou da distribuição a acumularem fabulosos lucros.

Há que afirmar não à guerra!

É...

Na noite de 22 para 23 de Maio de 1948, uma semana após o estabelecimento do Estado de Israel, o 33º batalhão da Brigada Alexandroni lançou um ataque contra a aldeia palestina de Tantura, utilizando fogo de metralhadoras pesadas seguido de um ataque de infantaria. O combate foi de curta duração mas, após a rendição dos aldeãos, as milícias sionistas procederam ao massacre de mais de duas centenas de prisioneiros desarmados.

A notícia do massacre era conhecida do lado palestino, mas sistematicamente negada pelo lado israelita. Uma tese de mestrado de Theodore Katz, um aluno da Universidade de Haifa, que confirmou a ocorrência do massacre com base em dezenas de testemunhos de sobreviventes palestinos e de milicianos sionistas, foi denegrida e o seu autor perseguido em tribunal. O historiador Ilan Pappé, professor de Katz, defendeu a veracidade da tese o que lhe valeu a expulsão da Universidade de Haifa e o exílio em Inglaterra, onde é professor na Universidade de Exeter.

Mas o tema do...

As 30 fotografias que compõem o projecto Habibi, de Antonio Faccilongo, vencedor do prémio História do Ano 2021 da World Press Photo, estão em exibição na Galeria Narrativa, em Lisboa, até 28 de Outubro.

Habibi, que significa "o meu amor" em árabe, é uma crónica de histórias de amor que têm como pano de fundo um dos mais longos e complicados conflitos da história moderna. O fotógrafo pretende mostrar o impacte do conflito nas famílias palestinas, e as dificuldades que enfrentam na preservação dos seus direitos reprodutivos e da dignidade humana. O fotógrafo opta por não se concentrar na guerra, na acção militar e nas armas, mas na recusa das pessoas em se renderem à prisão, e na sua coragem e perseverança para sobreviverem numa zona de conflito.

Segundo a Addameer, há 4650 presos políticos palestinos nas prisões de Israel. Destes, 551 cumprem penas de prisão perpétua e 273 penas de 20 anos ou mais. Para visitar um preso palestino numa prisão israelita, os visitantes têm de ultrapassar...

Trinta palestinos sob detenção administrativa em prisões israelitas estão em greve de fome aberta pelo oitavo dia consecutivo em protesto contra a política israelita de detenção administrativa sem acusação nem julgamento.

A Sociedade dos Presos Palestinos (SPP), um grupo de defesa dos prisioneiros, espera que mais prisioneiros se juntem à greve no caso de Israel executar mais ordens de detenção administrativa.

A SPP declarou que esta medida surge como uma continuação dos prolongados esforços dos palestinos para pôr fim à política de detenção administrativa de Israel e perante a ampla escalada de detenção administrativa por parte das autoridades de ocupação israelitas, visando os defensores dos direitos humanos palestinos, estudantes, políticos e antigos prisioneiros, e incluindo mulheres, crianças e pessoas idosas.

Os detidos administrativos nas prisões israelitas garantem que o confronto com a detenção administrativa irá continuar e que as práticas dos Serviços Prisionais de Israel «já...

Há 40 anos, na noite de 16 de Setembro de 1982, milícias falangistas cristãs libanesas invadiram os campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, nos arredores de Beirute, com o apoio do exército israelita que, desde Junho, ocupava a capital do Líbano.

Durante dois dias, os falangistas, instigados por Israel, levaram a cabo um hediondo massacre de que resultaram numerosas vítimas palestinas, em grande parte mulheres e crianças.

Soldados israelitas cercaram os campos para impedir que os refugiados saíssem, e durante a noite disparavam foguetes luminosos para ajudar a acção dos criminosos falangistas. Ao fim dos dois dias de massacre, Israel forneceu os buldózeres para cavar valas comuns.

O número exacto de vítimas é difícil de determinar pois, além do milhar de corpos enterrados em valas comuns, muitas vítimas ficaram soterradas nas casas derrubadas a buldózer pelas milícias e centenas de palestinos foram por elas levados para destino desconhecido de onde nunca regressaram. Uma...

Khalil Awawda suspendeu na passada quarta-feira a sua greve de fome de 172 dias após ter chegado a um acordo com as autoridades israelitas para estabelecer um limite máximo para a sua detenção administrativa e ser libertado a 2 de Outubro, de acordo com a Comissão de Assuntos dos Detidos e Ex-Detidos.

Awawda, um pai de quatro meninas, está detido desde 27 de Dezembro do ano passado. Foi-lhe determinada uma detenção administrativa de seis meses, contra a qual protestou iniciando uma greve de fome, que suspendeu ao fim de 111 dias com base em promessas de o libertar. Em 2 de Julho retomou a greve por a autoridade de ocupação ter renegado a sua promessa e renovado a sua detenção administrativa por mais quatro meses.

Awawda permanecerá no hospital para recuperar após sofrer uma grave deterioração da sua saúde, de acordo com a Sociedade de Prisioneiros Palestinos. Fotografias divulgadas no domingo por organizações de direitos humanos suscitaram reacção de um representante da União Europeia...